Amores Roubados - Parte II

Categoria: Homossexual
Contém 996 palavras
Data: 22/11/2023 11:31:37

CONTINUAÇÃO DA PRIMEIRA PARTE

Chegando em casa, fui direto pro quarto e comecei a chorar. Era como se tudo estivesse desmoronando, minha vida, minha sexualidade, tudo. Lembro que fiz uma oração a Deus em meio as lágrimas.

-- Por que meu Deus? Por que está permitindo que isso esteja acontecendo comigo!

Eu não quero ser isso, eu não quero ser bissexual. Eu não quero sofrer, eu não quero deixar de gostar de homens. Lembro que era um sábado de 2018 e nesse dia eu fiquei trancado em casa todo deprimido. No domingo meus pais e meus irmãos queriam almoçar no shopping, mas como estava mal, inventei uma desculpa e não fui.

-- Como assim não quer ir?

-- Não estou afim pai

-- Você não quer mais sair com a gente, nem parece que gosta da gente!

-- Não é isso pai, é que...

-- É que o que... arranjou um namoradinho e está de paquera com ele

-- Não pai, esquece, deixa pra lá!

Nisso fui para o meu quarto e novamente comecei a chorar, eu e meu pai somos grandes amigos, mas as vezes ele não me entende. E eu queria desabafar com alguém; eu era uma pessoa muito ligada em Deus, embora fosse agnóstico. Me senti traído por Ele; eu não queria gostar de mulheres, eu não queria perder os meus desejos por homens. Resumindo, naquele dia meus pais foram ao Shopping com meus irmãos e eu fiquei sozinho em casa. Resolvi dar uma olhada no grupo da sala e só tinha conversas bobas, até que encontro uma mensagem de Adriane dizendo:

"A vida é como um vento, nós todos somos passageiros, nós todos somos poeira no vento. Estou me despedindo da vida, estou me despedindo de tudo que me machuca". Fiquei desesperado, era claro que era uma mensagem de suicídio. Por mais que não fosse mais seu amigo, eu precisava salvar Adriane. Me lembrei que certa vez ela me falou onde morava com a mãe dela, uma mulher de temperamento difícil mas que amava a filha. Corri até a casa dela, mas Adriane tinha saído disse Ruth, sua mãe. Me lembrei novamente de um prédio abandonado onde Adriane gostava de visitar, não sei se foi intuição ou não, mas fui até lá, era um prédio alto. Lembro de subir as escadas abandonadas e encontrar Adriane no último andar, na beira do edifício.

-- Não faça isso!

-- Rogério? O que está fazendo aqui?

-- Drih por favor, saia daí, isso não vai resolver os problemas

-- Vá embora ou eu me jogo!

-- Eu não vou embora!

-- Então eu pulo!

-- Não pula não.

-- Como sabe se não pulo, você não me conhece!

-- Conheci o suficiente pra saber que você não faria isso

-- Por que Rogério? Por que se preocupa tanto comigo?

-- Porque estou apaixonado por você Adriane

-- Rogério mas você é gay

-- Eu não sei mais o que eu sou, só sei que desde que te conheci é como se você fosse tudo o que eu precisasse

-- Rogério eu sou bipolar! Você não vai querer uma garota louca do seu lado

-- Pouco me importa se você tem essa doença, eu quero cuidar de você

-- Isso é verdade?

-- É claro que é verdade sua boba -- Disse eu rindo

-- Rogério vamos com calma, eu estou a fim de tentar, mas antes você precisa saber se me quer mesmo

-- No momento, eu só quero você. Desça daí e venha até mim

Nisso finalmente Adriane desceu do parapeito do prédio e veio até mim.

-- O que quer?

-- Isso!

Dei um beijo nela que a deixou sem fôlego, tanto ela, quanto a mim. Um beijo que me fez ter certeza que estava apaixonado por ela.

-- Nossa! Não sabia que gays beijavam garotas tão bem assim kkkk

-- Geralmente não beijam, a não ser quando são garotas como você.

-- Vamos sair daqui Rogério, eu não estou me sentindo bem aqui

-- Não é pra menos né, minutos atrás você queria se atirar daqui de cima

-- Não estou numa fase boa de minha vida

-- Nem eu...

-- Então somos dois problemáticos -- Disse ela rindo

-- Dois apaixonados

-- Rogério...

-- Não fala nada, Adriane você aceita namorar comigo?

-- Aceito! Não sei que loucura estou fazendo, mas aceito rsrs

Nisso fomos embora daquele prédio e passamos numa sorveteria.

-- Qual sabor você quer?

-- Coco com creme

-- Eu vou querer flocos com lacta

Tomamos o sorvete e nos divertimos muito. Os papos de Adriane eram super divertidos. Os dias foram se passando e nosso namoro ficando mais forte, até que decidi contar pros meus pais.

-- Uma garota? Como assim? -- Disse meu pai exautatado

-- Garota meu filho? -- Disse minha mãe

-- Mas você não é gay mano? -- Disse Gabriel

-- O que é gay? -- Disse minha irmã Sara de 7 anos

-- Gente aconteceu, eu me apaixonei por uma garota e estou a fim dela

-- Filho pra mim você não sabe o que quer -- Disse meu pai

-- Pra você eu nunca sei o que quero né seu Laerte!

-- É diferente, quando você se assumiu gay eu entendi, agora você vem com essa que gosta de garotas também! Ou você nunca foi gay ou você está enrolando a pobre da garota

-- NÃO É NADA DISSO! DROGA POR QUE VOCÊ NUNCA ME ESCUTA!

-- Abaixa o tom mocinho!

-- Quer saber, eu vou me mandar

Nisso peguei minha carteira e sai de casa, fui espairecer em um bar. Lá pra minha surpresa encontrei Fabrício.

-- Oi Rogério -- Disse ele desconcertado

-- Oi cara, por que não está indo mais na escola?

-- Ah, escola não é pra mim não

-- Mas cara é o último ano, já já é vida nova e faculdade

-- Eu sei mas é que...

-- É o que?

-- Nada deixa quieto!

-- Me fala cara, somos amigos

-- É que não paro de pensar em você Rogério, desde aquele dia em minha casa

-- É... Fabrício, esquece isso mano

-- Não consigo Rogério, aquilo mexeu muito comigo. Desde aquele dia eu venho tendo sonhos e fantasias com você

-- Fabrício para!

-- Mas você é gay cara.

-- Fabrício eu estou namorando a Adriane

-- É o que?!

CONTINUA...

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Foto de perfil genéricaFilhinho de Papai ( ͡° ͜ʖ ͡°)Contos: 34Seguidores: 17Seguindo: 0Mensagem

Comentários

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Esse conto morreu. Uma pena.

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Confusão na cabeça dos três personagens rsrs, continua escrevendo não para não.

Da pra vc continuar essa história, já começou bem, além dessa da pra vc fazer a segunda temporada do Antônio e Matheus.

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