Capítulo 1: O Encontro dos Olhares
No meu primeiro dia de trabalho naquela renomada empresa de comunicação, adentrei o escritório com uma mistura de expectativa e nervosismo. Cumprimentei a equipe com um sorriso tímido no rosto, tentando mostrar confiança mesmo no meio daquela atmosfera movimentada.
Enquanto me aproximava da minha nova equipe, percebi que havia um burburinho estranho no ar. Olhares apressados e conversas sussurradas indicavam que algo estava errado. Foi então que notei: os sistemas estavam com problemas. O acesso aos programas essenciais estava comprometido, e aquilo poderia gerar um verdadeiro caos se não fosse resolvido rapidamente.
Decidi agir prontamente e peguei meu celular, discando o número da equipe de Tecnologia da Informação. Enquanto esperava na linha, senti uma leve palpitação no peito. Será que o problema seria resolvido a tempo? Eu tinha muito a aprender sobre a dinâmica da empresa e não queria causar uma má impressão logo no meu primeiro dia.
Foi então que aconteceu o momento que mudaria tudo. Enquanto aguardava ansiosamente a resolução do problema, meus olhos cruzaram com os de Bruno, um técnico da T.I. que estava sendo chamado para resolver a situação. Nesse instante, como se o universo conspirasse a favor, a trilha sonora "Guerra Fria" do Luan Ottem começou a tocar suavemente no fundo.
Nossos olhares se encontraram e, por um breve momento, o tempo pareceu parar ao nosso redor. Era como se o mundo inteiro desaparecesse e só restasse ele e eu naquela sala. Seus olhos cinzas pareciam conter mistérios e uma profundidade inigualável. Uma conexão inexplicável e magnética se estabeleceu entre nós, como se fôssemos ímãs destinados a nos atrair.
No entanto, nossa troca de olhares foi interrompida abruptamente pela chegada do supervisor Luan, um homem sério e determinado. Ele se aproximou de Bruno e eu, trazendo consigo a urgência de resolver o problema nos sistemas.
Luan: "Oi, Bruno. Estamos com um problema no sistema. Consegue dar uma olhada nisso?"
Bruno: "Claro, Luan. Vou verificar imediatamente e resolver o mais rápido possível."
Enquanto Bruno se levantava e se dirigia à sala do supervisor, eu não conseguia desviar os olhos dele. Nunca antes havia visto alguém tão cativante, com uma beleza única e uma presença magnética. Cabelos curtos e bem cuidados, uma barba aparada, e um porte físico que demonstrava força e determinação. Eu estava completamente fascinado por aquele homem.
Curioso, aproximei-me do supervisor Luan para tentar entender melhor a situação.
Noah: "Desculpe a interrupção, supervisor Luan. Parece ser um problema sério nos sistemas. O Bruno é o responsável pela resolução?"
Luan: "Sim, Noah. O Bruno é um dos nossos melhores técnicos e tenho confiança de que ele irá resolver esse contratempo rapidamente."
Eu assenti, impressionado com a confiança que Luan depositava em Bruno. Ao mesmo tempo, senti uma ansiedade crescente, desejando que a situação fosse resolvida para poder ter a oportunidade de me aproximar de Bruno novamente.
Enquanto Bruno se dirigia à sala do supervisor Luan, senti uma mistura de emoções dentro de mim. A curiosidade e a esperança de que ele pudesse se interessar por mim misturavam-se com uma dose de insegurança. Eu mal conseguia acreditar que aquele homem incrível poderia notar alguém como eu.
Enquanto o tempo passava, o som da música "Guerra Fria" preenchia meus ouvidos, trazendo uma atmosfera de romance e incerteza. Eu me peguei imaginando como seria conversar com Bruno, conhecê-lo melhor e descobrir se havia alguma chance de um sentimento mútuo.
Finalmente, após alguns minutos de expectativa, Bruno retornou à sala com um olhar determinado.
Bruno: "Consegui resolver o problema nos sistemas, supervisor. Está tudo funcionando normalmente agora."
Luan: "Ótimo trabalho, Bruno! Sabia que podia contar com você. A equipe agradece por sua eficiência."
Enquanto Luan elogiava Bruno pelo seu trabalho, meus olhos não deixavam de observar cada movimento dele. Eu sentia uma atração irresistível, mas sabia que não era o momento certo para revelar meus sentimentos.
Enquanto eu lutava internamente com esses pensamentos, Bruno voltou seu olhar na minha direção. Por um breve momento, nossos olhos se encontraram novamente, mas parecia que ele não demonstrava nenhum interesse além do profissional. Era uma realidade dolorosa, mas eu precisava enfrentá-la.
Decidi manter a compostura e continuar focado em minha tarefa. Eu não podia deixar que meu coração partido atrapalhasse meu desempenho no trabalho. Engoli o nó na garganta e, com uma voz um pouco trêmula, me dirigi a Bruno.
Noah: "Bruno, obrigado por resolver o problema tão rapidamente. Seu trabalho foi incrível."
Bruno sorriu de forma educada, e isso só aumentou minha admiração por ele.
Bruno: "Tudo em ordem. Se precisar de algo, é só chamar."
Aquele gesto amigável de Bruno deixou claro que nossa relação se limitaria à esfera profissional. Era difícil não sentir uma pontada de desapontamento, mas eu precisava aceitar a realidade e seguir em frente.
Enquanto observava Bruno voltar sua atenção para suas atividades, percebi que teria que lidar com meus sentimentos em silêncio.
