A casa parecia a mesma de sempre, mas desta vez, senti como se estivesse entrando em território inimigo. Você já reparou como as casas das pessoas têm sempre um cheiro característico? Foi assim que percebi que algo estava diferente. O cheiro dela havia desaparecido.
Perdi a conta das noites que passei na casa do Mateus durante minha infância e adolescência. Eu era tão familiar para os pais dele que não precisava nem bater na porta. Podia entrar sem cerimônia, mesmo que não estivesse com o Mateus. Algumas tardes, depois da escola, eu aparecia de surpresa com o Mateus, e a mãe dele sempre tinha comida pronta, só por precaução. Eles já esperavam que eu fosse aparecer.
Mas parei de ir à casa do Mateus depois do aniversário de quinze anos dele. Ele convidou doze amigos da nossa turma para um churrasco em sua casa. Estávamos no quarto dele e todos os outros deveriam chegar em menos de uma hora quando ouvimos algo quebrar lá embaixo, seguido por muitos gritos.
— Merda. — Resmungou o Mateus para si mesmo.
Eu nunca tinha visto ou ouvido os pais do Mateus discutirem antes, então tentei fazer uma piada sobre isso, mas ele não riu.
— Tem sido assim todos os dias na última semana. — Disse ele. — Não param.
Ouvimos as vozes deles se afastando para o jardim, seguidas de um estrondo. Mateus olhou pela janela e suspirou:
— Lá se vai o churrasco.
As vozes voltaram para dentro de casa e estavam ficando mais altas. Passos subindo as escadas. Não consegui entender exatamente o que estavam dizendo porque estavam gritando muito. Eram assuntos de adultos que não me interessavam muito na época. Mas o Mateus parecia assustado.
— Volto em um segundo. — Disse ele saindo apressado do quarto e fechando a porta atrás de si. Um momento depois, os gritos pararam. Passos se aproximaram rapidamente da porta, que se abriu novamente. Só que não era o Mateus. Era o pai dele, o Carlos.
— Luiz? — Perguntou ele.
Não consigo lembrar se respondi alguma coisa ou se fiquei apenas olhando, de boca aberta como um idiota.
— Acho melhor você ir para casa, filho. O churrasco não vai acontecer mais. Faremos numa outra oportunidade.
Seus olhos pareciam me perfurar. Sentia meu coração pulsando no peito enquanto me levantava e pegava minhas coisas. Ele se afastou para eu sair pela porta, mas ainda encostei na barriga dele e senti os pelos do meu braço se arrepiarem. Antes de descer as escadas, olhei para a esquerda e vi o Mateus parado na porta do quarto dos pais. Pude ouvir a mãe dele chorando lá dentro.
"Outra oportunidade" nunca aconteceu. O Mateus não comemorou aniversário naquele ano. A mãe dele, a Clarice, pediu divórcio três anos depois. Lembro a data porque foi exatamente uma semana depois do meu aniversário de dezoito anos, há quatro meses. Ela saiu de casa no mesmo dia em que entregou os papéis para ele. Sem mais brigas, a casa do Mateus voltou a ser um território seguro. Mas ainda era estranho voltar lá.
Fechei a porta da frente e segui o Mateus pelo corredor. Pude ouvir o som de um cortador de grama. Entramos na cozinha e eu o vi pela janela. Estava sem camisa e sua pele bronzeada brilhava ao sol. O pai do Mateus havia sido jogador de futebol em seus dias de juventude e manteve a forma. O observei pegar uma camiseta azul escura e enxugar o suor da testa. Senti uma contração na minha bermuda ao observar melhor seu abdômen e os pelos escuros que desciam do seu umbigo.
Será estranho sentir atração pelo pai do seu melhor amigo? Desde que me lembro, eu tinha. Mas nunca diria isso para o Mateus. Iria deixar tudo desconfortável.
A camiseta do Carlos parecia prestes a rasgar sob a tensão dos seus músculos a qualquer momento. Apesar de estar na casa dos quarenta e de Mateus e eu termos a juventude a nosso favor, tenho certeza de que se tentássemos enfrentá-lo em uma briga, seríamos espancados.
— Você é surdo? — Perguntou o Mateus.
— O quê? — Olhei para ele, trazido de volta à realidade contra a minha vontade.
— Perguntei se quer comer alguma coisa.
— Ah! Não, estou bem por enquanto. Comi demais no almoço.
O cortador de grama parou. O Mateus abriu a geladeira e eu me afastei, tentando disfarçar minha ereção crescente. A porta dos fundos se abriu atrás de mim. Senti o cheiro dele assim que ele entrou e me virei. Ele me encarou, não o tinha visto tão de perto há anos.
— Luiz, você cresceu. — Disse ele. — Bom te ver novamente. — Ele sorriu e deu uma tapinha nas minhas costas. Sua mão era forte e firme. Enfiei as mãos nos bolsos para me recompor.
— Bom te ver também, Carlos.
— Carlos? — Ele riu.
Senti meu rosto corar. "Desculpe, senhor." Fazia tanto tempo que não conversávamos que tinha esquecido que já éramos íntimos o suficiente para chamá-lo apenas pelo nome.
— Vai jantar conosco?
— Sim. — O Mateus respondeu por mim. — E vai dormir aqui.
Carlos assentiu.
— Certo. Vou tomar um banho, estou fedendo.
Subiu as escadas e passei o resto da tarde até o jantar tentando me concentrar na conversa com Mateus, para não fantasiar sobre como Carlos ficaria no chuveiro.
O jantar foi rápido. Carlos e Mateus falaram sobre coisas de pai e filho, e ele me fez algumas perguntas sobre como eu estava desde a última vez que nos vimos. Depois do jantar, ele pegou uma cerveja para mim e outra para o Mateus na geladeira. E depois mais uma, e outra.
Dormi no quarto de hóspedes. Eram mais de três da manhã quando acordei, precisando usar o banheiro. Levantei-me e fui devagar pelo corredor. Estava apenas de cueca. A porta do quarto do Mateus estava fechada, mas ainda podia ouvi-lo roncando.
A porta do quarto do Carlos estava entreaberta, mas não havia nada além de escuridão lá dentro. Fui ao banheiro, apaguei a luz e fechei a porta atrás de mim. Quase dei um pulo quando vi o Carlos parado na porta do quarto dele. Vestia uma cueca branca que abraçava suas coxas. Seu corpo era verdadeiramente magnífico. Seu peito estava coberto de pelos, suas pernas eram grossas e musculosas. Seus ombros eram tão largos que parecia que ele poderia derrubar uma parede.
— Está tudo bem? — Perguntou ele em voz baixa.
— Uh, sim, estou bem. — Respondi.
— Está tarde. Está com dificuldade para dormir?
— Não, vou voltar a dormir já já.
Ele não saiu da porta e eu também não me movi. Era difícil ler a expressão no rosto dele na escuridão.
— Vem cá. — Disse ele.
Caminhei devagar em sua direção. Ele ocupava toda a largura do batente da porta. Eu não tinha certeza do que ele ia fazer ou dizer, então fiquei surpreso quando ele me abraçou.
— É realmente bom te ver de novo, Luiz. — Disse ele. Seu corpo todo me envolveu. Sua pele estava quente. Ele cheirava incrivelmente bem. — Você sempre foi como um segundo filho para mim todos aqueles anos.
Ele se afastou de repente.
Não tinha mais como me esconder, eu já estava duro como uma rocha. Rezei silenciosamente para que ele não olhasse para baixo, porque não fazia ideia de como ele reagiria.
Carlos deu um passo para trás, abriu caminho e me levou para dentro do quarto. Caminhei, sentindo sua respiração no meu pescoço enquanto passava por ele.
— Sente-se. — Ordenou ele.
Me sentei na cama e ele se sentou ao meu lado. Não sou um cara pequeno, mas ele ainda me superava em tamanho.
— Sentiu falta de vir aqui? — Ele perguntou. Estava olhando nos meus olhos. Aproveitando a oportunidade, coloquei minhas mãos no colo e assenti com a cabeça. Dei de ombros levemente, tentando parecer despreocupado.
— Sim, era legal.
Carlos também assentiu.
— Se lembra daquela noite há alguns anos quando você se levantou?
— Hã?
— Quando você se levantou no meio da noite. Não sei, talvez tenha ido ao banheiro ou pegar um copo d'água...?
Eu sabia do que ele estava falando e foi uma noite que sempre se repetia na minha cabeça.
Assenti com a cabeça.
— E você veio até a porta?
Assenti novamente, olhando para baixo.
— O que você viu?
— Como assim?
— Quando veio até esta porta e olhou para dentro. O que viu?
Balancei a cabeça.
— Carlos...
— Pode dizer.
— Você estava transando.
— Com a minha esposa.
Assenti novamente.
— E então?
— Como assim?
— Você não virou e voltou para a cama imediatamente, não é, Luiz?
Não sei por que, mas me senti humilhado. O olhar que ele me deu quando voltou do jardim mais cedo. Não era um olhar de carinho, era de nojo. De decepção pela forma como eu havia agido naquela noite.
— Responda. — Disse ele.
— Sim, eu assisti.
— E depois?
— Eu... fiquei excitado.
— Tipo agora?
Olhei de volta para o rosto dele. Estava iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela. Sua barba por fazer e seu bigode grosso me deixavam maravilhado. Nunca tinha estado perto de tanta masculinidade.
— Não adianta tentar esconder, Luiz. Assim que te abracei, seu pau endureceu. E ficou excitado com aquela tapinha lá na cozinha, não foi?
Ele pegou minha mão direita do meu colo e a afastou, olhando para baixo.
— Sim, fiquei, Carlos.
— Por que ficou excitado naquela noite?
— Porque...
— Por que o quê?
— Porque quem deveria estar sendo fodido por você era eu.
Carlos respirou fundo.
— Foi o que pensei. Se sente melhor agora depois de colocar pra fora?
Balancei a cabeça.
— Beleza. Agora, quero que coloque sua mão direita no meu pau.
— Tá falando sério?
— Tenho cara de quem está brincando?
— Mas...
— Luiz, você está na minha casa. E aqui você obedece às minhas regras, entendeu?
— Sim.
— Coloque sua mão no meu pau agora.
Coloquei minha mão no volume da cueca dele e, lentamente, puxei o tecido para baixo. Seu pau saltou e eu o segurei, sentindo-o pulsar contra a pele da minha palma. Carlos se deitou na cama, esticando os braços para os lados, relaxado.
— E aí? — Perguntou.
— É realmente grande.
— Você agora está onde sempre quis. Sua mão tá no meu pau. O que mais pretende fazer?
Minha palma subiu e desceu em seu eixo. Eu gostava de sentir sua força, seu poder.
— Mamar. — Eu disse baixinho.
— Me peça.
Olhei nos olhos dele. Seu olhar era tão intenso que eu sentia que ele não estava apenas me olhando, mas olhando para algo mais, uma parte de mim que ninguém mais conhecia.
— Posso chupar seu pau, por favor, Carlos?
— Carlos colocou a mão na parte de trás da minha cabeça e a levou para baixo em seu pau. Lambi cada centímetro, passando a língua suavemente pela fenda, ansioso para agradá-lo. Ele gemeu e apertou o agarrou em meus cabelos. Senti seus dedos passando pelo meu cabelo enquanto ele o segurava em seu punho e forçava minha cabeça para cima e para baixo. Passando as mãos por suas coxas grossas e peludas, fechei os olhos e saboreei o doce gosto de sua gala. Ele me levantou de seu pau e trouxe meus lábios até suas bolas. Chupei-as com muito tesão enquanto ele esfregava seu pau no meu rosto.
Senti um alívio quando ele enfiou o pau de volta na minha boca. Alívio por finalmente ter o que sempre desejei. Alívio por não ter mais que fingir. Alívio de que, depois de todo esse tempo, ele sabia exatamente quem eu era e o que queria.
— Como se diz? — Perguntou ele.
— Obrigado. — Respondi com a rola ainda na boca.
Carlos se inclinou para frente, de forma que seu peito ficou a apenas alguns centímetros do meu rosto. Ele colocou a mão na minha bunda e apertou com força, reivindicando silenciosamente. Meu corpo todo tremia enquanto seu dedo acariciava meu cuzinho.
— Esse cuzinho já foi usado? — Perguntou ele.
— Não, Carlos. Nunca.
Ainda segurando meus cabelos, ele se levantou e se posicionou atrás de mim. Me virou de costas e me fez deitar na cama enquanto segurava minhas pernas e as erguia no ar. Seu pau roçou minha bunda.
— Peraí. — Eu disse.
Ele parou, me olhou.
— E se o Mateus nos ouvir?
Como eu poderia explicar para ele quando mal conseguia explicar para mim mesmo? Nossa amizade estaria acabada.
— Estou disposto a correr esse risco. — Disse ele rindo.
Cuspiu na mão e esfregou meu cu. Se isso fosse um sonho, pensei, esse seria o momento em que eu acordaria. Estaria de volta ao quarto de hóspedes, coberto da minha própria porra e ouvindo a respiração pesada do Carlos, desejando estar deitado ao lado dele.
Respirei fundo quando senti a cabeça de seu pau deslizar para dentro de mim. Gemi, minhas mãos agarrando a carne quente da sua cintura. Ele foi entrando cada vez mais fundo, meu cuzinho se alargando enquanto ele me preenchia com sua vara.
— Caralho... — Sussurrei. Doía. Mas não queria que ele parasse.
De repente, uma tosse. O som veio do corredor, lá do quarto do Mateus. Gelei na hora, mas Carlos não se importou. Continuou empurrando cada vez mais fundo em mim até que senti suas bolas roçarem na minha bunda.
— Porra...
Ele colocou as mãos dos dois lados da minha cabeça, pressionando o colchão. Todo o seu corpo se movia para cima e para baixo ao me foder. Tentei ficar quietinho, mas era inevitável não gemer. Meu pau duraço encostado minha barriga. A cada estocada, ele se fazia mais e mais presente dentro de mim, me preenchendo, me completando.
Passei as mãos em suas costas, senti seus músculos flexionarem e aquela figura enorme sobre mim. Ele tinha autorização para fazer o que quisesse comigo pois eu jamais poderia protestar ou pará-lo. Pensar nisso fazia meu pau pulsar de tanto tesão.
— Tô quase gozando.
— Me dá leitinho, por favor. — Gemi pedindo, quase implorando.
Abruptamente, ele saiu de dentro de mim de uma só vez, e senti meu cu largo. Que delícia! Ele veio para cima de mim e enfiou a rola na minha boca de uma só vez, me obrigando a sentir meu próprio gosto e sem seguida fartos, fortes e grossos jatos de porra encheram minha boca.
— Engole tudo. — Ordenou ele.
Assim o fiz. Engoli e lambri cada centímetro daquela rola. Carlos ainda bateu uma escoando as últimas gotas diretamente na minha goela.
Seu corpo caiu ao meu lado, respirando pesadamente. Assim que ameacei me levantar, ele me puxou, me abraçou e colocou um cobertor sobre nós dois. Passei o resto da noite ao seu lado. Quando o sol começou a nascer algumas horas depois, saí da cama. Precisava me certificar de que estaria no quarto de hóspedes antes do Mateus acordar, porém Carlos não tinha terminado comigo ainda. Assim que voltei para o quarto, ele me seguiu, entrou no quarto, me pôs de quatro e me comeu na beirada da cama.
A porta estava arreganhada para o corredor. Se Mateus se levantasse, veria tudo.
— Carlos, por favor...
Não houve resposta da parte dele.
Ele sabia que podia fazer o que quisesse comigo que eu deixaria. Já estava mordendo fronha enquanto estremecia naquela vara. Dava para ouvir o barulho vindo do outro quarto. Mateus estava acordado e talvez estivesse se preparando para tomar um banho.
De repente suas grandes mãos seguraram meus ombros e eu sentir jatos quentinhos em minhas entranhas. Suas mãos se cruzaram em frente ao meu peito e em um abraço, ele me puxou para si. Me arrepiei ao sentir sua respiração pesada em meu pescoço e ao ouvi-lo sussurrar:
— Mantenha minha porra nesse cuzinho até a hora de você ir embora. Não desperdice uma gota sequer.
— Sim, senhor.
Caí no colchão sem ar quando ele me soltou. Do lado de fora ouvi a porta do quarto do Mateus se abrir.
— Pai, pelo amor de Deus, veste uma roupa!
Carlos deu risada. Disse que tinha ido mijar e que não precisava de roupas para aquilo. Ouvi a porta de seu quarto bater e uns segundos depois o chuveiro foi ligado. Decidi pular o café da manhã pois ainda estava processando o que acontecera. Estava preocupado de não conseguir agir normalmente à mesa. Enviei uma mensagem ao Mateus explicando que havia um evento familiar que eu tinha esquecido e precisava chegar cedo em casa. Disse a ele que o veria mais tarde.
Me vesti e penteei meu cabelo. Arrumei a cama e fechei a porta atrás de mim. No topo da escada, eu hesitei. Olhei para o quarto de Carlos que ainda estava de porta fechada e quis ir até lá, subir na cama dele e foder novamente, mas era melhor não, pensei.
Era hora de ir embora.
Desci as escadas com minhas coisas e saí da casa. Estava na metade do caminho quando meu telefone vibrou no meu bolso. Deve ser o Mateus, pensei. Tirei o celular do bolso e encarei a tela. A mensagem era de um número desconhecido. Abri a mensagem que dizia:
“Sou eu, o Carlos. Peguei seu número com o Mateus.
Te vi no topo da escada, mas não quis arriscar do Mateus nos ver.
Nos vemos em breve.”
Suspirei aliviado com o sol no meu rosto. Sabia que nos veríamos novamente. Ali, no meio da rua, sorri, deixando a porra do Carlos sair do meu cu e escorrer pela minha perna.