CAPÍTULO ÚNICO - VERSÃO GAY
DE
O LOBISOMEM
_ Este conto tem uma pegada de fantasia, então não é para todos os gostos.
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— Delicie-se com ele todo, Tiel — disse Teodoro enquanto eu me saciava com seu falo de veias saltadas que enchia a minha boca e latejava na minha garganta. — Meus bagos, Tiel, dê-lhes atenção também.
Continuei chupando seu membro, da glande pulsante à base grossa, melando-o todo com minha saliva, e massageei seus testículos miúdos, como castanha. Eu me engasguei e tossi quando três jatos de esperma cálidos atingiram minha garganta, faminta.
— Teodoro — gritou alguém, tão alto e irritado que a casa estremeceu, como se um terremoto ocorresse. — Seu impuro vil...
Ainda de joelhos e com o membro meio flácido de Teodoro na boca, olhei para a porta do quarto, onde um homenzarrão se erguia em trajes pretos e austeridade de autoridade local. Teodoro recuou aos tropeços, caiu na cama e, inteiramente amedrontado, apontou para mim, com o dedo indicador tremendo.
— Ele me obrigou, meu pai — disse ao homenzarrão. — Eu não queria, mas ele disse que ia machucar a mamãe se eu não permitisse que sua boca imunda me tocasse...
— Teo... — comecei a dizer, abismado, mas o homenzarrão me agarrou pelo pescoço e saiu me arrastando com brutalidade para fora da casa. — Reverendo, por favor... Ouça-me antes... Reverendo, seu filho que me pediu para tocá-lo...
— Cale-se, depravado vil — ordenou, ainda me arrastando em direção ao meio da ruela principal do vilarejo. Ao chegarmos ao local pretendido, ele me lançou ao chão e acertou minha barriga com chutes. — Meu povo, acuso este rapaz profano de fornicação e traição à família que o acolheu quando sua mãe morreu na fogueira. Ouçam todos: este rapaz é um fornicador e, na autoridade me outorgada pela nossa Seita, eu o expulso do nosso vilarejo para sempre e o exilio na Floresta.
— Por favor, reverendo — implorei às lágrimas. — Eu não fiz nada de errado. Por favor, não me expulse...
— Seu fornicador vil — berrou o reverendo, voltando a me chutar. — Que dois homens destemidos levem este rapaz para a Floresta e o deixem lá, despido e sem armas e mantimentos. Que os lobos maus santifiquem sua carne!
Sem julgamento, sem advogado, sem direito à defesa, sem interseções, fui carregado para fora do vilarejo por dois homens mal-encarados, sob o sol quente da tarde. Sem piedade, meus carrascos me levaram para o meu exílio, onde eu morreria antes da noite chegar, provavelmente estraçalhado por um lobo.
— Sua redenção o aguarda por aqui, fornicador — disse um dos carrascos quando chegamos sob as árvores colossais da Floresta. — Vou levá-lo além mais um pouco, Teomir — explicou, agora se dirigindo ao outro carrasco. — Espere-me aqui e fiquei de olhos bem apertos.
Seguimos por mais algum tempo até que eu, exausto e amedrontado, caí de joelhos na terra fria. Era escuro ao meu redor, mesmo ainda sendo de dia, e as feras da selva espiavam, famintas e sanguinárias. O carrasco me agarrou com brutalidade, arrancou minhas vestes todas e, sorrindo, bateu no meu rosto três vezes.
— Com essa sua delicadeza e carinha de quem gosta de libertinagem com homem... Deixe-me adivinhar! Você foi pego fornicando com o filho do reverendo, estou certo?
Não respondi, mas era a verdade.
— Posso ajudá-lo, mas há um preço, rapaz.
— Qual? — perguntei com um fiapo de esperança.
— Aqui, onde nos encontramos agora, jamais seremos flagrados pelo reverendo, então vire seu quadril para cá e me permita mostrar o tamanho da minha solidariedade a você.
Estremeci e recuei, rastejando.
— Não quero — disse eu, com muito medo. — Vá embora.
— Perdoe-me se deixei transparecer ser uma escolha — pediu e arrancou seu membro duro e gordo para fora das vestes. — Não é uma escolha, rapaz, é o que vai acontecer.
O carrasco se jogou sobre mim, faminto, e eu rolei pelo chão para me esquivar. Levantei-me o mais rápido que pude e disparei em correr entre as árvores, sem orientação, só querendo me afastar do homem que queria se aproveitar da minha fragilidade. Ele me perseguiu por um tempo, mas se cansou e, amaldiçoando-me, disse que eu morreria antes da meia-noite.
Pelado, com medo e sem armas, eu olhei ao redor. As árvores eram colossais e assustadoras e sons vinham de todas as direções, provocados pelos ventos selvagens e por feras sanguinárias. Chorando, foi caminhando sem destino e especulando o que ceifaria minha vida logo, logo.
Já era noite quando, chorando e tremendo, ouvi um rosnado, igual a de um cão feroz, e fui atingido por uma bola preta de pelos, músculos e dentes. Dentes caninos e sedentos que mordiam minha pele e me arrancavam nacos de carne, devorando-me, insaciável. Eu já gritava e sangrava havia vinte ou trinta segundos, quando ouvi a fera chiar de dor e desabar sobre mim, imóvel.
Era tão escuro aqui que eu não conseguia ver nem sequer silhuetas, por isso não vi quem nocauteou o lobo, removeu seu corpo de cima de mim e me pegou nos braços. Somente senti braços fortes me envolvendo e me levantando muito alto. Depois comecei a ser carregado pela Floresta ao som das corujas e sapos.
Talvez eu estivesse morto e os braços que me carregavam eram de um anjo ou de um demônio, incumbido de me levar para onde eu passaria a eternidade.
Porém, se não havia dor após a morte, então eu não estava morto, porque meus braços doíam demais e sangravam. Sangravam muito. Aos poucos, fui perdendo a consciência, oscilando entre acordado e desmaiado, entre vivo e morto...
Quando tornei a abrir os olhos, primeiro me senti outra pessoa, uma sem medos e dores, e depois me senti voltar ao que sempre fui e olhei ao meu redor, surpreso. Estava de dia e eu me encontrava agora em uma espécie de casa de galhos e folhas, com um único cômodo, onde havia desde fogão a lenha e mesa de jantar à cama para dormir. E eu estava deitado nessa cama, com minha nudez resguardada por um cobertor grosso.
Coloquei-me me pé, confuso. Olhei para meus braços e os encontrei cheios de ataduras. Então me dei conta de que as mordidas da fera não doíam mais. Olhei ao redor, procurando meu anfitrião, mas, a não ser que ele fosse invisível, eu estava sozinho. Caminhei até o que parecia ser a porta e puxei o trinco, abrindo uma fresta, por onde olhei e constatei ainda estar na Floresta.
Vi uma silhueta grande se aproximando, fechei a porta rapidamente e voltei para a cama, onde me deitei sob o cobertor e fingi dormir. O medo voltou ao meu coração e eu até tremia um pouco agora. Ouvi a porta abrir e alguém entrar, sem dizer nada. Sons de algo sendo escalpelado chegou a mim e eu comecei a chorar, incapaz de conter.
De repente e bruscamente, o cobertor foi arrancado de cima de mim e minha forma nua, pequena e amedrontada foi revelada aos olhos lupinos e vermelhos de uma criatura intimidadora. Em silêncio sepulcral, a gente se entreolhou e eu engoli o seco, perguntando-me se foi ele quem me salvou e curou.
A criatura tinha pele cor de bronze traços de lobo fundidos a traços de humano, embora esses últimos prevalecessem. Suas pernas eram puro músculos e pelos cor de ébano e terminavam em patas lupinas e grandes. Seus braços eram musculosos, com bíceps grandes, quase sem pelos e terminavam em mãos humanas, grandes e calejadas. Sua barriga era dividida em gomos de músculo e seu peitoral era largo e peludo. Seu rosto era humanoide, à exceção dos olhos e dentes, e sua cabeceira era cor de ébano, como seus demais pelos.
— Quem é o senhor? — perguntei, sem ter certeza se a criatura tinha consciência.
— Meu nome é Ben-mir e eu o trouxe para cá após salvá-lo de um lobo mau.
A voz dele era grossa, como um rosnado, mas sua expressão facial era pacífica, o que me deixou um pouco crente de que ele não ia me arrancar a pele e a carne.
— Sou grato por ter me salvado e peço que não me machuque.
— Se não buscar o mal para mim, não o buscarei para você, pequeno humano. — Ele se sentou no rabo do fogão e me olhou, com atenção, correndo seus olhos vermelhos por minha nudez. Então me jogou o cobertor e disse que eu podia me cobrir, se quisesse. — Conte-me o que você fazia nesta Floresta tão perigosa ontem à noite.
— Eu vivia em um vilarejo nas redondezas da Floresta, mas fui expulso de lá e exilado aqui — contei, enxugando minhas lágrimas. — Era para eu já ter morrido como redenção ao meu pecado maior, porém, como o senhor me salvou...
— Qual a sua idade?
— Acabo de completar a maioridade perante à Seita.
— E qual o crime tão grave cometido por você que o fez ser exilado aqui tão jovem?
— Eu... Eu gosto de... — Minha voz falhou, incapaz de confessar minha condição. — O senhor segue a Seita?
— É óbvio que não — respondeu com firmeza. — Crença à ignorância não combina comigo.
— Posso lhe contar então meu pecador maior. Eu gosto do mesmo sexo que tenho. Gosto de homens.
— Atípico — respondeu, pensativo. — Nunca vi dois animais do mesmo sexo se gostando.
— Exatamente, por isso fui banido de casa e exilado aqui para morrer.
— Então você tinha um relacionamento com outro do mesmo sexo?
— Sim, um jovem como eu, que dizia me amar, mas que foi o primeiro a apontar o dedo para mim e me condenar por fornicação.
— Atípico, sim, na minha visão, mas indigno de punição, afinal, cada um é o que é e fica o que é — disse Ben-mir e se levantou. Ele era muito alto e parrudo e, à exceção de uma tanga que cobria sua intimidade, estava nu também. — Eu sou uma consequência atípica, mas a natureza não me pune por isso. Fico o que sou e você deve ficar o que é.
— E o que o senhor é, ó, meu salvador e anfitrião?
— Sou um lobisomem, autêntico, como poucos.
— Eu me tornarei um também? — perguntei, alarmado, pensando nas mordidas que levei do lobo.
— Apenas se a mãe, quando grávida, beber água da pegada de um lobo. Fora isso, nada causa licantropia. É uma condição de quando se está no útero da mãe poder virar um lobisomem.
— Menos mal... Não que eu acho a sua condição vil, apenas gosto de como eu sou — apressei-me em dizer para evitar desagradar meu salvador e anfitrião. Eu me levantei, usando o cobertor como túnica, e estiquei a mão para o lobisomem. — Eu me chamo Salatiel, preferindo ser chamado só de Tiel, se não incomodar. Gratidão por ter me ajudado ontem e hoje, senhor!
— A natureza me ajuda e eu ajudo o que ela cria — disse e apertou minha mão com tanta força que chiei de dor. — Como você foi banido de sua antiga casa, acho que terá que se migrar para outra, mais distante, porém a Seita está por todas as cidades e vilarejos...
— Eu não tenho para onde ir — reconheci, triste. — Nenhum lugar será diferente de onde eu estava, pois minha condição atípica continua comigo.
— Pode ficar um tempo aqui, até descobrir um lugar ou até poder ficar por conta própria.
— Eu agradeço, senhor Ben-mir!
O lobisomem voltou a escalpelar o javali que tinha caçado, mostrando toda sua perícia na arte. Depois cortou um grande pedaço da carne e o colocou em um recipiente sobre o fogo e outro pedaço reservou em uma tigela. Por fim, limpou tudo ao seu modo e voltou para mim.
— Vou me banhar no lago. Pode me acompanhar se julgar necessitado de um banho.
— Necessito.
Segui Ben-mir para fora da casa e por entre as árvores colossais. Enquanto andávamos em silêncio, ele à frente e eu atrás, encolhido na túnica improvisada, eu observei suas costas largas, musculosas e peludas e suas panturrilhas de lobo. Também contemplei a firmeza de seus passos e os ares de grandiosidade e ferocidade que ele emanava de si.
Ao chegarmos ao lago, situado em uma clareira bem iluminada, o lobisomem despiu sua tanga, permitindo que eu visse suas nádegas peludas por um momento, e mergulhou, como um peixe. Mesmo tendo consciência de que ele já tinha me visto despido, fiquei tímido de mostrar minha intimidade durante o banho. Aproximei-me das águas cristalinas e observei minha aparência no reflexo.
Eu era um humano jovem e sem atributos de guerreiro, como força nos punhos, força para arremessar armas e digladiar, corpanzil intimidador, ossos graúdos etc. Eu era baixo e magro feito um ganho seco, tinha pele alva e escorreita, olhos e cabelos escuros como carvão e pouquíssimos pelos no corpo.
— Talvez seja melhor você entrar na água, Tiel — disse Ben-mir ao imergir até a virilha. — Não se preocupe, pois estas águas são livres de predadores, contudo cuide para não molhar as ataduras. Seus ferimentos são profundos e água de lago não fará bem a eles.
Despi minha túnica e caminhei para dentro do lago, emergindo meu corpo até o peitoral. Mantive os braços fora da água para não molhar as ataduras e, quando me dei conta de que não conseguiria me levar, vi o lobisomem se aproximando de mim, com uma espécie de esponja nas mãos. Prendi a respiração de vergonha e receio.
— Tive que usar éter para cuidar dos seus ferimentos e ele está mais raro a cada dia, por isso não se pode desperdiçá-lo molhando as ataduras — explicou e, como se fosse a coisa mais comum do mundo, começou a deslizar a esponja pelo meu peitoral e barriga. — Você ficará atado por alguns dias, Tiel, mas vai se recuperar por completo, então valerá a pena os cuidados.
Eu não consegui falar, pois meus sentimentos estavam tumultuados com a surpresa e excitação que a esponja manejada por Ben-mir me causava e com meus olhos curiosos que capitavam um vislumbre da silhueta da genitália do meu salvador, anfitrião e cuidador.
— As costas, Tiel.
Tremendo, eu me virei e o lobisomem parrudo limpou minhas costas com a esponja e, ao chegar as minhas nádegas, eu me afastei, confuso com minhas emoções. Deixei o lago, alegando já estar bem limpo e vesti minha túnica de volta, bem rápido, desprezando o fato de estar todo molhado.
Ben-mir continuou seu banho, sem se abalar, esfregou-se, mergulhou para lavar a cabeleireira cor de ébano e relaxou também sob das águas cristalinas. Eu, por outro lado, não relaxei, apenas procurei um meio de cessar minha excitação e conter os pensamentos lascivos.
— Um banho: uma nova criatura — disse o lobisomem, saindo do lago.
Não pude resistir e olhei para a intimidade de Ben-mir, ficando de boca aberta e sentindo tanto excitação quanto assombro, pois seu falo era grosso, igual a um cajado de ancião, e descia flácido até o meio de suas coxas peludas. Seus bagos eram pesados e avantajados e sumiam em um emaranhado de pelos cor de ébano. Desviei o olhar, mas logo voltei a olhar, observando-o ir até a sombra de uma árvore.
— Poderemos voltar já, já — disse a mim, pegando no seu membro e mirando para urinar. — Só eu me aliviar aqui e poderemos regressar.
Observei seu jato de urina deixar seu falo, fumegando e escorrendo pelo tronco da árvore. Perguntei-me se ele tinha uma parceira para receber seu membro avantajado e se existia mulher com sua condição.
— O senhor tem uma esposa, Ben-mir? — perguntei, ainda o observando a expulsar todo o líquido fumegante.
— Não.
— E há mulheres iguais ao senhor?
— Há fêmeas com a mesma condição, sim, mas nenhuma que viva aqui por perto. — Ele balançou seu falo para as últimas gatas cair no chão e voltou para onde deixou sua tanga. — Eu já estive com uma fêmea igual a mim, muito tempo atrás, mas, como não podemos reproduzir por meio do coito, como os humanos, eu a deixei. — Ele vestiu a tanga e começamos a caminhar de volta para a casa. — A gente, lobisomens fêmeas e machos, somos inférteis por natureza, então não me fazia sentido copular com ela para não obter resultado algum.
— Mas e o prazer?
— Prazer? Como assim?
— Toda a satisfação prazerosa que um coito causa.
— Nunca senti isso, Tiel — disse, pensativo. — Talvez isso não exista entre os lobisomens.
— É uma justificativa, mas outra é que sua parceira e o senhor não se gostavam e não procuravam pelo prazer quando copulavam.
— Éramos jovens à época, então você pode ter razão — ponderou. — Mas agora que ela e eu estamos longe não podemos tentar do jeito correto.
— Na verdade, há outras maneiras de se conquistar esse prazer que citei — expliquei, com vergonha. — Beijo íntimo e masturbação, embora proibidas pela Seita, são comuns entre os humanos, portanto pode funcionar com o senhor.
— Após a refeição, você me fala mais sobre essas maneiras?
— Ah! — exclamei, confuso e envergonhado. — Sim, ensino, sim.
Nós chegamos à casa dele, entramos e eu me sentei à mesa de madeira velha enquanto ele, muito tranquilo, pegou o pedaço de carne que deixou no fogo e me o serviu em um pratázio. Para si, pegou o outro e começou a comê-lo cru mesmo e minando sangue. Eu fui arrancando nacos no meu javali assado e comendo, famélico.
Observei o lobisomem comer e vi o quão caninos eram seus dentes e sua mordida na carne grua e imaginei que, embora meio humano e com consciência, ele poderia matar alguém a dentadas bem rapidamente, igual a um lobo mau legítimo.
Quando terminamos o banquete, limpamos o rosto e as mãos em uma toalha grossa e ele foi se acomodar na cama, parecendo saciado. Ele se deitou no colchão de palha, ocupando-o quase todo com seu corpanzil parrudo, e olhou para mim, com seus olhos vermelhos e lupinos cintilando.
— Tiel, pode me falar agora sobre as maneiras que citou para o alcance do prazer?
— Sim — respondi, tremendo. — A masturbação é quando a própria pessoa estimula seu falo até o prazer máximo chegar, usando as mãos enquanto o beijo íntimo é quando seu parceiro ou parceira usa os lábios e língua para estimulá-lo.
— Eu como me estimularia? — perguntou, genuinamente ignorante aos conceitos que eu lhe ensinava.
— Pegando no seu falo com as mãos e imaginando momentos de excitação enquanto suas mãos percorrem toda a extensão do membro, afagando-o.
— Pode me mostrar? — pediu e se sentou, colocando as pernas para fora da cama e as abrindo.
Fiquei sem reação, muito nervoso, tímido e envergonhado. Fora Teodoro, eu nunca tinha tido momentos de intimidade com alguém e, mesmo com o Teo, esses momentos se resumiam a beijos de boca, masturbação, beijos íntimos e conversas lascivas. Pensei em recusar o pedido de Ben-mir, mas, como eu estava em dívida com ele por ter me salvado, curado e alimentado, concordei em lhe mostrar o que era uma masturbação.
— Vou mostrar, sim, Ben-mir, como forma de retribuir uma parcela da ajuda que o senhor me prestou ontem e hoje.
— Se não se sente bem o fazendo, não precisa fazê-lo.
Ponderei sua fala e olhei do seu rosto para seu peitoral largo e peludo e de volta para seu rosto. Entendi então a confusão de sentimentos que tive havia pouco: eu, antes inconscientemente e agora de modo consciente, achava Ben-mir, o lobisomem alto e parrudo, belo e atraente, como um príncipe prometido. Mais que isso, ele me excitava e não era da maneira sutil que Teodoro me excitava, não, era de um modo ardente e meio selvagem.
— Quero lhe mostrar, sim, Ben-mir — disse eu e me ajoelhei entre as pernas do lobisomem. — Primeiro vamos despir sua tanga.
Peguei nas laterais da sua tanga e a despi de seu corpo peludo. Imediatamente, senti a fragrância da intimidade de Ben-mir: uma mistura de virilha selvagem com folhas e masculinidade de lobo. Era forte o odor, porém não de um jeito nojento e sim de uma maneira hipnotizante. Olhei então para seu falo gigante e seus bagos pesados de perto.
Minhas mãos tremiam quando peguei no membro do lobisomem, sentindo que na realidade seu estado de flacidez era diferente do dos homens. O meu falo ficava minúsculo e mole quando eu não estava excitado, já o de Ben-mir, quando não excitado, mantinha certa dureza e tamanho avantajado. Admirado, perguntei-me como ele ficaria ao atingir a excitação total. Comecei a mover minhas mãos pelo membro todo.
O falo do lobisomem foi crescendo e se enchendo de vida até atingir a ereção completa nas minhas mãos. Seu corpo manteve a grossura de um cajado e cresceu mais alguns centímetros em extensão, ficando do tamanho da minha canela. A glande era arroxada e latejava, minando um líquido ralo e esbranquiçado enquanto o corpo mantinha a cor de bronze da pele de Ben-mir. Os pelos cor de ébano ficavam mais próximos à base e nos testículos.
— É assim que se faz uma masturbação — expliquei, ainda movendo minhas duas mãos pelo membro pulsante. — Na verdade, a masturbação seria o senhor mesmo fazendo em si próprio, mas o jeito seria igual.
Larguei o falo do lobisomem, observando que ele permaneceu de pé mesmo sem a ajuda das minhas mãos, e peguei na mão direita de Ben-mir, conduzindo-a até sua ereção. Vi-lo envolver seus dedos no membro e o ajudei a começar o movimento de vai e vem.
— Esta é uma masturbação autêntica — anunciei quando ele sozinho começou a se acariciar. — O que acha?
— Interessante — respondeu e aumentou o ritmo da sua manzorra.
— Está sentindo satisfação, prazer?
— Sim, é gostoso isto — constatou e soltou um gemido, alto e feroz. Então olhou nos meus olhos e perguntou: — Como é o beijo íntimo?
Engoli o seco.
— O senhor sabe o que é um beijo?
— Sim, o encontro de duas bocas. Eu beijava a fêmea com quem copulei.
— Então, o beijo íntimo é um beijo dado no falo do macho, acompanhado de lambidas.
— Atípico — disse, pensativo. — E você já fez isso, Tiel?
— Somente no jovem que dizia me amar.
— E foi esse beijo íntimo que causou seu exílio?
— Foi, sim.
— Se você sentia prazer em dar esse beijo íntimo e quiser, pode dá-lo em mim.
Senti minhas bochechas arderem de vergonha, mas estaria me enganando se fingisse que não queria. Desde o momento em até vi o membro de Ben-mir pela primeira vez, eu o desejava e me excitava com ele, com seu tamanho avantajado.
Muito tímido, porém com vontade, afastei sua mão do próprio falo e voltei a tocá-lo com as minhas. Depois fui aproximando o rosto bem devagarinho, com o coração batendo forte, e beijei a glande uma vez. Beijei outra. E outra. Então abri a boca e comecei a envolvê-la com meus lábios e língua, sentindo gosto salgado e inebriante.
Como eu não conseguia acomodar na minha boca nem um quarto do membro do lobisomem, eu me contentava com a glande latejante e em distribuir beijos até a base peluda, sentindo os pelos roçarem na minha pele. Desci uma das mãos para os testículos de Ben-mir e senti o peso deles enquanto massageava.
O lobisomem grande e parrudo que eu beijava intimamente uivava de prazer e estremecia, deliciando-se com minha boca no seu falo enorme e pulsante. E, sem prévio aviso, ele atingiu o ápice e jorrou esperma na minha garganta, fazendo-me engasgar e tossir.
— Que foi isso? — perguntou, surpreso, observando o líquido branco escorrer da minha boca e da sua glande.
— O senhor ejaculou — respondi com tom de obviedade. Acabei engolindo parte do esperma jorrado na minha boca e me senti saciado. — É normal ejacular ao atingir o prazer máximo. Nunca tinha acontecido com o senhor?
— Não.
— Nem quanto copulava com sua parceira?
— Nem quando — concordou, observando o líquido respingado no chão. — A fêmea e eu nos conectávamos através da bainha dela e do meu falo e, após um pouco de espera, o meu liquido saí, sem prazer, sem satisfação. Apenas saía.
— O melhor é o prazer que vem junto — expliquei, percebendo que seu falo permanecia ereto. — O senhor gostou?
— Muito — respondeu e sorriu. Um sorriso que mesclava beleza e ferocidade. — Foi bem prazeroso e foi graças a você, Tiel, por isso lhe devo um favor. Só pedir.
— Não devo nada, o senhor já fez muito por mim.
— Então pare de me tratar com tanto formalismo. Chame-me pelo meu nome e por 'você' a partir de agora.
— Compreendido, Ben-mir!
Ao anoitecer, Ben-mir se deitou na cama, bem esticado e relaxado, e me convidou a deitar ao seu lado, no cantinho da parede. Quando me acomodei, ele riu e perguntou se eu não preferia tirar a túnica e usá-la como cobertor, pois a noite seria fria. Acanhado, despi minha única veste e a estiquei sobre nossos corpos, ficando nu embaixo dela.
Logo o frio chegou, implacável, e eu comecei a tremer e bater dentes. Ouvi a voz do lobisomem perguntar se eu queria abraçá-lo para afugentar o frio e, antes que eu pensasse na proposta, senti seus braços fortes me envolverem e me apertarem contra seu corpo grande e peludo. Eu me senti livre do frio por um lado, mas, pelo outro, senti-me refém de uma atração romântica e sexual por Ben-mir.
Na manhã seguinte, nós nos levantamos com o sol, comemos do javali novamente, Ben-mir trocou minhas ataduras e fomos dar uma volta pela Floresta, comigo andando bem pertinho do meu anfitrião. Em uma clareia, ele se sentou em um pedregulho e me olhou, com atenção.
— Por que você não faz apenas uma tanga para cobrir sua intimidade ao invés de usar todo esse cobertor?
— Tenho vergonha.
— De eu vê-lo nu?
— Sim — respondi, olhando para o chão da clareira, acanhado.
— Eu já o vi despido e, mesmo se não tivesse visto, não tem motivo para se envergonhar, afinal somos machos. Temos os mesmos instrumentos.
— Mas você é grande e forte e eu me sinto atraído por homens. Seria embaraçoso.
— Para mim, não.
— Então me ajuda a fazer uma tanga?
O lobisomem sorriu e me pediu para lhe dar a túnica. Com perícia, ele rasgou um pedaço do tecido grosso, amarrou de um lado, do outro, e pronto. Estava feita. Vesti a tanga, escondendo minha intimidade, e me sentei no pedregulho também.
— Você cresceu onde, Ben-mir?
— Onde moro agora. Quando eu nasci, metade homem e metade lobo, minha mãe fugiu do vilarejo para cá e construiu a casa onde vivo até hoje. Vivemos juntos, com ela me ensinando de todo um pouco. Quando ficou bem velhinha, ela faleceu.
— Quantas primaveras você tem?
— Muitas — respondeu, olhando para o céu. — Cento e doze para ser exato. Lobisomens vivem séculos, então ainda sou jovem.
— E seu pai?
— Nunca o conheci. Ele morreu em batalha, meses antes do meu nascimento.
— Sinto muito!
— Não sinta! Morrer é parte da natureza. Tudo que é vivo morre. Mas e você, cadê seus pais?
— Minha mãe foi queimada como bruxa aos meus três anos e meu pai morreu enforcado por tentativa de roubo à Seita quando eu tinha seis. Depois disso, passei a servir a família do reverendo do meu vilarejo, análogo a um escravo, sem outros familiares e sem amigos.
— Agora você não serve a ninguém, apenas a sua própria vontade e sobrevivência.
Ben-mir se pôs de pé, austero e mais belo que o habitual, iluminado pelo sol da manhã, e deu dois passos em direção às árvores, então rosnou e, alarmado, vi uma flecha fincada nas suas costelas. Olhei para trás e soltei um grito de espanto e terror ao reconhecer meus carrascos de ontem com arcos de madeira nas mãos.
— Mate a besta, Teomir, que eu cuido do rapaz vil.
Eles investiram, brandindo as armas. O mesmo que tentou se aproveitar da minha fraqueza se lançou sobre mim, desta vez me prendendo contra o chão. O outro atacou Ben-mir com flechadas e desembainhou um gládio mortal.
O meu agressor tentou despir minha tanga enquanto eu me debatia e gritava, atacando-o como podia. Ele conseguiu revelar minha a intimidade e me virou de bruços para o chão para tocar nas minhas nádegas. Ele se colocou em cima de mim, para me violar, mas antes eu consegui chutá-los nos testículos e me arrastar para longe.
— Lorde! — exclamou o carrasco que atacava Ben-mir. — Ahhhhh!
Eu me virei a tempo de ver o tal de Teomir ter a cabeça decepada a mordidas por Ben-mir. Com o primeiro carrasco morto brutalmente, o lobisomem seguiu para o meu agressor, agarrou pelos ombros e, com uma força monstruosa, rasgou-o no meio, como se ele fosse um pergaminho velho.
— Você está bem, Tiel?
Eu não consegui responder, pois estava em choque, em completo assombro. Tremendo, coloquei-me de pé, vesti minha tanga de volta, olhei para os corpos despedaçados, caminhei até o pedregulho e me sentei novamente.
— Eles nos atacaram e eu revidei — disse o lobisomem, rosnando. — Quem não vem em paz, não merece paz. — Ele arrancou a flecha cravada em suas costelas e chiou de dor. — Preciso me banhar. Você vem?
Calado, acompanhei Ben-mir até o lago, onde ele despiu sua tanga e mergulhou para se livrar do sangue de seus inimigos. Eu me sentei na margem e me acalmei, considerando que meu anfitrião tinha feito o necessário para se salvar e para me salvar. E não havia nada de assombroso nisso. Pelo contrário, tinha sido muito heroico.
— Ben-mir — chamei e ele olhou para mim. — Agradeço por ter me salvado de novo.
Ele sorriu e veio para a margem onde eu estava. Sem se importar com sua nudez, ele se sentou ao meu lado e me olhou, com os olhos cintilando. Muito tranquilo e lentamente, ele foi aproximando sua boca da minha e terminou por me beijar. Sua língua grande e molhada penetrou a minha boca, caçando a minha e se entrelaçando nela.
Em uma explosão de excitação e contentamento, eu me sentei sobre as coxas nuas dele, montando no seu colo, e correspondi o beijo com delicadeza enquanto ele me beijava com voracidade. Empurrei-o para o chão, fazendo-o se deitar na margem, e beijei seu peitoral largo, forte e peludo, sentindo cócegas por causa dos seus pelos.
Fui descendo por seu corpo, aos beijos e afagos, dei atenção especial a sua barriga dividida em gomos de músculo e masculinidade e cheguei a sua intimidade nua. Sorri e ataquei seu falo grande e grosso que já estava ereto e latejando.
Beijei e lambi da glande à base e da base à glande, com demasiada gula, saboreando o salgado e inebriante gosto. Massageie seus bagos graúdos e peludos e senti uma ardência forte entre minhas nádegas, originando-se na minha entradinha incandescente. Quanto mais eu me deliciava com o falo do lobisomem, mais a ardência aumentava.
Eu sentia que meu corpo já pedia uma nova experiência.
Ao atingir o ápice, Ben-mir encheu minha boca com seu líquido e uivou de prazer. Eu engoli tudo desta vez, sem desperdiçar uma gota sequer e olhei para o meu parceiro, perguntando-me se ele me via como eu o via.
— Ben-mir, você me acha bonito?
— Claro — respondeu, ofegante.
— O que você sente como me olha?
— Sinto muito calor e sinto também vontade de colocá-lo para me beijar intimamente toda hora.
— Por que você beijou minha boca agora há pouco?
— Senti vontade e fiz e foi diferente de quando eu beijava a minha parceira lobisomem. Com você foi estimulante, embriagante e me deixou querendo mais.
Meu coração estava quase fugindo do peito.
— O que você sente por mim?
— Que eu quero a sua companhia todos os dias e todas as noites nos meus braços e no meu falo.
— Gosta de mim mesmo nós dois sendo machos? — perguntei, lembrando-me da nossa primeira conversa.
— Como eu lhe disse, sou um ser atípico e gosto de você do jeito que você é. Com falo e tudo.
Chorando de alegria, eu me deitei sobre Ben-mir e beijei sua boca dezenas de vezes, apreciando os toques de sua língua grande na minha. Fiquei me deliciando em seus braços fortes por horas e depois fomos para a casa.
Só agora Ben-mir se ocupou em cuidar do ferimento nas suas costelas com éter e ataduras. Eu fui seu curandeiro e lhe recomendei três beijos íntimos por dia e uma centena de beijos normais.
Dez dias se passaram comigo cuidado da casa, caçando javalis e coelhos com Ben-mir, banhando-me com ele no lago, dormindo em seus braços e beijando sua boca e membro. A cada dia, a ardência entre as minhas nádegas se intensificava, implorando por um contato inédito e rígido, contudo eu não tinha coragem de chegar a esse ponto, porque nunca tinha feito isso e temia não resistir ao tamanho avantajado do meu lobisomem.
Em uma tarde quente, Ben-mir chegou com uma cesta de frutas e nós comemos à mesa, conversando sobre os nossos pacatos dias. Depois fomos para a cama, ele tirou sua tanga e se sentou e eu me preparei para ajoelhar e começar meu deleite, porém ele me perguntou o motivo da minha relutância em ficar despido por inteiro na presença dele, mesmo agora que tínhamos um relacionamento.
— É que eu tenho desejos muito íntimos e eles se afloram quando estou nu.
— Muito íntimos, como assim, Tiel?
— Ben-mir — disse eu e me sentei só seu lado na cama. — Você sabia que há como dois homens, dois machos, copularem para obter prazer?
— Impossível! — exclamou, certo do que afirmava. — Nenhum de nós tem bainha para o outro entrar com o falo.
— O rapaz com quem eu tinha uma relação antes de vir para cá me contou sobre uma prática secreta entre os homens que consiste em penetrar o falo entre as nádegas um do outro.
— Entre as nádegas? — perguntou, surpresa.
— Sim.
— Atípico! E você sente vontade de pôr em prática essa prática secreta?
— Sim, mas tenho medo de você não gostar ou de eu não aguentar seu falo entrando em mim.
— Quanto ao medo de eu não gostar, esqueça-o, pois faço qualquer coisa por você com gosto. Quanto a você aguentar ou não, só fazendo para descobrir, Tiel.
— Podemos tentar amanhã cedo, antes da primeira refeição? — perguntei, muito animado, porém um pouco temeroso também. — Eu acordo sempre com muito desejo.
— Tentamos amanhã então, e agora trate de tirar sua tanga que quero vê-lo como veio à vida.
Eu me levantei e abaixei minha tanga, exibindo meu falo duro e sem pelos e meus testículos miúdos e sem pelos também. Meu lobisomem olhou minha intimidade com um sorriso e esticou sua mão grande e calejada para pegar no meu membro pela primeira vez. Quando sua manzorra se envolveu em mim, eu soltei um grito lascivo e comecei a gemer.
Sua mão enorme era o suficiente para envolver todo o meu falo e o estimulava com firmeza e força enquanto eu gemia e estremecia, com as pernas bambas de prazer. De repente, Ben-mir escorregou para o chão e seus lábios encontraram minha glande, envolvendo-a em um beijo íntimo e feroz da ponta à base lisinha.
Ao contrário de mim, ele conseguia cuidar de todo o meu falo somente com a boca, o que o possibilitou usar uma mão para massagear meus bagos e a outra para, pela primeira e mais perfeita vez, sentir minhas nádegas, afagando e conhecendo suas formas cheias e arredondadas. Seus dedos deslizaram pela minha pele pálida, acariciaram entre as bandas do meu traseiro e, muito delicadamente, tocaram minha entradinha.
De repente, meu falo vibrou e eu atingi o ápice na boca do meu lobisomem, servindo-o com meu esperma. Guloso igual a mim, ele bebeu o líquido do meu prazer e sorriu, mostrando os dentes caninos. Então se pôs de pé, projetando sua forma altíssima sobre mim e me abraçou apertado. Eu acariciei meu rosto no seu peitoral largo e peludo e peguei no seu membro para iniciar a preparação do meu lanchinho da tarde.
Quase não dormi durante à noite, preocupado com o que meu lobisomem e eu faríamos na manhã seguinte. Uma parte minha queria mais que tudo sentir seu falo em mim, enchendo-me com pulsações e emoções lascivas. Outra parte temia a dor descomunal que a tentativa poderia causar, especialmente por ser com um macho humanoide do porte avantajado de Ben-mir.
Ao nascer do sol, Ben-mir acordou, espreguiçando-se e bocejando, comigo nos seus braços fortes. Ele me beijou e perguntou se eu estava preparado para o grande momento e eu concordei balançando a cabeça. Nós nos colocamos de pé e, antes de qualquer passo lascivo, fomos urinar entre as árvores, aliviar a bexiga da noite. Enquanto nos aliviávamos, eu olhei para seu falo gostoso e destrutivo e engoli o seco, temerosíssimo.
Voltamos à casa, despimos nossas tangas e começamos a nos beijar com vontade. Eu senti seus músculos durante o beijo enquanto ele apalpou minhas nádegas com força e fome. Então eu o empurrei para a cama, fazendo-o se sentar e me ajoelhei entre suas pernas de lobo para beijar seu falo de homem. Ele alisou meu cabelo e afagou meu rosto enquanto eu o beijava e lambia da glande à base.
Quando minha entradinha já ardia como nunca antes, eu cessei o beijo íntimo, sorri para o meu lobisomem, e me sentei em suas coxas, montando em seu colo, e voltamos nos beijar na boca, com insaciável vontade. Durante o beijo, eu unhei suas costas de leve e ele roçou seu falo nas minhas nádegas.
— Como fazemos agora? — perguntou, referindo-se ao grande momento.
— Eu me deito assim — expliquei, deitei-me na cama, com as costas no colchão, e abri as pernas, erguendo o quadril. — Agora você prepara seu membro entre as minhas nádegas e empurra com extrema delicadeza. Espero que seja gostoso!
— Será, eu prometo — disse, sorrindo. — Mas antes posso beijar você intimidade e aqui? — perguntou, apontando para a minha entradinha imaculada.
— À vontade!
Ben-mir se acomodou na cama de jeito que seu rosto ficou bem próximo das minhas nádegas e, controlando sua insaciedade, beijou minha entradinha, fazendo-me ficar todo arrepiado. Ele beijou outra vez. E outra. E mais outra. E então começou a me lamber, igual a um cão bebendo água.
O toque cálido, úmido e inédito me deu mais prazer que eu poderia imaginar e fez minha entradinha afrouxar sua tensão, como se se abrisse para a chegada de alguém. Minhas pernas pararam de tremer e relaxaram, meu coração se acalmou e eu me senti mais lasseado que nunca.
— Ben-mir, estou pronto.
Meu lobisomem se colocou sobre mim, apoiando-se com um braço, acomodou seu membro na minha entradinha e começou a juntar nossos corpos, ocasionando a penetração do seu falo em mim.
Eu gritei de dor quando a glande me penetrou e recuei na cama até o falo deixar minhas nádegas. Respirei fundo e olhei nos olhos vermelhos do meu parceiro. Expliquei que tinha doído muito e ele, compreensivo, disse que podíamos parar se eu quisesse.
— Não, não quero. Vamos tentar de novo.
Outra vez sua glande me penetrou, causando dor, porém agora não recuei. Mantive-me imóvel, esforçando-me para relaxar e lassear minha entradinha. Pedi para Ben-mir penetrar mais um pouco e gritei outra vez, sentindo muita dor, quando ele cumpriu meu pedido. Mas não recuei, pois sabia que tinha que resistir.
— Penetra mais um pouco, Ben-mir.
Ele forçou e eu comecei a tremer de dor, suspeitando que essa conexão me ensinada por Teodoro era infundada de prazer. Eu já ia pedir para Ben-mir parar de uma vez de essa loucura minha, mas senti uma pequena explosão de prazer no meu interior. Pequena e pouca intensa, sim, mas oriunda da penetração.
— Penetra mais.
Fui prontamente atendido e outra vez senti um fiapo de prazer. Repeti a dose e novamente outro fiapo de prazer veio, amenizando a dor um pouco. Mais uma vez fizemos o mesmo. E mais uma. E mais uma.
— Tiel, acho que mais que isso vai machucá-lo por dentro — disse meu lobisomem, olhando-me com atenção. — Metade do meu falo está dentro de você.
— Metade? — duvidei, surpreso e orgulho. — Só mais um pouco, Ben-mir.
Ele penetrou mais alguns centímetros e eu senti, após a dor e o fiapo de prazer, que meu interior estava cheio, que sua glande já tomava espaço de órgãos meus, que eu tinha chegado a minha capacidade máxima. Pelo menos, para esta primeira vez.
— Agora não caberá mais, não — disse eu, ainda orgulhoso do meu desempenho. — Agora você começa a tirar, bem devagar, e, na hora que a glande estiver quase fora, você penetra de novo. E vai repetindo esse processo com gentileza, por favor.
Senti o falo me desocupar devagarinho e voltar a me ocupar devagarinho. O processo de repetiu uma vez, duas vezes, três vezes e continuou incessável. O vai e vem do membro do meu lobisomem dentro de mim suavizou a dor e potencializou o fiapo de prazer, tornando-o uma avalanche de prazer.
Sorri para Ben-mir e perguntei se ele estava gostando. Sorridente, respondeu que era a melhor sensação do mundo e, de modo cavalheiro, quis saber se eu estava apreciando o momento.
— Agora sim — disse eu, ofegando ao ritmo do vai e vem dentro de mim. — Doeu demais no início, mas passou e agora estou sentindo um prazer de proporções colossais, mais intenso que qualquer outro.
— Eu também!
Agora que o prazer reinava em mim, pude apreciar os detalhes, como envolver a cintura do meu lobisomem com minhas pernas, abraçar e unhas suas costas, beijar sua boca e pedir afagos.
— Ben-mir, eu gosto de você, de verdade e para sempre — confessei, sorrindo.
— Eu gosto de você agora e sempre, Tiel, e quero passar todos os meus dias com você.
Tive duas explosões de prazer diferentes: uma vinda do meu próprio falo que ejaculou sem sequer estar sendo tocado e a outra veio do meu interior, de onde a glande de Ben-mir me tocava, lascivamente. Foram dois ápices do prazer ao mesmo tempo que me fizeram gritar e gemer e chorar de alegria.
Então senti os jatos de esperma do meu lobisomem me encherem por dentro, cálidos e potentes. Ben-mir uivou alto e desmontou sobre mim, exausto e saciado. Nós nos beijamos apaixonadamente e marcamos a próxima vez para depois da primeira refeição do dia.
E foi assim, comigo recebendo seu falo todos os dias, que vivemos felizes e excitados para sempre.
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_ Pessoal, se leram até aqui e gostaram, peço estrelas e comentários mais que nunca, pois este conto de quase 7 mil palavras deu muito trabalho. rsrsrsrs
_ Gostaram dessa fantasia erótica? Gostariam de outras semelhantes?
_ No meu perfil terá também este conto numa versão heterossexual, deem uma olhadinha quando chegar.