Encontros, desencontros, descobertas e traições 9

Um conto erótico de João
Categoria: Heterossexual
Contém 3318 palavras
Data: 18/05/2023 19:41:22
Última revisão: 25/08/2023 18:06:46

Continuando:

Acordei cedo naquele sábado, mas fiquei deitado por mais meia hora, mexendo no celular e pensando na vida. Na noite anterior, avisei a Jéssica que a festa de Marcel começaria cedo, pois era uma festa na piscina, a partir do horário do almoço e se estendendo por todo o dia. Seria um churrasco, e provavelmente, bem diferente do que eu conhecia. Comida de rico é cheia de frescura.

Naquela primeira semana, Jéssica já havia ganhado um pouco de peso, estava mais corada e seu rosto demonstrava mais saúde e alegria. Eu estava ansioso para ver seu novo corte de cabelo e também se ela levaria biquíni para entrar na piscina. Ela ainda estava um pouco receosa e eu não insisti, deixando que ela tomasse a decisão sozinha, sem pressão.

Eu já me tornara um homem confiante dos meus atributos, seguro com as mulheres e bastante satisfeito com o meu físico. Eu não era nenhum Deus grego, mas de acordo com todas as mulheres do meu convívio, eu era um homem bastante atraente e em forma, sem músculos exagerados ou motivos para me esconder. O Nerd já manjava dos paranauês.

Decidi que colocaria uma bermuda, o que serviria tanto para aquele dia quente, como para entrar na piscina se fosse o caso, já que no convite era informado para levar traje de banho. Por sugestão da minha mãe, repassada também à Jéssica, coloquei alguns produtos de higiene e uma toalha na antiga mochila da escola que levaria comigo. Eu só estava indeciso sobre qual roupa escolheria.

Por fim levantei e ao sair do quarto já pude sentir o cheiro tão agradável de café fresquinho sendo passado. Joguei uma água no rosto e fui ao encontro da minha mãe na cozinha, que já me aguardava com uma xícara de café nas mãos:

- Bom dia, filhote! Fiquei sabendo que a Jéssica está muito feliz por poder passar o dia com você.

Eu não resisti e provoquei:

- Encontrou com dona Áurea, né?

Ela não conseguiu negar:

- Agora de manhã na padaria. Ela me disse que você vai se surpreender com o novo visual… ops, não posso estragar a surpresa.

Mamãe estava alegre, irradiando felicidade. Mas também tínhamos contas a acertar. Eu pedi:

- Cadê o caderno com o orçamento do mês? Já caiu o salário, vamos acertar as contas.

Enquanto eu passava manteiga em um pão ainda quente, ela foi buscar o caderno em que anotava tudo, se sentando ao meu lado logo depois.

Meu salário já era maior que o dela, o dobro na verdade, e decidi começar a pagar a maior parte das contas. Peguei a calculadora e somei o que pretendia pagar. Peguei as contas de internet, água e energia, escaneando os códigos de barras pelo aplicativo do banco e fazendo os pagamentos. Ela me olhava sem acreditar:

- É sério, filho? Vai pagar todas essas contas sozinho?

Separei mais um valor e fiz um pix para ela, dizendo:

- Aqui tem metade do aluguel e ainda, um bom valor para ajudar nas compras do mês.

Ela até tentou protestar:

- Mas filho, e você? Você ainda é muito jovem e não tem obrigação de fazer isso. Ajudar é justo, mas o sustento da casa é minha responsabilidade, não sua.

Eu a abracei:

- Ainda sobrou metade do meu pagamento, fique tranquila. É mais do que eu preciso para o mês.

Ela retribuiu o meu abraço com lágrimas nos olhos:

- Vou poder comprar um tênis para o seu irmão. O que ele está indo para escola está muito ruim.

Minha irmã adolescente entrou na cozinha bocejando:

- E eu? O meu também está todo detonado.

Minha mãe apenas olhou para ela de cara feia, mas ela tinha mais a falar:

- Você também, JB! Devia comprar um tênis novo para essa festa aí que você vai. Não é na casa de gente importante? Aparência é tudo para esse povo, meu irmão.

Não é que ela estava certa, pensei um pouco e disse à minha mãe:

- Depois do café eu levo os três comigo e compramos tênis para todos. Se a gente parcelar, fica mais fácil de pagar.

Minha irmã sorriu, mas eu fui logo cortando as asinhas dela:

- Tênis simples, ouviu? Nada de coisa cara.

Ela me abraçou feliz, dando vários beijinhos no meu rosto:

- Você é o melhor, irmão.

Com todos acordados, tomamos o café da manhã juntos e fomos até a sapataria. Cadê um escolheu um tênis novo, até minha mãe comprou um modelo confortável pra trabalhar. Eu estava muito indeciso, mas com a ajuda da minha irmã, acabei escolhendo um modelo de marca famosa, não tão caro, mas que servia ao propósito do dia e também para atividades futuras.

Também por sugestão da minha irmã e aproveitando uma promoção, acabei comprando uma camisa com tecido sintético mais tecnológico, com absorção e evaporação do suor e uma bermuda mais atual, dessas próprias para praia e piscina. Todas de marca famosa. Eu estava pronto e não iria fazer feio naquela festa de ricos.

Por volta do meio-dia, recebi uma mensagem da Jéssica:

"Estou pronta! Meu pai devolveu a chave do meu carro e se você quiser, posso dirigir. Prefere assim?"

Eu aceitei a sugestão e ela mandou uma outra mensagem:

"Estou indo te buscar. Já estou saindo daqui."

Como já estava arrumado, apenas borrifei o perfume no pescoço, peguei a mochila que havia preparado, me despedi da minha família e ainda ouvi minha mãe respondendo uma pergunta da minha irmã que eu não prestei atenção:

- Eu não preciso pedir ao seu irmão para ter juízo, ele não é desmiolado igual você.

E esquecendo o que acabou de dizer, gritou para mim:

- Juízo, filho. - Minha irmã se acabou de rir e levou um tapão dela.

Enquanto as duas se estranhavam, Jéssica buzinou e logo depois saiu do carro, me dando total visão de sua mudança. Com certeza, esperando que eu falasse alguma coisa. Percebi que ela estava um pouco nervosa e ansiosa, pois esfregava uma mão na outra. Confesso que fiquei até sem palavras, mas me aproximei, feliz e admirado, parecia que ela tinha voltado um ano no tempo e ali, como mágica, estava a mesma Jéssica que eu admirava, linda e deslumbrante, parecendo totalmente recuperada.

O cabelo estava bem curto para uma mulher, mas combinando perfeitamente com o seu rosto tão belo, parecendo com a Audrey Hepburn em "A Princesa e o Plebeu". Seu sorriso iluminava tudo ao redor. Seus olhos de amêndoas brilharam ao me ver. Ela usava um vestido estilo Midi florido, justo na parte de cima, com uma faixa de pano amarrada em laço na cintura e mais solto na parte inferior, um pouco abaixo do joelho. Nos pés, uma sandália estilo gladiadora de amarração baixa, com tiras finas, mostrando os pés novamente muito bem cuidados e as unhas impecáveis com esmalte clarinho. Ela estava maravilhosa em sua produção simples e tão bem pensada.

Suas palavras me tiraram do transe:

- JB, Tudo bem? Como eu estou?

Ela merecia o meu elogio mais sincero:

- Simplesmente incrível. Você está muito linda.

Fui ao seu encontro e ao abraçá-la, senti seu perfume suave, muito agradável. Não resisti:

- Você veio com tudo, hein?

Ela retribuiu meu abraço com um selinho delicado em meus lábios e enquanto acariciava meu peito, também me elogiou:

- Você também está muito cheiroso e bonito.

Ela disse:

- Vamos? Eu não sei o caminho, me oriente.

Dei a volta e entrei no lado do carona, colocando meu cinto e ela fez o mesmo do seu lado. Dei as orientações e ela pesquisou o endereço no GPS do carro. Fomos conversando e nos divertindo com a seleção de música bem animada do meu celular, pareado com o sistema de som do carro. Foram vinte minutos divertidos, com Jéssica sorrindo o tempo todo, animada com tudo o que nos esperava. Eu fiquei muito feliz por vê-la tão solta, passando longe daquela imagem tão sofrível de uma semana atrás.

Como meu nome estava na lista de convidados, entramos no condomínio dos pais de Marcel por uma faixa exclusiva, fomos orientados por onde seguir e liberados rapidamente pela segurança.

A primeira impressão da casa foi bem intimidadora. Era um condomínio de grandes terrenos, estilo americano, com casas bem separadas entre si e um gramado muito bem cuidado na frente. A construção, uma mansão de tamanho considerável com três andares, lembrava casas de filmes.

Fomos recebidos por mais seguranças, que nos indicaram uma passagem lateral. Após uma pequena caminhada, de quase três minutos, chegamos até a área da piscina. Tudo era muito bonito e completamente diferente do mundo ao qual eu estava acostumado. Assim como eu, Jéssica também não estava muito à vontade. Tentei acalmá-la, sorrindo e pegando em sua mão, mas logo ouvi uma voz bastante entusiasmada chamando meu nome:

- JB, você chegou.

Ao me virar, Marcela vinha andando rápido em minha direção. Me deu um abraço apertado e logo se virou para Jéssica:

- Oi, querida! Seja bem-vinda, JB fala muito de você. Eu sou a Marcela, irmã do aniversariante e trabalho junto com ele. - Ela abraçou Jéssica da mesma forma carinhosa que fizera comigo.

Jéssica retribui o seu abraço, mas parecia bastante surpresa com aquela recepção. Outra voz, bem masculina, chamou por mim:

- JB, meu parceiro. Vem comigo, deixa as meninas falarem mal da gente. Quero te apresentar ao pessoal.

Marcel me deu alguns tapinhas leves nas costas e já saiu me puxando. Marcela foi rápida:

- Pode deixar a Jéssica comigo, tomo conta dela até você voltar.

Jéssica me olhava sem entender nada, mas eu não poderia contrariar o aniversariante. Sorri para ela, meio constrangido, e ela sorriu de volta, entendendo a situação. Aproveitei para parabenizar o Marcel pessoalmente e dizer que tinha comprado o presente na loja on-line que Marcela indicou e ele informou que já tinha até recebido e gostou muito do que eu escolhi, uma coleção de DVDs de rock dos anos sessenta e setenta. Disse ainda que o meu presente estava entre o top três daquele ano.

Fui arrastado até uma rodinha de mauricinhos que me receberam com muita cordialidade e educação. Achei que seria um bando de gente esnobe e de nariz empinado, mas constatei que à primeira vista, eram todos gente muito boa, divertidos e muito unidos entre si. Um bom grupo de amigos. Marcel era, sem dúvidas, o líder daquela matilha, o lobo Alpha. Todos o ouviam com atenção e respeitavam suas opiniões sem questionar.

Por cerca de meia hora, mais ouvi do que falei, conhecendo o ambiente e sempre tentando manter Jéssica no meu campo de visão. Ela estava em uma rodinha também, mas de mulheres, dividindo as atenções com Marcela e sorrindo, parecendo estar bem à vontade e também sempre buscava contato visual comigo.

Comecei a reparar melhor nas pessoas que chegavam, a festa já estava bem cheia. Muita gente bonita, mulheres lindas e gostosas. Mas quem mais chamou a minha atenção, disputando os olhares com as novinhas, foi a Dra. Ester, relaxando deitada em uma espreguiçadeira com um maiô mais comportado, que valorizava o seu lindo corpo maduro. De óculos escuros, eu não conseguia saber se ela também olhava para mim. Ao seu lado, uma jovem morena muito parecida com ela, mas com o mesmo porte estóico do Dr. Mathias. "Será que aquela era a Luiza, filha dos dois?" Pensei e pela semelhança física, tive total certeza.

Luiza era a versão vinte anos mais jovem de sua mãe. Ela deveria ter por volta dos vinte e cinco anos e também era uma mulher linda. Assim como Ester, sua pele bem branca contrastava com os cabelos e olhos negros. O mesmo biotipo físico: quadril largo, fazendo a cintura parecer menor do que realmente era e uma bunda grande, firme e redonda. Coxas grossas, seios fartos e empinados. A definição perfeita de cavala.

Outra voz chamava pelo meu nome:

- JB, bom vê-lo por aqui. Como você está?

Ao me virar, Dr. Mathias, meu patrão, me encarava com um sorriso contido e com a mão estendida para um cumprimento. Ao seu lado, um outro senhor que me lembrava muito Marcel, apesar de ter um terço de sua largura. Apertei sua mão e também a do outro homem. Ele nos apresentou:

- Esse aqui é meu grande amigo Onofre, pai de Marcel e Marcela. O dono dessa casa.

Me apresentei adequadamente e fui brevemente elogiado por meu patrão, que logo seguiu seu caminho, se juntando a outros senhores e senhoras de sua idade.

Aproveitei momento para me aproximar de Marcela e Jéssica, eu estava com sede e pensei em perguntar a ela como encontrar algo para beber. Marcel estava entretido na conversa com seus amigos e achei melhor não importuná-lo. Logo que cheguei Jéssica se agarrou ao meu braço e Marcela pareceu não gostar muito daquilo. Pelo menos, Jéssica não percebeu sua contrariedade. Perguntei sobre as bebidas, e Marcela me mostrou o local onde estava bufê. Jéssica me acompanhou.

Realmente, como eu havia imaginado, festa de rico é bem diferente. Uma mesa enorme, com diversos tipos de comida: saladas, massas, cereais… na área da churrasqueira quatro homens se revezavam para dar conta de tudo. Cortes de carne bem diferentes do que eu estava acostumado, espalhando um cheiro defumado maravilhoso em todo o ambiente. Logo ao lado, um bar muito bem montado, onde algumas moças se revezavam para servir bebidas.

Senti que Jéssica travou quando nos aproximávamos do bar. Ela parecia assustada. Perguntei:

- O que aconteceu? Está tudo bem?

Ela olhava para uma das meninas do bar com os olhos vidrados, completamente estática. Olhei melhor e senti meu estômago revirar. A loira, que ainda não tinha percebido a nossa presença, era ninguém menos do que a Júlia, o motivo de nossa separação traumática um ano atrás.

Apesar de tudo, era o momento perfeito para saber se Jéssica realmente tinha me contado toda a verdade. Tentei trazê-la de volta à realidade:

- Se quiser, pode me esperar aqui.

Jéssica segurou firme em minha mão:

- Não! Eu vou com você, nós somos convidados e ela apenas uma funcionária, não tenho motivos para me esconder.

Eu olhei para ela satisfeito, tendo a certeza de que ela não mentiu para mim. Antes de continuarmos, ela disse:

- Eu contei toda a verdade e nunca mais tive qualquer contato com essa garota. Com você ao meu lado, não tenho porquê me sentir mal, você já me perdoou.

Seguimos até o bar e uma outra garota nos atendeu, mas eu tenho certeza de que percebi um sorriso cínico vindo de Júlia. Como Jéssica não notou, acabei deixando pra lá, pegando nossos refrigerantes e voltando para perto de Marcela.

Percebi também, que daquele momento em diante, Júlia começou a me encarar sempre que tinha oportunidade. Por mais duas ou três vezes voltei ao bar, mas sozinho, deixando Jéssica com Marcela. Pelas reações da Jéssica, se enturmando e se divertindo, constatei que não tinha motivos para me preocupar. Marcela tinha mesmo razão: um novo ambiente, novas pessoas, possíveis novas amizades, eram tudo o que Jéssica precisava para voltar a ser a garota de antes, feliz e confiante.

Almoçamos e preciso dizer que a comida era da melhor qualidade. As carnes chegavam a derreter na boca e os sabores eram divinos. Jéssica comeu muito bem, chegando a repetir.

Após as três da tarde, os mais velhos começaram a se retirar e outros jovens chegavam. As músicas já eram bem mais animadas e todos se divertiam muito. Marcel sempre passava para me perguntar se eu estava gostando, brincava com todas as amigas de Marcela, inclusive a Jéssica, que parecia uma jovem normal, animada, feliz por estar entre pessoas da sua idade. Não aquela criatura doente, sofrida, de uma semana atrás.

Perguntei a Marcela sobre o banheiro e ela indicou uma área na lateral da casa, uma escada de acesso a um porão. Desci por lá e entrei na porta indicada. Dei aquela aliviada na bexiga, lavei as mãos e quando saí do banheiro, maior que o meu quarto, diga-se de passagem, fui arrastado por Ester em duração a uma porta mais ao fundo. Assim que entramos, ela trancou a porta. Tentei protestar:

- Tá maluca! O que vão pensar?

Ela tentou me beijar:

- Estou maluca sim, mas de saudade.

Tentando dar logo o que ela queria, tentando me livrar daquela situação, retribui o beijo. Ela começou a alisar o meu pau por cima da bermuda. Protestei novamente:

- É sério, Dra. Ester, não faz isso. Pode acabar muito mal para o meu lado.

Aquelas carícias estavam acabando comigo, mas consegui, com muito custo, me afastar dela. Ela parecia bastante triste e contrariada, tentando me seduzir:

- Poxa, JB! Eu me apeguei a você. Estou sentindo falta do que a gente tinha. Não achei que isso você acontecer, mas aconteceu…

Eu precisava ser esperto, tentar, pelo menos por hora, me livrar daquela situação. Sugeri:

- A gente pode se encontrar durante a semana, mas não aqui. Eu estou acompanhado, seu ex e sua filha também estão aqui… isso não vai acabar bem.

Ela se resignou:

- Tudo bem, mas promessa é dívida. Só me dê mais um beijo e eu entrego a chave.

Cedi a chantagem e aquele beijo foi muito gostoso, nem eu queria pará-lo. Peguei a chave e sai antes dela, pedindo que esperasse alguns minutos antes de sair também. Ela me acalmou:

- Fique tranquilo, eu passo por dentro da casa, ninguém vai suspeitar.

Ela ainda me deu um segundo beijo, ainda mais intenso que o primeiro e eu tratei de sair rapidamente dali, com medo de fraquejar e não conseguir resistir aos seus encantos. Ester é uma amante experiente e maravilhosa, que me ensinou demais e sempre me tratou muito bem. Precisei de muita força de vontade para não ceder definitivamente.

Por sorte, tudo foi muito rápido e ninguém percebeu o que havia acontecido. Jéssica e Marcela me receberam com um sorriso e voltei a me concentrar nas duas, em Jéssica principalmente.

Conforme a festa avançava, mais pessoas entravam na piscina. Como Jéssica acabou nem trazendo um biquíni, decidi que também não entraria e ficaria sempre ao seu lado, mas meus planos foram completamente frustrados por Marcel e seus amigos, já bem animados pelo consumo do álcool, assim como Marcela, que os incentivava, mas respeitavam o desejo de Jéssica. Fui emboscado e cercado pelos homens que me deram duas opções: ou eu entrava por conta própria ou seria jogado da forma que estava.

Só tive tempo para tirar a camisa e entregar a carteira e o celular para a Jéssica. Marcel me levantou como se eu não fosse nada e me arremessou quase no meio da piscina, sendo aplaudido pela maioria dos presentes. Não levei a mal, era uma brincadeira comum entre homens, fiquei sabendo depois que era até um rito de passagem para os novos amigos que chegavam.

Escureceu e o tempo avançava. Jéssica estava realmente se divertindo, Marcela se dividia entre ela e as amigas e as duas até criavam certa proximidade, mas bem diferente do que aconteceu durante a semana com Natasha. Marcela era mais divertida, mas Natasha, muito mais direta. E também, acho que existe a conexão pessoal de cada pessoa, e a sintonia entre Jéssica e Natasha me pareceu muito mais fina, mais natural, do que entre ela e Marcela.

Próximo às vinte e duas horas eu já me sentia cansado e com vontade de ir embora, mas antes de perguntar a Jéssica, ela me disse que iria ao banheiro. Percebi que a Marcela também não estava por ali. Aguardei por cerca de dez minutos e achei que alguma coisa pudesse ter acontecido para ela demorar tanto, mas como tinha bastante garotas na festa, achei que poderia ser a fila do banheiro que estava grande.

Resolvi conferir com meus próprios olhos, mas quando me encaminhava para a escada, Jéssica subia ao meu encontro, visivelmente constrangida e me pedindo para ir embora. Seu batom estava borrado e seus olhos marejados. Tentei entender:

- O que aconteceu? Você está bem?

Jéssica segurava o choro:

- Por favor, vamos embora. A gente conversa longe daqui.

Continua…

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 159 estrelas.
Incentive Contos do Lukinha a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de Contos do LukinhaContos do LukinhaContos: 112Seguidores: 374Seguindo: 13Mensagem Comentários de teor homofóbico, sexista, misógino, preconceituoso e de pessoas que têm o costume de destratar autores e, principalmente, autoras, serão excluídos sem aviso prévio. Assim como os comentários são abertos, meu direito de excluir o que não me agrada, também é válido. Conservadores e monogâmicos radicais, desrespeitosos, terão qualquer comentário apagado, assim como leitores sem noção, independente de serem elogios ou críticas. Se você não se identifica com as regras desse perfil, melhor não ler e nem interagir.

Comentários

Foto de perfil genérica

Estou apostando que foi a Júlia, a única declarada bissexual.

Certamente a agarrou e roubou lhe um beijo 💋

0 0
Foto de perfil genérica

Que ótimo Jéssica melhorando com todo apoio que vem tendo, agora no final aconteceu e aposto que foi com julia

0 0
Foto de perfil genérica

Cara, não esquenta aos falatórios de mau gosto. Mas espresse tudo que sai de você com esse entusiasmo e a vericidade que vive. Quero lhe passar meu email, uma forma de conversar com mais privacidade. paracorsa@hotmail.com

1 0
Este comentário não está disponível
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Lukinha_01 por favor, mesmo você estando cheio de compromisso não deixa a gente sem saber o que houve!! 🙏🏻🙏🏻🙏🏻🙏🏻

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

É preciso levar em conta que eles não estão em uma relação no momento, são apenas amigos. Algo aconteceu com Jéssica, será que foi consentido?

0 0
Foto de perfil genérica

Concordo plenamente com você!! Fora que se forem julgar Jessica por algo JB não ficou atrás né.

0 0
Foto de perfil de rbsm

perfeito muito bom curioso para saber o que aconteceu

0 0
Foto de perfil genérica

Acho que está mais para Marcela que para Julia ter agarrado a Jessica.

Acho que a Marcela por saber tudo que aconteceu e estar apaixonada pelo JB pode ter tentado algo com a Jessica só para depois falar com ele que ela não é de confiança e iria trair ele de novo.

Já a Julia está agindo mais como a pessoa que sabe os podres de outra e está debochando da pessoa enganada. Pode ser que tenha sido ela que agarrou a Jéssica também como pode ter sido o Marcel mas ainda acho que a Jessica não contou nem a metade na época da separação e a Julia está debochando do JB por achar ele um corno manso por saber e perdoar ou um otário que caiu na lábia da Jessica

1 0
Foto de perfil de Id@

Façam as suas apostas … quem “interagiu” com a Jessica ??? Júlia ? Marcela ? Marcel ? Ester ? Quem ?

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

O óbvio seria a Júlia, mas é aí que a gente quebra a cara. Vou de Marcela. Tem muita gente boazinha nessa história, alguém não presta. 😂😂😂

1 0
Foto de perfil de fer.pratti

Eu já acho que o óbvio seria a Marcela, as duas sumiram juntas, o texto leva a crer que foi ela kkkkk

Eu apostaria na filha da Ester, pq essa dai ja faz tempo que o autor esta falando dela e até agora ela não teve nem uma fala no conto.

0 0
Foto de perfil de Id@

É mesmo!!! A Júlia até agora não teve participação !!! Vai que ….

1 0
Foto de perfil de Id@

Júlia não … Luiza !!!

1 0
Foto de perfil de Ménage Literário

Luiza e Daniel estão passando batidos... Estranho.

0 0
Foto de perfil de fer.pratti

O Daniel pelo o que entendi não foi convidado para a festa, por isso já exclui essa possibilidade

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

Só quis dizer que o autor está deixando a gente esquecer deles, no conto, não nesse evento em particular.

0 0
Foto de perfil genérica

Lukinha, um capítulo leve, bem humorado e bastante detalhado que nos deixou curiosos para saber o que aconteceu!

0 0
Foto de perfil de Id@

O que será que aprontaram com a Jessica ??? Será que ela caiu nas garras da Marcela ???

0 0
Foto de perfil de Ménage Literário

Esse tipo de final de capítulo é covardia... Deixa a gente curiosa e ansiosa. 😂😂😂

0 0
Foto de perfil de Id@

Não é ??? Que falta de consideração com a gente !!!

0 0
Foto de perfil genérica

Tem uma porrada de contos que vou ter que ler só quando finalizar para a ansiedade não ficar me matando!

0 0
Foto de perfil de Id@

Está ficando cada vez mais difícil!!!

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

A Julia deu uns pegas nela no banheiro ou um outro cara ?

0 0
Foto de perfil genérica

Já ia falar isso, mas pode ser que tenha sido a Marcela!

0 0
Foto de perfil genérica

A Marcela em todos episódios que aparece não demonstra ser bissexual posso até estar enganado, creio que seja a Julia ou até o próprio Marcel o Álcool subiu e como sabe que eles não tem nada pra ele o porque não

0 0
Foto de perfil genérica

Pode ser também, não tinha lembrado do Marcel!

0 0

Listas em que este conto está presente