Não queria ir para casa, então fui para a casa do Téo, nem sei o por que só segui para lá, o porteiro me conhece então me deixou entrar, a mãe dele disse que ele não estava em casa, claro eu sabia, mas ela por algum motivo me deixou entrar e me pediu para esperar por ele no quarto, ela sempre foi gentil comigo, acho que Téo pode ter contado alguma coisa para ela, eles são bem próximos, deitei na cama e acabei dormindo.
— Iuri. — Acordo com Téo me chamando.
— Ah, caralho peguei no sono foi mau. — Me desculpo por ter dormido na cama dele, sem sua permissão.
— Relaxa, ficamos preocupados, você desligou o celular?
— Na real eu perdi ele, desde a festa que não faço ideia de onde é que está.
— Ah tranquilo, cara, você saiu e perdeu a puta declaração que o Mateus fez pro Beto. — Ele me deixou a par de tudo que aconteceu quando sai.
— Ah que alívio velho. — Sinto um peso enorme saindo das minhas costa.
— Pois é, você está melhor? — Téo me pergunta se sentando do meu lado.
— Não, estou com medo, provavelmente vamos viajar amanhã, então não sei muito como vão ser meus dias daqui para frente.
— Vai dar tudo certo cara. — Téo me consola.
Ficamos em silêncio, então Téo segura meu queixo erguendo meu rosto e depositou um beijo tranquilo na minha boca, era o que estava esperando, foi por isso que vim atrás dele, não tinha garantias, mas tinha que tentar, nosso beijo vai ficando mais intenso, só que me afasto me lembrando da última vez.
— Téo, você disse que isso não podia mais acontecer. — Lembro ele das falas dele naquela noite em que bebemos.
— Eu sei, mais não posso deixar você ir embora sem isso. — Ele deita sobre mim e nossas bocas se encontram de novo, Téo me faz sentir um calor diferente, meu coração acelerar, com seu beijo, seu toque.
Ele tira nossas camisas e aproxima seu peito do meu, trocamos de posição agora sou eu quem está deitado em cima dele, nossos paus duros roçando um no outro, ficamos de cueca para aumentar o contato, ninguém fala nada, não queremos correr o risco de interromper o que começamos como da última vez, vou descendo pelo seu corpo deixando beijos pelo seu peito lindo e definido, o cheiro dele de homem mexe comigo desde a primeira vez em que ficamos, desço a cueca dele revelando seu pau enorme, Téo tem mais de vinte centímetros e sua rola é branca da cabeça rosada, muito linda e irresistível.
Faço oral nele com tanta vontade e desejo, ele joga a cabeça para trás no travesseiro, cobrindo o rosto com as mãos, e gemendo baixinho, ele faz movimentos de vai e vem fodendo minha boca, mamar ele é muito bom, depois de um tempo é a vez dele tirar minha cueca e engolir meu pau inteiro, na boca dele é quente, ele coloca meu pau inteiro na boca, chupa, a mamada do Téo é a minha favorita no mundo, a parte ruim é que sempre preciso esquecer o que rolou, isso não vai mais acontecer, nem sei quantas vezes já ouvi isso, mas não consigo resistir, sempre que ele vem atrás de mim é como se as barreiras que colocamos se desmancharem, ele nunca namorou ninguém e nem eu, é como se um esperasse o outro, mas nenhum de nós tivesse coragem de dar um passo à frente.
Fazemos um meia nove delicioso, gosto de quando ele brinca com minhas bolas, com ele tudo é tão intuitivo, sei onde chupar, beijar e ele conhece cada segredo do meu corpo, sabemos despertar o tesão do outro, só que a cada vez a espera tem ficado maior, o que me fez acreditar que o dia em que ele bebeu realmente seria a última vez, antes disso a gente só tinha se pegado antes do Mateus e o Beto começarem a treinar com a gente.
Nosso lance termina com uma mão amiga, ele batendo para mim e eu para ele, e nossas bocas grudadas uma na outra, o melhor beijo, o melhor toque, sempre foi o dele, talvez dessa vez a distância entre a gente, física no caso de um fim a esse ciclo, ele comece a namorar com a Bel e eu encontre outra pessoal na minha vida nova.
— Téo, não posso mais fazer isso, está cada vez mais difícil ir embora. — Digo deitado de frente para ele e ele para mim.
— Pra mim também, mas não sei explicar às vezes olho para você e quero te ter. — Ele fala me olhando sério.
— Estou indo embora.
— Eu sei.
— Como a gente fica?
— Somos amigos Iuri, isso nunca vai mudar.
— Espero que não. — Falo e damos mais um beijo.
Saio da casa dele antes do amanhecer, o sol está nascendo enquanto caminho na rua, parece um filme passando pela minha cabeça, tudo que vivi nesse último mês, vou deixar tudo para trás, conhecer meu irmão, iniciar uma vida nova, em um lugar novo, tudo me parece tão desafiador, mas estou pronto, preciso ir, quero ir.
Fico feliz pelo Beto o cara merece ser feliz, sei o que é querer alguém que nunca vai ser seu, o que é conviver com isso e ter que superar, mesmo assim está sujeito às recaídas, — rio de mim mesmo na rua — esses dias foram uma loucura, me tiraram totalmente da minha zona de conforto, mas foram bons porque me sinto livre agora.
Chego em casa, todos estão dormindo ainda, e para piorar ainda estou sem minha chance, minha sorte é que tenho uma rota de emergência, costumo deixar minha janela aberta, então aproveito que ainda não tem movimento na rua e pulo o muro, já fiz isso muito é quase que automático, minha janela está aberta como deixei, entro e meu quarto parece tão estranho, acho que já aceitei que esse quarto não é mais meu, passei tanto tempo evitando ele ultimamente, troco de roupa vestindo algo mais confortável e vou para a cozinha, tomar uma água, minha cara é essa bem iluminadas, minha mãe gosta desse tipo de coisa, o sol entrando em casa pela manhã, acho que somos parecidos nisso, gosto de ser acordado com o sol, quando não estou de ressaca no caso.
Abro a geladeira pego a garrafa um copo tomo água e deixo o copo na pia, só aí me dou conta de que a pia está exatamente como deixei da última vez, estanho pois minha mãe sempre foi a maníaca de limpeza, mesmo não morando mais aqui não acho que ela iria deixar a louça suja, dou uma boa olhada pela casa e tudo parece igual, não está faltando nada, as fotos, as decorações que ela tanto gostam estão todas no lugar, mesmo assim meu coração começa a apertar, vou até o quarto dos meus pais, bato na porta e chamo por ela, mas ninguém responde, as lágrimas querem vir, porém às seguro, vou passar por isso com dignidade, viro a maçaneta e a porta abre.
Abro a porta, entro e o quarto está escuro, as cortinas pesadas cobriam o sol, a cama arrumada, cada passo que dou em direção ao guarda roupa acelera meu coração, seguro a porta, mas é como se elas pesassem uma tonelada, respiro fundo e as abro, nada, não tem nada da minha mãe, nem as malas, nem as roupas, nem os perfumes, não tem nada dela lá, só as coisas do meu pai.
Volto pro meu quarto em completo êxtase, procuro meu celular na mochila e finalmente o encontro — isso depois de simplesmente jogar tudo dentro dela no chão — pego meu telefone e vejo o contato dela, sem foto, mando mensagem e não chega, tento outras redes e não a encontro, por fim ligo para ela e a ligação não completa, assim como a decoração eu fiquei para trás, assim como a mobília esquecido no canto, ligo para outro número o único que me restou.
— Ela foi embora. — Falo com mantendo minha voz blazer.
— Vai ficar tudo bem filho, estou indo para casa.
Desliguei o telefone e deixou ele cair, estou sentado na minha cama olhando para a porta do meu quarto e fico assim até que meu pai chegue em casa, mas dessa vez não me permito derramar nenhuma lágrima, ao invés disso faço uma promessa para mim mesmo.
— A partir desse dia minha mãe está morta para mim, assim como Jonas e o marido perfeito da família perfeita que ela escolheu viver de novo sem mim.