Recebi uma mensagem no Zap, de um número desconhecido. Perguntou se nesse número falava com “fulano”, e queria saber sobre massagem relaxante, e qual seria o valor para atendimento em domicílio.
Respondi com um “boa noite”, perguntei qual era sua necessidade, seu nome, e onde morava.
Passei o valor, com um acréscimo pela grande distância.
Após esses pormenores, Natan disse que precisava de uma massagem relaxante, pois andava muito tenso por causa do seu trabalho, e fez mais algumas perguntas um tanto quanto vagas, a respeito de “tipos” de massagens relaxantes...
Sou Massoterapeuta, e com bastante frequência alguém me procura querendo massagem sensual, então desconfiei qual era a dele, e tentei induzi-lo a ir direto ao ponto.
E foi a partir desse dia que resolvi atender a essa clientela – vamos ver no que que dá, pensei -, contanto que seja tudo bem combinado, e que seja do agrado e satisfação dos envolvidos.
Ele estava muito sem jeito. Primeiro perguntou com que roupa ele deveria ficar, e se poderia ficar só de cueca. Respondi que ele poderia ficar do jeito que quisesse, então perguntou se poderia começar de cueca, e depois ficar pelado, e se eu massagearia sua próstata.
Não me espantei, pois já imaginava onde pretendia chegar, e, mesmo nunca tendo feito algo do gênero, já vinha me preparando desde o início da conversa. Como era no Zap, tive bastante tempo, pois entre uma mensagem e outra, chegou a demorar alguns minutos. O achei muito inseguro quanto à decisão que estava para tomar. Tanto que, em dado momento, chegou a dizer que não iria mais querer, e levou mais de 15min para retomar a conversa.
Por fim, se soltou, e até sugeriu de eu ir de bermuda, e tirar, caso eu quisesse. Inclusive, levantou a possibilidade de irmos para um motel, ao invés da sua casa. Falei que preferiria em casa. Perguntou se eu teria vergonha de entrar num motel com outro homem (senti um ar de desafio). Disse que eu não teria problema com isso, mas não queria.
Isso era quarta-feira, quase nove da noite. Combinamos para a próxima sexta às 19h no seu ap.
Apaguei as mensagens “comprometedoras”, pois minha esposa tem acesso ao meu celular, assim como eu ao dela.
Coloquei alguns preservativos e um creme (preparado) na maletinha dos produtos que sempre levo. O creme é uma mistura de loção hidratante (de erva doce) com lubrificante íntimo – já bem testado em mim.
No dia combinado, uma hora antes mandei uma mensagem avisando que estava saindo de casa.
Me esperava de bermuda e camiseta no hall. Eu, como sempre, de calça, camiseta branca e tênis. Carreguei a maca, e ele pegou a maletinha com os produtos. Pegamos o elevador até o 4º andar, e entramos no seu ap. Conversamos algumas futilidades e fiz a anamnese.
Enquanto eu preparava a maca, ele fez a transferência, pelo Pix, do valor combinado - mais um adicional pelo meu deslocamento -, mesmo que eu tenha dito que já estava tudo calculado.
Continua...
Nota: Escolhi a Categoria do conto como Homossexual por não ter a opção "Bissexual", que acredito encaixar-se melhor no contexto.