-
+
=
O tempo foi passando, já era final de ano, final de ano é uma época em que fico muito emotivo, e não seria diferente naquele ano, longe da minha família, amigos, em uma cidade grande.
Denise - Ta ta, chega de chororô, já falei que vamos passar em Copa e será algo diferente para você, aproveite essas coisas novas na sua vida.
Guilherme - Na verdade cara, você tem que se acostumar com as reviravoltas da vida, essa foi a primeira para você, e não será a última. - Disse ele me encarando.
Eu - É tá certo... - Disse olhando as peças de roupa em uma loja do shopping da Barra.
Denise - Odeio esse shopping, tudo caro.
Guilherme - É esse zé ruela que quis vir aqui.
Eu - Eu só preciso comprar uma bermuda bege pra combinar com a minha camisa social branca, só isso. - Disse rindo com a impaciencia deles.
Achei a bendida bermuda e seguimos para a praça de alimentação, marquei de encontrar Bruno lá que estava bonitinho sentado na mesa com aquela bermuda de tactél e uma camisa regata preta.
Eu - Olaaa.
Bruno - Eita, vocês demoraram - Disse ele se levantando e me dando um beijo.
Eu - Esses dois aí que não se decidem. - Disse olhando para eles enquanto abaraçava Bruno.
Guilherme - Posso dar um murro nele? - Disse o moreno olhando para Denise.
Denise - Não sei porque ainda não deu.
Fizemos nossos pedidos e comemos por alí mesmo.
Denise - E como vai o serviço, Bruno?
Bruno - Puxado, consegui essa folga hoje mas amanhã já volto para a labuta.
Guilherme - Em pleno domingo?
Bruno - Praticamente lá não há rotina, sempre uma correria.
Terminamos de comer e fomos eu e Bruno para casa enquanto os meninos foram para um bar que tinha no centro. Bruno estava cansado para ir e eu queria ficar um pouco com ele.
Ao chegar em casa, Bruno foi ao banheiro tomar um banho enquanto eu tirava minha roupa, peguei um vinho na geladeira e duas taças no armário. Me servi e fui ligar a tv.
Estava apenas de cueca com a taça na mão enquanto encarava uma noticia na tv, quando o celular de Bruno ascendeu, como se tivesse chegado uma notificação, olhei rapidamente sobre a cama e era uma mensagem no nome de ''Eduardo''.
Eu me segurei, mas eu me segurei muito para não pegar o celular, respirei fundo e fui para cozinha, enchi a taça de vinho e bebi até a metade. Fui até o banheiro e abri a porta.
Eu - Posso entrar?
Bruno - Opa, vem cá.
Tirei minha cueca e entrei no chuveiro.
Bruno - Você é lindo sabia? - Disse ele me encarando enquanto a água batia em nós dois.
Eu - Você que é um gostoso lindo - Disse dando um selinho nele.
Bruno me abraçou e senti logo seu pau criando vida.
Eu - Mal entrei no chuveiro hahaha
Bruno passou sabão pelo meu corpo, brincou com meu cuzinho enquanto ensaboava e eu fazia o mesmo com seu pau duro na minha mão, ele tirou o sabão do corpo e foi se secar no quarto.
Terminei meu banho uns 20 min depois e fui até o quarto. Quando entrei o Bruno estava se vestindo. Achei estranho.
Eu - Oxe, ta indo para onde?
Bruno - Surgiu um imprevisto no trabalho, preciso voltar pra lá ainda hoje. Preciso voltar em casa e fazer minha mala.
Eu - Nossa que bosta, pensei que iriamos passar o dia todo juntos...
Bruno - Eu sei lindão, mas infelizmente eu vou precisar ir mesmo, te recompenso essa semana, prometo - Disse ele vindo até mim e me dando um selinho enquanto apertava minha bunda.
Eu - Fazer o que né..
Fui até o guarda roupas, peguei uma cueca e uma bermuda, me vesti e fiquei olhando ele terminando de se vestir. Aquela história estava muito estranha mas também não iria ficar alí pensando em teorias sem conclusões.
Bruno - Quando eu estiver saindo de casa eu te aviso, beleza? - Disse ele me dando um selinho.
Eu - Beleza... Vai com cuidado.
Bruno - Ta bom. - Disse isso e saiu pela porta.
Fiquei olhando para a porta por alguns longos segundos até que decidi mandar uma mensagem para Denise.
Eu - Vocês estão no bar?
Denise - Sim, vem pra cá!
Eu - Beleza, me da 20 min.
Botei uma camiseta branca básica e me perfumei, estava indo em direção ao ponto de ônibus quando recebi a mensagem de Bruno.
Bruno - Já estou indo para São Paulo.
Eu - Beleza, vai com cuidado.
Bruno - Obrigado, princeso.
Coloquei o celular no bolso e fiquei esperando meu ônibus que demorou uma eternidade para chegar mas assim que cheguei já avistei eles na mesa.
Fui caminhando em direção a mesa onde estava Denise, Manu e Guilherme.
Guilherme - Ué, cade o Bruno? - Disse ele sério.
Eu - Teve que ir para SP de última hora.
Ficou um silêncio na mesa, me sentei e peguei o cardapio enquanto eles me olhavam.
Eu - O que foi?
Denise - Nada... Bom, como ia dizendo, a gente precisa ir pra Algodoal, faz tempo que não vamos e estamos no verão.
Eu - Onde fica isso?
Denise - É uma ilha no interior do Pará. Temos uma amiga que tem casa lá e sempre ta vazia.
Eu - Meu Deus do outro lado do país.
Guilherme - Mano, vale a pena, sério.
Denise - Vai chamar sua namorada?
Guilherme - Ela não é minha namorada, ta maluca? - Disse ele dando um gole grande na cerveja.
Eu - Porque você tem dificuldade de assumir que está com alguém?
Denise - Porque ele é um cachorro.
Guilherme - Auuuuuu - Disse ele rindo.
Bebemos, na verdade bebi mais do que normalmente eu bebo, Denise bebeu como sempre e já estava mais pra lá do que pra cá, o único que estava bem por incrivel que pareça, já que bebeu o dobro que eu e Denise juntos era Guilherme.
Guilherme - Ô trabalharei sair com adolescente que não sabe beber... - Disse ele pagando a conta.
Eu - Não precisa pagar, vamos dividir.
Guilherme - Dividir como se essa doida aí não ta em condições nem de passar um cartão.
Denise estava literalmente quase dormindo, a garota exagerou mesmo.
Manu - Gui, deixa a gente lá na casa? Vai ser dificil pegar um táxi essa hora.
Guilherme - Claro pô, acha mesmo que vou deixar vocês na rua? Vou deixar vocês duas lá, já que está mais perto daqui e depois levo o André pra casa.
Eu - Cavalheiro como sempre.
Denise - Pede a última aí que hoje é dia de festa - Disse ela se enrolando para falar.
Manu - Ela precisa parar de beber assim ou sei lá.. Qualquer hora não vamos estar perto pra ajudar.
Levamos Denise até o carro, entramos e foi eu colocar o sinto que ela começou a vomitar na porta do carro que ainda estava aberta, fazendo graças a Deus ela vomitar apenas na rua.
Guilherme fechou os olhos e respirou fundo, eu segurei em seu braço e apertei um pouco como se estivesse pedindo para ele se acalmar. Na mesma hora ele abriu os olhos, olhou para mim e voltou a fechar os olhos.
Seguimos para a casa de Denise e pra falar a verdade eu já estava até mais sóbrio após beber um pouco de água, mas Denise nem água conseguia beber, a garota estava mal mesmo.
Chegamos na casa e ajudamos Manu levar Denise até seu quarto.
Manu - Bom, vou dar um banho nela, obrigada meninos.
Eu - Imagina, me avisa se precisar de ajuda.
Guilherme - Qualquer coisa me liga que venho direto, vou estar lá na casa do André.
Eu - Osh, vai?
Guilherme - Sim, eu não vou voltar pra casa uma hora dessa. - Disse ele cruzando os braços.
Eu achei estranho já que ele estava de carro, mas entendi que ele poderia tanto ser parado por uma blitz como também poderia estar cansado.
Fomos em direção ao carro de Guilherme, ele deu a volta para ver se o carro estava sujo de alguma forma, enquanto esperava ele dentro do carro. Na rádio tocava uma música do pendrive dele, era um sertanejo ruim pra caralho.
Guilherme voltou a entrar no carro e fechou a porta. Fomos o caminho inteiro em silêncio até ele falar algo.
Guilherme - Eu fico preocupado as vezes. - Disse ele sério olhando para o farol vermelho
Eu - Com o que?
Guilherme - Com a Denise, ela vem bebendo de uma forma que está começando a ficar preocupante.
Eu - Mas você acha que ela pode estar com algum problema, tipo..
Guilherme - Alcoolismo? Não sei... Mas primeiro foi a frequência em que ela bebia, agora além da frequência é a intensidade.
Eu - Porra... - Disse respirando fundo olhando para a rua.
Guilherme - Bom, amanhã eu vou conversar com ela... Hoje quero deixar isso pra lá. - Disse ele voltando a dirigir.
Eu - Troca essa música pelo amor de Deus.
Guilherme - Pera aí, tem um pendrive aí dentro do porta-luvas.
Eu abri o porta luvas e peguei o pendrive. Na hora que eu li o que estava escrito comecei a rir.
Eu - É sério isso? KKKKK
Guilherme - Tem que tratar bem minhas meninas né. - Disse ele rindo
Eu tirei o pendrive dele que estava escrito ''Sertanejo'' e coloquei o outro pendrive '' Músicas de viado'' que começou a tocar Fergie ''Fergalicious''.
Eu - Você é ridiculo kkkk
Guilherme - Um pouco.
Eu - Gui, se você fosse gay ou bi eu me apaixonaria por você. - Disse sério olhando para ele.
Guilherme que estava dando um sorriso fechou a cara na hora, achei estranho, pensei ter falado alguma merda mesmo estando brincando. Na verdade parando pra pensar, era verdade. Guilherme era bonito, cheiroso, gostoso, educado, inteligente, tratava todos muito bem, tinha um toque rustico que para mim já me ganhava. Mas não sabia alí se a piada tinha saído um pouco do limite... Na verdade eu não sabia até onde era essa tal limite.
Eu - Desculpa, eu estava brincando.
Guilherme - Não, que isso, fiquei bolado não kk - Disse ele dando um sorriso entre aberto enquanto olhava para a pista.
Seguimos em silêncio o caminho todo.
+
-
=