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Patrícia:
Minha vida virou de pernas para cima de uma hora para outra. Eu, na verdade, já tinha até me acostumado com essas mudanças bruscas na minha vida, mas dessa vez era diferente. Eu tinha a ajuda de várias pessoas que gostavam de mim, e isso me deixou mais segura para enfrentar tudo aquilo. Depois que Keyla me deu aquela notícia, eu me senti ainda mais confiante.
Acordei cedo no outro dia, já era costume. Keyla também acordou logo depois de mim. Fizemos nossa higiene e saímos para tomar café. Suzana já estava à mesa. Assim que sentamos, ela perguntou se a gente tinha visto as notícias do dia. Eu disse que não, mas se fosse sobre a fuga dos meus pais para outro país, eu já tinha ficado sabendo.
Ela confirmou que era sobre isso mesmo, que a notícia já tinha se espalhado. Disse também que talvez isso nos ajudasse. Eu perguntei como, e ela explicou que, como meu pai não era mais candidato e tinha ido embora, a notícia sobre a discussão provavelmente tinha perdido a força e o interesse da imprensa. A ideia da entrevista talvez não fosse mais uma boa ideia; ficar quietas poderia ser a melhor solução.
Eu gostei daquilo. A possibilidade parecia real. Disse a Suzana que, naquele dia, quando fôssemos para a faculdade, eu iria passar na rua da nossa casa para ver como estava a situação. Suzana disse que não era para eu fazer isso, que estávamos bem acomodadas na casa dela. Ela e Silvia quase não tinham visitas, porque grande parte da família delas não aprovava o casamento. Queria que a gente ficasse ali com elas pelo menos até sábado. Ela fez uma carinha de menor abandonado que eu não consegui resistir e falei que, por mim, tudo bem.
Suzana saiu para trabalhar às 7:30 e ficamos sozinhas, já que ela deixava Alan com a sogra na parte da manhã. Se não levasse, era arriscado a sogra chamar até a polícia; ela era muito apegada ao seu único neto.
Aproveitamos que estávamos sem nada para fazer para conversar com as meninas. Era umas nove horas quando chegou uma mensagem de Ana perguntando se estávamos bem e se íamos prosseguir mesmo com o livro. Eu disse que sim, que nada tinha mudado, mas que não estávamos em casa e, provavelmente, só iríamos poder resolver o lance do contrato na outra semana.
Ela disse que entendia e que era para a gente ficar tranquilas, mas que desse notícias, porque ela ficou preocupada. Ali eu vi que tínhamos feito mais uma amiga. Ana era bem legal; gostamos dela, e pelo jeito, ela gostava de nós!
Era umas 10 horas quando coloquei as mãos nos ombros e mexi meu pescoço. Keyla me olhou e perguntou se eu estava tensa. Eu disse que um pouco. Ela me pegou pelas mãos e disse que ia me fazer relaxar.
Ela me arrastou para o quarto e me jogou na cama, dizendo que tínhamos que ser rápidas, porque Silvia provavelmente chegaria às onze. Nisso, ela já tirou meu short com a calcinha junto, se ajoelhou do lado de fora da cama e puxou minhas pernas até saírem da cama.
Ela foi beijando minhas coxas por dentro, passando a língua até minha virilha, beijou, chupou, foi para a outra coxa e fez o mesmo. Eu gemia gostoso, levantei minha camiseta e apertei os mamilos dos meus seios.
Ela começou a passar a língua na minha menina, lambia bem gostoso, me levando à loucura. Ela começou a afundar sua boca dentro da minha e enfiava sua língua bem fundo. Eu movimentava meus quadris, esfregando minha menina melada na sua boca.
Ela começou a sugar meu clitóris e passar sua língua fazendo movimentos circulares. Eu já gemia muito alto. Ela penetrou dois dedos em mim e começou a movimentar. Ela prendia meu clitóris entre seus lábios e passava a língua, depois sugava gostosamente. Seus dedos se moviam rápido. Eu apertei meus seios com mais força e comecei a gozar bem gostoso. Ela tirou os dedos e lambeu meu mel, me deixou limpinha e relaxada ali na cama.
Quando recuperei minha respiração, ela estava subindo na cama já sem nada sobre o corpo. Puxou minhas pernas e deixou todo meu corpo em cima da cama. Pegou uma perna minha e levantou, passou os dedos na boca, levou os dedos na sua menina e a lubrificou. Foi se ajoelhando, encaixou sua menina em cima da minha e começou a mexer os quadris. Ela mexia gostoso com minha perna presa entre seus braços. Começou a se movimentar mais rápido e a gemer alto.
Seu tesão parecia estar à ponto de explodir. Eu comecei a gemer gostoso, sentindo sua menina se esfregar na minha. Ela aumentou o ritmo dos movimentos. Do nada, foi diminuindo a velocidade, vi seu corpo tomado por espasmos e senti seus líquidos escorrerem entre minhas coxas. Os movimentos dos quadris eram mais lentos, mas ela não parou de se mover.
Sua menina escorregava em cima da minha, seu corpo ainda tremia, mas seus movimentos continuavam. Sua respiração estava pesada, mas logo senti ela começar a gemer de novo e os movimentos aumentarem. Ela queria mais, e eu estava amando aquilo. Ela se movimentava com mais força e de forma mais intensa.
Eu senti meu tesão voltar forte. Sua menina estava passando bem em cima do meu clitóris, aquilo estava me deixando louca. Ela voltou a gemer muito alto, e eu também. Logo senti meu orgasmo tomar conta de mim. Nossa, foi muito gostoso! Quando abri os olhos, vi ela tentando buscar ar com a boca aberta. Senti nossos líquidos escorrerem entre minhas pernas.
Desta vez, ela não conseguiu continuar ali e deixou seu corpo cair. Nossas respirações estavam pesadas, nossos corpos suados, principalmente o dela, que se moveu muito. Quando fui falar algo, escutei uma voz.
Silvia— Tem alguém aí? Meninas, cadê vocês?
Silvia tinha chegado e estava nos procurando. Com certeza, viria até o quarto, e a porta estava aberta. Eu tirei minhas pernas de baixo do corpo de Keyla, que ainda estava sem forças para reagir. Saí da cama, vesti meu short e joguei a calcinha atrás da porta, abaixei a camiseta e passei as mãos nos cabelos para arrumá-los um pouco. Saí para tentar impedir Silvia de ver Keyla ali nua e toda suada em cima da cama. Saí no corredor, e Silvia já estava chegando no início dele.
Patrícia— Estou aqui, Silvia! Keyla está deitada. Está tudo bem?
Ela me olhou de cima a baixo por uns segundos.
Silvia— Keyla, tem lençóis novos no guarda-roupa, ok?
Keyla— kkkkkkkkk Está bem, obrigada, Silvia! kkkkk
Silvia— Por nada. Você vai logo tomar um banho e vamos almoçar! kkkkk
Eu provavelmente estava mais vermelha que um tomate, mas acabei rindo também. Ela com certeza olhou para mim e notou o que tinha rolado. 🤭
A gente tomou banho rapidinho e foi almoçar. Silvia já estava com uma roupa mais leve. Keyla se desculpou com ela por nós termos perdido a hora do almoço e começou a rir. Ela disse que estava tudo bem, que foi por um bom motivo, e riu. Eu ali, morrendo de vergonha, e elas rindo da situação.
Almoçamos e tivemos um papo bem descontraído sobre sexo. Descobrimos que curtimos quase as mesmas coisas. Silvia disse que tinha uns nomes de cremes e umas pomadas bem legais para a gente passar, disse para a gente comprar depois no sex shop, que iríamos gostar com certeza. Keyla ficou toda animada.
Passamos o dia vendo séries e conversando. À tarde, Silvia buscou Alan na escola, e brinquei com ele um tempo. Eu adorava crianças. Mais tarde, fomos para a faculdade e, de novo, sempre tinha aqueles olhares para o nosso lado, mas nada além disso. Encontramos Aline na hora do intervalo, algo raro, porque ela geralmente ficava na sala. Conversamos um pouco e voltamos para a sala.
Nossa rotina foi assim até sábado, quando voltamos para nossa casa depois da sessão de Keyla na psicóloga. Eu estava com saudades do meu cantinho. Foi ótimo ficar na casa de Suzana, mas nada melhor do que estar em casa. E, sinceramente, eu já me sentia assim ali há algum tempo. No começo, era a casa da Keyla, mas agora era nossa, sim.
Ligamos para Ana, e ela levou o contrato para a gente assinar. Ela trouxe também um cheque assinado do Thomas para nos pagar e disse que teríamos 10% do lucro das vendas do livro, que provavelmente não ia ser muito, já que geralmente só as lésbicas compravam e as vendas se concentravam mais só no Rio mesmo.
Na hora de combinar o pagamento, deu problema. Ela queria pagar um valor que achamos muito alto. O risco do livro não vender o suficiente para cobrir os gastos da publicação existia. Eu sabia disso, mesmo Ana dizendo que não. Eu sabia também que tinha outros gastos, como distribuição.
No fim, Keyla resolveu o problema. Disse que ou pagava o valor que a gente queria ou a gente não assinava o contrato. Ana sabia que era uma chantagem que não iria se cumprir, mas aceitou os termos. Recebemos um valor simbólico e, depois de ler o contrato, que era bem simples e bem fechado, assinamos. Ana disse que na próxima quinta já estaria pronto e que mandaria um exemplar para cada uma assim que os primeiros ficassem prontos.
Resolvemos descansar no sábado e no domingo. Achamos melhor não sair de casa. As meninas combinaram de ir na nossa casa no domingo durante o dia, e minha mãe e Érica apareceram para nos visitar naquela noite. Jantamos e conversamos bastante. Elas pareciam estar bem animadas com a história do casamento.
O final de semana se foi. O domingo foi muito divertido com as meninas; a companhia delas era sempre boa. Mas na segunda, nossa rotina voltou ao normal: casa, trabalho e faculdade. Os olhares na nossa direção continuavam, era mais na rua e no trabalho. Na faculdade, o pessoal parecia que já nem lembrava mais da confusão. Keyla até voltou a configuração normal dos nossos celulares. A imprensa já tinha novos alvos.
A semana foi corrida, mas sem nenhum tipo de imprevisto. Na sexta, Ana levou 10 exemplares do livro já prontos para nós. Ela disse que era para a gente presentear as amigas. Eu amei o livro! A capa era bem bonita, era um laranja com a sombra do rosto de duas mulheres se beijando. Na contracapa, tinha um texto da Ana com uma pequena sinopse do livro e, no final, ela dizia que o livro era baseado em uma história real de duas grandes amigas, que o texto foi escrito por ela e por uma das garotas que a história foi baseada. Tinha um agradecimento especial à sua cunhada, ao seu irmão e a dois patrocinadores.
Nós nunca discutimos o nome do livro, e quando vi o nome, eu gostei de cara. Acho que ela se inspirou no meu pedido de noivado. O nome era "Presente de Anjo". Quando li, lembrei de Marcos na hora. Olhei para Keyla, e seus olhos estavam marejados. Fui até ela e a abracei. Foi uma homenagem linda à pessoa que nos uniu. Ana perguntou se a gente tinha gostado, e eu só consegui dizer que sim; não saiu mais nada, deu um nó na minha garganta.
Ana ficou mais um tempo ali. Agradecemos a ela devidamente, e ela se foi. Decidimos a quem dar os 8 livros que sobraram: Gabi, Naty, Aline, Luciana, Érica, Ângela, Cristina e Suzana. Acho que nunca decidimos nada tão rápido. 🤭
No sábado, quando voltamos do trabalho, vi que tinha alguém parado em frente à nossa casa. Notei que era uma mulher loira, alta, de cabelos longos. Quando chegamos mais perto, vi que ela estava de tênis, camiseta, calça jeans rasgada na perna, uma camiseta branca com algumas letras na frente e óculos escuros. Keyla parou o carro em frente à garagem. Aí, ela olhou para nós. Eu desci para abrir o portão, e quando olho, ela tira os óculos. Quando vejo seu rosto, quase caio para trás; ela era muito parecida comigo.
Garota— Oi, Patrícia! A gente pode conversar um instante?
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper