Amores Roubados

Categoria: Homossexual
Contém 1430 palavras
Data: 21/11/2023 21:00:55

Olá meus caros, meu nome é Rogério e tenho 24 anos de idade. Moro em Curitiba com meus pais e meus 2 irmãos, Sara e Gabriel. Desde que me entendo por gente sinto atração sexual e romântica por homens, mas tudo mudou em 2018 quando conheci a Adriane. Estava no terceiro ano do ensino médio, até então pensava que era gay e todos da minha família sabiam disso; no primeiro dia de aula sentei perto de uma garota linda e com um olhar misterioso, seu nome era Adriane.

-- Oi -- Disse puxando assunto

-- Oi... -- Disse ela meio desconfiada

-- É nova aqui?

-- Sim e você?

-- Não, estudo aqui desde o fundamental

-- Legal...

Nisso o professor entra na sala e nosso papo encerra. Terminando a aula, fui pra casa e o papo ficou apenas naquilo mesmo.

-- Oi filho como foi o primeiro dia de aula ? -- Perguntou meu pai

-- Foi bem, cadê a mãe?

-- Foi ao cabeleireiro com a Sara

-- E o Gabriel?

-- Foi jogar futebol no campinho da rua de baixo

-- Vou pro meu quarto pai

-- Vocês jovens adoram ficar trancados no quarto, nem conversam mais com os pais

-- É porque estou cansado pai

-- Tá bom filhão, vai descansar

Bom, eu realmente estava cansado já que passei minhas férias de Dezembro/Janeiro ajudando no supermercado que meus pais tem. Deitei e dormi, mas acordei com um sonho até então inusitado; eu tinha dado um beijo naquela menina da sala de aula. Fiquei inquieto e não dei muita bola, afinal sonhos são sonhos não é mesmo? No outro dia ao ir pra escola sentei novamente ao lado dela.

-- Oi de novo rs

-- Oi, por que você está falando comigo? -- Disse Adriane meio intrigada

-- Ue porque achei você legal

-- É que ninguém fala muito comigo, o que você quer?

-- Hey calma, só queria ser seu amigo

-- Eu não tenho amigos!

-- Por que não? Você é tão bonita e parece ser legal

-- Porque ninguém quer ter uma bipolar como amiga, então me deixa em paz

-- Bipolar? Como assim?

-- Isso mesmo, sou bipolar, agora me deixa em paz!

-- Não! Não precisa me tratar assim, é que eu nunca conheci alguém que fosse assim

-- Nunca conheceu alguém louco né!?

-- Você não é louca.

-- Ah quer saber, vou mudar de lugar, não quero papo com ninguém nessa porcaria de escola.

Nisso ela mudou de carteira e foi pra última carteira da última fila. Fiquei grilado com a situação e fui pra casa nervoso. Passei o dia pensando naquela garota e em como eu estava furioso por ela ter me tratado daquele jeito, mas ao mesmo tempo encantado com o jeito dela, o olhar, sua personalidade. No outro dia na escola, ao entrar, vi ela sentada num banco; ao me ver ela se dirigiu até mim e disse:

-- Oi, desculpa por ontem... Eu não deveria ter lhe tratado mal daquele jeito.

-- Relaxa, tá tudo bem! -- Disse sendo seco

-- É que estou acostumada a ser ignorada por todos sabe? Agora me responde, porque veio conversar comigo?

-- Porque achei você legal oras -- Disse dando um leve sorriso

-- Sério? Ou você está só sendo simpático?

-- Claro ué, você parece ser bastante interessante e de boa rs

-- Qual o seu nome?

-- Rogério

-- Nome bonito

-- E o seu?

-- Adriane

-- Bonito nome rs

Nisso ficou um silêncio até que...

-- Rogério quer sair um dia desses pra gente tomar sorvete

-- Isso é um convite ou você só está sendo gentil? -- Disse tirando sarro

-- Ah qual é, é claro que é sério -- Disse ela rindo

-- Tudo bem, convite aceito

Os dias foram passando e eu e Adriane fomos ficando mais próximos, começava a nascer uma bela amizade entre nós dois. Um dia na sala encontrei ela chorando e fui até ela.

-- Oi amiga, o que está acontecendo?

-- Estou ficando louca novamente, estou deprimida

-- Hey eu estou aqui!

Nisso ela me deu um abraço e pela primeira vez eu senti algo que nunca tinha sentido por mulher alguma na minha vida. Eu a abracei forte e quando enxuguei suas lágrimas, Adriane num impulso me beijou. Confesso que fiquei atônito no momento, mas correspondi o beijo e confesso que gostei.

-- Me perdoa! -- Disse ela nervosa e agitada

-- Hey calma, está tudo bem!

-- Eu não deveria ter feito isso!

-- Hey Drih ta tudo bem

-- Tudo bem Rogério? Algumas semanas atrás eu estava te hostilizando e agora lhe beijo, não está nada bem.

-- E qual o problema? Foi só um beijo

-- O problema é que eu sou louca, você deve achar que eu sou completamente pirada.

-- Claro que não Drih, mas tem uma coisa que você precisa saber...

-- Você não quer ser mais meu amigo é isso?

-- Não Adriane, eu sou gay!

-- Jura? Nossa nem parece

-- Sim, mas confesso que desde que te vi alguma coisa está mudando em mim.

-- Do que está falando?

-- Estou com você na minha cabeça

-- Para com isso Rogério, isso não tem graça!

-- Eu nunca senti isso por garota nenhuma

-- A gente mal se conhece cara, além do mais você é gay

-- EU JÁ NÃO SEI MAIS O QUE SOU! -- Disse desesperado. Só sei que depois que conheci você, é como se algo novo se abrisse pra mim.

-- Chega! É melhor nossa amizade terminar aqui, eu não quero ser usada por ninguém!

-- Adriane volta aqui! Precisamos terminar nossa conversa

-- Nossa conversa terminou aqui! Adeus!!

Adriane tinha me dado um fora e nossa amizade tinha se rompido. Nos dias que se passaram, ela estava sentando do outro lado da sala e eu fiquei bastante triste com nosso afastamento. Até o professor de Sociologia mandar-nos fazer um trabalho sobre bissexualidade animal e humana. No nosso grupo tinha 4 pessoas; Vitor, Daniele, eu e Fabrício. Confesso que o tema bissexualidade me despertou interesse, eu que achava que era gay, poderia estar descobrindo essa sexualidade. Até que durante o recreio, Fabrício que era do meu grupo chegou em mim e disse:

-- Você viu que tema mais esquisito que o professor passou?

-- Esquisito como?

-- Ah esse lance de bissexualidade, ou o cara é viado ou é hétero não é mesmo?

-- Não necessariamente...

-- Ah qual é mano? Vai dizer que acha isso normal

-- Fabrício né?

-- Sim

-- Eu sou gay, mas sabe aquela garota da sala?

-- A esquisita?

-- Ela não é esquisita cara, ela tem problemas

-- Que tipo de problemas?

-- Ela tem Transtorno Bipolar

-- Tá cara, você é via... gay... o que tem?

-- Eu beijei a Adriane... Quer dizer ela me beijou, e eu gostei

-- Então você é hétero né bro?

-- Não! Só foi um beijo

-- Ih não sei não, pra mim você tá confuso.

-- Ah Fabrício, valeu... -- Disse em tom irritado e me afastando. No dia de fazer o trabalho que era na casa do Fabrício, apenas eu apareci.

-- Ah cadê o resto da galera?

-- E eu vou saber?

-- Não quero nem saber, se não apareceram só vai ser nós dois mesmo.

-- Acho justo! -- Disse rindo

-- Vem, vou preparar um lanche pra gente comer -- Disse Fabrício

Vale ressaltar que Fabrício era um cara bastante bonito, daqueles caras hétero top rs. Ao me dar o copo de suco de laranja, o copo escorregou e o suco derramou na minha calça.

-- Po mano, foi mal! Vou pegar um pano pra vc enxugar

-- Relaxa ta tudo bem, imprevistos acontecem

-- Tira a calça que eu pego uma minha e te empresto

-- Não precisa mano... eu...

-- Sem mais!

-- Tá bom rs

Nisso eu tirei a calça e fiquei só de cueca, Fabrício me olhou fixadamente e eu pra ele. Comecei a ficar de pau duro diante daquela situação constrangedora e notei que ele também ficou. Quando de repente ele diz:

-- Posso ver?

-- Ver o que?

-- Seu pênis oras!

-- Que isso Fabrício, que papo é esse?

-- Po mano é que eu nunca vi um pessoalmente, deixa eu ver o seu

-- Não sei não...

-- Por favor!

-- Tá...

Nisso eu abaixei a cueca e meu pênis de 19 cm curvado apareceu. Notei que Fabrício ficou atiçado. Ele veio até mim e me deu um beijo na boca.

-- Mano o que está acontecendo aqui?

-- O que está acontecendo é que eu estou afim de você

-- Mas você é hétero!

-- Quem disse? Só porque me comporto como hétero não significa que eu seja

-- Fabrício eu estou muito confuso, melhor eu ir embora.

-- Deixa eu mamar no seu pau, deixa?

-- Eu preciso ir embora!

Peguei minha calça molhada, vesti ela e pedi um Uber. Fabrício ficou sem graça e eu mais ainda. Fui pra casa e tive meu primeiro conflito comigo mesmo, o que estava sentindo por Adriane e o que estava sentindo por Fabrício, o que estava acontecendo comigo?

CONTINUA...

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Foto de perfil genéricaFilhinho de Papai ( ͡° ͜ʖ ͡°)Contos: 34Seguidores: 17Seguindo: 0Mensagem

Comentários

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Não sei porque, até alguns anos atrás, as pessoas negavam a existência de bissexuais. Como bissexual desde que me vejo como um ser sexual (uns 13 anos), sempre namorei meninas e pensava em pau (não se enganem, amo os dois). Hoje, aos 65, continuo sendo bi, casado com minha segunda esposa (fora casos com outras), e vários paus, pelo menos 1x por mês, embora sempre com GPs. Nunca deu certo as tentativas com gays e outros bis. Amo minha mulher, seu corpo, seu cheiro, mas sem pau e leitinho, eu não fico. Adoro dar, mamar, tudo. Ainda bem que ela sabe de tudo, me apoia e me incentiva. Em resumo, apesar da tentativa dos Gays de negar, bissexualidade existe SIM, e... somos muito maior em número que os Gays.

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Confesso que meu pau está em pedra, aguardando a continuação desse conto.

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