Patrícia:
Estava eu escondida na sombra junto com Naty e Aline, que também são branquinhas, conversando sobre nossos namoros. Graças a Deus, nossos relacionamentos estavam a mil maravilhas. Eu tinha acabado de ficar noiva, Aline e Luciana estavam cada vez mais apaixonadas e felizes com seu namoro, e Naty era só alegria: primeiro amor, primeiros dias de namoro. As coisas realmente estavam indo bem.
Naty saiu para dar um mergulho na piscina. Ela já caiu na água e foi abraçar sua namorada, que estava conversando com Luciana. Eu olhei as duas abraçadas e percebi que elas realmente formam um belo casal. Naty, branquinha, tem a pele mais clara que a minha, cabelos pretos lisos que vão até a metade do bumbum. Ela deve ter cerca de 1,68 m de altura, olhos azuis claros, corpo bonito e bem definido; provavelmente malha. Tem uma bunda bonita, nem grande nem pequena, cintura fina e seios de médio para pequenos. Mas o que mais chama a atenção nela é o rosto: é lindo, parece uma boneca, com lábios bem vermelhinhos, um piercing no nariz e um na língua, ambos discretos, e uma fada tatuada no pé esquerdo.
Gabi é morena clara, com olhos castanhos claros e cabelo preto liso abaixo do ombro. Provavelmente tem 1,65 m de altura. Ela é magra, mas com curvas no lugar certo: bunda pequena, mas bem redondinha, seios pequenos e cintura fina. O que chama a atenção nela é o sorriso, que, além de lindo, faz aparecer uma pequena covinha no lado direito do rosto. Ela é bem do estilo da Aline; não são do tipo de mulheres que chamam a atenção à primeira vista, mas se você prestar atenção, verá que são duas garotas muito lindas e charmosas.
Saí dos meus pensamentos com Aline me dizendo que precisava me contar algo sobre o namoro dela com Luciana. Perguntei logo se estava tudo bem, e ela disse que estava tudo perfeito.
Aline— Olha, por favor, mantenha sua mente aberta, ok?
Patrícia— Claro, seja o que for, não vou te julgar. Você me conhece, não sou assim.
Aline— Eu sei, por isso vou falar com você e quero sua opinião sincera. Bom, eu me soltei muito depois de ficar com Luciana. Ela fala sobre sexo com tanta naturalidade que acabei me soltando muito com ela. Sempre falamos sobre isso. Ela, por exemplo, curte muito usar acessórios. No início, achei meio estranho, mas resolvi experimentar e acabei amando. A gente se tornou muito abertas nas nossas conversas, e faz algum tempo que saiu o assunto sobre fantasias sexuais. Falamos sobre as nossas, e tínhamos uma em comum: fazer a três. No dia em que falamos, não demos muita importância porque falamos de outras também. Porém, depois acabamos tocando nesse assunto e acabou rendendo. Ela me disse que faria comigo se eu quisesse, desde que fosse com outra mulher, porque nunca iria ficar com um homem nem aceitaria me ver com um. Como sou bi, acho que ela fica meio insegura com isso, mas sem motivos, porque, sinceramente, acho que, mesmo que não dê certo com ela, não ficaria com outro homem; eu realmente gosto mais de mulheres. Bom, mas voltando à fantasia, eu disse a ela que com certeza seria com outra garota, mas que não me sentia segura nem confortável para fazer isso. Aí ela disse que naquele momento nem ela, que seria algo para a gente conversar muito e só rolaria se as duas tivessem certeza, que não iria prejudicar nossa relação, porque para ela nenhuma fantasia valeria esse risco. Bom, nós conversamos várias outras vezes, a coisa vem fluindo e provavelmente vai rolar alguma hora, mas tipo, eu queria uma opinião de alguém de fora sobre o assunto.
Patrícia— Primeiro, estou pasma com isso. Eu realmente não esperava que você tivesse esse tipo de desejo ou fantasia; você me parecia muito quietinha 🤭. Mas já que você tem e sua namorada também, acho que vocês deveriam seguir exatamente o que estão fazendo: conversar bastante, só fazer quando tiverem certeza de que estão prontas, e principalmente, nenhuma das duas topar só para agradar a outra. Se isso for feito com consciência, acho totalmente válido.
Aline— Entendi, então acho que estamos no caminho certo. Eu, na verdade, acho que Luciana só não fez ainda porque quer me deixar segura. Acho que se eu falar 'vamos', e eu tiver certeza, ela vai.
Patrícia— Provavelmente é isso mesmo. Pelo que você me falou, Luciana é bem resolvida com essas coisas, e outra, ela te ama; é nítido isso. Seja qual for sua decisão, ela vai respeitar.
Aline— Eu também sinto isso. Nossa, ela é um amor comigo! Nunca me senti tão amada como me sinto por ela. Estou muito feliz de verdade. Mas você é bem mente aberta sobre isso; gostei de ver, ótimos conselhos.
Patrícia— Eu acho que um casal deve fazer o que os deixa felizes, mas que essa felicidade seja dos dois e não só de um deles. Pelo menos eu e Keyla somos assim.
Aline— Então vocês aprontam muito, né? kkkkk
Patrícia— Muito pelo contrário! kkkk Sinto decepcionar sua mente poluída, mas nós gostamos do simples! kkkkk
Aline— kkkkkk Estou brincando, anjinha! kkkkk Mas falando sério agora, como assim vocês gostam do simples? Se é que posso saber.
Patrícia— Claro que pode! Você é nossa amiga, não tem problema algum falar sobre isso com você. Bom, nós duas não gostamos de tapas, xingamentos, esse tipo de sexo mais selvagem. Os únicos acessórios que gostamos são nossos próprios corpos. Nós gostamos de fazer amor mesmo, algo mais romântico, intenso, sem deixar marcas. Aquela coisa de olhar no olho, dizer que ama quando está tendo um orgasmo, tipo, coisas simples, mas que para nós duas são perfeitas.
Aline— Sério? Keyla tem mó cara de safada! kkkkk
Patrícia— Pior que tem mesmo! kkkkk Mas ela é mais romântica do que eu. Com minha ex ainda rolava uns tapinhas às vezes; eu não curtia muito, mas deixava rolar porque não atrapalhava. Agora, já Keyla me contou que uma vez a ex dela deu um tapa de leve na cara dela e a chamou de vadia. Ela ficou com tanta raiva que meteu a mão na cara da ex e xingou ela de tudo quanto é nome! kkkkk
Aline— Kkkkkkk essa foi ótima! kkkkkkk Não se pode julgar um livro pela capa mesmo! Bom, então nossa troca de casais já era, né? Kkkkkkkkkkk
Patrícia— Nem brinca com isso, que se Keyla ouvir vai fechar a cara! kkkkk
Aline— kkkkk Pode ficar tranquila, não brinco perto dela com isso de jeito nenhum! kkkkk
Tivemos que parar o assunto porque Naty voltou e logo as outras duas também. Eu fiquei feliz de Aline vir pedir conselho para mim. Eu amo muito essa menina; foi a primeira amiga que fiz quando fui morar com Marcos. Foi muito gente boa comigo desde o primeiro dia que fui trabalhar na padaria. Tomara que esse lance do trio não dê problemas; ela e Luciana formam um belo casal e estão felizes juntas. Eu não arriscaria, mas cada um é cada um.
Nos divertimos muito naquele domingo. Quando voltamos para casa, Keyla me contou sobre a conversa com Érica, e eu contei sobre minha conversa com Aline. Como eu já esperava, ela se surpreendeu, assim como eu, mas riu muito da brincadeira da Aline sobre troca de casais. Ficamos conversando um bom tempo.
O dia amanheceu e nossa última semana de férias começou. Foi uma semana tranquila, com poucas novidades, além de Cristina já começar a fazer as mudanças na loja. Provavelmente, na outra semana eu teria, além das voltas às aulas, o meu novo trabalho. Eu, na verdade, estava bem animada.
Na sexta, Keyla parou mais cedo e foi fazer o exame de rua. Queria ir com ela para dar um apoio, mas tive que ficar no lugar dela na loja. Ela me pareceu super tranquila. Keyla aprendeu a dirigir no início da adolescência e aprendeu bem, porque dirige muito bem. Às vezes, acho que ela podia acelerar mais o carro, mas nem falo nada, porque prefiro que ela continue dirigindo com segurança.
E a tranquilidade dela tinha motivos: ela passou no exame de rua e logo estaria com sua permissão em mãos. Eu fiquei muito feliz por ela, porque se esforçou muito para reparar os erros que cometeu quando ficou viciada no celular, e o último era recuperar o tempo que perdeu e conseguir tirar sua CNH durante as férias.
No sábado, combinamos de ir jantar na casa da avó de Keyla, mas na sexta à noite, minha sogra ligou perguntando se não podia ser um almoço no domingo. Keyla disse que não tinha problema. Minha sogra se desculpou e disse que estava adiando porque apareceu um imprevisto. Quando ela desligou, Keyla disse que sabia o nome e o endereço do imprevisto dela. Eu ri muito quando ela disse isso.
Keyla— Amor, acho que amanhã, se o imprevisto da minha mãe não contar para ela que eu sei de tudo e ela não me falar nada, eu vou abrir o jogo com ela. O que você acha?
Patrícia— Para de chamar a Érica de imprevisto, amor! kkkkk
Keyla— Foi minha mãe que começou! kkkk
Patrícia— Olha, eu acho que era melhor deixar ela ficar à vontade para te contar, mas entendo que ficar omitindo isso da sua mãe também não é fácil para você. Então, vai sem ter uma decisão tomada; na hora você vê o que faz.
Keyla— Você está certa, não vou ficar esquentando a cabeça com isso, não.
Keyla— Amor, outra coisa que a gente conversou algumas vezes, mas tipo, não foi assim por muito tempo; nem aprofundamos muito no assunto, e queria que a gente conversasse mais sobre isso, tipo, é sobre nossa relação sexual.
Patrícia— Por mim, tudo bem, amor. Quer falar sobre o que? Tem alguma coisa específica?
Keyla— Não, é que fiquei pensando sobre o que você me falou da Aline e da Luciana. Pelo que você me falou, elas conversam muito sobre isso.
Patrícia— Pelo que Aline falou, conversam sim! Bom, podemos conversar agora, se você quiser.
Keyla— Bom, pode ser. Bom, você sente falta de algo? Tipo, acessórios ou algo assim?
Patrícia— Não, amor, não sinto falta de nada. E você?
Keyla— Também não. Na verdade, não curto isso. Bom, e você tem alguma fantasia sexual?
Patrícia— Não, amor, na verdade nunca tive nenhuma. E você?
Keyla— Eu também não tenho. Bom... acho que não sei mais o que perguntar.
Patrícia— Amor, sabe por que não falamos muito sobre isso?
Keyla— Acho que acabei de descobrir: não temos o que conversar, né? kkkkk
Patrícia— Exatamente! Falamos poucas vezes, mas acho que na primeira vez já falamos tudo. Gostamos de fazer amor e fazemos isso muito bem, porque às vezes a gente quase se mata. E geralmente, quando temos qualquer coisa para falar, a gente fala na hora. Então, meio que não temos o que conversar depois. Pelo menos eu não tenho, mas converso com você quando quiser. Ou melhor, eu te escuto! 🤭
Keyla— Esqueci disso, acho que pensei muito e me preocupei à toa.
Patrícia— Também acho, amor. Mas te entendo; às vezes, por falta de um problema real, a gente se preocupa com algumas coisas que não precisa. 🤭
Ela concordou comigo, mas acho que, na verdade, ficou com medo de eu estar sentindo falta de algo na hora H e não falar com medo dela achar ruim. Mas isso está longe de acontecer; para mim, ela é perfeita em tudo, principalmente na cama. Mas, depois da nossa quase separação, ela ficou meio insegura. Ela não tem motivos para isso, porque a amo muito e a perdoei de coração, mas entendo ela e acho que, com o tempo, isso vai passar.
Ficamos conversando mais um tempo, até o sono tomar conta de nós. Dormimos mais uma vez agarradinhas.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper