Olá meus caros, meu nome é Rogério e tenho 24 anos de idade. Moro em Curitiba com meus pais e meus 2 irmãos, Sara e Gabriel. Desde que me entendo por gente sinto atração sexual e romântica por homens, mas tudo mudou em 2018 quando conheci a Adriane. Estava no terceiro ano do ensino médio, até então pensava que era gay e todos da minha família sabiam disso; no primeiro dia de aula sentei perto de uma garota linda e com um olhar misterioso, seu nome era Adriane.
-- Oi -- Disse puxando assunto
-- Oi... -- Disse ela meio desconfiada
-- É nova aqui?
-- Sim e você?
-- Não, estudo aqui desde o fundamental
-- Legal...
Nisso o professor entra na sala e nosso papo encerra. Terminando a aula, fui pra casa e o papo ficou apenas naquilo mesmo.
-- Oi filho como foi o primeiro dia de aula ? -- Perguntou meu pai
-- Foi bem, cadê a mãe?
-- Foi ao cabeleireiro com a Sara
-- E o Gabriel?
-- Foi jogar futebol no campinho da rua de baixo
-- Vou pro meu quarto pai
-- Vocês jovens adoram ficar trancados no quarto, nem conversam mais com os pais
-- É porque estou cansado pai
-- Tá bom filhão, vai descansar
Bom, eu realmente estava cansado já que passei minhas férias de Dezembro/Janeiro ajudando no supermercado que meus pais tem. Deitei e dormi, mas acordei com um sonho até então inusitado; eu tinha dado um beijo naquela menina da sala de aula. Fiquei inquieto e não dei muita bola, afinal sonhos são sonhos não é mesmo? No outro dia ao ir pra escola sentei novamente ao lado dela.
-- Oi de novo rs
-- Oi, por que você está falando comigo? -- Disse Adriane meio intrigada
-- Ue porque achei você legal
-- É que ninguém fala muito comigo, o que você quer?
-- Hey calma, só queria ser seu amigo
-- Eu não tenho amigos!
-- Por que não? Você é tão bonita e parece ser legal
-- Porque ninguém quer ter uma bipolar como amiga, então me deixa em paz
-- Bipolar? Como assim?
-- Isso mesmo, sou bipolar, agora me deixa em paz!
-- Não! Não precisa me tratar assim, é que eu nunca conheci alguém que fosse assim
-- Nunca conheceu alguém louco né!?
-- Você não é louca.
-- Ah quer saber, vou mudar de lugar, não quero papo com ninguém nessa porcaria de escola.
Nisso ela mudou de carteira e foi pra última carteira da última fila. Fiquei grilado com a situação e fui pra casa nervoso. Passei o dia pensando naquela garota e em como eu estava furioso por ela ter me tratado daquele jeito, mas ao mesmo tempo encantado com o jeito dela, o olhar, sua personalidade. No outro dia na escola, ao entrar, vi ela sentada num banco; ao me ver ela se dirigiu até mim e disse:
-- Oi, desculpa por ontem... Eu não deveria ter lhe tratado mal daquele jeito.
-- Relaxa, tá tudo bem! -- Disse sendo seco
-- É que estou acostumada a ser ignorada por todos sabe? Agora me responde, porque veio conversar comigo?
-- Porque achei você legal oras -- Disse dando um leve sorriso
-- Sério? Ou você está só sendo simpático?
-- Claro ué, você parece ser bastante interessante e de boa rs
-- Qual o seu nome?
-- Rogério
-- Nome bonito
-- E o seu?
-- Adriane
-- Bonito nome rs
Nisso ficou um silêncio até que...
-- Rogério quer sair um dia desses pra gente tomar sorvete
-- Isso é um convite ou você só está sendo gentil? -- Disse tirando sarro
-- Ah qual é, é claro que é sério -- Disse ela rindo
-- Tudo bem, convite aceito
Os dias foram passando e eu e Adriane fomos ficando mais próximos, começava a nascer uma bela amizade entre nós dois. Um dia na sala encontrei ela chorando e fui até ela.
-- Oi amiga, o que está acontecendo?
-- Estou ficando louca novamente, estou deprimida
-- Hey eu estou aqui!
Nisso ela me deu um abraço e pela primeira vez eu senti algo que nunca tinha sentido por mulher alguma na minha vida. Eu a abracei forte e quando enxuguei suas lágrimas, Adriane num impulso me beijou. Confesso que fiquei atônito no momento, mas correspondi o beijo e confesso que gostei.
-- Me perdoa! -- Disse ela nervosa e agitada
-- Hey calma, está tudo bem!
-- Eu não deveria ter feito isso!
-- Hey Drih ta tudo bem
-- Tudo bem Rogério? Algumas semanas atrás eu estava te hostilizando e agora lhe beijo, não está nada bem.
-- E qual o problema? Foi só um beijo
-- O problema é que eu sou louca, você deve achar que eu sou completamente pirada.
-- Claro que não Drih, mas tem uma coisa que você precisa saber...
-- Você não quer ser mais meu amigo é isso?
-- Não Adriane, eu sou gay!
-- Jura? Nossa nem parece
-- Sim, mas confesso que desde que te vi alguma coisa está mudando em mim.
-- Do que está falando?
-- Estou com você na minha cabeça
-- Para com isso Rogério, isso não tem graça!
-- Eu nunca senti isso por garota nenhuma
-- A gente mal se conhece cara, além do mais você é gay
-- EU JÁ NÃO SEI MAIS O QUE SOU! -- Disse desesperado. Só sei que depois que conheci você, é como se algo novo se abrisse pra mim.
-- Chega! É melhor nossa amizade terminar aqui, eu não quero ser usada por ninguém!
-- Adriane volta aqui! Precisamos terminar nossa conversa
-- Nossa conversa terminou aqui! Adeus!!
Adriane tinha me dado um fora e nossa amizade tinha se rompido. Nos dias que se passaram, ela estava sentando do outro lado da sala e eu fiquei bastante triste com nosso afastamento. Até o professor de Sociologia mandar-nos fazer um trabalho sobre bissexualidade animal e humana. No nosso grupo tinha 4 pessoas; Vitor, Daniele, eu e Fabrício. Confesso que o tema bissexualidade me despertou interesse, eu que achava que era gay, poderia estar descobrindo essa sexualidade. Até que durante o recreio, Fabrício que era do meu grupo chegou em mim e disse:
-- Você viu que tema mais esquisito que o professor passou?
-- Esquisito como?
-- Ah esse lance de bissexualidade, ou o cara é viado ou é hétero não é mesmo?
-- Não necessariamente...
-- Ah qual é mano? Vai dizer que acha isso normal
-- Fabrício né?
-- Sim
-- Eu sou gay, mas sabe aquela garota da sala?
-- A esquisita?
-- Ela não é esquisita cara, ela tem problemas
-- Que tipo de problemas?
-- Ela tem Transtorno Bipolar
-- Tá cara, você é via... gay... o que tem?
-- Eu beijei a Adriane... Quer dizer ela me beijou, e eu gostei
-- Então você é hétero né bro?
-- Não! Só foi um beijo
-- Ih não sei não, pra mim você tá confuso.
-- Ah Fabrício, valeu... -- Disse em tom irritado e me afastando. No dia de fazer o trabalho que era na casa do Fabrício, apenas eu apareci.
-- Ah cadê o resto da galera?
-- E eu vou saber?
-- Não quero nem saber, se não apareceram só vai ser nós dois mesmo.
-- Acho justo! -- Disse rindo
-- Vem, vou preparar um lanche pra gente comer -- Disse Fabrício
Vale ressaltar que Fabrício era um cara bastante bonito, daqueles caras hétero top rs. Ao me dar o copo de suco de laranja, o copo escorregou e o suco derramou na minha calça.
-- Po mano, foi mal! Vou pegar um pano pra vc enxugar
-- Relaxa ta tudo bem, imprevistos acontecem
-- Tira a calça que eu pego uma minha e te empresto
-- Não precisa mano... eu...
-- Sem mais!
-- Tá bom rs
Nisso eu tirei a calça e fiquei só de cueca, Fabrício me olhou fixadamente e eu pra ele. Comecei a ficar de pau duro diante daquela situação constrangedora e notei que ele também ficou. Quando de repente ele diz:
-- Posso ver?
-- Ver o que?
-- Seu pênis oras!
-- Que isso Fabrício, que papo é esse?
-- Po mano é que eu nunca vi um pessoalmente, deixa eu ver o seu
-- Não sei não...
-- Por favor!
-- Tá...
Nisso eu abaixei a cueca e meu pênis de 19 cm curvado apareceu. Notei que Fabrício ficou atiçado. Ele veio até mim e me deu um beijo na boca.
-- Mano o que está acontecendo aqui?
-- O que está acontecendo é que eu estou afim de você
-- Mas você é hétero!
-- Quem disse? Só porque me comporto como hétero não significa que eu seja
-- Fabrício eu estou muito confuso, melhor eu ir embora.
-- Deixa eu mamar no seu pau, deixa?
-- Eu preciso ir embora!
Peguei minha calça molhada, vesti ela e pedi um Uber. Fabrício ficou sem graça e eu mais ainda. Fui pra casa e tive meu primeiro conflito comigo mesmo, o que estava sentindo por Adriane e o que estava sentindo por Fabrício, o que estava acontecendo comigo?
CONTINUA...