O Filho do chefe [23] ~ Um plano nada perfeito

Um conto erótico de Diego
Categoria: Gay
Contém 2088 palavras
Data: 26/11/2023 14:50:21
Assuntos: Gay, Início, Sexo, Traição

- Qualquer coisa que eu fizer com ela Rodrigo, será pela chantagem! E eu sei que você também. Por favor... Seja paciente cara, não se descontrole.

- Vou tentar. - ele falou. - Você... Você acha que eu devo contar para a Stella? - ele perguntou.

Eu fiquei sem saber o que responder. Mas... Ela é uma garota sensata... Se bem que... O que ela pode fazer? Ah... Eu não pensei em nada mesmo...

- Pode ser... Ela é inteligente, quem sabe ela pensa em algo. - falei dando-lhe mais um beijo.

Porém não continuamos nada, não estávamos no clima para isso. Trocamos alguns selinhos e logo ele saiu do carro, cabisbaixo. Eu fui para o banco da frente e fui até a minha casa, me controlando para não começar a gritar, porque era isso que eu tinha vontade.

Eu... Logo quando me apresentei disse que nunca amei ninguém. Nunca! Nunca! E agora... Agora que eu amo, essa merda foi acontecer!

Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi ir para o banho. Soquei a parede e me senti um retardado com isso. Senti-me uma criança quando vi que além de arrasado, estava com a mão sangrando. Que ódio! Não sou de me descontrolar. Não sou mesmo!

Eu estou sentindo uma angústia e uma fúria que eu nunca senti na vida! É algo... Algo que nem consigo explicar!

Lembro dela sorrindo vitoriosa, lembro da foto, lembro dela forçando o Rodrigo a nos ver transando contra a minha vontade! Lembro de ter que aceitar isso, senão posso perder meu emprego e o Rodrigo.

Não importo que descubram que sou bi, não mesmo! Mas esse emprego é importante para mim e o Rodrigo também!

Além do pai dele, com certeza tornar as coisas mais difíceis para nós dois, eu sei que o Rodrigo NÃO está pronto para assumir. Não mesmo!

E eu aguentarei cada uma das humilhações, pensando nele. Pensando que eu finalmente encontrei alguém que eu gosto! Eu estou puto da vida. Nunca fiquei tão bravo!

E depois de muito tempo voltei a sentir o gosto salgado das lágrimas. Elas vieram misturadas com a água que caía do chuveiro, mas mesmo assim pude sentir seu gosto. Primeiro veio uma, depois outra, e assim passei a chorar feito uma criança. Era uma agonia insuportável que eu estava sentindo.

Primeiro tive que suportar um cara ridículo, depois tive que aceitar ter tesão por um desconhecido, depois tive que aceitar esse desconhecido ser o cara ridículo, depois tive que aceitar que o ridículo não era ridículo!

Daí tive que aceitar meu desejo por ele, aceitar gostar dele, aceitar amá-lo.

Depois de todas as aceitações, que eu consegui aceitar tudo para mim mesmo, para poder ser feliz... Acontece isso.

Depois de perceber que não era ódio e nem apenas algo a mais como tesão, quando finalmente descobri o que é amar alguém... Isso acontece comigodias já haviam se passado e nós naquela espécie de tortura. A maldita já estava em nossa sala. Grande presente para o meu aniversário que estava chegando!

Dia 13, seria sexta-feira e eu nem conseguia pensar em algo bom. Se bem que... Nunca fui de comemorar meu aniversário ou mesmo achar que esse era um dia mais importante que os outros.

Eu voltava de mais um dia de trabalho. O Rodrigo havia saído mais cedo. Eu tive que ficar para satisfazer os desejos daquela puta lazarenta.

No dia anterior ela usara o Rodrigo, e esse dia a mim mesmo. Eu honestamente penso em assumir tudo, mas eu sei que o Di não está preparado. Eu nunca liguei para o que os outros pensam e em relação ao meu emprego... Bem... Não existe apenas uma empresa de publicidade no mundo, não é mesmo? Tenho que conversar sério com o Rodrigo sobre isso.

Eu não via a hora de chegar em casa e me lavar. Mas antes mesmo que pudesse chegar ao meu apartamento, Rodrigo me ligou.

Ele disse que Nadir havia tido uma ideia brilhante. A garota, assim como seus irmãos, estavam passando as férias na casa do Sr. Martins.

Ele queria que eu fosse imediatamente para lá. Suspirei e acabei concordando. Espero que seja realmente uma boa ideia.

Entrei no primeiro retorno que vi e dirigi por esta imensa cidade. Seu brilho não deixava a noite mais escura que o dia. Luzes por todos os lados.

Finalmente cheguei à casa do meu chefe. Toquei a campainha e não esperei muito, afinal, já sabiam da minha ‘visita’.

Fui recebido pela Nadir, que me olhava estranho, seu olhar estava triste. Será que era por mim? Enfim...

O Sr. Martins havia saído para jantar com alguma Ninf... Mulher!

A casa estava livre. O pequeno jogava videogame no quarto do Rodrigo e o restante se encontrava na sala.

Estavam todos pensativos. Logo todos me cumprimentaram e Rodrigo me deu um abraço apertado. Creio que ele pôde sentir o cheiro dela em mim, afinal, saiu meio irritado do abraço.

Mal me sentei e Rodrigo começou a falar:

- A Nadir teve um plano maluco. Mas eu acho que pode funcionar. - ele disse, rápido demais. Apenas olhei para a garota, que tossiu antes de começar.

- Então... Pode parecer coisa de filmes adolescentes, ok, até me inspirei assistindo alguns, mas... Acho que pode funcionar.

Eu pensei que vocês podiam fingir que terminaram. Daí um de vocês dois, acho que sendo melhor o Rodrigo, começasse a fingir que estava cabisbaixo, mal, e nas noites com a tal Larissa, desabafasse, falasse que nunca mais queria saber de homens e tentar conversar com a garota, e nas noites de sexo dar prazer total a ela. Reclamar do Diego, falar que ele só pensava no trabalho e inventar mais coisas.

Daí o tempo ia começar a passar. O Rodrigo teria que fingir gostar dessa Larissa, ir para a cama com ela e se encontrar com ela por livre e espontânea vontade. Isso pode demorar, mas creio que é o único jeito.

Daí, no dia em que a Larissa já tiver confiança no meu primo, ele vai até a casa dela. Ela não me parece uma pessoa muito inteligente, portanto, deve ter a foto apenas salva no computador e na câmera ou celular de onde ela registrou o momento íntimo de vocês dois.

Então temos que pensar em algum meio das provas serem apagadas. Com o Rodrigo infiltrado na casa, ele poderia fazer isso.

Pensei em várias maneiras. O Rodrigo podia dar algo para ela apagar. Ou então prendê-la na cama como fetiche e então fazer o que tem que ser feito, ou até a ideia mais maluca que eu já tive! O Rodrigo a prende e pensei em chamar uns amigos para simularem um assalto!

Depois que ela falou isso eu tossi e a Stella acabou rindo.

- Um assalto, Nadir? Não viaja! Isso não é um filme. - ela falou rindo.

- Isso é assunto sério! - Rodrigo vociferou.

- Não! Pensem comigo! Daí o Rodrigo não teria a menor culpa! Ele seria rendido pelos assaltantes, que entrariam na casa justamente por que você, primo, deixou a porta aberta, nem que seja sem ela saber!

Daí o celular, a máquina e até o computador, podem sumir sem que ela possa acusar o Rodrigo. E caso a foto esteja no computador da firma, podemos escolher um dia para que o Diego faça hora extra! A Stella pode ir visitar o tio Beto e como ele tem confiança em deixar o Di ser um dos últimos a sair, bem, penso que não seria problema algum para ele ficar sozinho e fuçar no computador da ‘lambisgoia’!

- Isso dá muito trabalho! - Rodrigo falou.

- Minha irmã viaja! Ai Bee, pensa em algo mais fácil, né? - Murilo falou entrando na conversa.

- Poderia chamar umas amigas para dar uma surra nela! - Rodrigo falou sorrindo sádico.

- Eu achei uma ótima ideia! - falei e todos olharam para mim. - Se quisermos agir sem sermos descobertos, Rodrigo, o único jeito é se infiltrando na casa dela e apagando todas as provas. E eu sei que você não vai querer que eu finja estar gostando dela, não é mesmo? - Perguntei, dando um meio sorriso. Eu estava cansado disso, e mal havia começado.

- Mas Dieguinho... Isso, isso pode demorar mais de um mês! Sabe? Até eu conseguir convencê-la de que não penso mais em você e que a quero... E eu nem sei se sei fingir a esse ponto. - ele falou, inseguro.

- Deixa de ser inseguro! - retruquei. - Ou isso ou contamos a verdade, Rodrigo.

- A... A verdade? - ele perguntou arregalando seus olhos azuis.

- É Rodrigo. A verdade! São nossas duas únicas chances. Eu pensei em chantageá-la com alguma coisa, mas conseguiríamos algo com menos peso do que o nosso segredo e ela acabaria revelando a todos por raiva. Nadir está certa em deduzir que ela não é inteligente. Ela não deve ter salvado uma cópia da mensagem que mandou. Tudo o que ela tem é um celular ou máquina, dois computadores e um pen-drive. Temos que apagar a foto, Di! - falei.

- Está... Está certo. Eu farei isso. Na segunda-feira podemos começar o plano e fingir que terminamos, certo? - ele perguntou.

- Segunda-Feira, só? Por quê? - fiquei um pouco irritado.

- Para fingir que nos encontramos no fim de semana, tivemos uma conversa séria e brigamos. Pronto, é isso! - ele falou e suspirou, cansado.

- Está bem, está bem. Nadir, excelente ideia! Só espero que funcione. - falei desanimado me levantando para ir embora.

- Você... Você já vai? - ele perguntou.

- Vou sim. Estou cansado, quero um banho. Até amanhã. - falei.

Ele caminhou até mim e me abraçou forte, me puxando pela cintura e afundando o rosto em meu pescoço.

- Eu faço isso por nós, Dieguinho. - senti seu hálito quente em meu pescoço e ele sussurrou essas palavras.

Eu mal pude ouvir, mas sei que foi isso que ele falou. Eu fiquei um pouco mais confortável depois disso. Eu gostava de senti-lo ali, e saber que ele não fazia isso apenas para livrar a cara e sim para continuarmos juntos... Isso... Isso me deixa feliz. Porque eu gosto de verdade dele, eu sei disso.

- Eu sei. - falei no ouvido dele.

Ele sorriu melancólico para mim e encostamos nossos lábios num leve estalo.

- Ui! Eu quero ver mais! - Murilo disse gritando.

- Não é hora, Murilo! - Stella falou.

Eu sorri de leve e fiquei olhando para os traços perfeitos do Di, seu corpo branquinho e lindo. Ele era alto, bem definido até. Um cara que chamava muita atenção, fosse onde fosse.

E eu nunca fui de admirar rapazes assim, mas sabia que ele deveria deixar muitas e muitos suspirando! E bem... Saber que... Que ele é meu namorado... Isso me acalma. Dei mais um leve estalo nele e me despediCheguei ao meu apartamento e a primeira coisa que fiz foi tomar um banho. Eu estava com marcas de unha daquela infeliz. Como ela pôde me marcar assim?

Tomei um demorado banho e me joguei na cama. Não conseguia dormir. Fiquei pensando no plano. Obviamente ele era cheio de brechas. E se ela não acreditar em nada, e se o Rodrigo se irritar e não conseguir fingir? E se ele não conseguir vendá-la ou apagá-la? E se não apagarmos tudo? Realmente, um plano cheio de brechas, porém é tudo o que temos.

Na quinta-feira meu dia não foi muito diferente. Por sorte minha, como Larissa agora é mais ‘importante’, ela teve que trabalhar a maior parte do tempo. E ela foi escolhida também para apresentar uns projetos para o senhor Martins, portanto, eu não teria muito com o que me preocupar.

No fim do dia ela apenas deu umas alfinetadas em mim e no Rodrigo e exigiu que eu fosse pegar algo para ela comer.

Quando cheguei à sala ela estava se esfregando com o meu namorado. Porém logo que cheguei ela parou para comer o que eu havia levado. Eu tenho pena e nojo dela.

Eu e o Rodrigo quase nem nos falamos neste dia. Ele saiu mais tarde dessa vez, a pedido dela. Como eu não a suporto de jeito nenhum!

Voltei pra casa e dormi. Dormi e recuperei todo meu sono perdido. Não sei como eu consegui dormir, mas... Pelo menos eu o fiz.

Realmente eu estava muito cansado. Nem me liguei que no dia seguinte eu teria vinte e dois anos. Se bem, como já disse, nunca me liguei muito nisso.

Logo que acordei meu telefone tocou. Era meu pai falando parabéns e eu apenas resmungando, e logo em seguida, para ele reclamar do meu mau-humor matinal.

Quase o mandei ir tomar naquele lugar.

Controlei-me para não desligar o telefone na cara dele.

CONTINUA…

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Comentários

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Que situação constrangedora! Transar porque está sendo chantageado. Ceder à chantagens nunca é o melhor caminho.

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Não gostei do plano. Eles estão arriscando muito. Seria melhor dizer ao dono da empresa que os dois experimentaram a fruta pra ver se gostam e decidiram seguir amigos, continuam gostando de mulher... Essas coisas. Não acho que Roberto iria brigar por dois jovens que estão testando as coisas.

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Seria melhor se assumir logo. Com a ajuda da Stella e do Beto certamente funcionária. Esses estupros são inaceitaveis...

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Qualquer ação seria melhor que deixar essa violência continuar.

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