Um mês se passou desde que me reencontrei com Leandro e nada dele ligar. Restou pra mim a lembrança daquele momento excitante na sala, o que me rendeu várias punhetas muito boas.
Um dia, no final do expediente, eu iria ficar conferindo umas notas até mais tarde. O pessoal foi embora e eu fiquei lá sozinho. Já era quase 20h e meu celular tocou – era Leandro.
- Alô.
- Fala Talão! Beleza mano?
- Leo?
- Eu mesmo, pô! Não te disse que ia te ligar?
- Verdade. Demorou um pouco, né?
- Hehehe. E aí, bora se ver hoje?
- Cara, hoje estou meio apertado. Estou no trabalho ...
- Estou perto da sua loja. Se tiver sozinho posso passar aí.
- Melhor não. Tem câmera de segurança aqui. Me encontra na porta do meu prédio daqui a meia hora.
Terminei o que estava fazendo e fui direto pra casa. Quando cheguei, ele já me esperava. Assim que entramos no elevador, Leo me deu um beijo na boca e depois no pescoço. Ficamos ambos excitados. Entramos no apartamento, e continuamos naquele sarro gostoso, nos esfregando um no outro, ele pegando na minha bunda e eu pegando na dele.
- Cara, deixa eu tomar um banho primeiro, estou muito suado. – Eu interrompi por um instante.
- Precisa não. Gosto de cheiro de macho suado.
Isso me deixou ainda mais excitado e voltamos a nos beijar muito. Aos poucos, Leo foi tirando minha roupa por completo e caiu de boca na minha pica. Ele me chupou por uns cinco minutos sem parar até eu pedir pra parar, pois não queria gozar ainda. Leandro se despiu e se sentou no sofá, apontando a rola pra cima, me convidando pra cair de boca. Assim eu fiz. Dessa vez consegui colocar o pau dele todo na boca. Engasguei um pouco, mas dei conta.
- Quero foder seu cuzinho, você deixa? – Disse ele depois de alguns minutos.
Leo me pediu com uma voz tão sexy, que minha resposta foi automática.
- Só se for agora.
Eu me levantei e fui ao banheiro pegar camisinhas e o lubrificante. Leo deitou no tapete com as mãos cruzadas debaixo da cabeça, e eu entendi o recado. Encapei aquela vara enorme e passei bastante lubrificante nela e no meu cu. Enquanto fazia isso, pensava “Esse cara vai me arrombar todo!” Já imaginava acordar na manhã seguinte com o cu dolorido, e andando como se estivesse cagado na roupa (risos). Mas não tinha mais volta.
Me sentei e fui forçando o corpo pra baixo enquanto Leo fazia força para cima, mas comecei a sentir muita dor, e ainda não tinha entrado nem a cabeça do pau. Ele então sugeriu ficarmos de lado. Enquanto eu segurava a rola dele, direcionando para a entrada, Leo beijava meu pescoço e passava a mão no meu peito, barriga e no meu pau, e isso fez toda diferença. Logo, ele estava todo dentro de mim e ficou ali parado para meu cu se acostumar com a tora dele. Logo a dor cessou.
Leandro começou a fazer movimentos lentos de vai e vem sempre me beijando na nuca e passando a mão no meu corpo. Eu sentia cada centímetro da rola dele entrando e saindo do meu cu; eu empinei minha bunda para trás, e Leo me fodeu deliciosamente, segurando na minha cintura. Depois ele me perguntou se eu queria mudar de posição e eu sugeri que ele me fodesse em posição de frango assado. Coloquei uma almofada por baixo e Leo encaixou o pau. Eu me preparei psicologicamente para ele me macetar, mas o cara meteu com carinho, rebolando a cintura, vez ou outra tentava me beijar e fazia contato visual. Eu nunca tinha sentido tanto prazer como passivo até então. Meu pau ficou muito duro o tempo todo, o que nem sempre acontece. Era incrível como parecia que a gente se encaixava tão bem no sexo.
Em seguida, ficamos ajoelhados no tapete, Leo me fodendo por trás, enquanto me masturbava com uma mão e acariciava meu peito com a outra. Eu virava a cabeça para trás e nos beijávamos com paixão. Não aguentei e gozei na mão dele; gozei tão intensamente que meu corpo ficou todo mole. Leo gozou em seguida, enquanto me apertava em um abraço forte. Deitamos no tapete, completamente suados, e ficamos ali por uns minutos recuperando o fôlego.
- Caralho mano! Que foi isso? – Leo quebrou o silêncio.
- Foi demais mesmo!
- Se eu soubesse que seria assim, eu teria aproveitado mais naquela época.
- Pois é... podíamos ter fodido muito!
- Mas que bom que nos reencontramos.
- Foi ótimo!
Conversamos um pouco ali deitados, depois tomamos um banho juntos. Pedi uma pizza enquanto assistíamos TV. Leo foi embora depois. A partir daí, começamos a ficar com frequência.
Leo e eu nos dávamos muito bem no sexo. E como! Tínhamos muito tesão um pelo outro e transávamos muito. Eu sou um cara versátil, com mais tendência pro lado ativo (como falei na primeira parte do conto), mas com Leo eu fui mais passivo, sem que isso fosse problema. Muito pelo contrário, eu sentia muito prazer sendo enrabado por ele, pois o cara sabia me dar prazer como ninguém e me fazia gozar litros com o pau dele dentro de mim. Depois de quatro meses ficando com ele, conversamos sobre outros ficantes e Leo disse que não estava ficando com ninguém além de mim. Falamos também sobre o uso de preservativos. Ele garantiu que sempre usou camisinha. Sugeri que fizéssemos exame e ele topou, mas demorou a fazer. Quando finalmente fez, passamos a transar sem capa. Eu fiquei maluco quando senti o pau de Leandro sem capa pela primeira vez. Foi muito gostoso sentir o pauzão dele deslizando para dentro e para fora, sentir a textura da pele dele, e o melhor parte: a gozada dele dentro de mim e a porra escorrendo pelas pernas. Foder ele sem camisinha também foi demais! Ele tem o cu apertadinho, e meu pau encaixava tão bem que eu tentava não gozar rápido.
Bom, a gente estava basicamente namorando, ou melhor, eu achei que estávamos. Hoje consigo ver o quanto eu estava cego pela paixão, pelo tesão e até por uma certa adrenalina de ficar com um cara da bandidagem. Por várias vezes, Leo chegava chapado no meu apartamento com uma felicidade extrema, rindo à toa, me beijando e dançando; outras vezes chegava com péssimo humor ou muito irritado, sendo grosso comigo. Ele me deu alguns presentes caros como relógios de marca, pulseira e cordão de ouro, mas eu tinha dúvidas da procedência, pois ele trabalhava como motoboy e não poderia bancar coisas assim. Já ouvi conversas dele ao telefone, provavelmente com traficantes ou caras da pesada.
Depois de alguns meses, Leo começou a me pedir dinheiro emprestado, não pouco. Eu emprestei na primeira vez que me pediu e ele me pagou na semana seguinte. Da segunda vez, ele pediu e me pagou apenas a metade, e então me pediu mais dinheiro pela terceira vez ainda no mesmo mês, mas eu não emprestei. Leo ficou chateado comigo; tivemos uma discussão feia e ele foi embora pra casa dele. Dois dias depois voltou me pedindo desculpas e nos entendemos – mais ou menos.
Mas as coisas foram só piorando a cada dia. Ele voltou a me pedir dinheiro, mas quando eu dizia que ele ainda não tinha me pagado, ele ficava irritado e saía com raiva. Além disso, também discutíamos por ele chegar chapado, pois eu falei para ele que não curtia essas coisas, mas ele dizia que ele não usava muito, só de vez em quando para esquecer dos problemas, como por exemplo ele precisar de dinheiro e eu não o emprestar. Isso me deixou muito mal, pois ele estava jogando a culpa em mim pelos problemas dele com bandidos. De fato, o problema maior dele não era usar drogas, mas o envolvimento dele com bandidos e traficantes, o qual eu não sabia exatamente como era. E nem tive coragem de perguntar, afinal saber de certas coisas às vezes é perigoso.
Eu estava apaixonado e, por mais que meus amigos me alertassem, eu não conseguia terminar. Depois das nossas brigas, Leo conseguia me vencer com seu charme, fala mansa e bem articulada e com o sexo maravilhoso que fazíamos. Eu estava caidinho por aquele safado!
Como se tudo isso não bastasse, descobri que Leandro tinha duas ficantes no bairro onde morava. Quando o confrontei sobre isso, ele disse que precisava manter a aparência na comunidade. Isso me deixou muito puto e brigamos muito, quase saindo na porrada. Ele foi embora, e no dia seguinte me mandou mensagens pedindo desculpas, mas eu não o respondi. Ele insistiu nos dias seguintes e apareceu em meu apartamento pedindo para conversarmos. Leandro me pediu perdão, chorando, dizendo que nem mesmo transou com as garotas, e que não sairia mais com elas. Eu não consegui acreditar nisso, mas o filho da puta me convenceu e acabamos transando de novo. Porém, mesmo continuando a nos ver e transar, eu não conseguia mais confiar nele. Era muito difícil pra mim, pois eu já estava bastante machucado.
Uma noite Leandro dormiu comigo em casa depois de uma noite agradável regada a muitas risadas, bebida e muito sexo. Naquela noite, ambos fomos versáteis; transamos pela casa toda, tentamos posições diferentes. Como bebeu muito, Leo apagou depois do sexo, todo largado na cama. Acordei no meio da noite com sede, e quando retornei para o quarto fiquei admirando, mesmo na penumbra, aquele loiro gostoso deitado de barriga pra cima com as pernas abertas, o saco grande e o pau mole caído pro lado. Me dei conta de como eu estava apaixonado por ele e ao mesmo tempo me sentindo ferrado por isso. Voltei a dormir e só acordei no dia seguinte, um domingo, depois das 11:00 h da manhã. Quando abri os olhos, Leandro não estava na cama. Chamei por ele, mas ninguém respondeu. Procurei pelo apartamento e, de fato, ele não estava lá. O dia seguiu e não tive notícias dele. Mandei mensagens, mas só tive a indicação de que ele não as recebeu. No dia seguinte, ele ainda não tinha recebido as mensagens; resolvi ligar, mas o celular estava fora de área ou desligado. Passou mais um dia, e mais outro, e outro.
Uma semana depois resolvi ir atrás dele no bairro onde morava. Como eu não sabia qual era a casa dele, parei onde nos reencontramos e perguntei a algumas pessoas que passavam por ali. Eu estava com medo, mas minha ansiedade por não ter notícias dele era maior. Ninguém sabia me dizer onde ele estava. Então avistei um rapaz mal encarado que me olhava à distância e tomei coragem para pergunta-lo.
- Mano, você conhece o Leandro Freitas?
- E quem é tu?
- Um amigo dele.
- Não sei nada dele não, mano.
- Tá bem. Valeu.
Eu me virei para ir embora, bem chateado, quando o cara me chamou de novo.
- Mano, me responde aqui, na moral. Você que é o namorado dele, né?
Eu fiquei bem desconcertado na hora e não respondi nada.
- Preocupa não, mano. Não tenho nada a ver com a sua vida, mas sei do seu lance com ele. Mas ele não te disse nada?
- N-não. Disse o quê?
- Tu é um cara bacana, gente fina. Por isso vou te contar. Leandro vazou da cidade. Foi se meter com quem não devia e teve que se mandar pra não vestir paletó de madeira. Ele não pisa o pé aqui tão cedo.
- Pô, valeu aí por me contar isso.
- É nóis, parça! Segue tua vida longe disso mano.
- Valeu.
Eu nem conseguia falar ou perguntar mais nada. Estava com um nó na garganta, com vontade de chorar. Saí depressa dali, peguei a moto e voltei pra casa. Chorei como uma criança até soluçar.
Os dias que se seguiram foram muito difíceis e levei meses para me recuperar. A imagem dele dormindo nu na minha cama sempre vinha à minha mente, pois foi a última vez que o vi.
Mas com o tempo, eu superei, e a prova disso é que escrevi esse relato sem que isso me deixasse mal. Como lição, eu aprendi que as pessoas mudam e não podemos insistir em um relacionamento baseado em memórias do passado.
Vida que segue!!