O Filho do chefe [07] ~ Foda boa!

Um conto erótico de Diego
Categoria: Gay
Contém 1630 palavras
Data: 22/11/2023 13:58:27
Última revisão: 22/11/2023 14:08:02

- Vamos pai!

Ele continuou falando qualquer coisa e fomos rumo à casa do meu patrão. Não demorou e lá estava eu de frente àquele portão de novo. Meu pai tocou a campainha e lá estava o Sr. Martins abrindo a porta, com uma latinha de cerveja na mão.

- Drico, meu amigo! - ele logo abraçou meu pai, que após o abraço já foi entrando, como se estivesse em casa. - Diego... UAU! - ele falou me olhando. - Vai para algum lugar depois daqui ou isso tudo é pra chamar atenção da minha filhinha? - ele perguntou, sorrindo feliz.

MAS QUE MERDA! Eu estava normal... NORMAL!

Entrei no local e havia algumas pessoas conversando perto da piscina. Rodrigo estava lá. Ele estava com uma camisa, de abotoar, preta e uma calça bem escura, não sei se era jeans. Ele estava... Estava bonito, MERDA!

Por que eu não consigo ter tesão por vários homens e justo por ELE eu consigo? Enfim... Vamos Diego, vá para a casa, Stella deve estar lá! – pensei.

Entrei na casa e lá estava ela assistindo televisão, vidrada no que estava passando. Ela nem sequer piscava! Olhei e era um show, ela assistia a um DVD.

Era aquele cantor! Aquele cantor que eu consegui um ingresso, que meu pai me deu!

-Oi Stella! - falei.

Ela vestia uma calça jeans e uma blusinha preta, estava de óculos, porém com os cabelos soltos e estava maquiada.

Eu acho óculos charmosos, se vocês querem saber. Ela olhou para mim e ficou com as bochechas rosadas.

- Olá Diego! - ela disse. Eu fui e sentei-me ao lado dela.

- Você gosta desse cantor? - perguntei.

- O QUÊ? O Henri é meu cantor favorito! Ele fará show aqui AMANHÃ já, mas eu não consegui ingresso nenhum, os ingressos se esgotaram como água no deserto, e nem nessas promoções de rádio eu consegui! Mas é uma merda mesmo! - ela falou, triste. Estava triste de verdade, ela devia gostar desse tal de Henri.

- Bem... Olha o que eu tenho aqui para você!

Tirei o ingresso do bolso e ela olhou e ficou boquiaberta alguns segundos. Logo em seguida pulou em cima de mim e começou a me dar vários beijos no rosto.

- Diego! Você é o cara, obrigada, obrigada!

Ela tinha esquecido toda a vergonha nessa hora.

Do nada uma voz grossa fala:

- Mas que putaria é essa no sofá? - era o Rodrigo. Ele chegou mais perto e Stella saiu de cima de mim. - Nossa, Diego, é você? - ele me perguntou. - Pensei que fosse algum namoradinho dela. - ele disse, se sentando no outro sofá.

- Não tenho namoradinho! E olha o que o Diego me...

Ela não conseguiu terminar a frase. Ele interrompeu-a. Levantou-se e começou a caminhar, sorrindo cinicamente, de um lado para o outro.

- Sabe Stella. Você tem o melhor irmão do mundo! Olha o que eu tenho aqui!

Ele falou mostrando DOIS ingressos para o show! Ela pulou nele, abraçou-o, fez a mesma coisa que fez comigo. Depois ela se levantou e ficou parada.

- Espera... O Di já me deu um ingresso e agora você tem mais dois e... - Ela falou.

- Como assim o Diego te deu um? - ele me fuzilou com o olhar. Fiquei até com medo. - Eu ralei para conseguir esses dois, ok? Diego, você arranja outra pessoa para dar, né? - ele perguntou sorrindo cínico. Parece que o Rodrigo de antes estava de volta!

- Ah, mas é que nem tenho para quem dar! - falei.

- Se vira e arranja uma qualquer aí!

- Não mesmo! - falei. - Pode me devolver, se quiser, Stella! Eu rasgo isso e pronto. Está tudo resolvido.

- Por que não vamos nós três? - ela falou. - O papai estava relutante em me deixar ir a esse show. Se eu for com meu irmão mais velho e o funcionário querido, ele nem vai implicar de irmos hoje à noite para a fila! - ela falou com os olhos brilhando, erguendo os três ingressos ao alto!

- Eu, você e o Diego? - ele falou ao mesmo tempo em que eu falei:

- Eu, você e o Rodrigo?

Ela riu, puxou nós dois a ela e nos abraçou de lado, sorridente.

- É! Eu e vocês dois! Dis! - ela falou, rindo.

- Eu vou maninha. Podemos ir daqui há pouco. Você sabe como é, sou o melhor irmão do mundo e sou bem jovem e divertido! Não penso que nem um velho... Vou para a fila com você! - Rodrigo falou sorrindo.

Mas que cara irritante! O que ele estava insinuando? Que eu sou um velho?

- Ah, eu também vou! - Falei, sorridente e ela começou a dar vários pulos.

- Mas você não conhece nenhuma música dele! - o filho da mãe falou.

- Conhecerei amanhã! - falei. - Então... Vamos no meu carro, cabemos os três e depois eu deixo vocês aqui. - me ofereci. Iria provar que sou SIM um cara legal quando eu quero ser.

- Eu não quero depender de você! - Por que o Rodrigo estava assim? Será que ele tem ciúmes da irmã?

- Ah Rodrigo. Na sua moto só cabemos nós dois! Vamos nós três juntos! - ela falou.

- Ah... Está bem! - ele concordou, derrotado.

Dava para ver a fúria que ele sentia só de olhar diretamente nos seus olhos azuis.

- Eu vou lá falar com o papai! - ela foi toda sorridente falar com o pai.

- Você não vai gostar das músicas dele. - Ele falou para mim, agora que estávamos apenas nós dois ali esperando a garota voltar.

- Ah, eu acho que vai ser divertido. - falei.

- Veremos! - ele disse com a cara fechada.

A garota voltou correndo e estava sem os óculos.

- Vamos? - ela perguntou animada.

É... Não sei não... Tomara que eu não me arrependa!

(...)

Estávamos os três no carro. Stella ao meu lado e Rodrigo, meio emburrado, no banco de trás. Estava muito estranha essa situação. Mas tenho que admitir, estava engraçada também.

- Vocês não querem comer algo antes de irmos? - perguntei.

- Não! - Rodrigo falou, mas logo em seguida um barulho estranho veio de sua barriga. Eu ri da cara dele e ele ficou constrangido.

- Acho que isso é um sim. - eu falei e Stella concordou.

Fomos a um Burguer King que havia perto do estádio onde seria o show.

- O que vocês vão querer? – perguntei e Stella pediu um número 2.

- Não quero nada! - Rodrigo disse.

Por que ele estava insuportável assim? Prefiro o Rodrigo insuportável cínico a esse insuportável cinco anos!

- Um número dois e dois número cinco, por favor. - eu pedi.

- Eu falei que não queria! - ele falou, com os braços cruzados como se realmente tivesse cinco anos.

- Os dois são para mim!

Falei e ele ficou sem graça, ruborizado.

- Toma, criancinha! - Eu falei quando recebi os lanches.

- Eu já disse que não quero!

Ele falou e Stella só olhava de um para o outro.

Eu, que estava procurando algum lugar para parar, estacionei e comecei a comer. Stella também.

- Nossa, está muito bom! - Stella falou.

- Concordo. - falei.

- Ah, dá logo isso daí! - ele falou pegando o lanche.

Eu preferi não falar nada. Comemos e seguimos normalmente nosso caminho.

Deixei o carro em um estacionamento. Sairia caro. Pensem que eu deixaria o carro ali por mais do que 24 horas! Tudo bem... Não era agora que eu desistiria de provar que não sou velho, nem chato e nem nada do que ele pensa. Só não sou extrovertido!

Chegamos e já tinha gente na fila.

Os ingressos que pegamos era para a pista, que ficaria de frente para o palco! E essa era a maior fila formada. Cerca de... Vai, tinham menos que 100 pessoas, daria para pegar um lugar legal, eu esperava!

(...)

Assim que sentamos Stella começou a conversar sobre o cantor com uns meninos, gays, que estavam na nossa frente. As gírias que eles usavam, o jeito que falavam, sei lá, não estou acostumado.

Não tenho nada contra, mas não entendo o porquê de falar desse jeito: “Entooom amiaaaaguete, o show vai arrasaaaaaaaaar dííímais! Estou rosaaaa que o show já chegou, vou me acabaaaar que nem uma cadela no cio num canil lá dentro!”

Stella se enturmou e sobrou eu e o Rodrigo, um olhando para a cara do outro, sentados numa calçada.

Ele pegou o celular dele e começou a ver alguma coisa.

Foi aí que me toquei que seria bom pedir o número dele, caso um de nós se perdesse:

- Qual seu número? - perguntei.

- Pra quê? - ele perguntou.

- Se alguém se perder, quando sairmos, fica mais fácil de nos encontrarmos. - falei.

- 98*8-714*. - ele falou.

- Certo! - Falei e fui anotar.

Na hora que eu estava anotando apareceu uma opção abaixo, com o mesmo número que eu estava digitando. - “Ué? Eu já pedi o celular dele antes?” - perguntei para mim mesmo. Selecionei a opção que estava ali e logo veio o nome:

“foda boa.”

Eu conferi o número várias vezes. Meu coração estava disparado. Minha boca ficou seca de repente.

Eu olhava do Rodrigo para o número, do número para o Rodrigo.

Daí, me lembrei da voz daquela noite, que estava um pouco diferente pela bebida, mas dava para saber, agora, que era do Rodrigo.

O cheiro que eu senti era o cheiro dele e o beijo... Aargh!

Por quê? POR QUÊ?

Por que essas coisas só acontecem comigo? Por que o Rodrigo foi o único cara que eu fiquei, bêbado, e gostei de ficar?

Que eu dormi abraçado! Que eu gostei naquela noite, gostei de, mesmo bêbado, estar ao lado. QUE PORRA!

Eu... Eu confesso que já não odiava mais o Rodrigo, mas isso não quer dizer que eu gostasse dele e... QUE MERDA. HAHA!

Mas o filho de uma puta é bissexual então!

Ele disse pra mim, naquela noite, da boca dele.

Quero ver ele falar que sou viadinho agora! Espera!

Será que ele se lembra? Será que ele sabe que sou eu? Ah... A minha cabeça está dando voltas agora. Estou meio tonto. Estou surpreso, inconformado, revoltado e... CARALHO!

CONTINUA…

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Comentários

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Eu previ que Rodrigo era o cara do encontro às cegas não planejado.

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Tchau, Stella! Olá, Rodrigo!! Kkkkkkk

Por, favor, que seja um relacionamento versátil e não pss/atv kkkkkkk manda mais pf!!

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