Cansada de procurar por Carlos naquela noite, Dora vai pra casa. Ela voltou a passar mal, e claro, Amanda acaba ficando com ela naquela noite. Dora acaba por vomitar mais uma vez naquele dia, qualquer cheiro mais diferente a fazia passar mal... Amanda notou aquilo, e ficou pensando, será que é isso? No dia seguinte, quando Dora acordou, Amanda acabou trazendo Pra Ela um teste de gravidez de farmácia, insistiu para que Dora fizesse o teste indicou que se desse azul, muito provavelmente Dora estaria grávida. Dora achou aquilo um absurdo pois em todos esses anos ela nunca engravidou, não podia ser agora nesse exato momento que ela estaria grávida, e ficou desesperada com a possibilidade. Dora então, seguindo os conselhos de Amanda foi fazer o teste e assim que ela voltou do banheiro, ela mostrou o teste para a amiga...
- Deu azul... Estou grávida... - Dizia Dora, completamente pálida com toda aquela situação. Dora começou a pensar, e era óbvio que o filho era de Carlos. Apesar de já ter se relacionado tanto com André, quanto Gustavo, em todas as vezes usaram camisinha, houve uma vez em que Gustavo chegou a meter nela sem camisinha, mas não conseguiu meter mais do que três socadas, pois Dora tirou o pau dele pra fora e o obrigou a usar camisinha. Já com Carlos, sempre transavam sem preservativo. Naquele momento, se desesperou, grávida, e agora sem saber nada do pai da criança... A culpa era toda dela, Carlos havia sumido, e não sabia onde ele poderia estar.
- Dora, precisamos achar o Carlos, eu acho que assim, vocês podem se separar e viver longe um do outro numa boa mas agora vocês têm uma criança e Carlos sempre quis ser pai, estou tentando falar com Carlos mas ele não atende as minhas ligações, ele literalmente sumiu! Dizia ali Amanda, sem saber o que fazer pra ajudar Dora, que estava tão desesperada quanto a "cunhada". Nem mesmo Eduardo fazia idéia de onde Carlos poderia estar. Quando ficou sozinha, depois que todos foram embora, Dora acabou levando as mãos até seu ventre, de certa forma estava feliz pois estava carregando dentro de si uma sementinha de Carlos e aquele bebê seria o seu motivo para mudar e voltar a ser a Dora de antes, a que enchia o seu marido todos os dias de orgulho.
Longe dali, Gustavo voltou pro Rio. Procurou Maísa, e não encontrou, o apartamento deles estava revirado, e vazio. Sentiu falta da esposa, e percebeu que não passava de um garanhão de quinta, pois tinha tudo com Maísa, tinham a liberdade, junto da cumplicidade, a única coisa que ele precisava fazer, era nunca esconder nada dela, como fez. Pegou uma garrafa de uísque e encheu seu copo junto com 2 pedras de gelo, quando ele ia levar o copo até os lábios para beber, Maísa resolve ligar para ele ou uma chamada de vídeo no WhatsApp. Gustavo claro atende sem demora, e ali quando ele começou a assistir, seu coração doeu forte de uma forma que ele não imaginava.
- Oi Amor... Ah delícia... Tudo bem? Ta muito gostoso isso amor, olha quem ta me comendo aqui. - Maísa então vira o celular, e mostra que ela estava em cima do pau de Carlos, que estava se deliciando com a bucetinha de Maísa. Ela faz um verdadeiro close mostrando sua bundinha empinada, levando rola, enquanto Carlos bate forte ali no meio da bunda tatuada de Maísa, enquanto ela segue provocando. - Agora sem remedinho pra dormir ele ta dando no coro hein amor, já me comeu três vezes e essa é a quarta. Tô amando dar pra ele, viu? Quando eu voltar pro Rio, a gente se divorcia, por enquanto resolvi adiar só pra gente fazer você corninho tá bom?
- E ae corno! - Falou Carlos com a voz um pouco mais alta, mandando um joia pro celular, e Gustavo não aguenta mais aquilo, e desliga o telefone, e joga seu aparelho na parede, começando a gritar no impulso, demonstrando completa raiva por tudo o que estava acontecendo. Aquilo era a vingança de Carlos, que resolveu não deixar absolutamente ninguém sem pelo menos o gostinho do que ele sentiu. Depois de transar, Maísa resolveu deixar seu novo número de telefone para Carlos, e disse que se ele se separar em definitivo, iria adorar ser a putinha dele. Logo, ela foi embora, e Carlos, que sentiu uma enorme satisfação em foder com Gustavo, agora sentia um tremendo vazio. O mesmo voltou a casa do amigo, precisava desabafar e descansar, e pensar onde iria á seguir, e começar a aparecer para as pessoas. Mas ainda não era o momento. Já estava no horário do jantar, então Carlos voltou para casa do amigo, com um presente especial.
- Milena, corre aqui, o tio tem algo pra você! - Dizia Michelle, sim, Michelle, a mesma do conto "O estágio". Ela agora era casada com Marcos, e tinham uma pequena de 3 anos, a doce Milena. A menina correu até o tio Carlos, que mostrou pra ela seu presente.
- Promessa é promessa. Sua mamãe deixou, então o tio Carlos comprou um filhote de Shitzu pra você. Vou te ajudar a cuidar dele até poder cuidar sozinha, ta? - Dizia Carlos, e a menina pequena, com dificuldade dizia um "Bigadu titio", abraçando ele calorosamente, e em seguida indo com o totó pra casa. Carlos então pede licença e vai até o quarto de hóspedes, diz que vai ser o último dia dele ali, e que planeja viajar, mudar de cidade, começar uma nova vida.
- Sabe, eu realmente pensei muito, Michelle, e eu quero ir embora daqui. Não faz mais sentido eu continuar aqui, sem a Dora. E eu também não quero voltar com ela, foi muita sacanagem o que aconteceu. - Disse Carlos.
- Olha não estou aqui pra ser nenhuma advogada do diabo porque eu já contei pra você junto com o Marcos toda a minha trajetória, sabe eu entendo como a sua mulher está se sentindo agora e eu entendo muito mais como você está se sentindo. De todo o meu coração eu penso que você ir embora agora seria o melhor, não só pra você como pra ela também, quando eu deixei a minha vida eu consegui amadurecer de uma forma que você não imagina, às vezes quando erramos muito precisamos amadurecer como pessoa e colocar novamente nossa vida nos trilhos, para nos tornarmos pessoas melhores, e Dora na minha opinião precisa exatamente disso, tomar um choque de realidade e ver que perdeu você da mesma forma que eu há anos atrás pensei que tinha perdido o Marcos. - Dizia Michelle, que sabia bem o que era fazer merda e se arrepender depois.
- Você genuinamente se arrependeu de seus atos, eu admiro você e tudo que você fez pra se tornar uma mulher melhor, você hoje trabalha com pessoas vítimas de estupro, você estudou, se formou, tem uma família maravilhosa, eu estou sim dando uma lição em Dora, mas eu espero muito que ela evolua como pessoa, mesmo que não for ficar comigo. - Respondia Carlos, que era interrompido por Marcos, que havia chegado do trabalho e surpreendeu os dois ali.
- Fala amigo, tudo bem? Trouxe cerveja pra gente, fiquei sabendo que quer ir embora. Pretende nos visitar de vez em quando? - Perguntou Marcos, que tinha virado um grande amigo de Carlos. Os dois amigos se conheceram graças a uma intervenção indireta de Sabrina, Marcos quando começou a desconfiar do chefe precisava de alguém que conseguisse entrar no sistema da empresa e no celular dele sem que ninguém levantasse suspeitas, Sabrina sempre soube que Marcos era muito bom em hackear celulares, então pediu para Carlos procurarei ele, mas nunca mencionar o nome dela na frente de Michelle. Carlos então procurou Marcos e contou toda a sua história, de início Marcos não queria fazer nada por Carlos por ele ter vindo através de Sabrina, mas Carlos explicou o seu vínculo com Sabrina e o quanto ela já estava mudada, e Marcos então resolveu dar uma chance, principalmente porque enxergava em Carlos aquilo que ele mesmo era anos atrás, quando foi manipulado por mentiras da Sabrina e pelo adultério de Michelle. A partir dali os dois se tornaram muito amigos, Quase Irmãos hoje em dia, aonde Carlos praticamente frequenta a casa de Marcos e virou até um segundo padrinho de sua filha, até Michelle gosta dele, só não gosta que ele mencione o nome Sabrina ali dentro. Pode parecer um mundo pequeno, eu sei, mas a vida tem dessas coincidências.
Os dois então foram pra fora respirar um ar, e Carlos aproveitou para conversar com seu amigo Marcos, dois homens que se entendiam muito bem hoje em dia.
Carlos - Estou pensando realmente em sair por aí sabe, aproveitar a minha solteirice, conhecer pessoas bacanas, tem uma mulher inclusive que deseja fazer um tour comigo pelo Nordeste. Ela está pra se separar do marido também, eu acho que vai ser bacana.
Marcos - Eu acho que vai ser bacana pra você. Mas, sinceridade? Eu fiz a mesma coisa que você, eu passei o rodo depois que Michelle foi embora. E todas as mulheres que eu transei, em todas elas eu enxergava Michelle, em cada uma delas eu tentava achar algum traço que me lembrasse a Michele, e passou 5 anos cara e mesmo assim eu continuava fazendo isso. A verdade Carlos é que você ama sua esposa assim como eu amava Michelle e continuo amando inclusive. Mas sinceridade amigo, na minha opinião a tua esposa não merece perdão, pelo menos não agora. Ela tem que primeiro sentir as consequências das escolhas dela, você sempre perdoou ela muito fácil cara, ela precisa sentir que realmente perdeu você. Eu recomendo sim a viagem.
Carlos. - Sim, é o que eu vou fazer mesmo. Nossa sociedade está de pé, eu volto em um mês, e nesse tempo vamos construir uma coisa muito boa juntos. - Os dois então se deram a mão, e selaram o futuro. Foi uma amizade maravilhosa que nasceu ali, das piores coisas que podem acontecer sempre você pode tirar alguma coisa boa, e aquela amizade era realmente o que Carlos precisava, uma pessoa que sabia exatamente como ele estava se sentindo, e que foi confidente com ele até o final. Da Janela, Michelle ouviu parte da conversa, e sabia que podia fazer algo pra ajudar Carlos... E Dora. E faria, no dia seguinte. Ainda lá fora, os dois estavam jogando conversa fora.
- Rapaz, quer dizer então que você comeu a... - Perguntou Marcos ali, tendo cuidado pra falar o nome da Sabrina, pois vai que a esposa estivesse ouvindo?
- Comi. Duas vezes. Ela é ordinária mas é gostosa. Se eu tivesse conhecido ela no tempo de solteiro, fazia estrago. - Respondeu Carlos ali, dando uma boa risada junto de seu amigo, que continuava a prosa.
- Sei como é. Também comi ela. Uma vez, a contragosto, mas comi uma vez bem comido, e falo, que mulher puta e gostosa. Que minha Michelle não esteja ouvindo isso. - Os dois voltaram a rir ali, e falaram mais algumas aleatoriedades, e entraram pra dentro.
O dia amanheceu. Marcos e Carlos saíram, foram arrumar as passagens para a partida do amigo, e Michelle saiu, deixando a pequena com a babá da casa. Michelle naquela manhã tinha uma missão, algo que ela se identificou, e sabia que poderia ajudar em algo. As duas tinham o mesmo pecado no passado, enganaram e traíram os homens que amam, mas uma conseguiu seu perdão. E a outra estava mergulhada em seu sofrimento. Michelle bate na porta da casa de Carlos, e quem atende é Dora.
Dora - Oi. Quem é você?
Michelle - Dora, você não me conhece, mas eu sei tudo sobre você. Eu sou amiga do Carlos, eu posso entrar?
Dora - Pode, claro! Se veio me trazer notícias do Carlos, pode, por favor... - assim que Michelle entrou na casa, Dora a convidou para sentar-se no sofá, e as duas seguiram ali conversando. Michelle naquela manhã, tinha algo muito importante para compartilhar com Dora: a sua vida.
Michelle - Dora, eu quero que você me escute, e absorva todos os conselhos que quero te dar aqui. Eu me chamo Michelle, teu marido e meu marido são muito amigo, e o que os uniu, foram os pecados que suas mulheres cometeram, no caso, eu falo de você, e de mim. Eu quero te contar a minha história. Eu já fui vislumbrada assim como você foi algum tempo atrás, quando eu comecei a descobrir as maravilhas do sexo, que eu comecei a experimentar coisas que eu não experimentava normalmente com o meu marido, aquela novidade tomou conta de mim, eu sabia que era errado mas eu continuei, na época eu morava em outro continente enquanto ele estava aqui me esperando, eu traí ele Dora, eu passei 2 meses quase enquanto eu estava morando fora traindo ele, eu fui pra festas, eu fiz orgias, participei de troca de casal com o meu amante, eu fiz muitas coisas assim como você, teve sim gente que me influenciou, sempre temos as más amizades que começam a falar nas nossa cabeça, mas no fundo a culpa é sempre nossa, por que as nossas amizades podem nos influenciar mas elas não pegam no nosso braço e nos obrigam a fazer alguma coisa. Dora, Eu acredito que se você tivesse sido honesta com Carlos desde o início assim como eu deveria ter sido honesta com o Marcos e falado sobre todos os seus medos, vontades, fantasias chegasse a um comum acordo, eu teria evitado metade dos problemas que eu ganhei assim como você, Marcos chegou a me odiar muito, e com razão ele me odiou porque eu traí tudo dele, Carlos ama você Dora, mesmo lá em casa ele não para de falar de você.
Dora - Pera, ele ta na sua casa? É isso?
Michelle - Sim, e eu quero que vocês conversem, mas antes eu quero que escute a mim, eu já fui como você, sei como está se sentindo, possivelmente esteja arrependida, mas você precisa encontrar seu real arrependimento.
Dora - Como você voltou pro Marcos, se me disse que ele te odiava?
Michelle - minha intenção nunca foi voltar com o Marcos depois de tudo terminar com relação a mim, a ele, e minha ex amiga. A minha intenção na verdade sempre foi me reencontrar, espiritualmente e emocionalmente. Eu não poderia estar com Marcos se eu não estivesse em paz comigo mesma. Naquele dia Dora, eu me senti como você. Eu estava arrependida e queria perdão, mas será que eu estava arrependida mesmo? Por que não basta você apenas estar arrependida, você precisa sentir que perdeu. Precisa se reencontrar, e foi o que eu fiz sabe? Eu viajei, eu sumi do mapa... Me mudei de cidade, arrumei um emprego, fiz terapia, procurei psicólogo, renovei minha alma, comecei a frequentar a igreja... Eu tive pilares, que me ajudaram a me sustentar e consegui me reerguer, me transformar, melhorar como mulher. E depois, quando senti que estava pronta, eu vi que ainda amava Marcos, e fui atrás dele... Ele me aceitou de volta, ele sentiu que eu mudei, começamos do zero, conhecemos, namoramos, noivamos... Casamos, e hoje temos uma linda filha, se chama Milena!
Dora - É... Filha... - Dora naquele momento ficou pensativa, e novamente começou a sentir mal estar. Michelle foi ajuda-la, e ao ver Dora sentir enjoos e vômitos, ela se tocou logo de cara, era mulher.
Michelle - Meu Deus, Dora.... Você está grávida?? Do Carlos??
Dora - Estou grávida sim, e esse filho do Carlos. Eu não tenho dificuldade nenhuma para saber disso, apesar de ter sido muito promíscua, os 2 caras com quem eu transei eu sempre tive cuidado, Carlos era o único homem que eu transei sem camisinha...
Michelle então pediu pra Dora esperar na casa, ela precisava avisar Carlos sobre essa novidade, antes de ele ir embora, ou ele iria se arrepender por pelo menos não ter tido a oportunidade de conhecer seu filho, visto que ele sempre falava na vontade de ser pai. Michele então correu para sua casa, e ela conseguiu graças a Deus dar sorte de encontrar Carlos e Marcos ali, dando seus últimos comprimentos antes da viagem de Carlos.
- Carlos, não vá embora, você precisa falar com Dora, é urgente. - Chegou Michelle, cheia de pressa. Antes que Carlos fosse falar algo, Michelle deu aquela declaração que caiu como uma bomba pra ele. - Dora está grávida Carlos. Ela estava desesperada procurando você pra contar isso Carlos, eu estive com ela agora e ela vomitou na minha frente, os mesmos vômitos e sensações que eu tive quando eu tive a Milena! Carlos, ela diz que o filho é seu, só você transava sem proteção com ela. Isso você vê depois, mas se for mesmo seu filho, você... - Carlos então não perdeu mais tempo. Um filho era a verdadeira realização do sonho dele, talvez isso não fosse o suficiente para fazer ele voltar com Dora, mas ao menos aquele filho daria para ele a Felicidade que ele tanto busca, Marcos então levou Carlos até a sua casa, estava completamente desesperado para falar com Dora mas chegou lá se deparou com uma surpresa.
" Carlos, eu não sou digna de você. Eu estou indo embora, eu quero seguir os passos de uma amiga que hoje me mostrou o que eu preciso para ser digna de você de novo. Se esse filho for seu , eu voltarei. Até lá, siga sua vida."
Naquele momento, Carlos caiu de joelhos, e pela primeira vez desde a sua guinada se viu sem ter algo para fazer. Desde aquele dia, passou-se dois anos... E continua.