O dia em que comi o cu do veadinho

Um conto erótico de Kherr
Categoria: Gay
Contém 10166 palavras
Data: 06/10/2023 12:17:10

O dia em que comi o cu do veadinho

Nasci e fui criado numa família de machos. Em casa, éramos cinco, meu pai eu e mais três irmãos. Minha mãe era daquele tipo Amélia, educada e criada para ser esposa e cuidar dos filhos e obedecendo cegamente o marido. Meu pai tinha dois irmãos homens, o mais velho também com quatro filhos machos e o outro com três. Minha mãe tinha uma irmã e um irmão, ambos também só tiveram machos na prole. Crescendo nesse ambiente exclusivamente masculino não era de se estranhar que eu pensasse que éramos os reis do mundo, que podíamos fazer de um tudo, que as mulheres existiam para nos servir e, que todo aquele que não fosse macho nem deveria existir.

Quando a família se reunia para alguma data festiva, as mulheres ou estavam atarefadas na cozinha, ou estavam servindo seus maridos e cuidando dos filhos, ou estavam numa rodinha mais afastada se queixando das agruras estafantes de formar uma família e mantê-la unida e satisfeita. Enquanto isso, os homens ou estavam diante da televisão assistindo as partidas de futebol, assunto no qual todos eram verdadeiros experts, ou estavam bebendo cerveja, coçando os sacos de quando em quando, ou falando de mulheres e sexo. Entre os meus e irmãos e meus primos os assuntos eram basicamente os mesmos dos homens mais velhos, mas estavam acrescidos de um vangloriar infinito das gostosas que, ou estavam cobiçando, ou estavam ficando, ou estavam fodendo. Os mais velhos queriam nos fazer sentir inveja por sermos mais inexperientes e relatavam suas conquistas e suas fodas nos deixando invariavelmente de pau duro, uma vez que a testosterona que corria em nossas veias não nos deixava pensar em outra coisa. Quando as rodinhas onde esse assunto reinava soberano se desfaziam, íamos, um a um, disfarçadamente, para o primeiro banheiro bater uma punheta devido ao tesão que as estórias contadas nos causavam.

No colégio eu era uma espécie de líder da galera, de alguns ao menos, exatamente o mesmo tipo de caras como eu, machos que se julgavam superiores a todo mundo e que podiam pintar e bordar que nunca ninguém ousaria nos contestar. Afinal, o mundo é dos homens, a sociedade é machista. As próprias mulheres criam seus filhos para serem machistas, enquanto as filhas elas criam como se fossem bibelôs frágeis que devem se submeter aos homens para não serem tachadas de feministas, de revolucionárias o que as relegaria a morrem solteironas ou lésbicas.

Como capitão do time de futebol do colégio eu gozava certo prestígio entre as garotas; de algumas pelo menos, daquelas que não podem ver um par de calças, um corpo cheio de músculos e um volume minimamente razoável entre as pernas que já ficam todas assanhadas e com as xoxotas molhadas, loucas para levar uma pica. Com as mais sérias e recatadas eu não tinha a menor chance e, para azar nosso, digo nosso por que meus colegas com o mesmo porte atlético e a mesma cabeça machista, éramos simplesmente ignorados, quando não rejeitados por elas. E, eram justamente essas as mais bonitas e gostosas.

Sentindo essa rejeição na pele, eu fazia de um tudo para chamar a atenção delas, mas isso só servia para elas terem certeza de que eu não passava de um babaca convencido. É claro que eu tinha uma namoradinha, afinal precisava provar que era macho e que podia conquistar quem eu quisesse, embora as mais interessantes e bonitas não tivessem o menor interesse no meu charme. Ela se chamava Luísa, não era feia, embora também não fosse dona de grandes atributos, mas tinha o seu quê de gostosa, e foi isso que me levou a paquerá-la, bem como a facilidade com a qual ela me deixava bolinar com seus seios, coxas e bunda. Tracei-a no final do primeiro mês do ano letivo e, para minha surpresa, pois achava que o garanhão aqui ia desvirginar a sua primeira buceta, fui eu quem acabei desvirginando minha rola. A Luísa entendia muito mais de picas e como elas funcionam do que eu próprio. Foi uma decepção total, para ser bem sincero, mas como ela não comentou nada sobre eu ser virgem para o restante da galera, resolvi continuar o relacionamento, mais para que ela ficasse realmente calada do que propriamente por ter gostado da experiência. De tantas estórias que meus primos e irmãos contavam de como as menininhas tinham bucetinhas apertadas, e que era preciso ter muito cuidado para não machucá-las, pois eram criaturas sensíveis e frágeis e nossos pintos eram verdadeiros canhões que podiam rasgá-las ao meio se não fossemos cautelosos, só me restou constatar desolado que meu pinto entrou folgado na buceta da Luísa. Durante algumas semanas andei encucado com o tamanho do meu pau, nunca tinha me preocupado com isso antes, pois comparando-o com o dos demais colegas no vestiário do colégio ele até que era bem avantajado. Que tamanho tem que ter um cacete então, me perguntei. Vai ver que uma rola precisa ser bem maior do que a minha para entrar justa numa buceta feito a da Luísa. Será que ela que é larga, ou é meu pinto que é mesmo pequeno? Fiquei remoendo essa dúvida até criar coragem e perguntar ao meu irmão mais velho, cuja rola não era muito diferente da minha, se meu pinto tinha o tamanho certo.

- Eu lá quero saber do tamanho do seu pinto! Está me estranhando, sou macho, não fico olhando para cacetes de outros machos! – respondeu, bem ao estilo machão.

- Estou perguntando por que minha rola entrou folgada na Luísa, e vocês vivem alardeando como as bucetinhas são apertadas. Eu não senti nada apertado! – retruquei, disposto a elucidar aquele mistério.

- Ela que deve ser uma puta, por isso a buceta dela é larga! – devolveu ele.

- Mas ela é só uma garota, tem a minha idade, não pode ter tido tantas experiências sexuais assim! – afirmei.

- Cara, mulher é o bicho! Vai por mim, quando começam a dar para os caras nessa idade é porque são putinhas e logo ficam laceadas. Quer um conselho de um cara experiente? Parte para outra, que essa é uma canoa furada! Literalmente! –concluiu, rindo do analogismo.

Bem, eu sabia que meu irmão não era tão experiente quanto queria dar a entender. Era, isso sim, um garganteiro, que falava mais do que fazia e que também não fazia lá muito sucesso com o mesmo tipo de garota que eu não fazia no colégio. Saí perguntando para outros colegas do colégio e meus primos para ver se obtinha uma resposta que me satisfizesse, mas só encontrei respostas semelhantes de caras que também se achavam donos da verdade. Por fim, resolvi seguir o conselho do meu irmão, parti para outra. Dois meses depois, eu estava dando uns amassos pelos cantos do colégio na Kátia, uma peituda que gostava de enfiar a minha cara no meio das tetas delas e sentir eu as chupando e lambendo como um bezerro não desmamado. Precisei de mais dois meses para meter a rola na xana dela, ela se fez de difícil, durante a festa de aniversário de um colega. Como a Kátia era ligeiramente mais gordinha que a Luísa, tinha as coxas bem mais grossas, pensei que ia finalmente conhecer uma buceta apertada. Porém, só o que consegui constatar, é que fui o primeiro a enfiar uma pica ali dentro, pois quando tirei meu pau ele estava todo cheio de sangue e a Kátia estava ensanguentada no meio das coxonas e me deixou aflito quando começou a ficar desesperada com todo aquele sangue saindo da buceta dela. Quase pirei quando ela, chorosa e agitada, me perguntava o que estava acontecendo, por que ela estava sangrando tanto, o que eu tinha feito de errado para deixá-la naquele estado. Cheio de culpa, e achando que aquilo ia dar merda, deixei-a no quarto onde tínhamos transado e saí feito um desesperado atrás de um dos meus colegas para ver se obtinha ajuda ou, pelo menos, a solidariedade de um deles. Quando voltei ao quarto, sem ter obtido nada do que tinha ido procurar, ela já tinha se acalmado, estava em companhia de uma amiga que me encarou como se eu fosse um assassino.

- Cafajeste! – xingou-me a amiga dela, quando a levou para fora do quarto.

- Puta baranga do cacete! Ela que não sabe que perder o cabaço dá nisso e eu que sou o cafajeste? Vão se foder! – exclamei possesso, por ter ficado naquele sufoco e ter passado aquele baita susto.

Quando contei a história trágica para os meus irmãos, primos e colegas, tiraram o sarro da minha cara, o que só me deixou ainda mais puto.

- Esse negócio de transar pelo visto não é tudo aquilo que proclamam, numa minha pica só fez cócegas, a outra nem conhece a própria buceta e, para ser sincero, nas duas vezes eu gozei tão rápido que nem deu tempo de curtir a esporrada. E não venham me dizer que vocês tiveram experiências muitos diferentes, que tudo foi uma maravilha com vocês, pois sei que todos aqui se vangloriam, mas passaram pela mesma merda, ou até pior, e não passam de mentirosos. – afirmei ao fazer meu relato.

Eu já não me iludia mais, descobri que homens contam vantagem para darem a impressão daquilo que estão longe de ser. Contudo, eu continuava sendo um macho, precisava fazer jus ao título e honrar as calças que vestia, portanto, vida que segue, partir para a próxima. E assim, terminei o primeiro ano do curso médio contabilizando meia dúzia de garotas no meu currículo de garanhão. Houve umas melhores, outras nem tanto, mas valiam as experiências; bem como, era um jeito da minha rola estar em constante atividade.

No segundo ano do curso médio, entrou um garoto novo na classe, transferido de outra cidade. Enzo logo se transformou no xodó das meninas, principalmente aquelas que não davam bola para nós garanhões, as mais cobiçadas, as mais bonitas, as mais tudo. Ele não precisava fazer nada, parecia ser um imã que as atraía para cima dele. É duro eu falar isso, como macho, afirmar que outro homem é bonito é coisa de boiola. Mas, o Enzo era bonito, muito bonito, e que ninguém nos ouça. Não fez questão de se enturmar com a minha galera, a dos caras mais populares. Ele nos tratava de igual para igual, sem muito entusiasmo, só para não parecer antissocial. Participava das aulas de educação física mais por obrigação do que por prazer, embora tivesse um biótipo atlético, sem exageros como os nossos que fazíamos horas de academia para aumentar os músculos e ter o que exibir para as garotas. Ainda por cima, ele era bom aluno, já nas primeiras provas, tirou notas altas em todas as disciplinas, o que lhe angariou mais uma legião de fãs.

- Só pode ser uma bichinha! – exclamei na rodinha de amigos quando o vimos cercado daquelas garotas que cobiçávamos há meses sem sucesso. – Saca só o jeitinho dele, todo emproado, cabelos em desalinho que, aposto, ele passa meia hora penteando para ficarem desse jeito, carinha de bom moço, roupas que parecem ter sido feito sob medida para aquele corpo. Ninguém cabe tão certinho dentro de uma roupa! E aquela bunda, vocês já viram o tamanho da bunda dele? Deve ter um quilo de silicone naquele rabo! Nem parece rabo de macho! – aticei a galera, tamanho era o desdém e a inveja que eu sentia dele por ser tão popular com as garotas que eu queria. – Tanajura do caralho! – o apelido logo pegou e, em poucas semanas, a galera da minha turma só se referia a ele como Enzo Tanajura.

Fora da nossa turma, ninguém o chamava assim, e ele, que eu pensei ficar puto comigo por causa do apelido, nem se dignou a me questionar, continuou me tratando com a mesma distância e indiferença de sempre. Para ele, a minha existência era irrelevante. Vivo ou morto, tanto fazia para ele. Não era de ficar revoltado? Revoltado e putaço! Quem esse sujeitinho pensa que é, melhor do que eu, melhor do que a galera? Criei um inimigo, um inimigo que nem fazia ideia que eu existia, um inimigo que nem desconfiava da raiva que eu sentia dele.

Macho que é macho não deixa a coisa barata, eu tinha que zoar com esse cara, tinha que fazer com que soubesse quem eu sou. Foi fácil arregimentar meus colegas e passar a atazanar a vida do Enzo. Zoávamos com ele o tempo todo, por qualquer coisa, ou até sem motivo algum, o prazer estava em tripudiar dele. O Enzo não revidava, o que me fazia sentir ainda mais raiva. Eu queria ver ele explodindo, queria que viesse me peitar, queria ter um motivo para quebrar a cara dele na frente de todo mundo, mas ele não dava essa abertura. Eu só desfrutava daquele ínfimo prazer que era vê-lo assustado, com medo de passar pela nossa rodinha, com receio de ficar num ambiente onde dois ou três de nós estávamos. Ele contornava os caminhos para não cruzar conosco, fugia dos lugares quando nos via chegando, mas isso era pouco diante do que eu queria. Eu queria bater nele, queria que ele sentisse a minha força de macho, queria ver ele suplicando por clemência, mas isso não acontecia. O que fazer para alcançar meu intento? Novamente, com a imbecilidade que já fazia parte da minha personalidade de tanto que eu a vi nos homens que me cercavam, fui procurar sugestões justamente com eles.

- Bater de frente não está dando resultado, mude a estratégia! Quanto mais você caçoa e zoa com ele, mais pessoas vão se solidarizar com ele, mais popular ele fica, enquanto você fica com a fama de otário. – sugeriram.

- Qual é? Querem que eu fique amiguinho daquela bicha? Nem fodendo! – exclamei diante de proposta tão absurda.

- Ô panaca! Não é para você ficar amiguinho do veado, é para fazer de conta que é amigo dele, que se importa com ele, que é um cara legal com ele. – diziam todos.

- Dá até vontade de vomitar, só de pensar nesse absurdo! Vocês não estão entendendo, eu quero foder esse boiola, não me aproximar dele! – sentenciei

- Tu é mesmo leso, é difícil até para entender uma coisa tão simples! Fingir! Sabe o que é fingir, ô estrupício? Pois se quiser ferrar com ele vai ter que aprender a fingir.

- Leso é o teu cu, filho da puta! Sei muito bem o que é fingir!

- Se sabe, então trate de pôr em prática um plano nesse sentido, ou vai continuar aí só sonhando em ferrar o veado. – até que faz sentido, pensei com meus botões. É isso, eu vou me tornar amigo dele, depois fodo com tudo e quero ver a cara dele.

Demorei umas semanas para arquitetar um plano no qual o Enzo pudesse cair sem perceber as minhas segundas intenções. Uma ajuda providencial facilitou tudo. O professor de química dividiu a turma em duplas para fazer os experimentos nas aulas de laboratório e o parceiro que ele definiu para mim foi justamente o Enzo, talvez por saber que eu era uma negação de tão burro e ele o melhor aluno da disciplina. A galera tirou uma com a minha cara quando o professor anunciou as duplas, fizeram sinais, riram na minha direção, disfarçadamente simularam como se estivessem enrabando alguém, o que me deixou meio puto. Quando fui me sentar ao lado do Enzo na bancada para começarmos o experimento que o professor havia passado como exercício, a galera toda ficou de olho em nós, gozando da minha cara.

- Oi! – falei meio constrangido quando assumi meu lugar ao lado dele. Ele apenas me devolveu um sorriso acanhado, pois até ali todas as vezes que me aproximei dele era para zoar com ele.

Começamos o experimento, ele tomou a dianteira, uma vez que eu não havia nem me dado ao trabalho de ler as etapas da instrução. O putinho era de fato bonito para caralho, de onde eu estava dava para sentir o perfume dele, nada exagerado, algo muito suave e discreto que remetia a um aroma cítrico.

- Quer fazer a etapa seguinte? O professor está de olho em nós. – disse ele, me tirando daquele devaneio onde mergulhei observando-o pormenorizadamente.

- Hein? O quê? – balbuciei confuso.

- Perguntei se quer fazer a etapa seguinte, é só gotejar o ácido clorídrico lentamente na solução que está no Becker. – respondeu ele. Eu nem sabia qual era o ácido clorídrico e muito menos quais eram as etapas que tínhamos que seguir.

- Qual é o ácido clorídrico? – me senti um asno, mas ele pegou o recipiente onde estava o ácido e o colocou na minha mão, sem debochar, sem criticar.

- Agora com essa pipeta, é só ir gotejando 30 gotas nessa solução. – respondeu ele, gentil e paciente com a minha estupidez.

- Ah, tá! Valeu!

Terminamos nosso experimento bem antes do restante da turma, recebemos o elogio do professor e também uma nota excelente. Foi a primeira vez que tirei uma nota boa na disciplina de química.

- Você manja para caralho de química, não é? Cara, eu não consigo entender porra nenhuma do que o professor explica. Estou sempre me ferrando nas provas. – informei.

- Posso te emprestar meu caderno de anotações, vai te ajudar com as provas, e se precisar, posso te dar umas dicas. – devolveu ele, na inocência e ingenuidade sincera de querer me ajudar. O cara que não fazia outra coisa que não zoar com a cara dele, que o apelidara e que tinha feito todo mundo acreditar que ele era veado, embora não tivéssemos nenhuma comprovação disso.

- Valeu! – respondi. Eu ainda precisava pensar no assunto, afinal a galera ia tirar uma com a minha cara se eu me aproximasse muito dele.

Contudo, com a aproximação das provas e minhas notas baixas, era hora de fazer alguma coisa antes de ser reprovado, o que ia deixar meu pai puto, pois eu já havia reprovado duas vezes, uma no ensino fundamental e uma no ensino médio.

- Vou aceitar aquela ajuda que você me ofereceu, se ainda estiver de pé! – disse, num dia em que a galera toda tinha bolinado com ele no vestiário após a aula de educação física.

- Claro! Do que precisa? – perguntou com sua gentileza habitual. Eu pensei comigo mesmo, sou um filho da puta, ele me oferece ajuda e eu querendo ferrar com ele.

- Cara, de tudo! – respondi sincero, pois não tinha anotado nada durante as aulas e nem sabia por onde começar a estudar para as provas.

- De tudo? Como assim, de tudo?

- Pois é cara, não tenho nem a matéria que vai cair na prova. – respondi. Ele podia ter me mandado à merda, podia ter me chamado de vagabundo, o que eu realmente era, podia ter desistido de me ajudar. Mas, fez exatamente o contrário, se ofereceu a passar a tarde toda na biblioteca, me explicando a matéria. Foi o que me salvou naquele bimestre, tirei uma nota que nunca tinha tirado antes. Até o professor estranhou, e me perguntou se eu tinha colado durante a prova, ninguém botava fé que dentro da minha cabeça houvesse algum neurônio pensante.

A partir daí, grudei no Enzo, recorria a ele às vésperas de todas as provas e ele sempre se mostrava disponível. Tenho para mim que ele até gostava de mim, de ficar sozinho comigo, e deixando até de ser modesto, que ele estava a fim de mim. Afinal, eu também não era de se jogar fora, fisicamente falando; eu sempre fui atlético, parrudo, um macho que as garotas sonhavam ter enfiado nas bucetas delas. Por que com o Enzo seria diferente? Se ele fosse mesmo gay, eu era um partidão, na acepção da palavra, se é que me entenderam.

De tanto eu insistir acabei induzindo-o a me convidar a estudar na casa dele, as portas estavam se abrindo eu estava me aproximando cada vez mais dele e ele nem desconfiava com que finalidade. Eu ia matar dois coelhos com uma única cajadada; me dar bem nas provas e ferrar com o boiola.

A primeira vez que fui à casa dele para estudar, ele estava sozinho em casa; me levou para o quarto dele, um lugar super bem arrumado que refletia exatamente o jeito de ser dele. Comparado com o muquifo que eu dividia com meu irmão, onde reinava a bagunça, o ar fedia a roupas suadas e chulé de tênis espalhados por todo lado, aquilo era o paraíso. Nada fora do lugar, a cama larga com roupas de cama combinando, muita luz natural entrando pelo janelão que dava para o quintal, a bancada de estudo dele com o notebook, as caixas de som, os controles do videogame, tudo disposto e arrumado. O cheiro de asseio que dava vontade de ficar ali o dia todo. Isso sem mencionar o próprio Enzo, que me recebeu vestindo um short e uma camiseta, cabelos desalinhados, aquelas puta coxas grossas e lisinhas, aquele sorriso educado e gentil, e aquela bunda para a qual não dava para ficar olhando por muito tempo sem ficar de pau duro. À medida do possível eu prestava atenção nas explicações dele, e entendia melhor a matéria explicada por ele do que pelo professor. Fizemos uma pausa, ele foi buscar um suco na cozinha e quando voltou meu cacete mais parecia um poste de tão duro, uma vez que eu estava esparramado na cama onde tudo tinha aquele cheiro maravilhoso dele. Retomamos o estudo quando a irmã dele voltou de uma aula de balé ou coisa parecida. Era uma garotinha esperta, uns seis ou sete anos mais nova do que ele que, assim que chegou em casa, correu para o quarto dele.

- Oi! Cheguei! Quem é? O que vocês estão fazendo? – perguntou ao invadir o quarto, se pendurando no pescoço do Enzo e dando uns beijos nas bochechas dele.

- Agora estou ocupado, Rafaela! Estamos estudando. Esse é o Thiago, um colega da escola! – respondeu o Enzo, abraçando a irmã, beijando-a carinhosamente e a tratando com toda sua gentileza.

- Oi Thiago! – cumprimentou a irmãzinha, com sua cara serelepe.

- Está com fome, Rafaela? Faço um lanche se você quiser! – disse o Enzo, o que me fez perceber como ele era cuidadoso e amoroso com a irmã.

- Não, agora não, obrigada!

- Então deixe a gente continuar estudando, ok? – retrucou o Enzo.

- Ok! Tchau Thiago! – exclamou, voltando seu sorriso infantil para mim.

Voltei mais um bocado de vezes à casa dele para estudarmos. Nunca tive coragem de convidá-lo a vir para a minha casa, tinha vergonha da zorra que reinava dentro dela, e tinha receio que um dos meus irmãos soltasse alguma besteira ou fizesse algum comentário jocoso a respeito dele. De qualquer forma, o caminho estava aberto, ele já não tinha mais tanto receio de ficar perto de mim, eu tinha angariado a confiança dele.

Contei para a galera que ele estava no papo, que o tinha em minhas mãos e ele nem desconfiava da sacanagem que íamos aprontar com ele.

- O que vamos fazer, alguém tem uma sugestão? – perguntou o Jorginho, outro imbecil como eu, que já tinha repetido nem sei quantas vezes de ano, estava com dezenove anos e ainda não tinha terminado o ensino médio.

Ele era o único de nós que tinha carro, o pai era dono de uns três ou quatro postos de gasolina e a situação econômica dele permitia ter esse luxo. Era também o que mais zoava na turma, tinha fama de encrenqueiro e sempre estava metido nalguma confusão, era o meu melhor amigo e parceiro. Dizem que os mau-caráter se reconhecem mutuamente, era o nosso caso.

- Que tal no meu aniversário, daqui a duas semanas? Vou dar uma festa para a turma toda, podemos convidar o Enzo e aprontar com ele durante a festa. – sugeriu

- Duvido que ele aceite o convite, depois de tudo que já aprontamos com ele, nem vai cogitar em aparecer. – retrucou outro colega da galera.

- Cabe ao Thiago levar ele para a festa! Use a sua lábia, convença-o. Uma vez lá a gente fode com ele. – sentenciou o Jorginho, o que eu achei uma ideia genial.

- Mas, o que vamos fazer? Dar uma surra nele? Jogar ele na piscina? Deixar ele peladão? – as sugestões pipocavam de todo lado, cada um dando a sua contribuição.

- Tenho uma ideia melhor! O Enzo não é veado? Já deu para perceber que ele está a fim do Thiago, ou melhor, da pica desse meu amigão aqui! – exclamou o Jorginho, enquanto sua mente suja arquitetava o plano. – Você não disse que estava a fim de enrabar aquela bundona de tanajura? Pois então, vai ser durante a festa. A gente monta um esquema com câmeras no quarto de hospedes, você leva ele para lá, mete essa tua rola no cu dele e a gente filma tudo, depois espalha o vídeo pelo colégio todo, não é genial? – a sugestão foi acolhida por unanimidade, o que a galera queria era ver o circo pegando fogo.

- Eu topo! – concordei de pronto. Depois daquelas tardes estudando com o Enzo e tendo uma ereção a cada vez que pensava nele, só pensava em meter a rola naquele rabão tesudo.

Convencer o Enzo a ir à festa não foi nada fácil, ele estava tão ressabiado conosco que queria distância de qualquer membro da galera. Fora que ele devia pensar que não passávamos de um bando de otários com quem não queria o menor contato. Porém, nunca subestimei meu poder de persuasão, quando queria foder com uma garota eu era bem ágil nas palavras e conseguia entrar no meio das pernas delas com facilidade. O Enzo foi bem mais reticente, mas acabou cedendo de tanto eu insistir.

Esquema montado, a festa rolando, a casa cheia, todos só esperando o momento de a coisa acontecer. De tão metódico e certinho que o veadinho era, deixá-lo de pileque não deu muito certo. Tive que apelar para outras táticas e uma delas, a que o convenceu, foi dizer que estava gostando dele, que já não aguentava mais guardar aquele segredo e que estava a fim de beijar a boca tesuda dele. Com esse argumento consegui levá-lo até o quarto. Eu tinha que passar por esse mico, fingir que estava a fim de um boiola, fingir que realmente estava a fim de beijar aquela boca. Ele me acompanhou como um carneirinho resignado. Tranquei a porta do quarto, sentei na cama ao lado dele, soltei umas frases melosas, confessando um suposto amor ao qual já não conseguia resistir mais. Ele me ouvia, estava tenso, assustado, suas mãos tremiam e ele as esfregava uma na outra para esconder seu temor. Tomei-as entre as minhas, estavam frias e trêmulas, encarei-o e fui aproximando o rosto do dele até minha boca cobrir a dele. Seus lábios também tremiam, mas ele me aceitou, devolveu meu beijo e, distraído, nem percebeu minhas mãos deslizando pelo tronco dele. Em minutos, ele estava em meus braços, o desgraçado era um tesão de gostoso, aquela boca beijava com ternura e carinho, seu sabor era maravilhoso, eu metia a língua dentro dela e ele se assustou. Ele devia ser completamente virgem, deliciosamente virgem. À medida que a coisa foi esquentando tive a confirmação que ele gostava de mim, que se sentia atraído pelo meu físico, pela minha pegada de macho. Despi-o por inteiro e, surpreso, com a beleza de sua nudez, meu cacete trincava de tão duro. Ele olhava para a minha rola com um misto de receio e desejo. Instiguei-o a tocá-la, a pegá-la em suas mãos, o que ele fez com delicadeza e carinho. Quase morri de tanto tesão quando senti aquelas mãos macias afagando minha pica, o pré-gozo escorria sem controle. Ele olhava para aquilo e não sabia o que fazer.

- Põe na boca! Me chupa! – instiguei

- Não sei como fazer! Eu nunca fiz isso! – a voz dele quase não dava para ouvir, mas era doce, ingênua e dava um puta tesão.

- É assim! – exclamei, pincelando a cabeça melada do cacete nos lábios dele, que foram se abrindo lentamente até eu enfiar a pica dentro da boca.

Eu já não pensava mais com a cabeça de cima, era só a da rola que me guiava. Soltei um gemido ao sentir aqueles lábios delicados me lambendo e me chupando a cabeçorra.

- Isso, é assim mesmo! Chupa que eu estou gostando muito. – afirmei, o que o encorajou a continuar.

De vez em quando eu olhava ao redor, para onde as câmeras estavam camufladas e fazia caretas para a galera que devia estar acompanhando cada lance daquela parada, e certamente, com seus caralhos nas mãos batendo uma punheta, pois todos eram fissurados naquele tesão de veadinho.

Fui beijando e me apossando dele, abraçava-o, inclinei-me sobre ele, agarrei as nádegas carnudas e só sentia o tesão me consumindo. Independente da sacanagem que havíamos bolado, eu estava realmente a fim do Enzo, o calor do corpo dele me excitava eu queria aquele cuzinho no qual meu dedo estava atolado sondando as preguinhas úmidas dele. Ele foi se entregando, acreditava piamente que eu gostava dele e que estava a fim de algo mais sério. Suas mãos me acariciavam, seu olhar tímido e afetuoso me encarava, e era nesses momentos que eu titubeava um pouco, pensando na sacanagem que eu estava aprontando com aquele moleque ingênuo e virgem. Contudo, o tesão falava mais alto e logo eu voltava a me concentrar naquele cuzinho e de como ia enfiar a minha pica dentro dele. Posicionei o Enzo bem no foco das câmeras, para que elas captassem as melhores imagens. Inicialmente, abri suas pernas e me encaixei no meio delas, o que ele mesmo facilitou fletindo os joelhos que chegaram a tocar nos meus ombros; com o cuzinho exposto e vulnerável aos meus ímpetos, foi fácil penetrá-lo, empurrando meu caralho para dentro dele até só o saco ficar de fora. Quase pirei de tanto prazer ao sentir a carne quente e úmida dele encapando firmemente minha caceta, e comecei a bombar aquele cuzinho receptivo como se minha sobrevivência dependesse disso. Fiquei nessa posição socando sem parar, o Enzo se contorcia todo, gemia em meio a dor de ter sua virgindade consumida daquela maneira afoita. Porém, e apesar disso, ele se segurava em meus flancos cravando desesperadamente os dedos neles, como se precisasse do meu apoio, da segurança que encontrava na minha força física. Com o passar do tempo, suas mãos deslizavam pelas minhas costas me acariciando, subiam até meus ombros e bíceps, sempre se agarrando, até por fim chegarem à minha nuca e rosto, onde suavemente me afagava com um brilho delicioso fulgurando em seu olhar doce. Ali eu soube o que era uma entrega total pela primeira vez, e o prazer que isso proporcionava. Tive vontade de beijar aqueles lábios, aquela boca que ligeiramente entreaberta, gemia e gania aumentando meu tesão. Depois, mudando de posição, me coloquei atrás dele com o caralho mais parecendo uma barra de ferro e afastei as bandas da bunda dele. O que surgiu no reguinho liso fui uma rosquinha rosada, que piscava tresloucada e que me fez perder o pouco juízo que eu tinha. Caí de boca naquela delicia e lambi o cuzinho dele, fazendo-o gemer de tanto tesão.

- Deixa eu enfiar minha pica em você, deixa! – pedi alucinado. Ele concordou em meio aos gemidinhos que soltava.

Soquei a rola no cuzinho dele, o que o fez gritar em desespero e quase escapulir das minhas mãos, não fosse meu reflexo ligeiro agarrando-o pelas ancas e puxando-o de volta para junto da minha virilha. Dei outra estocada e o mandei calar a boca.

- Cala a boca, caralho! Quer que todos descubram o que estávamos fazendo aqui, veadinho?

- É que está me machucando, dói muito, Thiago! – devolveu ele, resignado e tão assustado que seu corpo todo tremia em minhas mãos.

- É assim mesmo, depois passa! Você não queria sentir a minha rola no seu cu, é assim que a coisa funciona! – devolvi, sem a menor compaixão pelo sofrimento dele.

Estavam nos observando, eu precisava mostrar que era o machão, que estava subjugando o veadinho e que era eu que estava no controle da situação.

- Eu não sabia, me desculpe! Nunca fiz isso antes. Você promete não me machucar muito, por favor, Thiago? – retrucou ele. Como um cara pode ser tão imbecil, pensei comigo, que nem se dá conta de estou fodendo o cu dele só de sarro?

- Tá, pare de falar que isso me desconcentra! Fica quietinho que tudo vai dar certo! – afirmei, sem parar de socar aquela delicia de cuzinho apertado, que encapava minha rola como ela jamais tinha sido encapada antes.

Aquilo sim era que é ser apertado, aquilo sim é que dava um prazer como eu nunca tinha sentido nas fodas anteriores, aquilo sim é que era tesão e prazer em sua plenitude. Tudo que meus irmãos, primos e o pessoal da galera comentava alegando já terem feito estava acontecendo comigo ali naquele momento, no cuzinho quente e acolhedor do Enzo. Eu sabia que nenhum daqueles filhos da puta tinha experimentado algo nem parecido, que tudo que alardeavam era só papo furado. Eu estava nas nuvens, o Enzo gemia tão gostoso, parecendo um gatinho manhoso e recebia meu cacete com tanto desvelo que me fazia flutuar numa nuvem de prazer indescritível. Gozei enquanto socava a piroca bem fundo no cuzinho macio dele. Esporrei tanto que chegou a vazar, enquanto sorria para as câmeras, e o Enzo gemia conformado levando minha pica no cuzinho que eu acabara de arregaçar. Quando puxei a rola para fora do rabo dele, as preguinhas e o reguinho estavam cobertos de sangue. Ele mal conseguia mexer as pernas, o cu devia estar doendo bastante, mas ele não reclamou, cambaleou até o banheiro, limpou o sangue e puxou a cueca e calça para cima.

- Tudo bem? – perguntei, quando vi seu rosto contraído me encarando, cheio de felicidade.

- Tudo! Posso te dar um beijo? – perguntou tímido querendo contato com meus braços e meu tórax desnudo que ele parecia estar gostando.

- Sai fora! Deixa de tanta veadagem! Já fodi seu rabo, não foi o suficiente? – respondi com aspereza.

- Eu achei que você também tinha gostado! – disse ele, sentindo-se frustrado por talvez não ter conseguido me dar prazer.

- Não foi nada de especial! Não crie ilusões! – afirmei, muito embora aquela tenha sido a melhor foda da minha vida, nunca tinha sentido tanto prazer, nunca tinha esporrado tanto como naquela gozada que encheu o cuzinho estreito dele de porra. Mas as câmeras estavam nos gravando e eu não ia passar uma de macho de boiolas.

Não vi mais o Enzo depois que saímos do quarto. Fui direto encontrar com a galera que estava reunida do quarto do Jorginho de onde acompanharam cada lance da trepada.

-E aí, como me saí? Foi foda, não foi? Admitam, sou o the best! – eu ainda estava sob o prazer eufórico daquela gozada, daquele tesão de cuzinho onde meu cacete foi acalentado.

- Mano, tenho que concordar, você foi foda! Daqui parecia que você estava mesmo curtindo a trepada e aquele rabo da bichinha. Parabéns! Somos seus fãs! – sentenciou o Jorginho, falando por todos. – Vem ver como ficou o vídeo.

As imagens eram nítidas, dava para identificar muito bem eu fodendo o rabo do Enzo e a cara dele gemendo e ganindo com meu desempenho de garanhão.

- Vou editar essas imagens num vídeo mais curto, só com os melhores lances e na segunda-feira a gente posta o vídeo nas redes sociais, vamos foder aquele boiola. – sentenciou o Jorginho, contente por seu plano diabólico ter dado certo.

Não comentei nada, mas tive uma sensação estranha ao ouvir as palavras dele e a galera toda rindo feito hienas estupidas que são incapazes de pensar por si só. Eu tinha ferrado com o Enzo, por que não me sentia tão feliz como tinha imaginado? Será que foi pelo tesão que aquela foda me proporcionou? Será que eu gostei do cuzinho daquela bicha? Cacete, eu já não sabia mais no que pensar. Mesmo assim, quando cheguei em casa, reuni meus irmãos e me vangloriei do meu feito, eu sabia que nenhum deles tinha feito algo tão ousado e nem que tinham sentido um prazer como o que eu tinha sentido.

- Tá, e você acha que a gente acredita nessa estorinha? Você fodeu o veadinho, tá, conta outra! – debochou meu irmão mais velho, o que sempre teve as estórias mais picantes.

- Tô falando sério! Eu tenho como provar, seus trouxas! Está tudo aqui, filmado e registrado! – exclamei, exibindo-lhes o vídeo no meu celular, o que deixou a todos de queixo caído.

- Puta merda, não é que é verdade! Olha como o cara fode o rabão, cacete, chega a dar um tesão da porra! – afirmou meu irmão do meio.

Cheguei cedo ao colégio na segunda-feira, ia ser o grande dia, íamos espalhar o vídeo e ver a turma toda assistindo como eu era um garanhão fodedor. A galera toda estava agitada, esperando o momento do intervalo para lançar o vídeo nas redes sociais. Concentrados numa rodinha, a certa distância, ficamos observando a reação do Enzo assim que ele viesse o vídeo. De repente, a agitação começou, as primeiras pessoas que viram o vídeo saíram espalhando a notícia, em minutos o Enzo cercado de alguns colegas estava consultando o celular. Cheguei mais perto, queria curtir nada momento da cara dele. As cenas eram fortes, picantes, pura putaria, eu engatado no rabo dele e ele gemendo de prazer, eu sorrindo para a câmera e ele sofrendo na minha rola que entrava e saía do cuzinho dele. Só de rever as cenas me voltava um tesão da porra. O Enzo assistiu ao vídeo calado, alguns colegas próximos afagavam os ombros dele em solidariedade, quando ele terminou de assistir, ergueu o rosto, olhou na minha direção e havia duas lágrimas escorrendo pela face. Não havia uma expressão de raiva, não havia nada além de uma tristeza profunda e aquelas lágrimas escorrendo.

- Fodeu! – exclamei, sem me dar conta de que tinha expressado meu sentimento em voz alta e que a galera ao meu redor tinha ouvido.

- Claro que fodeu, cara! Você fodeu legal com a bichinha! – exclamaram em meio aos risos de deboche.

Não consegui achar graça, não conseguir rir, não consegui falar nem fazer nada. A ciência de que tinha feito uma cagada estava se instalando em mim e, aos poucos, comecei a perceber que aquilo podia dar merda. Meu primeiro instinto foi de me aproximar do Enzo e pedir desculpas, confessar que fui um babaca, mas a galera estava festejando meu feito, me pondo num pedestal, eu não podia decepcioná-los. Fui para casa com a cabeça fervilhando de remorso, mas já era tarde, a cagada estava feita.

O Enzo não apareceu no colégio naquela semana, o que só aumentou a minha preocupação. Como será que ele estava, o que será que aconteceu com ele, será que deu algum problema no cuzinho dele depois de todo aquele sangue escorrer no reguinho dele? Eu era um poço de dúvidas. Enquanto isso, a galera não tinha outro assunto, eu era o melhor, era o cara, ninguém era páreo para mim.

Na semana seguinte o Enzo voltou às aulas, estava cabisbaixo, tinha um olhar triste, passou por mim como se eu não existisse, acompanhado dos amigos dele que realmente se importavam e gostavam dele. No meio das aulas fui chamado à sala da direção, foi quando me dei conta de que algo de muito ruim estava para acontecer. Quando a secretária me deixou entrar na sala do diretor, estava ele com mais dois sujeitos de terno.

- É o seguinte Thiago, estes são advogados com quem o colégio trabalha, eles vieram aqui para conversar conosco e nos comunicar que o pai do Enzo, o colega com quem você e uma turma estão fazendo bullying há muito tempo, entrou com um processo contra o colégio exigindo providências no sentido de parar com essas agressões. Esse vídeo foi você quem postou nas redes sociais? – perguntou-me, enquanto os dois advogados olhavam para mim já como se eu fosse um réu.

- Não senhor, foi alguém da galera! – respondi, tirando meu rabo da reta.

- Dá no mesmo! Você está seriamente implicado, meu jovem! Fomos aconselhados pelos advogados a expulsá-lo do colégio, e é isso que vamos fazer, para evitar problemas maiores. Os alunos que estudam aqui estão sob nossa responsabilidade, a integridade deles faz parte dos nossos deveres e você submeteu seu colega a algo abominável.

- Não aconteceu nas dependências do colégio, e ele estava de acordo, não fiz nada que ele também não quisesse! – continuei mentindo para me defender.

- Não importa onde aconteceu, ambos são alunos dessa instituição. E, quanto a ele estar de acordo, não é o que as imagens sugerem. Já entramos em contato com seus pais, eles deverão comparecer ao colégio onde serão informados da expulsão que deve ocorrer oficialmente amanhã, mas a partir desse momento você está liberado para ir para casa, não deve retornar as salas de aulas, está entendido? – concluiu o diretor, enquanto um dos advogados me entregava uma carta a ser levada aos meus pais.

Fui escoltado pela secretária e um segurança para pegar meus pertences e deixar o colégio. A galera me encarava sem entender nada do que estava acontecendo, mas já desconfiavam que a brincadeira tinha dado merda, para isso eles eram espertos o bastante.

Quando cheguei em casa meus pais já esperavam por mim, tinham saído do trabalho mais cedo e queriam explicações. Um oficial de justiça foi à empresa do meu pai para lhe entregar a comunicação da abertura de um processo, feito pelo pai do Enzo. Contei meia verdade, disse que a gente zoava com o Enzo e era só, que ele era muito cheio dos chiliques e que, como veado, tinha essas reações estranhas, pois naquele momento o que eu mais precisava era do apoio do meu pai que, como machão, também não era afeito a veadinhos. Apesar de ter ouvido um sermão, senti que ele ficou do meu lado, acreditando na mentira que contei.

- Isso não vai dar em nada! Vê se toma mais cuidado da próxima vez que for mexer com algum veado! – aconselhou ele.

Mas, quando meu irmão mostrou o vídeo que eu não havia mencionado uma ruga de preocupação surgiu na testa dele. Levei outro sermão e a coisa esfriou por alguns dias.

A intimação para comparecer a uma delegacia não demorou a chegar, bem como a da instauração de um processo movido pelo pai do Enzo. Meu pai precisou contratar um advogado, e pegou um que meu tio sugeriu. A família toda, pelos menos todos os homens, já estavam sabendo que eu havia comido um veadinho no colégio, e estavam exultantes. Claro que meu pai contratou um advogado de porta de cadeia, não havia grana para contratar alguém competente. Apesar disso, o fulano nos extorquiu, foi preciso vender o carro da minha mãe para pagar o sujeito. Já na primeira audiência deu para sentir que estávamos ferrados, o advogado do pai do Enzo era uma sumidade, botou o nosso no chinelo. Recorrer nos custou mais um tanto que não meus pais não tinham, foi preciso apelar para os irmãos. Antes todos solidários e elogiando meus feitos de machão, todos deram para trás com desculpas esfarrapadas alegando não ter como emprestar dinheiro para meu pai. O dinheiro que já era pouco em casa, se mostrou mais ralo e ausente ainda, foi preciso cortar gastos por todo lado. Meus irmãos também tiveram que dizer adeus ao colégio pago, fomos todos parar em escolas públicas. O mais velho que cursava uma faculdade particular meia-boca precisou trancar a matricula e ocupar seu tempo ocioso com um empreguinho mixuruca.

Foi aí que eu vi que meu pai também não passava de um boçal que não conseguia sustentar a família se não fosse minha mãe ajudando com o emprego dela. O tal machão que até tripudiava dela e a fazia trabalhar feito uma escrava em jornadas duplas enquanto ele tomava suas cervejas com os irmãos também garganteiros, era um chefinho de setor medíocre na empresa em que trabalhava, e que nunca chegaria a ascender na carreira. Ao contrário do pai do Enzo que podia dar estabilidade à família que formou e, à qual dedicava toda sua atenção e carinho, ensinando aos filhos como serem pessoas decentes e de bem.

O advogadozinho que meu pai contratou, logicamente, como já se esperava, perdeu o processo, o que nos endividou até o pescoço, pois tivemos que pagar todas as custas do processo. Fui condenado, como réu primário, a cumprir uma pena prestando serviços comunitários num asilo de idosos por um ano, três vezes por semana, em jornadas de seis horas. O juiz também aplicou uma pena alternativa na forma de prestação pecuniária devida ao Enzo e ao colégio, o que acabou afundando nossa família num poço de dívidas. Nem mesmo isso fez meu pai enxergar sua mediocridade, a maneira desvirtuada em que nos criou, nos fazendo acreditar que por sermos machos, podíamos fazer o que bem entendêssemos. Ele era um fodido, mas continuava arrogante, coçando o saco e tomando suas cervejas diante da televisão assistindo seu futebol, pois de outras coisas pouco entendia.

Todos os meus amigos, inclusive o Jorginho, idealizador da cilada, se eximiram de culpa, me deixando pagar sozinho pela cagada. Um a um, todos eles foram depositando a culpa pelo que aconteceu sobre meus ombros, deixando-me arcar com as consequências do que eles classificaram como uma brincadeira. Ali também senti que nunca tive amigos verdadeiros como os que o Enzo tinha e cultivava, os meus não passavam de puxa-sacos que se atrelavam a mim para obter vantagens, nada mais. Eram um bando de desgraçados que continuaram suas vidas enquanto a minha estava cada vez mais ferrada, estudando numa escola pública que nada acrescentava a minha formação educacional. Eu já duvidava de um dia poder cursar uma faculdade, estava atrasado nos estudos, não sabia praticamente nada para prestar um vestibular decente, e havia com aquela cagada selando o meu destino.

Depois que fui expulso do colégio, nunca mais vi o Enzo. Fiquei sabendo através da galera que ele continuava estudando e que se formou como primeiro aluno da turma. O estranho é que, ao pensar nele, já não sentia aquela raiva nem aquela vontade de ferrar com ele. Eu sabia que ele era muito mais homem do que eu, que era alguém de caráter, que era de amigos como ele que eu devia ter me cercado e cultivado. Também me lembrava da nossa transa, dele me acolhendo em seu casulo quente, dele se entregando para mim, dele me presenteando com sua virgindade pura e inocente. E, não tenho vergonha de confessar, ainda sinto um tesão da porra quando me recordo daquela noite e do corpo todo dele tremendo nos meus braços, dos beijos que trocamos, dos lábios dele sugando o melzinho da minha pica, da expressão de seu olhar enquanto eu estava dentro dele, nela havia um sentimento puro e verdadeiro refletido que nunca mais alguém me dirigiu. Talvez ele estava gostando muito mais de mim do que eu imaginava, talvez estava apaixonado por mim, enquanto eu só pensava em como ferrar com aquele cara tão diferente dos demais.

Passaram-se 15 anos, tudo aquilo foi se desvanecendo com o tempo, embora eu soubesse que jamais se apagaria da minha memória. Até porque, as consequências daquela foda determinaram o rumo que minha vida seguiu. Consegui um emprego sem nenhum glamour depois que cumpri minha pena. Quase tudo que eu ganhava era destinado ao pagamento da prestação pecuniária, na qual toda a família estava envolvida. Isso acabou gerando atritos entre meus irmãos e eu, que se viam privados de parte de seus salários por minha culpa. Com muito esforço e dedicação consegui um emprego um pouco melhor, o que ajudou a apressar a quitação da dívida e a pagar uma faculdade particular de segunda linha. Não seria um diploma que me ajudaria a almejar muita coisa, mas já era um diploma universitário e, com ele, consegui uma vaga de chefia de setor numa nova empresa.

No campo sentimental, meus atributos físicos atraiam as garotas como moscas ao mel. Estar sempre com uma buceta à disposição amenizava um pouco as agruras daquela vida sem perspectivas. E aqui cabe uma revelação. Como aquela trepada com o Enzo não me saía da cabeça e, tendo conhecido alguns gays nos lugares onde trabalhava, acabei enrabando alguns na expectativa de encontrar aquele mesmo prazer que o Enzo havia me proporcionado, mas isso nunca aconteceu, foram apenas fodas sem importância, sem aquele algo mais que o Enzo me fez sentir enquanto minha pica estava dentro dele.

Conheci a Camila, uma garota fogosa que levei para a cama já no primeiro encontro. Como eu já esperava, não era virgem, até sabia muito bem como satisfazer um macho. Estávamos namorando a menos de um ano quando resolvemos nos casar. O salário dos dois seria suficiente para um começo de vida modesto. Eu depositava minhas esperanças de me tornar pai naquele casamento apressado, mas ela se recusava a engravidar, alegando não estar preparada para se tornar mãe e que isso atrapalharia sua carreira profissional. Toda aquela suposta paixão inicial foi se transformando em algo morno e insosso, as transas rarearam e até nem faziam muita falta, pois não tinham nada de especial. Eu me aliviava nas punhetas debaixo do chuveiro, ou com alguma safada disponível na empresa em que trabalhava, o que me deu a fama de ser um garanhão. Isso elevava meu ego, e eu me dava por satisfeito. Numa vacilada da Camila ao tomar o anticoncepcional, consegui engravidá-la no quarto ano de casamento e tivemos a Priscila, uma garotinha linda que deu uma nova injeção de ânimo na minha vida. Contudo, a Camila ficou furiosa comigo, me tachou de reprodutor, me acusou de não pensar em outra coisa que não fazer filhos nela e a nossa relação foi se deteriorando dia a dia, até ela anunciar que queria a separação, pois queria voltar para o antigo namorado com quem teve um relacionamento que se iniciou na adolescência. Me vi privado de acompanhar o desenvolvimento da Priscila, os finais de semana que passamos juntos não supriam as necessidades que uma boa relação pai-filha deveria ter. Era uma situação semelhante a outro dos meus irmãos, que também estava divorciado e trazia o filho para a casa dos nossos pais aos finais de semana, um ambiente pouco salutar para se criar uma criança.

Como eu estava insatisfeito com o meu chefe na empresa em que trabalhava, comecei a procurar um novo emprego. Fiz algumas entrevistas até uma delas resultar numa proposta aceitável. Pedi demissão e assumi uma função não muito diferente da que ocupava na empresa anterior, embora tivesse me livrado do chefe carrasco. Tratava-se de uma multinacional, as chances de crescimento eram maiores, mesmo eu não tendo grandes qualificações. O ambiente de trabalho era bem melhor, a empresa primava pela diversidade de pessoal o que me pôs novamente em contato com alguns gays, lésbicas e pessoas de outras etnias. Meu gerente era um imigrante sírio muito capacitado que nos tratava com respeito e fazia questão de elogiar nosso trabalho. Poucas semanas depois que iniciei na empresa, comecei a ouvir os comentários a respeito de um gerente-sênior do qual todos gostavam e que era o mais cotado a assumir a vaga de um diretor que estava se aposentando. Ele não era do meu setor, mas meu gerente se referia a ele com uma devoção e um respeito incomuns. E então o encontro aconteceu. Foi num final de expediente, uns colegas mais nosso gerente estávamos descendo pelo elevador quando ele entrou. Usava um terno impecável que se ajustava ao seu corpo esguio e bem formado, sua altura ajudava a dar àquele porte o destaque que o distinguia, os cabelos ainda tinham aquele mesmo desalinho charmoso, que emoldurava seu rosto lindo. Mas, foram seus olhos que me perturbaram, continuavam com aquela mesma meiguice e doçura com a qual me encararam quando eu fodi o cuzinho apertado dele. Enzo, em carne e osso, dirigindo seu sorriso afetuoso a todos indiscriminadamente que estavam dentro do elevador e recebendo os cumprimentos simultâneos de todos eles. Nunca me senti tão pequeno, insignificante, quanto naquele momento, e mal consegui retribuir o cumprimento. Ele não me reconheceu de imediato, só o fazendo depois de dar uma passada de olhos em todo pessoal que se encontrava no elevador.

- Quero te apresentar meu novo chefe de setor, Thiago! – exclamou meu gerente, ao me apresentar a ele, no momento em que ele me reconheceu.

- Como vai, Thiago? Há quanto tempo! Não sabia que estava trabalhando conosco. Seja bem-vindo! – disse ele, me estendendo a mão com sua habitual gentileza. Eu nem sabia se tinha o direito de tocar naquela mão, se meu contato com ela não macularia aquele homem que não estava demonstrando nenhuma repulsa ou desprezo pelo sujeito que o ferrou durante os anos do ensino médio.

- Vocês se conhecem? – perguntou meu gerente, quando percebeu que o Enzo me reconheceu.

- Sim, fizemos parte de ensino médio juntos no mesmo colégio! – respondeu o Enzo com a voz firme e educada. Eu só consegui acenar com a cabeça, não me atrevendo a abrir a boca.

Demorei a conseguir mover minhas pernas para sair do elevador quando chegou ao térreo, o impacto daquele reencontro me deixou paralisado. Eu só conseguia pensar que seria sumariamente demitido já no dia seguinte, pois a posição do Enzo dentro da empresa lhe dava essa prerrogativa sem que ele precisasse dar muitas explicações. Como um ratinho assustado eu já me via privado do emprego, do salário que em parte era alijado pela pensão que pagava à Priscila, de me tornar um desempregado em meio a uma crise generalizada de falta de empregos. Se o Enzo fosse se vingar por tudo que lhe fiz no colégio eu estaria fodido, na mais abrangente acepção da palavra, e ele tinha todo o direito de fazer isso sem sentir qualquer remorso.

Mesmo eu não tendo contato direto com o Enzo dentro da empresa, comecei a esperar pelo dia da demissão, tinha como certo que ela viria, mais cedo ou mais tarde. Contudo, os meses foram passando e eu continuava na minha função procurando dar o melhor de mim para não perder aquele emprego. Apenas os gerentes foram convidados para cerimonia e a festa de posse do novo diretor regional, quando o Enzo assumiu seu novo cargo na empresa; embora a peãozada tivesse ficado de fora, havia um clima de comemoração entre eles, pois todos gostavam de como o Enzo tratava os empregados. Eu ainda me recordei daquela tarde em que estava no quarto dele estudando para as provas e a irmãzinha dele chegou abraçando-o e beijando, e de como ele a tratou com afeto e carinho. Ele dedicava esses mesmos sentimentos a todos que o rodeavam, talvez tivesse feito o mesmo comigo naquela época ao se oferecer para me ajudar com os estudos e aquelas aulas de química no laboratório, e eu fui incapaz de enxergar o afeto que ele me dedicava. Jamais chegarei aos pés desse homem, pensei comigo mesmo. Ele está a anos-luz da minha mesquinhez, da minha insignificância. E pensar que eu tive todas as chances de me tornar um de seus amigos, de poder desfrutar desse carinho com o qual ele trata a todos.

Eu estava no meu setor naquela manhã quando o Enzo entrou na sala do meu gerente, depois de cumprimentar a todos com um sorriso bondoso e festivo. Conversaram alguns minutos e meu olhar não se desviava das vidraças que permitiam ver os dois conversando. Estão tratando da minha demissão, concluí, enquanto procurava na expressão dos dois a confirmação das minhas suspeitas. Só conseguia sentir o pavor se instalando em mim. Ao sair, o Enzo veio diretamente a mim, chamou-me para um canto um pouco afastado do restante do pessoal e eu já gaguejava feito uma maritaca assustada.

- Vou comemorar meu aniversário na sexta-feira à noite em minha casa e gostaria de contar com a sua presença. Fale com seu chefe, ele tem o endereço; às 21 horas, fique à vontade para trazer uma companhia. – convidou ele, me encarando com sua simpatia e simplicidade.

- Eu hã ... eu ... é claro! Obrigado, muito obrigado! – consegui responder, sem acreditar que isso estava acontecendo. Ele não me odiava como eu supunha, ou estaria me aprontando uma cilada, como eu fiz com ele anos atrás?

- Os presentes estão proibidos! A sua presença já será um presente! – emendou ele, ao se despedir.

- Sim. Claro ... sim.... está bem .... entendi! Obrigado!

Pensei em não comparecer, certamente esse convite era para se vingar, eu ia me ferrar indo a essa festa. Durante dias não pensei noutra coisa. Foi no aniversário do Jorginho que tudo aconteceu, agora eu ia me tornar a vítima. Para piorar a situação, meu gerente, quando me entregou o endereço do Enzo, frisou da necessidade de eu comparecer.

- Ele pode entender a sua ausência como uma afronta. É de boa política comparecer a esses convites feitos pela alta direção, e o Enzo raramente convida pessoas para a casa dele, seu círculo de amizades é bem seleto. Sinta-se privilegiado por ele ter te convidado. – disse ele. Eu gostaria de acreditar que ele estava certo, que aquilo não era uma armadilha.

Decidi ir; afinal, não podia ficar me escondendo a vida toda. Quando o porteiro me deixou subir, eu tinha uma garrafa de vinho cara nas mãos que não paravam de tremer. O apartamento ocupava todo o andar da cobertura ampla onde algumas pessoas conversavam em rodinhas animadas. O Enzo veio me receber, sorriu, mas fez cara feia para a garrafa que coloquei em suas mãos, enquanto um sujeito se aproximava dele colocando o braço sobre seus ombros de maneira afetuosa.

- Thiago, um funcionário da empresa! Diogo, meu marido! – apresentou-nos o Enzo com uma naturalidade desconcertante.

- Bem-vindo, fique à vontade! – disse o sujeito, no mesmo instante em que dava um beijo na bochecha do Enzo, que o recebeu com um sorriso tímido e apaixonado.

O sujeito era grande, forte, musculoso, muito bem-apessoado, também devia ocupar um cargo alto e muito bem remunerado dentro uma empresa, era simpático e educado em sua simplicidade espontânea. Vendo-o diante de mim, consegui entender por que o Enzo se sentiu atraído por mim nos tempos do colégio, e voltei a me sentir um cretino por não ter percebido isso naquela época. O Enzo, sem dúvida merecia um cara como aquele, um cara que o amava, que o protegia, que era todo cheio de cuidados e carinho para com ele. Percebia-se o casal amoroso que formavam e era isso que angariava aquela legião de amigos que estavam ali reunidos naquela noite comemorando não só o aniversário do Enzo, mas a felicidade dos dois. Certamente o Diogo sabia o que fiz com o Enzo, mas também não demonstrou nenhuma repulsa a minha pessoa; não me tratou com a mesma afetuosidade dos demais convidados, mas também não foi hostil. Foi no seu tratamento ligeiramente frio que eu percebi que ele sabia de toda a história, mas a educação refinada não lhe permitia demonstrar qualquer aversão a minha pessoa.

- Me desculpe por tudo, Enzo! Sei que não mereço seu perdão, mas acredite, estou profundamente arrependido do que fiz com você! Nem mereço estar aqui, ou que se digne a falar comigo. – confessei, quando tive a chance de me aproximar do Enzo sem que ninguém estivesse à nossa volta.

- São águas passadas, não vamos mais falar sobre isso! – respondeu sincero e gentil

- Sempre fui um idiota, mas com você cheguei as raias da imbecilidade. Nada justifica o que fiz, nada explica uma atitude tão vil. A verdade é que nunca fui digno de você, nem de um mínimo de sua atenção, e mesmo assim, você me ajudou com as disciplinas, me ajudou a passar de ano, o que não teria conseguido sem você. Não espero nem conto com seu perdão, mas o peço mesmo assim. Me desculpe! – implorei, sentindo o peito comprimido por uma dor opressora.

- Já é um grande passo ter se conscientizado do seu erro. Toque a vida em frente, e esqueça nosso passado. Espero que se dê bem dentro da empresa! – devolveu ele.

O Diogo voltou a se aproximar de nós, enlaçou a cintura do Enzo com seu braço musculoso e o puxou para junto de si, como se estivesse reivindicando a posse daquela criatura especial. Beijou-o rapidamente na boca e o Enzo deixou a cabeça cair no ombro sólido dele. Eles se amavam e deviam ter uma vida cercada de segurança e felicidade. Pareciam completar um ao outro e não pude deixar de me sentir feliz por eles.

No caminho de volta para casa, onde ninguém esperava por mim, enquanto dirigia no avançado da noite, não era inveja o que eu sentia daqueles dois, e sim, a perda da chance que o destino tinha colado em minhas mãos de ser tão feliz quanto eles se, ao invés de ter feito com o Enzo o que fiz, tivesse o protegido e cuidado dele, retribuindo-lhe o mesmo sentimento que ele me ofereceu. Eu seria o mais feliz dos homens se o Enzo estivesse ao meu lado hoje, como meu parceiro, como o amor da minha vida.

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Comentários

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Que bom no final Thiago, de arrependeu do que fez, e viu ali o quanto ele perdeu, poderia ser ele ser o marido do Enzo, mais na época era um babaca preferiu fazer a merda que fez uma pena. Mais ele agora tem oportunidade de seguir em frente, e ter a chance de procurar ser feliz poder ser com um homem ou mulher, basta ele ser sincero com o que sente é tbm respeitar a pessoa que estiver junto com ele. Esse é um conto que merece tipo uma parte dois, mostrando como está o Thiago depois dessa conversa que teve com o Enzo, talvez já com um cargo melhor ou até com um novo amor é feliz é superado todos os erros.

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Muita sensibilidade sua Paulo Taxista MG, se preocupar com o destino de um personagem que tinha tudo para construir uma relação feliz e, como você disse, preferiu fazer merda. Isso não é nada incomum, às vezes as pessoas não enxergam o que tem de precioso e que está ali, bem diante delas. Acabam frustradas e infelizes. Super abração!

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Igual já tinha comentado, sou hetero é leio de tudo, principalmente contos de incesto, mais gosto de ler romances de qualquer gênero, gays ou de lésbicas, tem ótimos autores aqui no site (vc está entre eles).

Agora voltando assunto, pode ser uma ficção, mais devemos pensar no mundo real, comparando com situações do nosso dia dia. Eu conheço pessoas, que cometeram erros parecidos, é perderam a oportunidade de serem felizes.

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Tenho certeza que conhece pessoas reais como as que retrato nos meus personagens, pois eles são inspirados em pessoas reais, situações que vivenciei, lugares onde estive e percepções que tive ao longo desses anos de vida. Me perdoe a ousadia, mas creio que você daria um ótimo personagem para um conto. Um hétero de cabeça aberta que assume a leitura de contos gays e de lésbicas, que não se fecha atrás de uma moral imposta e diz curtir romances e contos de incesto. São raros caras como você, de personalidade forte e autoconfiantes. Acredito que as pessoas que tem o privilégio de te conhecer pessoalmente partilham a minha opinião a seu respeito. Abraço carinhoso!

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Nossa como vom ler isso, só duas pessoas que sabem que eu leio contos eróticos, meu irmão é um amigo, os dois não lê esse tipo de conteúdo, de vez enquanto eu comento alguns contos que eu leio com o meu irmão, ele é gay assumido, meio que comecei a ler os contos pra ver como ele se sente, de início era uma forma de entender ele, depois eu comecei até meio que defender ele. Uma pena que não somos tão amigos, igual quando ele era adolescente, sou 8 anos mais velho, ajudei cuidar dele, meu pai na época trabalhava na cooperativa de dia e trabalhava no táxi a noite , é eu ficava com ele depois da aula, já que a minha mãe trabalha fora, a gente tinha uma ótima amizade as vezes ele contava algo, mais com o passar dos anos se tornou uma pessoa egoísta, que eu comecei a observar na adolescência, ele até melhorou um pouco esse comportamento, durante a pandemia. Esse tipo de elogio que vc me deu, eu sempre escuto, gosto de ouvir as pessoas, algumas pedem até opinião, o mais engraçado eu me considero uma pessoa tímida as vezes, por não conseguir falar o que sinto para as pessoas, já deixei de me declarar para algumas mulheres que eu era afim, é olha que eu demonstrava isso para elas, mais infelizmente não me deram abertura para me declarar, ficava pensativo, mais depois seguia em frente. Sou uma pessoa que gosta de fazer amizades, só que infelizmente algumas pessoas já me magoaram, tipo continuo a amizade, mais essa pessoa pna comigo, pois não sou o mesmo mais, mesmo pedindo desculpas, como diz se perde o brilho. Mais de uma pessoa eu tenho admiração que é a minha mãe, minha melhor amiga, sempre estou ajudando ela é ela me ajudando.

Ps te peço desculpas, a alguns meses fui grosseiro com vc, depois de ler um conto seu neste dia tava com cabeça quente, é na época não compreendia a sua forma de escrever, contos maiores com mais palavras, achava o texto difícil de ler, mais aí revi a forma de ler, pois vc escreve dessa forma para não ter que escrever mais capítulos, tirando os que vc escreve em partes. Posso te indicar 4 autores que eu acompanho na casa ?

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Ps minha mãe trabalha em salão de beleza, então as clientes dela ficam de cara com a forma que eu trato ela, pois até às compras de produtos de salão eu faço KK, é eu aprendi algo a respeito dos produtos, até cores de esmalte eu aprendi, como diz não tem que psso ajudar ela, então sempre me ofereço, as lojas onde eu compro as atendentes ficam de cara, algumas conhecem a minha mãe, aí já até perguntam por ela. Faço isso a anos, chega ser engraçado, pois as clientes das lojas ficam me olhando, aí eu viro falo uai não tem uma irmã pra ajudar, então eu me ofereço.

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Macho que é macho não tem do que se esconder e nem que dar explicações!

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Fala isso para um canceriano KKK, sem querer a gente quer se explicar, mais já fui pior.

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Olha Paulo, eu já recebi muitas críticas pelos meus contos, seja por ter abordado temas controversos, como racismo, sexo consentido com menores, divergências politicas e por aí vai. As pessoas se esquecem que ao escrever eu retrato a vida, falo da sociedade em que vivemos, cito comportamentos de pessoas passíveis de serem encontradas em qualquer rua ou cidade do mundo. Ao escrever eu falo de mim, do acredito, do que penso sobre todas essas questões, como qualquer autor, roteirista, ator não sou eu quem está sob julgamento, mas tão somente meus personagens e suas atitudes. Ninguém termina de ler um livro, sai de um cinema e quer crucificar quem o escreveu ou quem o interpretou, mas algumas pessoas não conseguem desvincular uma coisa da outra. Até xingamentos pesados e pessoais e ameaças eu já recebi nos comentários, que precisei reportar a administração do site e registrar um BO na delegacia de crimes cibernéticos. Eu não espero que todos gostem dos meus contos, ou admirem como exponho questões as quais todos estão sujeitos, mas o respeito a uma opinião divergente nunca pode ser perdida. Sim, alguns dos meus contos são longos e até poderiam ser dividos em partes, mas acontece que já enfrentei muitas dificuldades com o site quando fiz isso, como se eu estivesse publicando o mesmo conto repetidas vezes. Daí desisti e só raramente os divido em partes para evitar uma trabalheira para publicá-los. Abração!

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PS Só para constar, héteros tímidos são um charme!!! KKKKKK

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Hahahaha nem pra tanto, no meu caso é na hora de me declarar que é o problema, tipo algumas não te dão abertura, mais em conversas casuais, se o assunto for bacana né solto, principalmente se for sobre história é geografia, aí vai ter assunto sem fim.

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Conto excelente! A narração do Thiago, o embarque no trem de sentimentos de cada passo, de cada fato e suas consequências só demonstra o tamanho do autor que você é, grande Kherr. Você nasceu pra isso: pra encantar através de estórias com final feliz ou não, mas que sempre trazem uma perspectiva humanista. Obrigado por você existir

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Nem sei o que dizer PauloPE! palavras são poucas para descrever o quanto te agradeço e aos leitores que fazem seus comentários em meus contos. Fantásticos são vocês! Abração!

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Eu amei a quebra de expectativa do seu conto Kherr, finalmente vi uma mudança brutal de algumas coisas que você fez e me sinto genuinamente muito feliz com sua evolução, eu acompanho há 3 ou 4 anos seu primeiro conto até esse que é mais atual, terminei seu conto muito feliz, mas também muito triste com o destino do Thiago, que sofreu e sofrerá as consequências dos seus atos até o fim da sua vida.

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Me alegra que tenha gostado do conto, Pedrinhorizzo, e fico grato por acompanhar minhas estórias por tanto tempo. Abração!

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Escreve sobre a sua historia de amor com o seu homem.

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Sempre arrasando nas histórias, nossa cada coisa, cada detalhe. Parabéns

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Obrigado SraLara! Me alegra que curta meus contos, só tenho a agradecer1 Abração!

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Faz uma continuação daquele conto que um gay da favela se apaixona pelo filho do traficante chamado carlão e acaba sendo preso, você se lembra? Quanto aquele outro conto de traficante que o gay é estuprado, aquilo foi desprezivel, não achei nada legal, esse merecia se dar mal no final.

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Já li todos os contos de Kherr, mas não me lembro deste conto específico. Qual o nome dele?

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Oi Plutão, é uma alegria reencontrá-lo por aqui e saber que ainda lê os meus contos. O conto ao qual o Machoxgay se refere tem o título de O Depoimento, e foi publicado em 5 partes. Um abração carinhoso para ti!

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Jamais perdoaria um lixo* desse, esse miserável tinha que ter recebido uma bela de uma vingança e os comparsas dele deverriam ser presos, enzo poderia ter pago pra 2 negrões estuprarem ele, sempre leio seus contos e vários dos machões são parecidos com esse daí, mas esse me causou raiva, quantas histórias dessas não já aconteceram na vida real? Á quantas humilhações não já me submeteram?

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Mas mudando de assunto eu amo o padrão dos seus contos, é sempre MACHOS x gays, você nunca escreve história de bicha com bicha, isso faz toda a diferença, você tem um bofe kheer? Um macho 100% ativo e que gosta de mulher?

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Valeu Machoxgay, muito obrigado! Respondendo sua pergunta, tenho sim 100% ativão e, até nos conhecermos, hétero até a raiz dos cabelos, um fofo que eu amo de paixão há mais de 10 anos. Abração!

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CONTA A HISTÓRIA DE VOCÊS NO PRÓXIMO CONTO, PODE SER?

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Olá Machoxgay! Me desculpe não poder matar a sua curiosidade, mas não vai rolar. Temos um acordo, eu não transformar nossa vida pessoal em um conto. Diversos dos meus contos tem episódios do nosso romance e de nossa história de vida, eles estão distribuídos justamente para não nos expor. Abraço carinhoso!

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Jamais perdoaria um lixo dele, esse é o tipo de elemento desprezivel que deve ser tratado da pior forma possivel.

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olá Machoxgay, concordo com você!

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Kherr. O q foi isso, difícil ler a parte machista do conto, mas valeu a pena. Adorei a conclusão. Tiago está pronto pra um novo amor.

Gostaria q esse conto tivesse continuação.

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Olá Ilhapluvial, o que foi isso? Eu te respondo, um desabafo, uma revolta contra esses homofóbicos que tentam fazer de nossas vidas um inferno. Abração!

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Leio contos há anos e nunca criei uma conta aqui, mas esse teu conto irmão! Foda demais! Parabéns! Que história foda! Que sensatez pra expressar as palavras. Foda!

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Só posso me sentir lisonjeado com seu comentário Dan1807, e te agradeço por ter lido meu conto. Abraço!

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Valeu pelo comentário Danidito24, fico grato pelo elogio e por ter gostado da estória. Abração!

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Esses héteros, há esses héteros. Não preciso falar mais nada Kherr vc já sabe né. Parabéns querido.

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Pois é Zezinhodiv1, esses héteros são um problema, uma pedra nos nossos sapatos. Felizmente, nem todos são um Thiago da vida. Super abraço!

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Nossa, não dá nem para descrever o quanto essa história é boa e bem escrita! Parabéns!!

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Fico feliz que tenha gostado RenanDaCasa, é gratificante quando o leitor curte a estória. Abração!

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Kherr que história incrível (como todas que você cria aliás),sua escrita é primorosa e mexe demais conosco, é possível sentir uma miríade de sentimentos com suas personagens, nesse conto em particular eu senti tanto desprezo pelo protagonista Thiago, que queria entrar na tela do celular em enforcar o infeliz, hahahaha.

A propósito, sei que você é avesso a continuações, mas será que não cogitaria escrever um conto paralelo mostrando o que ocorreu com o Enzo nesses 15 anos, e como ele conheceu o Diogo?! Fica a dica, sem mais a acrescentar, você já sabe que sigo sempre a espera de suas histórias, um grande abraço.

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Acredito que quase todos os leitores vão ficar a fim de dar um soco na cara do Thiago, um sujeitinho desprezível. Infelizmente, há muitos por aí procurando suas vítimas. Valeu pela dica! Abração, meu querido, e muito obrigado por acompanhar meus contos.

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Kherr, só um autor foda como você pra nós trazer um conto assim. Deu pra sentir desprezo, raiva, esperança, prazer, satisfação, torcida... Muito bom mesmo! E esse autor "macho alpha", você conseguiu dar profundidade a um tipinho geralmente desprezível/desprezado nos contos normalmente, a não ser como objeto de desejo

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Pois é Jota_, infelizmente a maioria desses machos alpha só servem como objetos de desejo, uma vez que os conhecendo melhor só se quer distância deles. Obrigado pelo comentário e super abração!

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O Thiago teve o que mereceu! Achei foi pouco! Inclusive, o Enzo foi até caridoso em manter ele no emprego hahaha. Adorei a forma que o autor explorou o ponto de vista do macho, "hétero" e convicto. Essa narrativa que foi abordada é BASTANTE comum na sociedade. Obrigado pelo conto maravilhoso!!!

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O Thiago teve mesmo o que mereceu rixerboo. Quanto ao Enzo, ele sempre esteve acima da mesquinhez e preconceito do Thiago, não se importando com a existência de pessoas como ele, soube tocar sua vida adiante sem remoer o passado e os abusos que sofreu. Abração!

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Que conto maravilhoso, ele é concreto, é um canto que a gente sente que pode ser real, não uma utopia e a consciência que o protagonista teve foi perfeita. Com certeza aprendeu com a vida. Meus parabéns

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Obrigado Bernardo_conti! A estória é tão factível que só é preciso andar um pouco por aí para se deparar com um desses Thiagos da vida. Abraço carinhoso!

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Que as suas histórias são boas não é novidade, mas eu amo muito quando você resolve variar sua fórmula e dá um desfecho diferente. Pode ser estranho mas eu fico muito mais entretido quando a história é envolta em angústias kkkk Nem todos os personagens merecem um final feliz, e esse protagonista definitivamente é um desses.

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Sem dúvida Tomás, não tinha como dar um final feliz para um sujeito feito o Thiago, teve o que mereceu. Enquanto isso, o Enzo com seu bom senso e capacidade de compreensão acabou encontrando quem lhe desse o devido valor. Abração!

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