Cicatrizes #5

Da série Cicatrizes
Um conto erótico de Karla
Categoria: Lésbicas
Contém 1977 palavras
Data: 23/09/2023 09:15:21
Última revisão: 28/12/2024 23:28:39

Eu estava estudando no meu quarto quando meu celular tocou. Ao ver um número estranho, imaginei quem poderia ser.

Quando atendi, tive a certeza; era mesmo Layla. Ela disse que Cristian havia lhe entregado o bilhete e que ficou muito curiosa. Só não ligou antes porque o dia dela estava meio corrido, mas conseguiu arrumar um tempo para ligar. Disse que, se eu quisesse, poderia ir à minha casa à noite, mas queria muito saber qual era o assunto.

Eu disse que podia adiantar sim e, assim, ela decidiria se viria à noite ou se a gente conversava tudo por telefone mesmo. Mas pedi que me prometesse que não contaria a ninguém que soube do assunto por mim, porque eu não queria me meter em problemas. Ela disse que prometia e que nunca quebrava uma promessa.

Então, contei a ela que Aline tinha me mostrado um vídeo de uma loira transando com dois caras e afirmado que era ela no vídeo, que estava circulando na faculdade.

Layla— Aline é a amiga da tal Luana, né?

Karla— Sim, ela mesma.

Layla— Por isso reparei que os alunos estavam me olhando de uma forma diferente hoje.

Karla— Eu percebi isso também, mesmo antes de saber do vídeo.

Layla— Você tem esse vídeo?

Karla— Não, mas pelo jeito muitos alunos têm.

Layla— Uma pena que você não tem. Mas pode me descrever como é o vídeo?

Karla— Posso sim. Bom, pelo visto, não era você no vídeo, né?

Layla— Não! Eu com dois homens? Sem chance, não era eu mesmo!

Karla— Eu imaginei que não era você. Vou te contar como era.

Expliquei para ela com o máximo de detalhes que lembrei. Ela perguntou se dava para ver as costas da mulher com clareza, e eu disse que sim. Apesar da qualidade baixa, dava para ver. Ela disse que era o que precisava saber. Perguntei o porquê, e ela perguntou se eu tinha WhatsApp. Eu disse que sim, e ela disse que me mandaria uma foto depois, que eu iria entender.

Eu perguntei se ela queria vir conversar à noite, e ela disse que não podia porque teria que visitar uma pessoa para ajudá-la a resolver um problema, mas que a gente se veria no outro dia na faculdade. Agradeceu muito por ter contado a ela e disse que ia ficar me devendo o resto da vida.

Eu disse que não achava justo o que fizeram, mesmo se fosse ela no vídeo, seria muita sacanagem, imagina sendo um vídeo falso.

Ela me agradeceu novamente, pediu para eu salvar o número dela e que já tinha salvado o meu. Eu falei que iria salvar sim, nos despedimos e ela desligou.

Depois de uns dois minutos, recebo uma notificação de uma mensagem dela no meu WhatsApp. Quando abri, era uma foto das costas dela nua. Ela tinha uma tatuagem de uma rosa nas costas, o caule começava acima do bumbum, tinha algumas folhas e na ponta uma linda rosa vermelha. Como a pele dela era bem clara e o tom do verde e do vermelho eram bem fortes, não tinha como não notar aquela tatuagem se fosse ela no vídeo.

Respondi que tinha entendido porque ela perguntou se dava para ver as costas dela no vídeo e que a tatuagem era linda. Ela me agradeceu e disse que iria resolver uns problemas para o pai dela, mas que à noite me mandaria mensagem. Eu mandei um "ok" e fechei o aplicativo.

Passei o resto do dia estudando, brincando com Sophia e conversando com Lúcia. À noite, por volta das 20 horas, chegou um áudio de Layla dizendo que ia resolver o problema no outro dia e que um amigo dela iria ajudar. Disse que era para eu ficar tranquila, que não iria colocar meu nome no meio, mas que iria falar que alguém tinha contado a ela sobre o vídeo, mas sem citar nomes.

Eu respondi dizendo que estava tudo bem. Ela não colocando meu nome no meio estava ótimo. Perguntei o que ela iria fazer para resolver isso, e ela disse que seria surpresa, mas que certamente eu iria adorar. Disse também que tinha guardado meu endereço e que qualquer hora iria à minha casa para a gente conversar. Eu disse que ela poderia vir quando quisesse. Conversamos mais um pouco e nos despedimos. Fui olhar minha filha no berço e ela estava dormindo. Aproveitei e fui tentar dormir um pouco também.

No outro dia, levantei cedo e fui para a faculdade, doida para ver o que Layla iria aprontar. Já tinha uma leve desconfiança de que Luana estava envolvida naquela história. Primeiro, era nítido que ela não gostava de Layla; acho que era inveja, um pouco porque Layla sempre estava com Cristian e ele não dava nem papo direito para Luana.

Assim que cheguei, vi Cristian na porta da sala. Ainda tinha poucos alunos ali. Cumprimentei-o e perguntei sobre Layla. Ele disse que ela tinha ido falar com o reitor da universidade e provavelmente iria perder o início da primeira aula. Entrei e sentei no meu lugar. Logo, todos estavam na sala e a aula começou, e nada de Layla aparecer. Estava faltando uns 20 minutos para terminar a aula quando entrou o reitor, Layla e um homem com a roupa da PF. Imaginei que era o amigo que Layla tinha falado.

Começou aquele burburinho na sala. O reitor falou com a professora e logo veio à frente e disse que tinha acontecido algo muito grave envolvendo alunos daquela sala e que o sargento Matias da Polícia Federal e a aluna Layla iriam explicar o que estava acontecendo.

Olhei para onde estava Luana e suas amigas, e elas não paravam de sussurrar uma no ouvido da outra, pareciam bem preocupadas. Eu ri por dentro naquela hora.

O policial tomou a frente e falou:

Policial— Meu nome é Matias e vim até aqui conversar com vocês de forma extraoficial para tentarmos resolver o problema sem que eu tenha que levar um por um para uma delegacia para ser interrogado.

Acho que todos estão cientes de que um vídeo íntimo foi divulgado entre os alunos dessa sala e provavelmente já se espalhou por quase toda a faculdade. Sabemos também que algumas pessoas confirmaram que a mulher no vídeo é a Layla, que está aqui ao meu lado. Bom, divulgar um vídeo íntimo de alguém sem autorização é crime, caso vocês não saibam. Mas isso nem vem ao caso no momento, porque a afirmação de que é a Layla no vídeo é falsa. Então, quem divulgou o vídeo, quem afirmou para os colegas que era Layla e que ela era uma mulher promíscua cometeu mais de um crime.

Aconselhei Layla a fazer uma denúncia formal, mas ela me convenceu a tentar resolver isso com vocês, sem causar maiores transtornos. Vou deixar que ela explique melhor a vocês.

Layla— Bom, como o sargento Matias disse, não sou eu no vídeo, e posso provar. Primeiro, eu me relacionar com um homem é impossível para mim, já que sei da minha sexualidade desde a adolescência. Sim, sou lésbica assumida, minha família e amigos todos sabem disso. Não saio divulgando isso por aí, mas não tenho nenhum problema em contar para quem quiser saber.

Segundo, no vídeo que provavelmente a maioria daqui já viu, não dá para ver o rosto da mulher, mas dá para ver bem as costas dela.

Layla se virou de costas e tirou sua camisa social. Ela estava com um top por baixo, e já deu para ver a tatuagem nas costas dela, mas para deixar mais claro, pediu à professora que juntasse o top dela atrás para expor a tatuagem quase inteira, e a professora atendeu ao pedido.

Layla— Como vocês podem ver, eu tenho uma tatuagem nas costas que ficaria visível no vídeo. Tenho essa tatuagem há três anos e posso provar, porque tenho um vídeo com data. Esse vídeo foi filmado no momento em que eu estava fazendo a tatuagem, também tenho fotos.

Bom, dois alunos dessa sala chegaram até mim e me contaram sobre o vídeo, me contaram quem enviou e quem saiu afirmando que era eu. Apesar de terem tentado me prejudicar, eu não quero dar o troco. Só quero que a pessoa se desculpe e afirme na frente de todos que o vídeo é falso. Se isso acontecer, vou deixar isso de lado. O reitor disse que vai suspender de forma disciplinar a pessoa por 10 dias. Problema resolvido, vida que segue.

Mas, caso essa pessoa não se desculpe hoje, vou fazer uma denúncia formal. Meu amigo Matias vai rastrear de onde saiu o vídeo, e, caso vocês não saibam, isso não é difícil para a PF. A pessoa vai ser processada criminalmente e vai responder por três crimes no mínimo; injúria, difamação e calúnia. Além disso, vou entrar com um processo de danos morais e pedir uma indenização bem grande. O reitor disse que, assim que tiver provas, caso isso aconteça, vai expulsar a pessoa daqui. Bom, isso se for uma só, porque provavelmente tem mais de uma envolvida.

Matias— Só mais uma coisa; quem contou para Layla está disposto a testemunhar a seu favor, e a sentença só desses três crimes pode chegar a mais de três anos de prisão.

Layla— Bom, eu não quero prejudicar ninguém aqui, mas infelizmente precisei me defender dessas acusações falsas sobre minha pessoa. Então, agora é com vocês; como vocês querem resolver isso? Com um simples pedido de desculpas ou na frente de um juiz?

Layla falou aquilo e olhou diretamente para Luana e suas amigas. Aline, que parecia a mais nervosa nessa hora, perdeu até a cor. Logo ouvi um dos alunos dizer:

Aluno— Eu recebi o vídeo da Aline e ela que me falou que a mulher do vídeo era a Layla. Não quero problemas para mim, não.

Aline começou a chorar e foi em direção a Layla.

Aline— Olha, me desculpe, por favor! Eu divulguei sim o vídeo, mas eu juro que foi tudo ideia da Luana. Eu não posso ser expulsa, eu faço o que você quiser! Sinto muito.

Layla— Tudo bem, eu te desculpo sim. Pode ficar tranquila.

Ao ouvir isso, a outra amiga de Luana viu que o melhor a fazer era se proteger e foi até Layla, repetindo a mesma história que Aline havia contado. Luana permanecia calada. Aí Layla desculpou a outra amiga e perguntou a ela:

Layla— Então, Luana? Como vai ser?

Luana— Eu não tenho nada a declarar. Quer me processar? Me processe, eu não ligo.

Layla— Você quem sabe.

Nisso, o reitor tomou a frente e disse:

Reitor— Senhorita Luana, por favor, pode juntar suas coisas. Você não vai mais estudar aqui.

Luana— Você não pode fazer isso comigo!

Reitor— Posso, como estou fazendo. Você está expulsa dessa faculdade. Vou ligar pro seu pai e explicar o motivo.

Matias— Luana, pode aguardar que ainda esta semana uma intimação vai chegar até você para você comparecer na Polícia Federal para prestar um depoimento. E acho bom você arrumar um bom advogado, porque você vai precisar.

Nessa hora, vi a postura de Luana desmoronar. Ela começou a chorar e a pedir, por favor, para o reitor não ligar para o pai dela, que estava muito arrependida pelo que fez e que não ia mais causar problemas. O reitor falou que não era para ele que ela devia desculpas, e sim para Layla. Eu imagino o quanto foi difícil ela engolir o orgulho naquela hora, mas ela fez. Pediu desculpas a Layla, que, por sua vez, a desculpou como fez com as outras.

O reitor falou para as três acompanharem-no até seu escritório. Matias se despediu e saiu da sala depois de dar um abraço em Layla. Ela veio se sentar, e ao passar por mim, deu uma piscadinha, e eu sorri de volta para ela.

Continua…

Criação: Forrest_gump

Revisão: Whisper

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Foto de perfil de Forrest_gumpForrest_gumpContos: 391Seguidores: 87Seguindo: 62Mensagem Sou um homem simples que escreve história simples. Estou longe de ser um escritor, escrevo por passa tempo, mas amo isso e faço de coração. ❤️Amo você Juh! ❤️

Comentários

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A cumplicidade dessas duas foi muito massa. E vamos cultivando a nossa horta kkkkk

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Cadê a Stella?

Parabéns 👏👏👏👏👏👏

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Sei não, pelo que ouvi falar está na Europa 🤭 Obrigado 🤜🏻🤛🏻

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Vc escondeu a Stella?🫵🫵🫵😀😀😀

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Eu não kkkkkkk ela que saiu do campo de visão da narradora da história kkkkkk

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Ele escondeu ela e não quer falar KK agora é aguardar os próximos capítulos fazer o que né KK

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Vc nos enganou,tudo se encaminhava para um romance entre Stela e Karla e aí mudou tudo ,de lésbica a Karla não tem nada 🫂🫂🫂

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Até então ele não sabe já que do teve alguns relacionamentos, e o último como sabemos foi uma cega e foi enganada e roubada.

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Nunca disse que Karla era lésbica kkkk

Nem nunca houve romance entre as duas, não enganei ninguém kkkk

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Verda nunca falou, mais sabemos pela forma que as coisas aconteceram que a Stella ela sim e lésbica.

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Pelo que a narradora fala não tem nada que prove que ela é lésbica, mas você tem suas teorias né kkkkk vamos ver se você tem razão ou não 😏 kkk

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Jéssica me ajuda aqui, vem você tbm com as suas teorias.

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Puts quem diria hahahaha, essa foi boa de fosse real eu ficar rindo o tempo todo, ia tirar sarro logo que as três voltassem a estudar, ia falar meche com quem tá quieto suas trouxas KK, eu já desconfiava que a Layla era lésbica, mais ela falar abertamente foi bom.

Agora aguardar os próximos capítulos, já que tem muita coisa pra ser esclarecida.

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Tem sim, muita coisa ainda, mas com calma a gente chega lá 🤭

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Hahaha pra não ficar aqui com muita curiosidade estou acabando de ler outros contos. Achei um de incesto bem interessante.

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