Todos nós temos histórias que nos marcam profundamente. Acontecimentos que, mesmo depois de muitos anos, nos incomodam e nos fazem pensar sobre o ocorrido. O que eu vou contar agora é uma dessas histórias. Mesmo já tendo passado mais de 6 anos desde que isso aconteceu, ainda hoje não entendo muito bem tudo. Sei que foi um momento importante para mim, mas ainda não consegui entende-lo completamente. Escrevendo talvez eu consiga ter algumas coisas mais claras.
Tudo ocorreu logo após meu divórcio, quando estava arrumando minhas coisas para me mudar da pequena cidadezinha do interior do Rio Grande do Sul em que vivia. Meu filho havia viajado com alguns amigos e eu arrumava tudo para a mudança para Florianópolis, tentando esquecer as baixarias que meu ex-marido havia aprontado. Desde que ficou evidente para ele que não havia mais como reatar nossa relação, que, simplesmente, ela tinha acabado, ele passou a falar insistentemente para nossos amigos mais próximos que eu tinha optado por ser uma vadia, uma prostituta. É bem verdade que ele era tão conservador, que deveria achar realmente que era isso o que eu queria, mas o meu verdadeiro motivo era o de encerrar definitivamente uma relação extremamente tóxica que nunca tinha sido realmente prazerosa para mim. Queria voltar a ser alegre e brincalhona como sempre fui e ter a vida tão plena quanto possível. Sempre gostei de viver intensamente, mas, com ele, só conseguia me sentir frustrada e insatisfeita. De qualquer forma, o resultado do que ele espalhou entre nossos amigos foi de que muitas pessoas daquela cidadezinha provinciana passaram a me evitar, o que me deixou tremendamente magoada. Essa era uma das razões mais fortes que me motivaram a mudar de cidade.
Numa tarde quente do início do verão, logo após almoçar, eu estava selecionando algumas fotos que queria guardar de recordação quando veio me visitar um dos amigos mais próximos do meu ex. Ele era um daqueles amigos para os quais ele gostava de se gabar do sucesso profissional que tinha obtido e, como se eu fosse uma espécie de troféu, da mulher gostosa que conquistara. Todos eram bem desagradáveis, mas este era o pior por ser daquele tipo que nunca tirava os olhos das mulheres que passavam. Sempre que me via, eu ficava com a sensação de que ele, secretamente, ficava num tesão louco. Pessoalmente, embora não o achasse fisicamente desinteressante, eu não gostava do seu jeito meio tarado. Como não esperava nenhuma visita, estava vestindo apenas uma bermuda de lycra e uma camiseta surrada, roupa bem apropriada para mexer com velharias, mas não muito próprias para receber alguém que não conhecia muito bem.
Inicialmente eu achei aquela visita estranha, mas pensei que ele vinha combinar algo em nome do meu ex. No começo tratamos de algumas trivialidades meio sem sentido mas logo ele começou a falar o que estava circulando na cidade a meu respeito em função do que meu ex espalhara. Fiquei tão indignada com o que ele disse que mal conseguia controlar me ódio. Além do mais, somava-se às mentiras que meu ex estava espalhando, a lembrança dos anos frustrantes que vivi com ele, o que me deixava ainda mais revoltada. Como fazia calor, ele disse que seria bom tomar algo para eu me acalmar, mas, assim que me virei e fui ver o que poderia oferecer, ele deixou claro o que estava interessado. Rapidamente me abraçou pelas costas, prendendo-me em seus braços e, forçando meu corpo contra o dele, começou a beijar, cheio de tesão, meus ombros e minha nuca. Hoje penso que, desde o início, parecia óbvio o que ele queria, mas na hora eu realmente não esperava aquilo. Fiquei tão assustada que comecei a dizer para ele me soltar e tentei me livrar do seu abraço, porém a força com que ele me mantinha colada a seu corpo era muito maior. Inicialmente até pensei que era uma brincadeira mas logo ficou claro que não era. Enquanto me prendia em seus braços e me beijava ele me chamava de putinha e dizia repetidamente que ele estava ali para me experimentar. Parecia que ele tinha liberado todo o tesão que, por anos, sentia todas as vezes que me via mais a vontade em casa.
- Quero muito experimentar esta nova putinha!
Ele dizia, ofegante, enquanto, com as mãos na minha cintura, me mantinha junto a ele, e esfregava seu pau, já duro, na minha bunda.
Logo ele enfiou uma mão por dentro da camiseta e, depois de rasgar meu sutiã, começou a pegar e apertar meus seios. Sua respiração descontrolada ecoava nos meus ouvidos. Eu pedia para ele me soltar, tentava me libertar, mas não conseguia me desvencilhar de seus braços. Ele, ao contrário, parecia ficara cada vez mais excitado, mais ele me chamava de vadia e dizia que agora eu era dele, deixando claro que faria tudo para me possuir. Naquele momento o que mais temia era que ele fosse violento, o que não era impossível devido a sua força e ao seu completo descontrole. Eu estava tão apavorada que, mesmo que tudo tenha ocorrido muito rapidamente, parecia que acontecia em câmera-lenta. Hoje me parece que já enquanto resistia, ao mesmo tempo, muitas coisas estranhas ocorriam no meu íntimo. É claro que sentia um imenso ódio de meu ex-marido, é claro que sentia um medo enorme, mas durante muito tempo me incomodou, desses segundos, o fato de que, junto a tudo isso, um desejo igualmente gigante parecia se libertar dentro de mim. Desejo de ferir meu ex, de me vingar do que ele dizia a meu respeito, mas, acho que principalmente, um desejo de sentir algo que há 16 anos esperava que acontecesse. Não sei como, mas juntei todas as minha forças, me virei e, abraçando a seu corpo, fiz ele parar. Por um instante ele, pego de surpresa, parou, mas eu sabia que não iria ficar calmo muito tempo. Sabia que de nada adiantaria fugir dele. Na minha cabeça, naquele curto instante tudo isso se misturou de tal modo que, praticamente sem pensar, falei:
- Calma! Tudo bem! Só não precisa ser violento comigo!
Bastaram aqueles curtos instantes para que, junto com o medo que sentia, brotasse algo muito maior e incontrolável. Apesar dos anos de insatisfação, ainda ser chamada de vagabunda. Em minha cabeça giravam esses pensamentos e parecia que só tinha um caminho a seguir. Naquela hora tudo foi acontecendo sem muita clareza para mim, mas hoje tenho claro que, junto a isso, um desejo igualmente intenso foi tomando conta de meu corpo. Não sei como, mas sorri para ele e logo depois soltei seus braços deixando que reiniciasse seus carinhos, mesmo que ainda sentisse muito medo do que iria ocorrer a seguir, me entreguei a ele. Depois disso, já sem medo, sem nojo, me entreguei. Fechei os olhos e o beijei.
Já sem ter resistência, ele foi me encaminhando para o quarto enquanto nos beijávamos. Diante da cama, ele tirou a minha camiseta deixando meus seios à mostra, depois tirou minha bermuda e a calcinha que usava com um movimento brusco e empurrou-me para a cama. Por um instante ele observou quieto meu corpo nu jogado sobre os lençóis, seus olhos subiram desde meus pés, minhas pernas, meu sexo, seios, até se fixar direto nos meus olhos. Acho que esse foi um momento verdadeiramente mágico para ele, pois seus olhos brilharam de um modo que eu nunca tinha visto antes, uma mistura única de admiração e desejo, acho que nunca antes tinha visto aquele brilho nos olhos de algum homem. Aquilo durou pouco, logo ele abriu um sorriso de macho dominante, de quem tinha subjugado sua fêmea, e começou a se despir sem tirar os olhos de mim. Com o dorso nu, rapidamente ele tirou também as calças e seu sexo foi se agigantando, crescendo tomando conta de todo o ambiente, de todo meu corpo. Já sem o menor controle sobre mim, eu disse:
- Vem! Vem com a tua putinha!
Sem esperar veio.
Sentia seu peso inteiro sobre mim, mal conseguia respirar. A mão dele nas minhas coxas, alisando, apertando, e logo subindo para meio das minhas pernas, ele foi beijando meu pescoço, me deixando arrepiada, enquanto eu sentia os dedos dele tocando na minha bucetinha que já estava toda molhada. Eu estava tremendo, completamente excitada com aquilo. Sem demora, ele escorregou um dedo pra dentro de mim, eu enlouqueci, ele me dedando, sugando meus seios. Cheio de tesão ele me chamava de puta, de sua vadia. Disse que eu era uma putinha muito gostosa. Eu já sentia aquele pau dele, completamente duro, vibrando junto às minhas pernas. Ele não esperou muito e, o segurando com a mão, começou a passa-lo na entradinha da minha buceta, sem enfiar, só encostando a cabecinha, cutucando mas sem enfiar. Logo, com uma mão em meu quadril e a outra no pau, foi empurrando, centímetro por centímetro, até eu senti-lo todo dentro de mim, soltei um gemido, ele deixou um tempo, e depois começou a fazer leves movimentos, sem pressa...gemendo, dizendo que eu era muito apertada! Ele enfiava e tirava, eu melada, sentia ele inteiro deslizando.
Depois de algum tempo, ele deu um forte abraço me puxando contra seu corpo, praticamente me prendendo entre os braços. As mãos segurando meus quadris sem parar de enfiar, cada vez mais rápido e mais forte. Os dedos dele vieram pro meu rosto, junto a meus lábios, instintivamente abri a boca e o dedo escorreu pra dentro, eu chupando o dedo dele, enquanto ele bombava, já entrava e saía com facilidade, eu gemia e ele me xingava, me mandando chupar o dedo dele, me chamando de putinha, já percebia ele falando como se estivesse com raiva, enfiando forte e falando cada vez mais palavrões do tipo "toma cadela, toma nessa buceta sua puta". Finalmente ele soltou um gemido e, no mesmo instante que um gozo descontrolado tomou conta de todo meu corpo, senti um espasmo agitar o seu, o pau dele inchando dentro de mim logo começou a me inundar com sua porra quente.
Ficamos um longo tempo deitados, um ao lado do outro, sem falar nada. Meu corpo parecia ter ascendido a um ponto onde tudo havia sido tomado por uma névoa doce e prazerosa. Meus músculos, até a pouco tensos e convulsivos, experimentavam uma leveza que nunca antes sentira. Na verdade, tudo aquilo me parecia tão novo e tão intenso que queria saborear cada momento. Somente alguns pensamentos desconexos pareciam brotar não sei de onde para logo desaparecerem no ar como bolhas de sabão. Não sei quanto tempo isso durou, mas, enquanto sentia essa explosão de sensações tão diferentes, mas tudo parecia ter parado completamente.
Quando finalmente consegui resgatar um pouco de pensamento significante, o que me veio a cabeça foi a frase que, sem pensar, disse para ele: “agora eu sou a sua puta”. Essa frase ficou se repetindo na minha cabeça sem que eu entendesse o que significava realmente. Muitos anos eu levei para entender o que realmente estava querendo dizer. Naquele momento, só essa frase ecoava na minha cabeça. Num movimento que me pareceu perfeitamente natural, virei-me para o lado onde ele, ainda um pouco ofegante, estava deitado e, colocando minha cabeça no seu ombro, juntei-me a ele. Enlacei suas pernas com as minhas e, brincando nos pelos do seu peito falei o que se repetia dentro de mim:
- Agora eu sou a sua puta!
Ele até riu do que falei, com a confiança de quem pensava que já sabia disso, mas antes que ele pudesse dizer qualquer coisa comecei a beijar seu peito, a enrolar minha língua nos seus pelos, descer lentamente percorrendo, seu peito, sua barriga, até chegar no pau, que parecia descansar flácido junta a suas pernas. Parecia que, nesse itinerário, minha boca se guiava apenas pelo cheiro forte de seu gozo. Senti um sorriso de satisfação tomar conta de seu rosto quando finalmente o peguei com a minha mão e comecei, devagar, a movimentá-la para cima e para baixo. Coloquei aquela cabeça rosada ainda lambuzada de seu gozo junto aos meus lábios e a beijei e lambi diversas vezes até que ele, deixando claro o que queria, começou a forçar minha cabeça com as mãos. Só então engoli-o inteiro. Com movimentos lentos e cadenciados, fiz ele começar a ficar duro novamente. Ele começou a forçar mais minha cabeça pra baixo no pau dele, e a falar obscenidades tipo "isso caralho" "chupa safada" "chupa meu pau, putinha ", eu acelerei o quanto conseguia até que ele começou a gemer.
Quando seu pau já estava bem duro e parecia que iria gozar em breve, eu sai e depois, subir em cima dele, coloquei minhas pernas junto a seu corpo, e fui encaixando meu quadril com o dele, com a mão segurando seu pau, fui encaixando ele de novo na entrada de minha bucetinha, e comecei a descer lentamente, engolindo-o todo, enquanto ele me olhava, mal abrindo os olhos, mas com cara de tarado. Ele gemeu quando entrou tudo e me fez começar a rebolar sobre seu corpo. Pouco depois, porém, puxou minha cabeça pela nuca, e me beijou, enquanto eu rebolava no seu colo com o pau todo dentro de mim, um beijo quente, de língua, molhado, durou mais de minuto aquilo. A mão dele na minha nuca mudou pro meu cabelo, me erguendo um pouco, fazendo eu suspender meu tórax, e meus seios ficarem na altura da sua boca. Ele abocanhou um seio meu, colocando quase inteiro na boca, eu sentia ele sugando, e o pau dele me invadindo, eu ficando louca com aquilo, uma mão dele na minha bunda segurando, a outra veio pro meu seio, senti ele apertar, no começo devagar, depois com mais intensidade, quase esmagando meu peito. Eu cavalgava nele enquanto sua língua invadia minha boca, subia e descia com vontade até que senti seu pau explodir num gozo intenso dentro de mim. Ao mesmo tempo os arrepios do prazer começaram a percorrer todo meu corpo. Gozamos assim até sentirmos nossos corpos completamente esgotados. Depois nos largamos, completamente exaustos, jogados na cama.
Não sei quanto tempo passou, mas eu demorei uma eternidade até conseguir juntar forças e me levantar. Parecia que minhas pernas estavam soltas. Para minha surpresa, já estava escurecendo quando fui ao banheiro, liguei o chuveiro e comecei a tomar banho. Deixei as gotas do chuveiro escorrerem pelo meu corpo ao mesmo tempo em que sentia seu gozo farto escorrendo pelas minhas pernas. Até aí, fiz tudo praticamente sem pensar. Só depois de muito tempo ali é que alguma coisa concreta surgiu na minha mente. Automaticamente eu comecei a chorar. Baixinho eu dizia: “eu não sou uma puta!”, “eu não sou dele!. Não conseguia parar de chorar, não conseguia me controlar. Sentada no piso frio do box eu não sabia o que fazer a não ser chorar. Só me acalmei um pouco quando ouvi o barulho da porta da rua batendo. Ele tinha ido embora. Antes de sair, imagino que rindo satisfeito, ele disse para mim na porta do banheiro:
-Tchau minha putinha! Qualquer dia eu volto para continuarmos!
Poucos dias depois eu parti daquela cidadezinha onde morava e nunca mais voltei. Nunca mais o vi.
Durante muitos anos, os acontecimentos daquela tarde me incomodavam. Para mim, eu entendia como tendo sido forçada a transar com ele. O medo de que usasse de sua força para me subjugar era bem presente. Mas, por mais que eu tentasse entender assim, não conseguia esquecer que, a partir de determinado momento, eu não só concordei em transar com ele, com também participei ativamente de tudo. Principalmente eu não conseguia esquecer o quanto tinha gozado com ele dentro de mim. Por mais que eu queira, já não guardo nenhuma mágoa dele, afinal, foi com ele, pela primeira vez, que eu me senti realmente mulher.