O Filho do chefe [13] ~ Presente de aniversário

Um conto erótico de Diego
Categoria: Gay
Contém 1642 palavras
Data: 23/11/2023 13:51:04
Assuntos: Gay, Início, Sexo, Traição

Percebi que ele é uma pessoa como qualquer outra, não um rapaz que apenas me irritava. Percebi que, aquele que eu julgava apenas mimado e filhinho de papai, tem também sentimentos e precisa ser cuidado. E... Quem cuidou dele fui eu... E bem... Eu gostei de cuidar...

Merda! O que estou falando? Preciso de uma namorada, não um namorado! Aposto que se ele soubesse o que se passou pela minha cabeça agora riria como nunca!

Antes de chegar ao prédio, passei em um shopping que tem perto da minha casa.

Não é muito frequentado, ainda mais nesse horário, mas creio que possuía uma loja de CDs e essas cosias.

Entrei no estacionamento e havia poucos carros lá. Ainda bem que estava com minha carteira no bolso. Carteira, chave do carro e celular. Conferi tudo. Na hora que saí da casa de Stella nem conferi, por sorte, estava com tudo.

Estacionei e entrei no lugar.

Poucas pessoas, na maioria, pais passeando com as crianças bem novas. Andei um pouco até achar à loja que eu queria. Eu estava todo desarrumado, mas não importa, nem ligo, queria apenas comprar o DVD.

Odeio atendentes incompetentes. Fez-me esperar mais de dez minutos naquela merda de loja! Pelo menos consegui o DVD. Não foi muito barato, mas... Acho que ele ficará feliz.

E eu pensando em agradá-lo... Como as coisas mudam, não é mesmo?

Antes de ir-me tomei um sorvete. Fiquei observando todos os casais com filhos ali.

Assim... Eu descobri ser bissexual agora. Então para mim... Era tudo uma novidade.

Eu idealizo casar, um dia, com uma mulher e ter filhos, mas o que acontece se eu gostar de um homem? Por que... Passei a não descartar essa ideia.

Afinal, até onde eu sei, ser gay não se baseia só em desejar o mesmo sexo, e sim amar. Creio que é a mesma coisa com os bissexuais. E se eu amar um homem? O deixaria de amante? Assumiria num mundo tão preconceituoso? Bem... Pouco me importa o que os outros pensam, mas... Eu não estou acostumado ao preconceito dessa forma.

Terminei o sorvete, voltei para meu carro e fui, finalmente, para meu apartamento.

Esperei o elevador dessa vez. Estava muito cansado. Acho que tiraria um cochilo e depois ligaria para meu pai. Almoçaria com ele, pediria para ele embrulhar o presente e depois de um tempo iríamos para a casa do Martins.

Deitei-me na cama e apaguei.

Eu penso muito e não durmo fácil, mas eu estava realmente cansado. Senti as pálpebras pesarem de certa maneira que não dava para resistir. Dormi com a roupa fedida mesmo.

Acordei novo em folha. Fazia tempo que não tirava um cochilo gostoso desses.

Fui ver em meu celular que horas eram e fiquei espantado ao ver dezoito ligações perdidas. Todas do meu pai!

Vi o horário e me espantei, pois já passava das quatro da tarde!

Não sou de dormir tanto assim, devia estar realmente cansado!

Meu pai vai me encher os ouvidos! Corri para o banho. Tomei um banho rápido, nem tendo tempo de pensar em nada. Saí apenas de toalha e lá estava meu celular tocando. Atendi e era meu pai gritando, perguntando para quê eu tinha celular se não atendia. Expliquei-lhe que havia pegado no sono e que já estava indo.

Ele continuou gritando mais algumas coisas, porém... Eu desliguei. Coloquei uma calça jeans e uma camisa cinza. Estava calor demais e se eu demorasse a me arrumar, coisa que não fazia, meu pai explodiria minha cabeça! Ô velho impaciente! Coloquei meu perfume preferido, e dessa vez percebi que o passava. Saí correndo, peguei minhas coisas e o presente e desci pelo elevador, que por milagre estava no meu andar.

Enquanto dirigia senti meu estômago roncar. Tomara que meu pai tenha guardado comida para mim.

Cheguei em sua casa e ele estava sentado no terraço, como sempre fazia quando eu estava atrasado. Bufava já. Saí do carro e ele já veio bombardeando:

- Nós vamos chegar atrasados no Betão! E você nem comeu ainda! - falava.

-Pai, dá um tempo! Falta uma hora ainda para o churrasco COMEÇAR. E toma esse presente, comprei para o Rodrigo. Embrulha para mim? - perguntei. Ele ficou quieto.

- O Beto me contou que vocês estavam amigos, mas não acreditei a princípio, achei que só gostasse da Stella.

Ele falava enquanto entrávamos na casa. Fui até a cozinha e vi meu prato de comida no micro-ondas. Pus para esquentar e finalmente olhei para o meu pai:

- Somos amigos agora pai. Você sabe né? A convivência! Trabalhamos juntos, você e o pai dele são amigos. Eu já era amigo da Stella, que é irmã dele, e muito apegada, por sinal. Agora me deixe comer, sim?

Perguntei e meu pai voltou a reclamar falando que eu não dava atenção a ele. Saiu rosnando e foi embrulhar o DVD.

Como sempre a comida do meu pai estava muito boa. Logo que acabei fui ao banheiro escovar meus dentes, afinal, ainda tinha coisas minhas no meu pai. Mal saí do banheiro e ele já estava apressado para irmos.

-Vamos filho! Você já comeu! Tó o presente; e tive que tirar o preço! Seu sem noção! - ele falou para mim. Só sabe reclamar! - E que preço, por sinal, estão bem amigos pelo jeito!

Meu pai falou. Ignorei e fomos para o carro. O dia estava menos quente que o anterior, mas ainda assim estava insuportável.

Meu pai foi falando sobre a pesca, os planos de passar o natal com o Roberto, já que eram dois caras sozinhos.

É... Por mais que eu quisesse não teria como me livrar do Rodrigo. Meu pai me contou que ele e o “Betão” se engraçaram com duas mulheres também, que estavam vendo de marcar encontro de casais. Enfim, o matraca de sempre.

Eu ria; fazer o quê? Esse é meu pai, não temos como escolher e... Se eu pudesse, o escolheria, apesar dos defeitos ele é o meu velho.

Chegamos e lá estava, mais uma vez eu, esperando o portão ser aberto. Estava cada vez mais frequentando aquela enorme casa.

Quem abriu foi o Sr. Martins, como de costume. Deixei o abraço apertado por conta do meu pai e fui procurar a Stella, minha diversão nessas festas.

Estavam todos da empresa ali. Inclusive a Larissa. Achei-a e logo em seguida achei o Rodrigo. Ela estava em cima dele. Será que ela não desistia?

Ele... Ele parecia estar normal já, sorria, ria, conversava com todos. Eu... Eu esqueci do presente, tenho que dar para ele, não é mesmo?

Fui até a rodinha onde ele estava com a Larissa e mais alguns funcionários da empresa. Ele sorriu meio encabulado ao me ver. Pelo jeito, dessa vez, lembrou do que tinha feito.

- Diego! Você veio! - ela falou sorrindo para mim. - Você nunca vem! Que milagre, deve estar apaixonado! - ela falou rindo e todos riram. Ignorei o comentário e estendi o presente para o Rodrigo.

- Toma... Para você. - falei, envergonhado.

- Ah... Valeu. - ele falou. - Não precisava... - falou, meio envergonhado enquanto abria o presente.

- Vamos ver se bate o meu presente! Comprei uma camiseta daquela banda que o Digão gosta! Pensei em comprar o DVD, mas estava muito difícil de achar e muito caro! - a oferecida comentou.

- É verdade, eu mesmo não achei em lojas. O DVD é uma raridade, o melhor show do Deadly Sin! E eles fizeram edições limitadas, em lojas grandes você nem encontra, e se encontra, encontra por um preço absurdo. - ele falou sorrindo enquanto falava da banda que gostava. Puxou o presente do embrulho e seus olhos se arregalaram.

- O que é? - Larissa logo esticou os olhos para cima do presente. - Eu... Merda! - ela falou. Óbvio que ela queria ter dado o melhor presente.

- Cara! Onde você achou isso? E como você sabia que eu gostava? Pô Di! Não precisava cara, de verdade, deve ter sido uma nota. Valeu mesmo!

Ele falou me puxando para um abraço que eu, timidamente, retribuí. Nesses poucos segundos que ficamos abraçados ouvi-o dizendo: “Tenho que falar com você mais tarde.”

Eu apenas acenei com a cabeça e depois de socializar menos de dois minutos, fui procurar a Stella. Ela não estava na sala... Onde ela estaria? Não queria subir as escadas, não me sinto à vontade.

- Procurando a Stella Diegão? Ela está lá no quarto do Rodrigo jogando vídeogame! Vê se não vai fazer nada demais com ela!

Por que o Senhor Martins sempre aparece nessas horas? Sorri agradecido e subi as escadas. Fui até o quarto do garoto e a vi xingando o vídeogame. Foi uma cena engraçada, ela com a língua acima dos lábios fazendo esforço para tentar passar o jogo. Dei um leve riso e logo ouvi um ‘Nããããão!’ Ela olhou para mim, derrotada.

- Não passo essa fase! - ela falou. - Que bom que você veio. - sorriu.

- É... Não comprei o presente à toa. Valeu pela dica! - falei sentando-me ao lado dela na cama.

- Nossa! Você comprou mesmo? Pesquisei preços e não está lá muito barato! - ela falou.

- No seu aniversário te dou um do Henri. - falei sorrindo. Ela sorriu envergonhada e deu o controle para mim.

- Tenta passar!

- Não jogo muito, mas... Eu tento sim!

Comecei a jogar com ela. O jogo era bem legal. Ela gritava toda hora. Era desses tipos de jogos onde você é um policial, ou sei lá o que eu era, e tinha que defender a cidade de monstros. Até que eu gostei do jogo. Comecei a passar várias fases e ela só me elogiando.

De tempos em tempos o Sr. Martins e meu pai subiam com carne do churrasco e copos com refrigerante e cerveja para mim.

Nem via o tempo passar. Fazia tempo que não jogava vídeogame. Stella estava no começo do jogo quando cheguei e eu havia passado da metade já! Ela apenas ria da minha concentração. Eu comecei a levar o jogo a sério!

CONTINUA….

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Comentários

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Bom ver a pureza dos jovens, mesmo com toda a tesão promovida pelos hormônios da idade.

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