Estávamos em um patrulhamento rotineiro fora da área de exclusão de Kabul quando vimos um grupo de refugiados caminhando sem rumo; eram umas quinze mulheres desacompanhadas, e que pareciam perdidas e em desespero; mulheres sozinhas não costumam ser usual para os padrões de comportamento social naquela região, já que mulheres não podem andar sem a companhia de homens; quando paramos o veículo, uma delas se aproximou; Abott, o sargento, armou e apontou seu M-17 na sua direção, porém eu levantei a mão sinalizando para que ele se contivesse. Com um jeito servil ela se apresentou dizendo se chamar Lâmia e pedindo por nossa ajuda; sem explicações mais detalhadas ela afirmava que elas precisavam fugir, pois se permanecessem seriam mortas. “Fomos feitas prisioneiras de uma milícia a serviço do Talibã que nos abusaram obrigando que servíssemos como suas prostitutas! Conseguimos escapar e estamos em busca de um campo de refugiados!”, explicou ela com tom apreensivo quando lhe perguntei a razão da de sua fuga; ofereci a ela uma garrafa de água enquanto consultava meus companheiros sobre a possibilidade de ajudá-la.
-Tenente Mayer, há um campo próximo da zona de exclusão – interveio o cabo De Rossi com seu habitual sotaque sulista – Só não temos como embarcá-las aqui!
Pedi então ao sargento que contatasse o Centro de Operações e pedisse orientação; e ela não tardou a chegar com a costumeira energia do Major Sullivan. “Porra, Mayer! Outra vez querendo dar uma de Madre Tereza? Sabe que não podemos interferir na população local …, nossa missão é outra!”, vociferou ele através do rádio sem que soubesse que todos estávamos rindo de sua reação; argumentei que elas estavam em fuga e que logo a tal milícia viria em seu encalço; Sullivan permaneceu em silêncio por alguns minutos para ao cabo deles avisar que enviaria um veículo de transporte com motorista e dois “Deltas”; agradeci e desliguei me dirigindo a Lâmia para explicar a situação; meia hora depois o caminhão chegou e nós cuidamos de embarcá-las sob os olhares atentos dos homens da Força Delta que vieram em um jipe de assalto com metralhadora fincada no tripé localizado em sua caçamba aberta; orientei a eles que servissem como batedores enquanto seguíamos atrás como escolta.
O tal campo de refugiados situava-se em uma área periférica próximo de Kabul, a capital, e era administrado pela ONU com o apoio da Cruz Vermelha, sendo que rodeava um pequeno vilarejo que florescera na mesma região pouco antes da chegada de tropas para expulsar os integrantes do Talibã e manter a região protegida. Ao saltar do caminhão, Lâmia me fitou com um olhar hesitante antes de agradecer nossa ajuda; olhei para aquele rosto tristonho de olhos grandes e lábios carnudos, envoltos pelo hijab e acenei com a cabeça para logo depois nos despedirmos, muito embora aquele olhar permanecesse em minha mente por muito tempo.
Alguns dias depois, eu o cabo Peterson fazíamos uma ronda a pé no entorno do vilarejo quando se ouviu um tiro; Peterson caiu alvejado pelas costas; quando me abaixei girando o corpo com a M-17 armada também fui alvejado no ombro e desabei deixando cair meu fuzil; imediatamente saquei minha pistola já esperando pelo pior; mesmo ferido com gravidade o cabo acionou o rádio pedindo ajuda rastejamos até um beco e esperamos pelo pior; nesse momento senti uma mão sobre meu braço e me preparei para atirar; vi o rosto de Lâmia que me fitava assustada; sem perda de tempo ela pediu meu fuzil e tomou posição de tiro disparando um cartucho inteiro.
Seguiu-se um alvoroço e gritaria com vultos correndo ao mesmo tempo em que um Humvee freava bem à nossa frente. “NÃO! CALMA! ELA É AMIGA!”, gritei para o soldado que saltou do veículo apontando sua metralhadora na direção de Lâmia; passada a crise inicial, um oficial médico veio em nosso socorro e fomos colocados em macas levados para uma ambulância de resgate. Lâmia veio até mim e entregou meu rifle mais uma vez sorrindo com hesitação.
Fiquei na enfermaria por um tempo e Peterson foi removido por transporte aéreo para nosso hospital em Berlim já que sua situação inspirava cuidados; durante o inquérito investigatório contei minha versão, que na verdade era a única e o caso foi encerrado. “Mayer! Você é um sortudo dos infernos! Ainda bem que se recuperou!”, comentou o major Sullivan ao me reintegrar ao serviço. Na primeira oportunidade fui até o vilarejo em busca de Lâmia; assuntando aqui e ali descobri que ela trabalhava em um bar muito mal frequentado que se situava em minúsculo vilarejo situado na borda mais periférica do campo de refugiados. Eu sabia que não era um local para entrar usando arma e uniforme, razão pela qual aguardei até a minha primeira folga para frequentá-lo com roupas civis sem perder o costume de carregar minha Glock no coldre preso às costas.
O local era pouco iluminado, sujo e com ar pesado pela fumaça dos narguilés com sujeitos de aparência suspeita tomando uísque falsificado, chá de hortelã e Absinto; assim que me sentei atrás de uma mesa vi um vulto esguio vindo em minha direção. “Não é um lugar seguro para pessoas como você!”, sussurrou Lâmia ao inclinar-se sobre a mesa fingindo limpá-la; aproximei meu rosto ao dela e respondi que precisava, mais vez, agradecer a mulher que me salvara e na sequência pedi uma dose de uísque; Lâmia ensaiou um sorriso e afastou-se da mesa retornando logo depois com a bebida e sob o guardanapo um bilhete.
“Beba seu uísque e depois me espere no beco ao lado. Vou ao teu encontro em alguns minutos”, dizia o bilhete de Lâmia; tomei a bebida e fui para o tal beco; oculto nas sombras percebi dois vultos masculinos me seguindo e já me preparei para o pior; caminhei pelo beco e sem aviso saquei minha pistola e me voltei alvejando um dos meus perseguidores; antes que eu pudesse reagir o segundo sacou sua arma apontando-a para mim; seria uma espécie de duelo do faroeste em que eu estava em desvantagem. Todavia, sem que qualquer um de nós esperasse o sujeito soltou um grito rouco deixando cair sua arma ao mesmo tempo que uma mão hábil com uma faca cortava-lhe o pescoço; quando o sujeito desabou sobre o chão vi uma outra lâmina enterrada em suas costas.
-Esse desgraçado arruinou com a minha vida! – disse ela com tom de fúria – Ele era o chefe da milícia que nos aprisionou e nos tornou suas escravas! Agora teve o fim que merecia!
-E mais uma vez você salvou a minha vida – comentei fitando o rosto de Lâmia que desta vez exibiu um sorriso afetuoso.
Ela então veio até mim e segurou minha mão pedindo que eu a acompanhasse; pensei que voltaríamos para o campo de refugiados, mas logo percebi que ela tinha outras intenções; avançamos por algumas ruas até chegarmos a um casebre de alvenaria que parecia abandona e entramos; em seu interior via-se apenas uma cama de campanha com um colchão de espuma, mesa e cadeira; depois de fechar a porta e acender a luz incandescente de tom amarelado, Lâmia começou a se despir revelando uma beleza arrebatadora; depois de retirar o hijab ela soltou seus lindos cabelos negros que emolduravam seu corpo de formas delirantes.
Seus seios de tamanho médio com os mamilos arrebitados e intumescidos me faziam salivar instintivamente, observando ainda seu ventre coberto por uma fina camada de pelos pubianos que provocavam arrepios por toda a minha pele. Após alguns minutos exibindo-se para mim Lâmia veio em minha direção enlaçando meu pescoço e colando seus lábios aos meus; seguiram-se beijos sôfregos e alucinados com nossas línguas digladiando-se no justo embate do desejo. Repentinamente, ela afastou sua boca da minha e tornou a me fitar com aqueles seus olhos cativantes.
-Por muito tempo fui usada por homens que eu não escolhi – disse ela com tom de voz macio e respiração cadenciada – Agora tenho o direito de escolher …, ou melhor, não de escolher, mas eleger alguém que mereço …, eleja-me se eu te mereço!
E então tudo se tornou um torvelinho de mais beijos e apalpações tresloucadas com ela me ajudando a tirar a roupa; quando dei por mim Lâmia estava de joelhos manipulando meu membro antes de tomá-lo na boca desfrutando dele com vorazes sugadas e lambidas; aquilo me fazia perder a noção de tudo como se naquele momento o mundo se resumisse a apenas nós dois. Aquela boca ávida desempenhava uma habilidade estonteante muito especialmente porque há muito tempo eu não desfrutava de uma companhia feminina; entretanto, confesso que Lâmia tinha algo especial como mulher e como fêmea.
Eu desejei retribuir o gesto e pedi a ela que me deixasse deitar chamando-a para vir sobre mim; passamos a nos usufruir mutuamente com minha boca saboreando sua gruta quente e úmida sorvendo o néctar que vertia após cada gozo experimentado por ela. Lâmia gemia abafado insistindo em apetecer-se da minha vara rija não poupando esforços em arrancar de mim alguns gemidos roucos e sufocados. De minha parte poderíamos passar o resto da noite naquele desvario, porém Lâmia tinha outros planos para nós. E quando dei por mim a fêmea estava me cavalgando com movimentos alucinados ao mesmo tempo em que pedia que eu segurasse suas mamas acariciando-as.
Apertei suavemente os peitos firmes de minha parceira e em dado momento ergui o corpo até minha boca alcançar seus mamilos que suguei com enorme eloquência; Lâmia gemia e gritava sem perder o ritmo do sobe e desce sobre meu membro, desejando que o momento se eternizasse em nossos corpos e também em nossas mentes e espíritos; embora ela me cavalgasse com enorme entusiasmo eu não sentia nenhum sinal de arrefecimento, apetecendo de uma experiência sensorial tão intensa que meu corpo obedecia apenas a si próprio; por sua vez, Lâmia também estava entregue ao enorme desejo que há muito estava reprimido em seu interior e cada gesto dela era mais uma prova da sua necessidade de expôr toda a excitação ao lado de alguém que a desejasse como mulher e não como objeto.
E foi nesse clima envolvente que eu atingi meu ápice ejaculando com profusão dentro de Lâmia que por sua vez gemeu várias vezes enquanto se dizia plena e realizada. Exaustos, suados e ofegantes adormecemos abraçados e eu desejei que acordasse distante dele; na manhã seguinte vi-me só dentro do casebre sem qualquer sinal de Lâmia; tive ímpetos de sair em sua busca, mas sabia que poderia ser uma busca inútil; voltei para a zona verde nos arredores de Kabul e nada comentei sobre o que havia acontecido. Nos dias que se seguiram achei que jamais veria Lâmia novamente e mesmo inconformado tive que me resignar.
Fui alvejado com certa gravidade em uma missão de rotina e meu comandante ordenou minha remoção para o hospital militar em Berlim e eu tive a certeza de que nunca mais tornaria a me encontrar com Lâmia. No curso de minha convalescença hospitalar fiquei muito próximo de uma enfermeira chamada Marlene; aquela loira exuberante metida em largos scrubs, com os cabelos presos por baixo de uma touca tinha um sorriso encantador e um olhar enigmático que me fascinaram desde o primeiro momento em que nos vimos; mesmo com Lâmia em minha memória e com resquícios em meu corpo, a presença de Marlene era muito mais que reconfortante despertando um desejo de ficarmos juntos usufruindo de uma suave brisa de prazer.
E foi o que aconteceu assim que tive alta; convidei-a para jantarmos em um restaurante em Alexanderplatz e depois caminhamos a esmo rindo e conversando até que um primeiro beijo desabrochou; fomos para o seu apartamento usando um Tram controlando o ímpeto de nos agarrarmos ali mesmo; dentro do elevador eu abri sua camisa de seda desbravando um lindo par de seios de firmeza inquietante e mamilos róseos já intumescidos que não perdi tempo em saborear alheio à possibilidade de haver câmeras no local; mal havíamos fechado a porta do apartamento e Marlene tratou logo de despir-se exibindo sua nudez leitosa marcada apenas por um minúsculo bigode vertical em seu baixo-ventre; tirei então a minha roupa e parti para cima da enfermeira tomando-a nos braços enchendo-a de beijos e apalpações.
Em seu quarto, sobre a cama mergulhei entre suas pernas e saboreei aquela gruta quente e molhada não demorando em fazê-la gozar algumas vezes com seu néctar vertendo direto por minha língua e descendo macio pela garganta; quedei-me na labuta de dar a Marlene todas as gozadas que ela merecia e mesmo depois que ela implorou para que eu a preenchesse com meu membro persisti em linguar sua buceta doce chegando a prender seu clítoris entre os lábios apertando-o com suavidade e levando Marlene à beira da loucura entre gritos, gemidos e longos suspiros. Subi sobre ela e deixei que cuidasse de guiar minha ferramenta para dentro de sua gruta o que fez com açodamento e logo demos início a uma cópula veemente que redundou em mais orgasmos sacudindo o corpo de Marlene que contorcia-se gritando a cada vez que o clímax sobrevinha. Por fim, após um bom tempo, atingi meu ápice numa ejaculação abundante irrigando as entranhas de minha parceira …, acabamos adormecendo pesadamente.
“Porque você não vai atrás dela?”, foi a pergunta que me fez acordar olhando Marlene deitada de lado com a cabeça apoiada sobre a mão direita me fitando com uma expressão enigmática. Ainda sonolento e confuso, perguntei sobre quem ela estava falando; Marlene deu um sorrisinho maroto e se levantou caminhando nua em direção da cozinha gingando aquele corpo estonteante como que dizendo para segui-la.
-Eu tenho um problema de insônia – começou ela a explicar quando repeti a minha pergunta – ele é recorrente e nessa noite por várias vezes eu ouvi você pronunciar um nome …
-Nome? Mas que nome foi esse? – interrompi sem esconder a minha curiosidade.
-Lâmia! Esse é o nome dela, não é? – retrucou ela com tom impassível – E nem precisa responder! Apenas me faça um favor …, vá atrás dessa mulher …, ela deve ser especial para te merecer!
Na manhã do dia seguinte eu estava na base militar embarcando em um avião cargueiro em direção à Kabul; fui recebido com assovios e aplausos de meus companheiros que naquela tarde celebraram a minha chegada com muita cerveja e carne. “Bom, acho que agora você merece receber isso …, capitão Mayer!”, anunciou o Major exibindo as insígnias da minha elevação; ele fez questão de colocá-las e todos vieram me cumprimentar. Nos dias que se seguiram eu busquei informações sobre Lâmia, mas tudo era desencontrado e inconsistente me deixando confuso e ansioso. “Quem o senhor procura, meu capitão, estava trabalhando infiltrada para nosso serviço de inteligência …, mas, infelizmente caiu nas mãos da milícia!”, segredou-me o sargento Abott notando a minha preocupação.
-Porra, Mayer! Você não tem jeito mesmo! – vociferou o major com tom irritado andando de um lado para o outro em seu escritório – Ah! Sei que vou me arrepender disso! Você tem quarenta e oito horas! Leve o Abott e o De Rossi! …, lembre-se: se algo acontecer …, eu não sabia de nada! Entendeu?
Saímos no meio da madrugada em um utilitário esportivo abandonado levando apenas fuzis M-17 e pistolas; ao invés de uniformes usamos roupas pretas sem identificação; chegamos ao nosso destino, um conjunto de casebres abandonados no meio do nada e vimos que o local estava guarnecido apenas com meia dúzia de milicianos e uns dois insurgentes. Instrui De Rossi a permanecer na retaguarda enquanto eu e Abott rastejávamos protegidos pela escuridão. Anulamos os insurgentes e depois cuidamos de dois milicianos; os demais haviam entrado no casebre e estavam ao redor de Lâmia.
No interior do local, nua e amarrada ela era humilhada pelos sujeitos de toda as formas que cuspiam em seu rosto antes de esbofeteá-la várias vezes; Abott controlou meu ímpeto e sinalizou o uso de granadas cegantes; ele atirou duas e foi o suficiente para desnortear os milicianos que foram neutralizados sem muito esforço; soltei Lâmia e cobri seu corpo para em seguida rumarmos para longe daquele lugar.
Próximo à base eu pedi que Abott e De Rossi saltassem do veículo e comunicassem ao Major o êxito da missão. “Cuide bem dele, dona! Esse homem vale ouro!”, comentou Abott para Lâmia antes de saltar batendo continência.
-Você é minha eleita! – respondi quando Lâmia perguntou para onde iríamos – Vou cuidar para que você jamais se esqueça disso! Arranquei seguindo para a zona amarela ao norte de Kabul onde conhecia um amigo que nos ajudaria.
Farid um comerciante dono de um velho hotel nos acolheu, serviu uma refeição e depois entregou as chaves do que ele considerava seu melhor quarto. Enchi a banheira com água morna enquanto apreciava Lâmia se despir; ela entrou na banheira e eu cuidei de lavá-la com cuidado observando as marcas da tortura que sofrera; pensei que depois do banho ela dormiria, mas ao contrário disso ela tirou minha roupa e nos deitamos abraçados saciando nossa sede de longos e profundos beijos; me esgueirei pela cama até mergulhar meu rosto entre suas pernas saboreando sua gruta quente e úmida.
Com algumas lambidas eloquentes ouvi os primeiros gemidos da fêmea anunciando desfrutar de seu primeiro orgasmo; e depois desse outros sobrevieram com a minha dedicação em dar a Lâmia tudo que ela merecia como minha eleita. Desta vez subi sobre ela e sem usar as mãos ginguei o corpo até conseguir penetrá-la com um movimento contundente; Lâmia soltou um gemido embargado segurando-me pela cintura como se almejasse que nosso encontro corporal jamais tivesse fim; desferi uma sucessão de movimentos enérgicos proporcionei a ela uma verdadeira avalanche orgásmica que sacudiu seu corpo deixando-a arrebatada pelo meu desejo.
Algum tempo depois estávamos a desfrutar de um sexo oral mútuo invertendo nossos corpos com ela por cima de mim; mais uma vez assolei seu corpo com ondas de prazer renovado que eram reveladas por gritos, gemidos e sibilos incontroláveis; de outra feita, Lâmia veio por cima de mim como a amazona ansiosa por cavalgar seu garanhão permitindo que eu saboreasse seus mamilos intumescidos que clamavam pela boca do seu macho carinhoso; e por toda a noite até o raiar do dia nos copulamos como se não houvesse um amanhã, até que toda a minha vitalidade esvaiu-se em um gozo profuso e irrigou as entranhas de Lâmia cuja expressão de felicidade iluminava o seu rosto. Nos recusamos a sair daquele quarto por uns quatro dias sempre regados com muito sexo e paixão.
Antes de retornarmos para a realidade, Lâmia fez questão de me entregar seu bem mais precioso e que era um tabu em sua sociedade; pondo-se de quatro sobre a cama com a cabeça enterrada no travesseiro usou suas mãos para separar suas lindas nádegas roliças exibindo o rego delicado e em seu centro o orifício da perdição. “Faça de mim a única mulher de sua vida! Tome o que te pertence!”, sussurrou ela com tom embargado; tomado por uma obstinação sensorial me posicionei e depois de lamber toda a região cutuquei o orifício de modo enfático até resultar em uma penetração que fez Lâmia gemer rouco, porém sem recuar diante de minha invasão. Foi uma cópula anal que eu jamais experimentara com qualquer outra mulher em minha vida! Lâmia gingava seu corpo sincronizando seus movimentos aos meus permitindo que desfrutássemos de um prazer indescritível que culminou com um gozo mútuo tão intenso que acabou por aniquilar toda a nossa energia vital.
O retorno à dolorosa realidade nos atingiu em cheio; a pedido da inteligência paquistanesa, Lâmia foi convidada a integrar uma célula espiã que atuava também em nosso favor já que ela conhecia muito bem o modus operandi das milícias afegãs (as mesmas que dariam origem ao Talibã!), porém ao mesmo tempo nos distanciava com encontros rápidos e furtivos. “Não se preocupe! Sou tua eleita e sempre te terei dentro de mim!”, jurou ela em nosso derradeiro encontro antes da separação; nos beijamos demoradamente e depois eu disse a ela ser também seu eleito. Com férrea paciência aguardamos até o fim de nossas missões para que pudéssemos, por fim, permanecer juntos.