Um homem feliz - resgate

Um conto erótico de Gabriel
Categoria: Gay
Contém 739 palavras
Data: 29/11/2023 23:34:12
Assuntos: Gay

Ao raiar de um novo dia, estou preparado para a luta do cotidiano. Em busca de combater as injustiças, trazer a tona a verdade, sempre a verdade, nada além da verdade.

Ao escutar o vídeo do meu discurso de inauguração do escritório de advocacia, fico feliz de saber que ando pelo caminho certo. São 10h de uma segunda-feira, quando escuto batidas na minha sala.

- Com licença. Telefone para o Sr.

- Quem é?

- Estabelecimento prisional de Lisboa.

- Marcos - pensei

- Posso passar a ligação?

- Sim, por favor.

Passaram-se 2 anos desde o episódio mais tenso da nossa história. Ele estava na prisão aguardando o julgamento, marcado para Outubro.

- Marcos, é você?

- Sim, Gabriel.

- Como vai meu amor?

- Como você acha?! Estou enlouquecendo neste inferno. Quero a minha liberdade, porra. Sou inocente, será que ninguém enxerga a realidade? O que você está fazendo para me ajudar a sair daqui?

- Marcos, já fiz inúmeros pedidos à justiça, pressionei a polícia na investigação. Você mesmo disse que eles estão comprados, lembra?

- Mas aquela droga não era minha, muito menos aquele dinheiro. Foi plantada na minha casa.

- Eu acredito, amor

- E daí? Caralho quero que encontre meios para me arrancar daqui, você entendeu?

- Calma, estou pedindo essa semana, liberdade provisória.

- Caralho, provisória?! Estou a ponto de ser condenado por algo que não fiz. AAAAAAAAAAAA.

De repente, ouço batidas fortes, choro e o desespero de Marcos.

- Calma, amor. Estou aqui pra você. Sempre.

- Por tudo o que é mais sagrado, faz o que for necessário pra me tirar daqui. Tenta conversar com alguém para me ajudar a fugir.

- Aí vai ser pior. Vamos seguir os trâmites da justiça. É mel…

Marcos desliga o telefone.

Entendi a extrema necessidade de voltar a Portugal, acompanhar o processo mais de perto. O estado mental dele piorou nos últimos tempos.

Reservei a passagem e me programei para ir no final do mês. Quando o dia chegou, a caminho do aeroporto, exatamente no meio do saguão lotado, uma senhora misteriosa vem na minha direção, toma-me pela mão e diz:

- A resposta está no Desejo!

- O que isso significa? Explica.

- A resposta está no Desejo!

Saiu andando até desaparecer.

Aquela mensagem ficou a viagem inteira martelando. Que raio de Desejo era aquele? Será que ela não me confundiu com outra pessoa?!

Ao chegar em Lisboa, me dirigi à delegacia. O ambiente era burocrático. Funcionários andando de lá pra cá, cheios de papéis e celulares.

- Bom dia. O delegado Francisco Xavier está?

- Sim, e você é quem?

- Gabriel Campos Costa, advogado de Marcos Almeida da Silva.

- Ah, o delegado te aguarda na sala.

Obrigado

Ao adentrar, vejo um homem másculo, similar ao Henry Cavill. Ele olhava fixamente pra mim, como se quisesse me comer naquela mesa.

- Gabriel, muito prazer. Me chamo Sérgio Carvalho.

- Vou entrar com o pedido de liberdade provisória para Marcos Almeida.

- Interessante!

- Por quê?

- Tinha um monte de drogas e dinheiro escondido na casa dele. É óbvio que….

- O sr só vai fazer o SEU trabalho direitinho.

- Sempre fiz e sempre vou fazer.

- Desculpe, estou preocupado com a falta de informações, provas para nos ajudar.

- Ajudar no que? Como inocentar alguém que tinha 15 kg de cocaína e 50 mil euros em casa?

- Ele trabalhava como entregador; não ganhava nem 4000 euros por mês. Como teria essa grana e ainda uma quantidade de droga dessa sem vestígios de fabricação na casa? Esse caso não parece óbvio demais?

A cara de sonso dele me irritava pra caralho. Tava claro que era mais um do esquema de corrupção. Tempo perdido.

Resolvi ir à prisão, visitar meu amor. Ao sair do hotel, sou seguido por uma sombra familiar.

- Podemos conversar? Acho que fui rude com você.

- Olá! Pode falar rapidamente, pois estou com pressa.

- Só quero tirar essa má impressão de mim, mostrar a real face. Gostei do seu senso de justiça, são poucos os que possuem a sua paixão pela verdade. Topa jantar hoje, às 20h?

- Tudo bem, onde?

- No restaurante Destino.

- Acho que conheço esse. É na esquina da casa do Marcos, certo?

- Sim, exatamente.

- Combinado. Te vejo lá.

- Até mais.

Me dirijo a prisão, na rua Marquês da fronteira, número 54. Passo pela revista e ao me vestir, ouço sirenes. Guardas correndo em direção ao pátio e as celas.

- Peguem eles, incompetentes! - gritava o diretor do presídio!

- Eles escalaram os muros e se esconderam na mata fechada.

- Eles quem?

- Afonso Braga e Marcos Almeida da Silva.

<(Continua no próximo capítulo)>

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Comentários

Foto de perfil de Jota_

Hahaha tá ficando ótimo! Uma trama de ação, mistério, bem diferente dos contos daqui haha. Tô gostando 😉

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