Não é apenas nas pequenas cidades que os botecos existem; também nas capitais eles existem e resistem mantendo suas tradições e seus costumes; assim é no boteco da Dona Virgínia que viu-se obrigada a assumi-lo logo depois que o marido lhe pôs uma galhada na testa fugindo com uma novinha de vinte e poucos anos deixando-a na beira da sarjeta da rua da amargura; resoluta a mulher de cinquenta e poucos anos encarou o desafio conseguindo dar ao estabelecimento um certo renome com freguesia fiel, mas sem fiado.
Todavia, o mais curioso é que no boteco propriamente dito nada demais acontecia, diferentemente das estripulias levadas a efeito nos banheiros tanto por homens como por mulheres; no início Dona Virgínia procurou pôr ordem no galinheiro, mas aos poucos viu que seu esforços eram inúteis. Ademais, clientes são clientes e sem eles ela não sobreviveria; havia clientes como o Aparício um negro vistoso que era mestre de obras por profissão e rei das safadezas oportunas por inclinação; e não foi que o sujeito abusado não deu trégua nem mesmo para Dona Odete, uma mulata madurona com tetas fartas e bunda larga que vivia saracoteando no estabelecimento oferecendo seus dotes para os olhos gulosos dos machos de plantão.
O problema é que mesmo sabendo que Odete era tia de sua esposa, Aparício não mediu limites para cair matando encima da mulata e assim que a oportunidade surgiu ele abiscoitou! Foi numa noite quente de verão em que rolava muita cachaça, cerveja e samba no boteco de Virgínia que Aparício ficou na espreita aguardando o melhor momento para dar o bote; na primeira chance ele veio pra cima de Odete convidando-a para sambarem juntos; e a esfregação foi tanta que não demorou muito para Odete sentir a piroca rija do sujeito roçando no seu corpo.
-Nossa, Aparício! Que coisa dura é essa, hein? - comentou ela com tom maroto - minha sobrinha tá mesmo bem servida de macho!
-Aqui é fartura, Dona Odete! Tem pra todas! - respondeu ele já com terceiras intenções - Se a senhora quiser conferir tô à disposição!
Naquele momento Odete fitou o rosto de Aparício com uma expressão de fingida indignação e logo em seguida deu-lhe as costas rumando em direção ao banheiro que ficava nos fundos do boteco. Aparício que não era trouxa entendeu aquilo como um sinal e disfarçou por alguns minutos para seguir na mesma direção; os banheiros masculino e feminino ficavam um defronte ao outro no final de um longo corredor pouco iluminado permitindo que as pessoas se esgueirassem com certa discrição. Aparício chegou ao destino e empurrou com cuidado a porta do banheiro feminino que abriu-se exibindo Odete em seu interior. A safada estava sentada no vaso com os peitões à mostra olhando para o macho com expressão ansiosa e seus olhos faiscaram quando viram o sujeito.
-Vai! Põe logo essa pistola pra fora! - pediu ela com tom impaciente.
Aparício entrou no reservado tomando o cuidado de fechar a porta e em seguida abriu a calça exibindo o pinguelo de dimensões inquietantes e que causaram enorme deslumbramento em Odete que não se conteve em apará-lo com a mão sentindo sua pulsação antes de tomá-lo na boca em uma mamada afoita. Odete saboreou a piroca com imenso gosto lambendo e chupando avidamente cuidando também de massagear as bolonas chegando mesmo a dar alguns apertões provocadores fazendo o macho grunhir baixinho.
Algum tempo depois, Odete livrou o instrumento levantando-se do vaso tampado e dando as costas ao parceiro enquanto cuidava de levantar o vestido exibindo sua vulva peluda e pelada. "Mete esse trabuco na minha xereca, mete!", pediu ela gingando o enorme traseiro para deleite do macho que não se fez de rogado, metendo a pistola dentro da vulva quente e molhada de uma só vez!
Aparício não deu trégua socando piroca com força na buceta gorda de Odete que gemia baixinho gingando a bundona e pedindo mais; estavam ali no bem bom, quando alguém bateu na porta do reservado. “Se apruma, sujeito! Tua mulher tá te caçando no salão!”, alertou Virgínia com tom de voz enérgico. Imediatamente ele sacou a piroca dura e lambuzada da xereca da madurona e empertigou-se abrindo a porta dando de cara com a dona do boteco com os braços na posição de açucareiro e uma expressão de desdém; sem olhar para trás Aparício escafedeu-se para dentro do salão.
-E agora, amiga? O que eu faço? – perguntou Odete com ar de preocupação.
-Se apoquente, não! Segue por aqui e se esconde na minha casa até tudo sossegar – sugeriu Virgínia abrindo a porta do fundo do corredor e apontando para a estreita passagem ladrilhada que conduzia até sua residência.
Odete apressou o passo enquanto Virgínia retornava para o salão do boteco; algum tempo depois, Odete estava aflita querendo saber o que acontecia lá fora e se podia sair do refúgio. A dona do boteco surgiu com uma expressão suave sorrindo para a amiga; tranquilizou-a afirmando que Aparício fora embora com sua esposa e que agora estava tudo tranquilo. “Me diz uma coisa, amiga, aproveitou da pistola do sujeito?”, questionou Virgínia com tom maroto. Odete exibiu um sorrisinho malandro acenando com a cabeça. Foi nesse momento que a proprietária avançou sobre a amiga empurrando-a para o sofá e já metendo a mão por baixo do vestido vasculhando até encontrar a greta ainda molhada.
-O que cê tá fazendo amiga? Ahhh! O que é isso! – resmungou Odete ao sentir as dedadas de Virgínia – Ahnnn! …, hummm, cê tá me deixando doida outra vez!
-Tá pensando que usa meu banheiro pra fuder de graça? – inquiriu Virgínia dedando e siriricando a bucetona peluda de Odete – Vai não senhora! Comigo é assim! Tem que me pagar um pedágio …, vai logo! Tira esse vestido que quero brincar com essa xereca despudorada!
Percebendo o clima de excitação que rondava o ambiente, Odete não perdeu tempo pondo-se pelada diante de Virgínia que logo seguiu o mesmo caminho; partiram para um rala e rola com direito a dedadas mútuas culminando em um meia nove cheio de voracidade em que ambas desfrutaram de uma avalanche orgásmica que as deixou nas nuvens. E assim vararam a noite entre linguadas, chupadas e dedadas infindáveis até o sol raiar no dia seguinte.
Virgínia sugeriu um banho para Odete e sob o chuveiro aproveitaram uma saideira com muitos beijos de língua e esfregações de clítoris obtendo mais orgasmos compensadores. A proprietária já recomposta foi para seu estabelecimento abrindo suas portas enquanto era acompanhada por Odete que saiu arrumando os cabelos ainda molhados sem olhar para trás. Próximo da hora do almoço, o balcão ficou apinhado de clientes ávidos por uma cachacinha antes da refeição preparada pela cozinheira de Virgínia e entre eles via-se Aparício que guardava uma expressão um tanto açodada.
-E então? Como é que foi? – perguntou ele em sussurro quando viu-se sozinho com Virgínia – Sacudiu a xereca da Odete?
-E como sacudi! Deixei a safada acabada e descabelada! – respondeu Virgínia com tom orgulhoso – nossa armação deu certo!
-Humpf! Deu certo pra você né! – retorquiu o sujeito com tom mal-humorado – Pôxa! Você nem deixou eu dar uma jatada naquela buceta! E pra piorar cheguei em casa e a patroa já tava ferrada no sono …, tive que me acabar batendo uma bronha! Facilita na próxima vez, hein!
Com os negócios prosperando Virgínia decidiu diversificar um pouco e além das boas cachaças de origem e também artesanais, ela partiu para bebidas fermentadas em especial cervejas de várias marcas; trouxe também ajuda de Vinícius, seu sobrinho torto que cuidava dos estoques além de dar uma força no balcão e no salão; vez por outra aos sábados rolava uma feijoada com pagode e aos domingos uma costela no bafo, tudo regado a bebida da boa. Certa feita, Aparício perguntou a ela porque chamava Vinícius de sobrinho torto e Virgínia não poupou na gramática para explicar.
-Ele não é meu sobrinho de verdade …, eu nem tenho irmãos ou irmãs – comentou ela com tom comedido – ele é filho de uma cafetina das cercanias que foi embora e o deixou pelas ruas quando ainda era um moleque …, ajudei a criar junto com o Olavo da mecânica …, então ele é uma espécie de sobrinho …, torto!
Assim os negócios seguiam seu curso da mesma forma que as aventuras e desventuras no banheiro também! Uma noite Aparício viu-se num aperto renal e correu para o reservado desejando esvaziar a bexiga, mas ao abrir a porta deu com Vinícius batendo uma bronha. “Porra, moleque! Saí já daí que preciso urinar!”, bradou o cliente contorcendo-se para não molhar as calças; o rapaz deu um pulo pondo-se ao lado do vaso ainda com a bermuda arriada exibindo o pingolin em riste; alheio à situação de Vinícius, Aparício abriu a braguilha pondo sua benga para fora aliviando a bexiga.
-Nossa, seu Aparício! Que pirocona grande o senhor tem! – comentou o rapaz com tom alvoroçado apontando para a pistola do sujeito.
-Piroca de macho, moleque! – ele respondeu com tom ríspido encarando o rapaz – gostou do que tá vendo?
-Gostei muito, sim senhor! – respondeu Vinícius com tom ávido – será que o senhor deixa eu pegar nela?
-Se pegar, vai ter que chupar! – respondeu Aparício com tom irônico.
Não foi preciso mais que isso para Vinícius pôr-se de joelhos diante de Aparício tomando a benga em sua boca para presenteá-lo com uma mamada monumental; dedicando-se com esmero em sua tarefa o rapaz também não perdia de visto sua masturbação que tornava cada vez mais veemente e eufórica; em dado momento, Aparício segurou a cabeça do rapaz passando a estocar com força contra sua boca chegando quase a sufocá-lo impondo que ele resistisse o quanto fosse possível. “Será que você aguenta essa pistolona no seu rabinho?”, perguntou o sujeito com tom impaciente.
-Só tem um jeito da gente saber, né? – respondeu Vinícius segurando a benga e puxando-a para fora de sua boca.
Açodado, o rapaz não perdeu tempo em se livrar se suas roupas dando as costas para Aparício que pôde apreciar o traseiro roliço e suculento de Vinícius que tratou de balançá-lo provocando o macho que não se fez de rogado afastando as nádegas e cuspindo no rego entre elas para em seguida pincelar a região com a chapeleta de sua piroca provocando arrepios que faziam Vinícius gemer baixinho; após uma boa sessão de pinceladas, Aparício arremeteu como um aríete perfurando o brioco que viu-se rompido e laceado.
O rapaz abafou a vontade de gritar com uma das mãos enquanto seu algoz entuchava o bruto enrijecido dentro de seu anelzinho já sacrificado; Aparício mostrava-se impiedoso socando sempre com muita força mesmo percebendo que todo seu esforço redundava em mais prazer no parceiro que fazia de tudo para resistir o quanto fosse possível; a foda seguiu um curso alucinante que sequer dava atenção às batidas veementes contra a porta do reservado por outros usuários apertados.
Aparício levou sua resistência aos píncaros até que, finalmente, o sujeito viu-se exaurido com o suor prorrompendo nas têmporas e a respiração tornando-se arfante até culminar no clímax que eclodiu copioso inundando as entranhas de Vinícius que por sua vez também desfrutou de um gozo revelado numa ejaculação sem qualquer manipulação necessária. Sentindo as pernas bambas Aparício recuou sacando sua benga ainda a meio mastro apoiando as costas contra a porta do banheiro, ao mesmo tempo em que Vinícius desabava sobre o tampo do vaso sanitário respirando com alguma dificuldade.
-Olha aqui, moleque! Nada de abrir o bico, viu? – alertou Aparício com tom intimidador – se eu souber que você contou isso aqui pra alguém …, vai se dar mal …
-Conto não, seu Aparício! – interrompeu o rapaz com tom sapeca – mas em troca vou querer essa pirocona no meu cuzinho mais vezes!
Aparício não respondeu à ameaça velada de Vinícius e depois de recompor-se de qualquer jeito, abriu a porta do reservado notando que havia uma fila de sujeitos ansiosos para usarem o reservado.
-Melhor vocês usarem o das mulheres – disse ele mantendo a porta do sanitário fechada – esse aqui entupiu!
A grita inconformada foi geral e somente silenciou quando Virgínia surgiu no corredor batendo palmas. “Vocês ouviram o que o Aparício disse! Usem o outro banheiro! Afinal, por enquanto a única mulher aqui sou eu!”, bradou ela com tom enfático e enérgico impondo que os sujeitos se enfileiram-se no outro lado do corredor. Aparício retirou-se para o salão sendo seguido por Virgínia que nada mais disse.
-Ah! Eu não quero saber! – gritou ela quando o sujeito tentou justificar o evento no sanitário – Se entupiu depois mando consertar!
Bem mais tarde, quando boa parte dos clientes já haviam se retirado do boteco, percebendo um clima de tranquilidade no salão, Virgínia foi até o banheiro masculino; ao abrir a porta deu com seu sobrinho torto ainda se recuperando da curra de Aparício. “Pelo que vejo seu bote foi bem-sucedido, né moleque?”, perguntou ela com tom jocoso; o rapaz encarou o rosto da proprietária abrindo um largo sorriso acenando com a cabeça. Nesse momento eles foram interrompidos pelo vozerio que vinha do salão; Virgínia mandou o rapaz se recompor enquanto retornava para saber o que estava acontecendo; deu de cara com Olavo, o mecânico que exibia uma expressão de impaciência.
-Virgínia! Cadê meu brinquedinho? …, Humpf! Quer dizer: meu sobrinho! – questionou ele com tom irritado e impaciente – Tá muito tarde pra ele ficar por aqui! Cadê?
-Péra aí, Tio! – gritou Vinícius surgindo pelo corredor em direção ao salão – Tô aqui! Que pressa é essa? Tava ajudando a Tia com umas tarefas!
Com poucos gatos pingados no salão do boteco, Virgínia chamou Olavo num canto conversando com ele à boca pequena. “Olha, vê se pega leve com o moleque hoje, viu? Ele trabalhou muito e deve estar bem cansado!”, avisou ela com tom firme. Olavo encarou o rosto da dona do boteco com uma expressão enigmática que a deixou um tanto agoniada com a possível reação de seu interlocutor.
-Tudo bem, Virgínia! – respondeu ele com tom inconformado ao cabo de alguns excruciantes minutos – Se ele fizer uma chupetinha bem gostosa como costuma fazer pra aliviar meu dia …, me dou por satisfeito!