A traição leva Marcelo ao amor. 2

Um conto erótico de Fuckme
Categoria: Homossexual
Contém 3990 palavras
Data: 10/10/2023 16:17:41

"Que pena," Damião encolheu os ombros enquanto se sentava em uma das cadeiras vazias. "Achei que poderíamos jogar um jogo de strip pôquer."

Eu fiz uma careta. "Damião..."

“Isso não vai acontecer, amigo”, disse Levi.

"Vamos, Damião. Vamos para a sala assistir TV. Deixe esses caras conversarem."

"Tudo bem", disse ele. "Ooh, você gravou 'Project Runway'?"

"Sim, vamos lá."

Eu o agarrei e o puxei da cadeira.

Enquanto eu passava, Daniel me agarrou, me puxou para baixo e me beijou. Sua mão se moveu para minha nuca e ele me segurou enquanto me beijava lenta e sensualmente.

"Senti sua falta", ele disse enquanto se afastava e lambia os lábios.

Limpei minha boca e fiz uma careta. "Você tem gosto de charuto e uísque."

Todos os caras riram.

"Onde está o meu beijo?" Damião perguntou enquanto se inclinava para Alex.

Alex cobriu o rosto de Damião com a mão e deu-lhe um forte empurrão.

"Ai!" Damião reclamou enquanto tropeçava para trás.

Todos riram de Damião e eu o arrastei para fora da sala. Fomos para a sala e nos acomodamos no sofá para assistir ao 'Project Runway' desta semana. Eu ainda podia ouvir Daniel e seus amigos rindo alto na marquise e isso me fez sorrir.

Depois que o show acabou, olhei para Damião e ele tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto.

"Ok, Damião. O garoto não era tão bom. Ele merecia ir para casa por causa daquela bagunça quente."

Damien enxugou o rosto e riu. "Não... eu estava pensando em José. Sinto falta dele."

"Ligue para ele e diga a ele."

"Eu tentei. Ele não fala comigo. Ele não vai me perdoar desta vez. Eu sei que estraguei tudo, Marcelo. Mas eu o amava."

"Eu sei o que você sempre faz, isso é consequência dos seus atos."

"Eu não tento estragar as coisas... É como se... Como se o universo estivesse atrás de mim. É como se eu nunca pudesse ser feliz."

Fiquei um pouco irritado porque Damião acabou de admitir para mim que havia traído José mais de uma vez. E José não o perdoou ‘desta vez’.

Damião teve uma vida difícil enquanto crescia. Era só ele e sua mãe crescendo, assim como eu. Mas sua mãe era emocional e mentalmente abusiva com ele. Ele passou muito tempo na minha casa. Minha mãe sempre fez Damião se sentir bem-vindo. Quando a mãe de Damião o deserdou por ser gay depois que nos formamos na faculdade, minha mãe o acolheu até que ele se recuperasse.

Sempre pensei que era por isso que ele parecia tão desesperado para ser amado.

"Eu sei que você teve uma vida difícil, Damião. Mas você tem um ótimo emprego. Você é saudável. Você ainda é jovem e incrivelmente bonito. Um dia você encontrará o cara certo e se estabelecerá. E você nem vai querer olhar para outros caras. Só tem que mudar seu jeito"

"Você acha?"

"Claro que eu acho."

"É fácil para você dizer. Você tem Daniel. Ele é tão bom para você. Você tem muita sorte."

"É isso que estou dizendo, Damião. Um dia você conhecerá um cara incrível como Daniel. E viverá feliz para sempre. Só precisa de responsabilidade e RESPEITO"

Damião suspirou. "Eu espero."

***

Nas duas semanas seguintes, Damião e Daniel se deram bem. Eu só tive que acabar com uma briga entre eles. Mas Daniel e eu estávamos começando a ficar um pouco irritados com suas travessuras. Damião estava procurando um apartamento, mas nada era bom o suficiente. Sempre havia algum detalhe para escolher.

Daniel também estava ficando muito frustrado na cama. Eu não queria fazer amor com Damião em casa. Isso me estranhou. Então faríamos isso no chuveiro, ou eu faria um boquete nele. Fizemos amor direito em nossa cama algumas vezes quando levei Damião para a academia.

Depois de quatro semanas em nossa casa, decidi que precisava dizer a Damião que era hora de ir.

Era sábado e eu tive que ir trabalhar. Decidi que trabalharia apenas meio dia. Eu queria ir para casa e fazer um bom jantar e comunicar a ele facilmente. Terminei rapidamente o que precisava fazer e depois parei no supermercado.

Quando entrei pela porta, congelei no meio do caminho.

Damião e Daniel estavam no sofá. Damião estava completamente nu. Sua cabeça jogada para trás enquanto ele subia e descia no pau de Daniel. A camisa de Daniel estava desabotoada e as calças ainda estavam nos tornozelos. Ele estava segurando a cintura de Damião e empurrando seus quadris para cima dele. Os dois estavam tão envolvidos um com o outro que não me notaram ali.

As sacolas de supermercado caíram no chão. Damião olhou para cima e engasgou de horror.

Daniel empurrou Damião para longe dele. Ele tirou a camisinha do pau e se abaixou e se esforçou para puxar as calças para cima. "Oooooooh pooorra Querido... Querido, me desculpe. Não é--"

"Marcelo, sinto muito," Damião chorava enquanto vestia suas roupas.

Agarrei-me à parede enquanto era dominado por um sentimento de destruição. Meu corpo foi destruído por soluços.

"COMO VOCÊ PODE?!" Eu gritei. Eu nem tinha certeza com quem estava falando.

Daniel começou a explicar. "Aconteceu, baby..."

"NÃÃÃÃÃO ME CHAME'BABY', SEU FILHO DA PUTA BASTARDO TRAIDOR!" Eu gritei.

Olhei para o rosto chorando de Damião. Eu vi isso em seus olhos. Esta não foi a primeira vez.

"E VOCÊ SEU FALSO!" Eu gritei enquanto lágrimas escorriam pelo meu rosto. "VOCÊ ERA MEU MELHOR AMIGO. COMO PÔDE, DAMIÃO? COM MEU MARIDO? EU TE PERDOEI POR TADEU, MAS NÃÃÃÃÃO POR DANIEL. EU NUUUUUUUUNCA VOU TE PERDOAR POR ISSO SEU TRAIDOR! NUUUUUUUUUNCA! COMO FUI TROUXA EM TE ABRIGAR E CONFIAR EM VOCÊ E EM DANIEL"

Damião caiu de joelhos e soluçou.

Daniel tentou me abraçar. "Vamos, Marcelo. Acalme-se. Vamos conversar..."

Empurrei Daniel para trás o mais forte que pude e cuspi um catarro do fundo das minhas entranhas na cara dele, ele caiu por cima da mesa de centro e quebrou o tampão de vidro. "NÃÃÃÃÃÃÃO ME TOQUE SEU IMUNDO, PORRAAAA! COM DAMIÃO, ENTRE TODAS AS PESSOAS. VOCÊ -- EU--"

Eu estava chorando tanto que não consegui continuar. Tirei minha aliança de casamento do dedo e a joguei no chão na frente deles. Peguei minhas chaves e bati a porta atrás de mim. Entrei no meu carro e saí correndo da garagem em lágrimas. Parei no acostamento da estrada e estacionei. Chorei até não ter mais lágrimas.

Eu só tinha um lugar para ir. Fui até a casa de mamãe. Ela ainda morava em nossa casinha no subúrbio. Fiquei sentado na garagem por muito tempo. Eu vi mamãe sair para a varanda. Ela apareceu, abriu a porta do carro, me puxou para fora e me abraçou. Agarrei-me a ela e perdi o controle. Gritei em agonia em seu ombro enquanto ela me ajudava a entrar em casa. Ela me deitou no sofá e me envolveu em uma manta de tricô. Ela sentou ao meu lado e acariciou suavemente meu cabelo.

"Damião e Daniel estão ligando repetidamente para você," ela disse calmamente.

"Os dois podem ir para o inferno, se merecem", eu cuspi.

"O que aconteceu, querido?"

"Eu os encontrei me traindo... Fazendo sexo."

Mamãe engasgou. "Oooh não."

"E não foi a primeira vez... Como puderam, mãe? Como?"

Apertei os olhos e chorei muito.

"Shh... Vai ficar tudo bem", ela disse enquanto me abraçava forte.

"Como, mãe? Como vai ficar tudo bem? Acabei de perder meu melhor amigo e meu marido."

"Você não está falando sério. Talvez..."

"Sim, eu estou. Eu nunca mais quero ver nenhum deles! Tô com nojo só de olhar para eles e nunca mais confiarei nesses traidores, não tem como e nem quero... Quero que eles se fodam"

Limpei o rosto com as mãos e passei o antebraço pelo nariz.

"Vou tirar uma soneca, minha cabeça está explodindo", eu disse.

"Seu quarto está arrumado."

Mamãe fungou e enxugou as lágrimas do rosto e eu lhe dei um abraço apertado.

Levantei e fui para o meu antigo quarto, deitei e chorei muito até dormir.

***

Daniel e Damião me ligaram incessantemente no dia seguinte. Finalmente atendi a ligação de Daniel no domingo à noite.

"Escuta bem o que vou te falar, PARE DE ME LIGAAAAAAR, VOCÊ NÃÃÃÃÃÃÃO MERECE MEU PERDÃO E MUITO MENOS MINHA ATENÇÃO... VOCÊ ACABOU COM NOSSO CASAMENTO POR QUE QUIS E NÃO PENSOU EM MIM NA HORA DE FUDER MEU AMIGO... ME ESQUEÇA, EU DESEJO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO MAGOADO E DESTRUIDO QUE VOCÊ SE FERRE... NÃÃÃÃÃÃÃO ME PROCURE NUNCA MAIS SEU TRAIDOR SAFADO", eu disse gritando.

"Marcelo! Por favor, não desligue. Baby, eu sinto muito. Por favor, apenas fale comigo."

Eu poderia dizer que ele estava chorando e isso partiu uma pouco meu coração. Daniel era tão forte. Ele nunca chorava.

“MARCELO”, ele gritou desesperado em prantos. "QUERIDO... POR FAVOR, VOLTE PARA CASA. PODEMOS RESOLVER AS COISAS. ME PERDOA, EU NÃO CONSIGO SEM VOCÊ, POR FAVOOOOOR EU TE AMO." o choro dele esta desesperador

"NÃO CONSIGO, DANIEL. NÃO CONSIGO TIRAR DA MINHA CABEÇA A IMAGEM DE VOCÊ FAZENDO AMOR COM DAMIÃO. SÓ DE LEMBRAR DÁ VONTADE DE VOMITAR, NÃO CONSIGO NEM OLHA PRA CARA DE TRAIDORES DE VOCÊS" eu gritava e falava tudo o que estava entalado

"NÃO ESTÁVAMOS FAZENDO AMOR. FOI SÓ UMA MERDA. ME PERDOA PELO AMOR DE DEUS. ELE ME SEDUZIU. OLHA, NÃO IMPORTA. PODEMOS IR A UM TERAPEUTA, CUSTE O QUE CUSTAR. EU NÃO CONSIGO VIVER SEM VOCÊ. QUE IDIOTA EU FUI, ME PERDOA E ME DÊ OUTRA CHANCE" ele tremia falando e chorando desesperado

"SÓ QUERO SABER MAIS UMA COISA DESSA SUA BOCA SUJA, ISSO É IMPORTANTE PARA MIM, DANIEL! VOCÊ TINHA LUBRIFICANTE E CAMISINHA. OBVIAMENTE ESTAVA PREPARADO PARA TRAIR. ME RESPONDE COM SINCERIDADE E SEJA HOMEM PELO MENOS AGORA, NÃO FOI A PRIMEIRA VEZ, FOI?"

O silêncio no telefone era ensurdecedor.

Daniel finalmente falou tão baixo e trêmulo que mal consegui ouvi-lo. "Não."

"QUANTAS VEZES?"

"Querido, não."

"QUAAAANTAAAAAAS?!" Eu gritei.

"Não sei."

"HÁ QUANTO TEMPO VOCÊS DOIS ESTÃO...?"

Mais silêncio. Meu estômago revirou. Desliguei o telefone, corri para o banheiro e caí no chão. Mal consegui chegar quando todo meu almoço caiu no vaso sanitário. Vomitei tudo o que tinha. Eles já estavam se pegando a tempos.

Depois de me limpar, voltei para o meu quarto. Peguei meu celular tocando e desliguei.

***

Segunda de manhã liguei para o trabalho e tirei o dia de folga. Enquanto Daniel e Damião estavam no trabalho, eu arrumei o máximo de coisas que pude colocar no meu carro. Voltei para a casa da mamãe e joguei tudo numa pilha no meu quarto.

Durante a semana seguinte, Daniel continuou me ligando e me deixando mensagens pelo menos duas vezes por dia. Às vezes eu as ouvia, às vezes simplesmente as apagava. As ligações de Damião finalmente diminuíram.

Levi até me ligou uma vez. Ele me ligou no trabalho e isso me pegou desprevenido. Ele me disse que Daniel estava infeliz e arrependido. Ele expulsou Damião de casa e queria que eu voltasse para casa. Eu disse a Levi para mandar Daniel ir para o inferno e se fuder, pois ele não merecia meu perdão, não foi uma vez que eles transaram, eles estavam me traindo a tempos. Levi ficou morto de vergonha por ter me ligado.

Eu pensei em pedir o divórcio e seria um pesadelo. Como o nosso casamento não foi reconhecido pelo nosso estado, teríamos que passar pelo tribunal de família de onde casamos.

Eu não estava dormindo bem. Todas as noites eu ficava deitado na cama recapitulando os detalhes da nossa vida. Me perguntando o que eu fiz de errado para ele querer foder Damião em vez de mim. Me perguntando há quanto tempo eles estavam fodendo nas minhas costas.

Na semana seguinte, eu finalmente estava começando a sair do meu medo. Pelo menos parei de chorar. As ligações de Daniel também diminuíram.

Eu ia trabalhar todos os dias e depois voltava para a casa da minha mãe. Jantávamos e assistíamos TV até a hora de ir para a cama.

Às vezes eu a pegava olhando para mim com simpatia. Às vezes, ela vinha até mim e me abraçava sem motivo.

Eu morava com minha mãe há três semanas quando ela bateu na porta do meu quarto num sábado de manhã. Eu gemi e me virei e olhei para o relógio. Eram 12h43 da tarde.

"Entre," eu resmunguei. Limpei a garganta e me sentei.

"Você vai dormir o dia todo?" ela perguntou.

Suspirei. "Sim. Não. Acho que deveria me levantar."

"Você tem uma visita."

"O quê? Eu não quero ver ninguém. Diga a quem quer que seja para f... Para ir embora."

A grande estrutura de Alex encostou-se no batente da porta. "Eu já estou aqui, Marcelo."

"Vou deixar vocês dois conversarem", disse mamãe enquanto se desculpou.

"O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?" Perguntei. "EU NÃO VOU VOLTAR PARA AQUELE TRAIDOR SAFADO, ENTÃO VOCÊ PODE ECONOMIZAR SEU FÔLEGO." falei um pouco exaltado

"Não estou aqui porque Daniel me pediu. Estou aqui para visitar você. Todo mundo está tão preocupado com Daniel e o bajulando com pena. Eu queria saber como você estava realmente."

Abri a boca algumas vezes para responder, mas não consegui pensar em nada para dizer. Alex veio e sentou na ponta da cama.

"Então como você está?" ele perguntou.

"Oh, estou ótimo, maravilhosamente magnífico", eu disse sarcasticamente. "Meu melhor amigo e meu marido estão tendo um caso a tempos debaixo do meu teto. Não poderia estar melhor né?."

"Eu dei um novo esporro e sermão sério para Daniel há algumas semanas. Eu simplesmente não conseguia acreditar que ele faria isso com você. Ele pode ser um verdadeiro idiota às vezes."

Abri a boca para defendê-lo por instinto, mas depois me contive. Ele tem razão. Daniel é um crápula idiota e traidor, jogou um casamento aparentemente feliz no esgoto por um vagabundo que ele sempre criticou... Os dois são sujos igualmente.

"Você sabia que Damião está de volta com o namorado?" Alex disse. "Ele de alguma forma o convenceu a aceitá-lo de volta. Algumas pessoas nunca aprendem, eu acho."

Suspirei. "Sim. Há quanto tempo isso estava acontecendo, você sabe?"

Alex encolheu os ombros. "Não sei. Você realmente acha que isso aconteceu mais de uma vez?"

"Daniel admitiu. Quando perguntei há quanto tempo isso estava acontecendo, ele não respondeu."

Alex balançou a cabeça e murmurou: "Aquele filho da puta. Ele não merece um cara como você."

Eu zombei. "Sim. Certo. Porque eu sou um bom partido."

Alex abriu a boca para responder, mas mudou de ideia. Ficamos sentados em silêncio por um momento.

"Então o que você vai fazer?" ele finalmente perguntou.

Mudei minha posição para ficar sentado na cama.

"Não sei. Pedir o divórcio. Encontrar um lugar para morar. Tudo que sei é que não vou voltar para ele."

"Posso lhe dar o nome do meu advogado de divórcio, se você quiser. Quero dizer, Susana e eu tivemos uma separação mútua e amigável, então não foi complicado. Duvido que as coisas fiquem feias entre você e Daniel."

"Sim, ok. Eu gostaria de falar com ele."

Alex pegou o telefone e folheou os contatos, depois enviou uma mensagem para o contato no meu telefone.

"Obrigado", eu disse.

"Então, como está o projeto em que você está trabalhando?"

"Um pesadelo. Fiquei muito atrasado, mas fiz muitas horas extras esta semana e tô exausto."

"É por isso que você ainda está na cama à 1h da tarde de sábado?"

Dei de ombros. "O que mais eu tenho que fazer?"

"Está um belo dia. Vá jogar uma partida de golfe."

"Daniel que é o jogador de golfe, não eu."

"Bem, isso foi apenas uma sugestão, Marcelo."

Eu vi os olhos de Alex percorrerem meu corpo. Eu estava vestindo uma regata e um short de moletom e seus olhos pousaram em meu peitoral e barriga antes de voltar para os meus olhos. Notei pela primeira vez que Alex tinha olhos cinzentos. Também notei pela primeira vez como seu rosto era incrivelmente bonito.

Ele limpou a garganta nervosamente. "Você quer ir almoçar comigo?" ele perguntou.

"Não, tudo bem. Eu realmente não estou a fim disso."

"Ah, vamos lá. Você está escondido há, o que, três semanas agora? É só almoço. Vamos. Levante-se."

Alex se levantou, agarrou meus pulsos e me puxou para fora da cama. Minha perna ficou presa quando saí da cama e tropecei e bati em seu corpão. "Uau!"

Minhas mãos tocaram seus peitorais macios e seus braços se moveram ao meu redor para me pegar.

"Tudo bem. Estou bem", eu disse rapidamente enquanto me afastava dele. "Deixe-me me limpar e me vestir."

"Vou esperar por você lá embaixo."

Corri para o meu armário enquanto Alex se virava para sair. Eu o vi olhar para mim enquanto passava pela porta.

"Esta é uma má ideia", murmurei para mim mesmo enquanto estendia a mão até à minha virilha para ajustar a minha pika dura como pedra.

Rapidamente tomei banho e me vesti, então desci as escadas. Mamãe e Alex estavam sentados no sofá tomando chá gelado e conversando.

Quando Alex me viu, ele se levantou.

"Obrigado pelo chá, Sra. Márcia", disse ele. "Foi muito bom. Assim como a empresa."

"De nada, 'Alexander'. É bom receber um amigo de Marcelo. Você é bem-vindo a qualquer hora."

"Ora, obrigado, senhora", ele sorriu.

"E tão educado," minha mãe disse enquanto corava um pouco e beliscava o braço dele.

"Oh meu Deus", eu murmurei.

"Preparado?" Alex me perguntou.

Eu balancei a cabeça. "Volto daqui a pouco, mãe."

Dei-lhe um abraço rápido e segui Alex porta afora. Entrei no banco do passageiro de seu SUV Ford Expedition vermelho e apertei o cinto.

"Para onde?" ele perguntou.

"Eu não me importo. Em qualquer lugar."

"Mexicano?"

"Claro. Parece bom."

Alex saiu da garagem e foi para a cidade.

"Não acredito que você estava flertando com minha mãe", eu disse.

"Eu não estava flertando com sua mãe", ele riu. "Eu estava sendo amigável."

"Sim, bem, não estou te chamando de 'papai', então você pode simplesmente esquecer isso."

Alex riu alto e eu juntei-me a ele. Foi a primeira vez que ri em semanas. Olhei para ele e sorri.

Almoçamos no restaurante mexicano Dos Amigos, que servia autêntica comida mexicana. A comida lá é sempre boa. Nós dois tomamos uma margarita no almoço e isso me ajudou a relaxar um pouco. Fiquei muito grato por Alex não ter falado sobre Daniel ou Damião.

“Sabe, posso dizer que você perdeu peso”, eu disse. "Você ainda está malhando?"

"Sim. Tento ir cinco dias por semana. Perdi vinte quilos até agora."

"Uaaaaau. Bem, bom para você. Você pode dizer."

"Obrigado", ele sorriu com orgulho.

Conversamos sobre seu trabalho como gerente de TI e meu trabalho como gerente de projetos. Na verdade, conversamos e rimos por quase duas horas.

Depois do almoço, ele queria sair para fazer alguma coisa, mas recusei e ele me deixou em casa.

Fiquei um pouco surpreso quando ele desligou o SUV e me acompanhou até a porta da frente.

"Obrigado por me arrastar para fora, Alex."

Ele encolheu os ombros. "Eh. A qualquer hora que precisar de companhia, Marcelo."

Parecia que ele ia me abraçar, então estendi minha mão e ele apertou. Sua mão era grande e quente quando ele gentilmente agarrou minha mão. Ele segurou minha mão um pouco demais e seu polegar acariciou lentamente as costas da minha mão. Ele olhou nos meus olhos. Deus, seus olhos eram lindos.

"Obrigado, Alex", eu disse novamente.

"De nada, Marcelo."

"Tchau."

Tirei minha mão da dele e entrei e sentei na cadeira da sala. Mamãe ergueu os olhos da TV.

"Já voltou?" Mamãe perguntou.

"Já estive fora há quase três horas." Franzi a testa enquanto olhava para o relógio.

"Oh. Bem, pensei que talvez você fosse sair ou algo assim."

"Oh não."

"Ok, tudo bem. Faça como quiser."

***

Entrei em contato com o advogado de divórcio de Alex na segunda-feira de manhã. Expliquei que a casa era de Daniel antes de nos casarmos. Eu só queria meus pertences e minha parte em nossas economias. Como não temos casamentos entre pessoas do mesmo sexo no nosso estado, a única maneira de nos divorciarmos seria residindo em um estado que permitisse o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Que pesadelo. Ele parecia um cara legal e parecia solidário por não poder me ajudar.

Quando Alex apareceu em casa novamente no sábado, fiquei muito surpreso.

"Alex. O que você está fazendo aqui?" Eu perguntei enquanto abria a porta.

"Você quer sair para almoçar?"

"Uh, talvez você já tenha ouvido falar de telefones?"

"Se eu ligasse para você primeiro, você simplesmente teria dito não."

Dei de ombros. Ele estava certo. Eu teria dito não.

"Ok, então calce os sapatos", disse ele.

Ele entrou na casa e passou por mim, me deixando ali parado com o queixo no chão. Cara, ele era presunçoso.

"Alex, que bom ver você de novo", disse mamãe enquanto descia as escadas.

"Sra Márcia. Você está linda hoje!"

"Oh, pare", mamãe riu.

Ela deu um tapa no braço dele e ele lhe deu um abraço e um beijo na bochecha.

“Obrigada por arrastar Marcelo para fora de casa”, disse ela. "Tudo o que ele faz é trabalhar e dormir."

"Oh, não tem problema. Não me importo de tirá-lo de casa para você ficar a vontade. Sei que ele deve atrapalhar seu estilo."

"Aaah você! Hahahahah" ela riu.

"Você não me engana. Eu sei que uma coisinha fofa como você, deve ter pretendentes fazendo fila no quarteirão."

Abri a boca para falar, mas fiquei sem palavras. Eu apenas balancei a cabeça, suspirei e peguei meus sapatos.

Alex me levou a uma delicatessen e eu comprei uma combinação de salada e sopa, enquanto ele pegou uma salada e meio sanduíche.

"Tudo bem", comecei. "O que há com minha mãe? Achei que vocês dois iriam começar a se beijar."

Alex riu. "Sua mãe é um amor. Ela me lembra minha mãe."

Eu balancei a cabeça. A mãe de Alex faleceu há alguns anos.

"Seu pai é porto-riquenho, certo?"

"Na verdade, meu avô era porto-riquenho, mas minha avó era branca, então sou um quarto latino."

"Então você fala espanhol?"

"Um pouco. Meu pai me ensinou algumas coisas."

"Eu nunca conheci meu pai... Ele foi embora quando eu era pequeno demais."

"Bem, sua mãe ainda está com você, então passe todo o tempo que puder com ela. Quando seus pais se forem, você olhará para trás e desejará ter feito isso."

Alex parecia tão vulnerável agora. Eu queria dar um abraço no grandalhão. Em vez disso, balancei a cabeça e sorri para ele.

"Sabe, acho que minha mãe gosta mais de você do que de Daniel. Ela nunca ri e brinca com ele."

Alex deu de ombros, mas vi os cantos de sua boca se curvarem em um pequeno sorriso.

"Oh, liguei para o seu advogado", disse a ele.

Contei a ele o que o advogado me contou e ele balançou a cabeça. Depois disso as coisas ficaram calmas e um pouco desconfortáveis.

"Tudo bem. Vamos sair daqui", disse ele. "Precisamos fazer algo divertido. Isso é muito deprimente."

Eu balancei a cabeça e me levantei. Nós nos livramos de nossos pratos e eu o segui até sua caminhonete. Ele saiu e dirigiu para o outro lado da cidade e entrou em um parque de minigolfe/kart.

Eu fiz uma careta. "Eu não acho--"

"Se você não vai jogar golfe de verdade comigo, então terá que fazer isso."

"Merda. Ok." Suspirei e cedi.

"Vai ser divertido. Eu prometo."

Alex estava certo. Foi divertido. Foi ridiculamente divertido. Eu me diverti muito. Nós dois estávamos rindo sem parar o tempo todo. Ele venceu por uma vitória esmagadora, o que não é surpresa, mas não me importei. Eu gostei que ele só queria se divertir e não ser tão competitivo como Daniel. Eu realmente gostei que ele falsificou minha pontuação para que eu não parecesse perder muito.

"Você quer andar de kart?" ele perguntou depois que terminamos nosso jogo.

"Não somos grandes e velhos demais para isso?"

Continua

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