Aliás, a noite terminou quase de manhã. Francisco se vestiu e foi embora, mas não antes de dizer que no próximo final de semana, os dois seriam seus convidados em um “petit comité”, deixando escrito em um cartão de visitas, seu endereço residencial e seu celular:
- Doutora Vivian, quero que você me ligue em até dois dias para confirmarmos o horário e detalhes, ok?
Depois que Francisco saiu, deixando o casal a sós, eles pegaram suas coisas e se vestiram num silêncio quase sepulcral, no qual nenhum dos dois se olhava sequer. Leonardo pediu um Uber e, mais calados ainda, voltaram para o hotel. Provavelmente, o motorista imaginou que ele havia broxado para justificar um silêncio tão constrangedor após uma ida ao motel, mas mal sabia ele que o problema era muito, muito maior…
(CONTINUANDO)
No trajeto que não deve ter durado mais que vinte minutos, Leonardo ia pensando se realmente deveria finalizar seu plano daquela forma. Um inesperado remorso começou a corroê-lo por dentro. Apesar de ter sentido tesão no momento em que tudo acontecia, depois que acabou, ele só conseguia sentir culpa. Sim, culpa por ter deixado as coisas chegarem aonde chegaram e ódio de si mesmo por não ter sido mais explosivo e resolvido a situação de imediato. Uma certeza ele tinha, sua vida nunca mais seria a mesma.
Vivian, por sua vez, vinha em silêncio por ter sido tomada por uma vergonha repentina de Leonardo, aliás, vergonha era pouco, pois ela sentia também uma certa insatisfação em ver que ele novamente não havia sido honesto com ela. Vivian pensava que, se ele curtia esse negócio de ser corno, poderia ter avisado antes, evitando que ela corresse riscos desnecessários e ainda dando a chance deles aproveitarem juntos muitas aventuras. No final, ela ficou confusa e assim preferiu se manter quieta, aguardando uma iniciativa de Leonardo.
Nada aconteceu, o silêncio não foi quebrado. Chegaram ao hotel e Vivian demonstrava uma certa dificuldade para andar, possivelmente pela violência da trepada que, dessa vez, abusou de todos os seus buracos, afinal, tinha levado uma surra de pica que com certeza ela nunca iria esquecer. Assim que entraram no quarto, ela se trancou no banheiro e ligou a ducha, misturando as águas até que a temperatura lhe pareceu a ideal. Ali, embaixo da água, deixou-se levar e se permitiu relaxar naquele mundinho só seu. Seu medo era o que viria a seguir, quando, enfim, tivesse que confrontar o marido.
Leonardo por sua vez, sentou-se perdido na cama. Apesar de tudo, ele sentia inveja de Francisco, bem superior no quesito sexo, além de que o calibre e tamanho de seu pau impunha muito respeito. Não bastasse isso, sua performance completava tudo, fazendo com que ele se tornasse o monstro que era na cama. O pior de tudo é que ele tinha acabado com Vivian de uma maneira que ele não imaginava, justo com ela que, um dia, ele pensou que seria só sua para o resto de suas vidas. Não entendia o tesão que havia sentido e se recriminava por isso, mas quando você vê sua mulher fodendo com outro cara, surge uma espécie de sentimento de inferioridade, de submissão ao comedor, mas que, de uma forma ou outra, o incomodava, pois não era isso que ele esperava sentir.
Depois de um tempo, Vivian saiu do banho, com uma toalha enrolada no corpo e outra nos cabelos, ainda sem falar ou olhar para Leonardo e foi passar seus cremes, ritual que sempre fazia antes de dormir. Ele não se sentia bem e decidiu tomar o seu banho, o que fez em seguida. Quando saiu, Vivian já estava deitada e dormia ou fingia muito bem.
De manhã, Vivian acordou sobressaltada, sentando-se de imediato, enquanto respirava com dificuldade e com um aperto no peito que não tinha explicação. Olhou para o lado e Leonardo já não estava. Olhou para seu celular e viu que ainda eram sete horas que, para os padrões dele, ainda mais num domingo, estava muito cedo para acordar e levantar, ainda mais depois de uma noite estranha como a última que eles viveram. Ela tentou ligar para ele e seu celular tocou numa mesinha próxima, coisa ainda mais estranha, porque ele não se desgrudava do aparelho. Começou a ficar nervosa, ainda mais confusa e lágrimas brotaram de seus olhos. Ela já não sabia mais o que esperar de seu relacionamento, mas sabia que, se houvesse chance deles continuarem, ela agora seria transparente com ele, mas não deixaria mais de transar com outros homens. Difícil seria convencê-lo a não transar com outras, situação com a qual Vivian ainda não concordava.
Vivian se levantou e foi fuçar nas coisas do marido, encontrando carteira, cartões bancários, celular e todas as suas roupas, com exceção de uma bermuda e uma camiseta. Ela então imaginou que ele pudesse ter saído para espairecer e conseguiu se acalmar um pouco. Perto das oito horas, Leonardo retornou e ela foi direta:
- Palhaçada, hein!? Por que você saiu e me deixou sozinha aqui?
- Você estava dormindo e eu não quis te acordar. - Respondeu ele, sem se abalar.
- Ainda assim! Depois de ontem, eu… eu… - Vivian tentou dizer algo, mas gaguejou e se calou sem saber se deveria falar tudo o que sentia e queria.
Leonardo a encarou, esperando que ela dissesse algo, mas como ela nada disse, deu de ombros. Foi até o banheiro e voltou em minutos, perguntando:
- Vou tomar café. Você vem?
Ela apenas confirmou com a cabeça e se levantou, vestindo um lindo vestido floral casual, nem curto, nem longo, mas com um decote discreto na frente e costas praticamente nuas. Pouco falaram durante o café, partindo de Vivian a iniciativa:
- Nosso “check out” é somente às treze horas. Eu vou aproveitar para tomar um sol na piscina antes de sairmos. Tudo bem?
- Por que está me perguntando se está tudo bem. Você não pediu minha opinião, só comunicou que iria tomar sol. Aliás, você tem feito muita coisa sem se importar com a minha opinião, não acha?
Vivian não esperava por aquela resposta e fechou a cara. Ela não se importava em ser contrariada, mas a forma como ele falou a incomodou. Aliás, a deixou com uma pulga atrás da orelha. Decidiu naquele momento que prestaria mais atenção em Leonardo, porque alguma coisa parecia estar bastante errada e ela já não sabia mais o que era. Depois do café, ela se trocou, colocando um biquíni pequeno e insinuante. Ele desceu com a mesma roupa que já estava e se instalou embaixo de um guarda sol, ao lado de Vivian. Leonardo também não se sentia bem com a situação e decidiu falar a respeito do convite de Francisco:
- A respeito de ontem, estou te dizendo que não iremos à casa daquele cara. Isso já está saindo do controle e pode prejudicar o nosso casamento, você mesma, disse isso naquele dia lá atrás!
Vivian o olhou por sobre os óculos escuros, apenas puxando-os um pouco para baixo e, tomada por uma típica e inexplicável raiva de origem feminina, ou talvez por pensar que ele estivesse tentando cercear o seu tesão, respondeu:
- Ah, Leonardo, qual é!? Isso já saiu do controle há muito tempo! Primeiro, você me arrasta para uma casa de swing, mandando eu vestir uma roupa de puta, na intenção de me exibir. Segundo, lá dentro, você deixa um estranho que disse que comia mulheres casadas, ficar a sós comigo, mesmo eu estando quase bêbada. Terceiro, você aposta sua aliança de casamento e não se opõe que eu a recupere usando meus dotes femininos, me insinuando para ele e depois ainda assiste o cara me comer em cima de uma mesa, bem na sua frente…
- Mas eu… eu fui pego de surpresa! - Leonardo a interrompeu, tentando se defender.
- Ah, tá bom… - Vivian zombou de sua colocação para jogar a pá de cal: - Só que ontem, você outra vez não fez nada. Ao contrário, você ficou do lado dele, assistindo ele me zoar toda e ainda bateu uma punheta enquanto ele fodia o meu cu. Porra, e fez isso bem em cima de você! E agora, você vem me dizer que quer parar com isso. Agora!? Agora não dá mais, amô, porque agora quem não quer mais parar sou eu. Se prepara, porque no final de semana a gente vai sim na casa do Francisco e você sabe bem o que vai acontecer, não sabe? Eu vou levar pica de novo, vou ter que dar para ele do jeito que ele quiser e eu sei que você vai gozar, do mesmo jeito que gozou ontem. Conforme-se e quem sabe ele não te deixa me comer um pouquinho também…
Leonardo fingiu alguma indignação, mas algo dentro de si já não esperava uma resposta diferente dela. Ele ainda fingiu insistir:
- Mas… Mas Vivian...
- Mas nada, amô, foi você quem quis isso! - Ela o interrompeu, suspirando profundamente, mas voltando a falar numa entonação que dava a entender que já estava ficando brava: - Na hora, você goza e depois vem querer pagar uma de maridinho arrependido ou injustiçado!? Você vai comigo e vai aguentar sim! Apesar de eu não ser uma especialista, vou dizer uma coisa para você como médica, acho que no fundo, bem lá no fundinho, você tem tesão de corno, só está com medo de assumir. Pronto, falei!
Leonardo se calou e se recostou em sua cadeira. Na verdade, ele sabia que Vivian não o respeitava mais e já sem saber porquê, tentou uma última cartada, talvez apenas para testá-la:
- Eu não vou! Não concordo e não quero participar disso e se você for, nosso casamento está acabado.
- Tá bom! Eu vou sozinha e trago um lanchinho para você. Você prefere leitinho fresco ou manteiguinha bem batida, hein? - Disse Vivian, agora com um sorriso maligno no rosto: - Ah, e não vai se separar de mim coisa nenhuma. Casou comigo, me ensinou tudo o que sei e agora vai ter que me aguentar.
Leonardo se surpreendeu com a sordidez da esposa e se calou. No fundo, aquilo serviu para lhe dar a certeza de que seu plano seria executado até o final. Decidiu que fingiria uma submissão à esposa que nunca tivera até aquela data:
- Poxa, Vivian… - Fingiu resmungar, quase inaudível.
- Poxa nada! Só estou me recuperando, porque ainda estou toda dolorida, o Francisco judiou bastante de mim. Sabe, não entendo essa sua posição, ontem você gozou de boa, curtiu… Poxa, relaxa, amô! Depois dessa semana, a gente pode sentar e estabelecer regras, sei lá, como vai ser daqui para a frente, mas eu vou continuar saindo com outros. Gostei mesmo! Daí se você se comportar e for o meu Leonardo cúmplice de sempre, você vem e curte junto comigo, que tal?
- Ser um corno manso!? - Leonardo perguntou, agora intrigado: - Deixa eu ver se entendi: na sua vidinha perfeita, você pode ficar com outros, eu posso assistir e participar, mas eu não vou poder ficar com mais ninguém, é isso?
- Isso! Você é meu! E se for bonzinho comigo, continuo sendo sua, senão… - Ela disse e riu, aparentemente nem ela própria acreditando em sua própria sordidez: - Enquanto isso, disfarça e observa, pode até ser coincidência, mas já notou quantos carinhas que ficam passando e secando a minha bunda? Acho que eles já notaram que alguma coisa mudou, mas pode ficar tranquilo, nenhum deles vai fazer nada comigo. Pelo menos não por enquanto, porque eu estou me guardando todinha só para o Francisco. Ah, e para você também se você ficar bonzinho.
Após uma manhã em que conversaram muito pouco, mas sempre que tentavam tudo girava em torno do novo estilo de vida que Vivian queria adotar, eles pegaram seu voo e retornaram para sua casa no sul. Naquele mesmo dia, Vivian ligou para Francisco, confirmando que iriam e, no viva voz, disse que tinha amansado seu corninho que quis ficar arredio no início, mas já havia aceitado participar desse novo encontro e agora estavam apenas alinhavando melhor as regras de seu novo casamento.
Aquela informação pegou Francisco de surpresa, porque, a princípio, seu plano envolvia uma conclusão que em nada previa um “felizes para sempre” aos dois pombinhos. Decidiu que ligaria depois para conversar a sós com Leonardo para entender tudo melhor. Vivian, abusada, ainda durante a ligação, ousou mais, dizendo que agora Leonardo parecia mais ansioso que ela própria. Francisco, meio sem jeito, esnobou Leonardo um pouco, mas disse que o tesão de corno sempre fala mais alto que a dor do chifre crescendo e que logo ele não sentiria mais incômodo algum. Combinaram os demais detalhes do encontro, como horário e trajes, e se despediram, aos beijos e promessas de que aquela nova trepada seria épica.
No dia seguinte, Francisco realmente ligou para Leonardo, pedindo desculpas pelo excesso ao telefone, mas justificando que estava apenas fazendo o que havia sido combinado com ele. Naturalmente, ele cobrou de Leonardo explicações se continuariam no plano ou se ele havia desistido, tal qual Vivian havia lhe falado ao celular. Leonardo aceitou as desculpas e confirmou que tudo fazia parte de sua encenação. Combinaram, por fim, o restante dos detalhes daquela que seria a última noite dele com Vivian como sua esposa e numa coisa Leonardo concordou com Francisco: aquela noite seria épica!
A semana passou e Leonardo soube por Joel que apenas na quarta Vivian teve um novo encontro, mas apenas com o Garrincha. Algo rápido, na surdina e novamente no almoxarifado, no qual ela liberou o cu para ele também. Vítor, estranhamente, parecia estar evitando o contato com Vivian. Eles conversavam, interagiam, mas quando ela tentava uma aproximação mais íntima, ele arrumava alguma desculpa e saía à francesa. Leonardo não entendeu, mas estar ou não com ele seria indiferente para seus planos. Ele agradeceu o empenho de Joel e como já vinha fazendo, enviou-lhe uma generosa retribuição.
Os dias passaram e chegou a quinta-feira. Vivian estava eufórica. Ela reorganizou seus pacientes da quinta e da sexta-feira, e passou toda a tarde se preparando para aquele encontro: massagem relaxante, cabeleireira, manicure, pedicure, máscara facial e tudo o mais que uma genuína noiva merece. Leonardo soube de tudo e não se opôs, imaginando o resultado final que ela enfrentaria no dia seguinte. À noite, Leonardo tentou uma intimidade com a esposa, mas foi recusado, insistiu por várias vezes, usando os mais variados argumentos: que ela era sua esposa, estava linda, cheirosa, macia, tesuda, etc. Ela negou e o fez dormir no quarto de hóspedes. Ele não a queria de verdade, mas fez questão de aporrinhá-la para que dormisse menos e chateada.
No dia seguinte, logo de manhãzinha, uma esposa jovial, feliz e carinhosa, acordou Leonardo como se estivesse se preparando para uma viagem de Lua de Mel. O café da manhã estava feito e posto à mesa, apenas aguardando-o para que desfrutassem daquele momento. Eles se sentaram e conversaram coisas triviais, tais como a necessidade de uma nova cortina para a sala e alguns novos lençóis para o quarto do casal. Foi somente quando Vivian fez uma brincadeira, dizendo que os lençóis já serviriam para um novo convidado que Leonardo se revoltou:
- Na minha casa nunca!
- Sua casa? Sua!? Nossa casa, você quer dizer…
- Sim, nossa! Aqui nunca irá rolar nada desse tipo, entendeu? Aqui, pelo menos aqui, eu quero ter a ilusão de que temos um casamento harmonioso e que somos apenas eu e você.
Aquelas palavras comoveram Vivian. Ela sentiu em seu íntimo que o caminho que estavam adotando talvez não fosse o melhor e chegou a se perguntar se deveriam viajar realmente. Depois de Leonardo tomar seu café e subir para a suíte do casal, enquanto ela cuidava de lavar as louças utilizadas, chegou a conclusão que estavam indo rápido demais e talvez ela precisasse respeitar um pouco mais a vontade do marido, não o subjugando tanto. Ela perdeu-se em seus pensamentos que somente foram interrompidos por um Leonardo, carregado de malas e claramente chateado:
- Vamos logo, Vivian. Quero terminar isso de uma vez por todas.
Ela o olhou por um segundo em silêncio e ele notou que algo havia mudado. Um silêncio inundou a cozinha, sendo quebrado por uma Vivian que havia perdido uma aparente certeza:
- Eu… Eu não sei, amô. Eu… Ah, sei lá. Você não quer ir e eu… Bem, eu já não sei também se quero…
Leonardo não esperava por essa e ficou sem saber o que falar:
- Ah, Léo, ir só por mim ou por ele não é certo com você. Eu queria, ou quero, sei lá, mas eu queria que você quisesse também. Não é a mesma coisa se você também não aproveitar.
Pela primeira vez em muito tempo, Leonardo reconhecia naquele tom de voz a mesma Vivian por quem ele se apaixonou e titubeou. Entretanto, seu plano já estava adiantado e agora não havia mais brecha para retornos. Ela havia errado várias vezes, sido infiel, certamente inúmeras que ele talvez sequer soubesse e a confiança que um dia existiu, havia acabado. Foi a vez dele encenar:
- Você quer e eu… Bem, talvez eu só não esteja sabendo aproveitar direito. Vá com um pouco mais de calma comigo e não se esqueça de me dar alguma atenção. Sou seu marido, tenha só um pouco de compaixão comigo, pode ser?
Vivian sorriu e entendeu que aquele poderia ser um bom caminho e se convenceu de que faria isso: transar com Francisco sim, mas respeitando os sentimentos de Leonardo e depois também transando com ele para mostrar que com os outros era somente sexo, mas que, com ele, era amor.
Foram até o aeroporto e viajaram, chegando próximos ao horário do almoço. Registraram-se no hotel de costume e Vivian convidou o marido para irem juntos a um shopping próximo. Lá ela segurou na mão do marido como na primeira vez, enlaçando seus dedos nos dele e ainda abraçando seu braço como se não quisesse dar espaço nem para ele respirar. Leonardo esboçou um sorriso, porque estava feliz, mas a lembrança das mentiras de Vivian logo o trouxeram de volta à dura realidade. Almoçaram juntos e foi difícil para Leonardo fingir que estava tudo bem. Vivian notou uma certa indiferença, uma tristeza contida e imaginou que fosse algum medo pelo que viria:
- Aconteça o que acontecer, estaremos nessa juntos, ok? - Ela disse, confiante na cumplicidade do parceiro: - Só será bom para mim se for para você. Se algo te incomodar, diga que eu pararei no mesmo ato. Palavra da sua Vi-va!
Passearam mais, tomaram sorvete, compraram algumas lingeries novas para ela e até cuecas para ele, tomara café com pão de queijo, assistiram um filme e, depois de lancharem, retornaram ao hotel, onde se banharam e depois se deitaram. Vivian parecia apreensiva:
- Assim, lá, na hora, eu posso de chamar de corninho?
- Se te agrada…
- Mas isso te agrada?
- Não sei. Acho que dependendo da entonação, sim.
- Tá. - Ela pensou um pouco e insistiu: - Posso te humilhar um pouquinho?
- Devagar, né, Vivian!
- Sem exagero, ok.
Depois de um tempo e dela ter se aconchegado em seu peito, falou:
- Eu te amo, Léo. Nada do que acontecer, irá mudar isso.
- Eu espero que sim, Vi, espero que sim… - Respondeu Leonardo, sem corresponder o sentimento empenhado por ela.
Logo de manhã, Vivian acordou Leonardo com um selinho em sua boca, dizendo depois:
- É hoje, meu corninho querido, que você vai ver sua esposinha mamando e levando a rola do macho dela novamente.
Leonardo ouviu aquilo surpreso e não respondeu nada, mas ouvir ela falando aquilo, daquela forma, naquela entonação, trazia alguns flashbacks daquelas noites, fazendo meu pau endurecer. Entretanto, junto dessas, vinham também as lembranças das traições e estas tinham o efeito inverso, broxando-o.
Depois do café da manhã, Vivian o chamou para descer até a piscina, porque, segundo ela, queria ficar com as marquinhas em dia para mais tarde. Desceram e conversaram como se fosse um dia normal na vida deles. Após o almoço, voltaram ao quarto, onde descansaram brevemente. Vivian o convidou para voltarem à piscina. Leonardo não podia negar que Vivian estava linda e excitante com aquele minúsculo biquíni. O seu pau não amolecia, ainda mais sabendo que ela seria subjugada por Francisco novamente e na sua frente. Ele chegou a tentar um contato mais íntimo, quando foi logo cortado com uma negativa em tom de brincadeira:
- Nã-na-ni-na-não! De jeito nenhum! Nessa viagem, você não vai me comer, amô, eu só vou dar para o meu garanhão. - Ela disse, apertando meu pau por cima do short, mas depois aliviou: - Mas se você for bastante bonzinho, mansinho, eu peço para ele te deixar me comer um pouquinho também, tá?
Leonardo quis resmungar alguma coisa e ela ousou um pouco mais:
- Se for um menino mal, terá que gozar só na punhetinha. Ai, ai, ai, hein!? Agora anda logo, vamos descer.
Ficaram na piscina até às dezesseis horas, aproximadamente. Depois retornaram para o quarto, queriam descansar antes da grande noitada. Dormiram juntos, de conchinha, mas comportadamente.
A noite chegou e Leonardo continuava apreensivo. Vivian, a essa altura, também parecia incomodada, meio com medo. Leonardo achou até que ela fosse desistir, pois aquela coragem de horas e dias anteriores, não estava mais ali, mas ainda assim ela foi em frente.
Leonardo tomou seu banho primeiro e Vivian entrou em seguida para também banhar-se demoradamente. Ela saiu do banheiro e, como da última vez, pegou uma minúscula calcinha, dessa vez preta e colocou um leve vestido vermelho por cima, sem sutiã, acompanhado de acessórios nos pulsos e uma gargantilha. O salto alto também não faltou, afinal, ela não abriria mão de nada que a fizesse ficar mais gostosa. Seu perfume fazia seu jeito feminino ser ainda mais expressivo.
Pegaram um táxi e se dirigiram ao endereço da suposta casa de Francisco. Vivian não falava, nem olhava no rosto de Leonardo. Ela já demonstrava uma certa indiferença, talvez querendo entrar no mesmo personagem das vezes anteriores, e ao mesmo tempo aparentava um certo receio. Em questão de meia hora chegaram ao endereço. Era uma casa um pouco distante, com vários comércios próximos que, pelo horário, já estavam fechados, à exceção de um bar que mais aparentava ser um pardieiro de quinta categoria. Certamente, Francisco não deveria morar ali e isso causou estranheza para ambos. A noite estava apenas começando.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO TOTALMENTE FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
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