Olá, aqui e o PD, e essa é uma nova historia com uma narrativa e personagens diferentes, ela começa assim. Como sempre aviso, a história e bem longa.
Meu nome é kaio, sou natural e vivo no Paraná, especificamente em uma fazenda no interior, morro com meus avós, meu avô Ricardo, de 78 anos, forte ainda devido ao trabalho na roça, mas a idade lhe foi tirando a vitalidade de outrora aos poucos, tem cabelos grisalhos, ele não é alto, mede 1,71 cm, tem um corpo robusto, nem gordo nem magro, mas no peso ideal para idade e para a altura, e tem um bigode grosso da mesma cor do cabelo, eu particularmente nunca o vi sem.
Já a minha avó Luciana, de 72 anos, e pura vitalidade, nunca exagerou e sempre comeu bem, ela tinha cabelos grisalhos e algumas mechas louras que remetiam a sua cor do passado, ela tem um pouco de peso, mas quase nada, mas devido a suas pernas que são pouco grossas, ela pesa 69kg para seus 1,63 cm de altura. Como poderia descrever o comportamento deles? Bem são caseiros, são católicos praticante, sempre aos finais de semana vão a igreja, minha avó e gentil e amorosa, meu avô e gente boa e bem simpático, eu tive sorte.
Já eu Kaio, sou mais alto que meu avô devido a meu pai que vou falar jaja, tenho 1,78 cm, peso 60kg, sou magro, sou louro que nem meu pai e mãe, olhos verdes escuro, lábios finos, com quase nada de definição muscular, se eu não ajuda-se meu avô na fazenda provavelmente seria um fiapo, isso e por que puxei mais a meu pai, mas graças a rotina diária do meu avô de acordar cedo e trabalhar na fazenda desde sempre, me ajudaram a criar um pouco de corpo, mesmo que minha genética fosse radicalmente contra rsrs.
Minha vida e bem rotineira, acordo cedo, alimento os animais, tomo banho e vou a escola, depois volto para casa finalizo minhas atividades que consistem limpar onde for preciso e carregar material ou sacas se necessário, mas não era tanto já que era uma fazenda pequena, isso perdurou por anos. Sempre tive uma vida estável, com apenas um detalhe que era bastante irritante para mim e estranho para os outros.
O problema que eu tinha era com minha família, mas não meu avô e avô, eu digo meu pai, mães e irmãs. Sim eu disse mães, por que tenho duas, e estranho por que não tenho madrasta, em caso de duas mães, uma era a madrasta, mas eu passei anos sem saber qual das duas me colocou ao mundo, e só fui saber pelo meu avô, pai da minha mãe biológica que é a mãe Leide, já o nome da minha outra mãe era, mãe Vitoria. Por que de eu chamar elas assim? Bom, por exigência do meu pai, eu passei anos querendo saber qual das duas era a minha mãe verdadeira, depois de descobrir na escola que só se podiam vim de uma só mulher, e fiquei com medo de perguntar quem das duas, era, e depois de muito tempo perguntei ao meu avô que disse que minha mãe era a Leide. Meu medo era do meu pai que nem vivia comigo, mas que eu via três vezes ao ano, só em aniversários, dele, da mãe Leide e da mãe Vitoria.
O motivo de chamar assim, foi por que ele disse que ambas eram minhas mães e das minhas irmãs, e por isso todos os filhos dele tinham que chama primeiro mãe depois o nome de qualquer uma das duas, mesmo eu não sendo criado por ele, sempre tive um apreço por ele, mesmo sendo claro que não era reciproco. Todos os filhos dele são da Leide, são quatro filhos, a vitória e estéril, nunca pode ter, e ele vive com as duas, meu pai tem 63 anos, nome dele é Jason ele e alto 1,87 cm louro, olhos azuis escuros, ao contrário de todos da minha família ele é Americano, ele e imponente, com uma voz grave, ele fala português já que vive a 30 anos no Brasil, mais ainda sim tem sotaque. Os cabelos dele são louros ainda mesmo que bem clarinhos, ele não tem barba, mal cresce na verdade, comigo e o mesmo no máximo uma barbicha, ele tem um corpo esguio, mas masculino quadrado, e a religião dele não e cristã, ele pertencem a um culto de muito anos, que veio com seu líder dos EUA para o Brasil, nos meados da década de 80.
Meu pai era um dos membros mais antigos, que seguiu o líder do culto ao brasil, este culto e bem restrito, só vira membro com indicação, e muitos dos que estão no mais alto nível, são membros antigos como meu pai, já minhas mães e irmãs também pertencem a esse culto, já eu sou católico, não por opção, mas por que meu pai nunca fez questão de me levar ou mesmo me chamar, e foi na década de 80 que meu pai conheceu as minhas duas mães, elas entram no culto novas, e ficaram lá, até depois de alguns anos engravidarem da minha irmã mais velha, depois veio a segunda um ano depois, a terceira também um ano depois, e a mim dois anos depois da terceira.
Minha mãe vitória tem cabelos presto, pele bem branca, e olhos castanhos claros, bem bonita na época dela, vi fotos antigas quando tive oportunidade. Ela não tinha muito corpo, mas compensava com peitos grandes, mesmo o restante do corpo não ter muitas curvas. Mas era linda demais de rosto até agora com seus 44 anos, e uma mulher linda, ela era mais linda de rosto que a Leide que também era linda, a vitória lembra muito a Luiza Brunet.
Já minha mãe Leide, lembra a Patricia Pilar, com seus 42 anos, ela tinha mais corpo, e loura, tem pernas grossas, e ancas largas, não possui tanto peito, e olhos verdes nem claro nem escuro, ambas tinha lábios carnudos, e o que tinha mais em comum e a indiferença em relação a mim, que era refletida nas minhas irmãs, todas as três cagam e andam para mim, nos dias do ano que eu visitava a casa do meu pai, eu nunca fui bem recebido, se eu faltasse provavelmente nenhuma delas ia sentir minha falta, posso até dizer que nem eu queria ir mais, a falta de contato ia limando qualquer laço que eu poderia criar, o que me impedia de não ir, era meu pai, não por que ele mesmo exigisse, mas sim por eu tinha medo do que poderia acontecer se eu não fosse nos aniversários, vai que ele ficasse com raiva. Ele e grande e imponente com sua voz, não é toa que era respeitado pelo meu avô, mesmo ele não gostando do meu pai.
O motivo do meu avô não gostar dele e obvio, minha mãe Leide, meus avós são católicos, e minha mãe também era ate se juntar ao culto, e quando meu pai chegou na fazenda informando do casamento dele com minha mãe, meu avô ficou totalmente revoltado com ele, para se ter uma ideia desde do momento que ela entrou no culto, ela nunca visitou a fazenda, nem se quer uma única vez, meu avô guarda rancor disso, mas mesmo odiando podendo até dizer, ele nunca desrespeitou meu pai ou falou mal dele para os outros fora minha avó e a mim, eu via que ele respeitava meu pai, mas também eu acreditava que ele tinha medo de se impor diante dele como eu sempre tive.
Eu posso até passar um ar, de um rapaz medroso, mas não sou, mas também não sou corajoso, sou apenas normal, meu pai que transmitia essa imposição as pessoas, e eu como filho sentia mais. As vezes me pegava sonham um dia que ele iria vim até minha casa, olhar para mim e dizer meu filho e me abraçar, um sonho simples, mas que parecia tão longe quanto o sucesso de uma grande empresa.
Os anos iam passando na fazenda e minha vida cada vez mais ia se distânciando a do meu pai, era meu ultimo ano no ensino médio, minhas visitas a casa de meu pai iam ficando mais curtas, cada vez passava menos tempo lá.
Uma vez quando fui no aniversário de minha mãe Vitória, fui eu e minha avó que normalmente ia comigo, desejei feliz aniversário a ela, onde ela agredeceu e depois saiu, minha irmã Elena, a segunda filha veio conversar comigo perguntando como eu estava indo e como era a escola, eu dizia que ia bem, ela me escutava falando depois sorria e ia embora, e isso se repetia com as outras duas vinham falar comigo nas visitas, mas as conversas não saião de trivialidades, e não duravam o suficiente, normalmente vinha duas das três e poucos casos as três, uma a uma e perguntavam quase a mesma coisa de formas diferentes, me escutavam e sorriam e se mandavam, naquele dia, não falei com minha outra mãe nem com meu pai e só um abraço na mãe Vitoria e uma conversa curta com minha irmã Elena, e no final lá estava eu só partindo tão cedo quanto possível.
Normalmente durante os aniversário na casa do meu pai não tinha convidados fora, a mim e minha avó, mas vinhamos durante o almoço, e partimos normalmente a noite, já até questionei minha avó se comemoravam quando eu não estava a noite, ela sempre desconversava e dizia que devido a crença deles nem deviam comemorar, mas na minha cabeça, eu não era bem querido na “festa” a noite, e confirmei isso recentemente.
Não descrevi minhas irmãs, e também sobre o que eu sabia do modo de vida do meu pai e sua família. Minha irmã mais velha a primeira a nascer, nome dela era Eliza, tem 21 anos, tem 1,77 cm, quase a mesma altura que eu, olhos verdes claros parecendo esmeraldas, tem cabelos louros com a mãe e as irmãs, a diferença entre as irmãs no cabelo e o tom pendendo do mais claro ao mais escuro, o cabelo dela estava entre o mais escuro e mais claro das três, Ela tinha corpo escultura, as três tinham na verdade, devido a academia que faziam já alguns anos, ela tem bunda grande e bem redonda estilo redonda cheia, com pernas grossas, peitos médios, ela tinha um corpo brasileiro, mas rosto americano herdado do pai, parecia a Emilie Ravin, só que bem jovem, das três era mais segura e firme, pelo menos e o que parecia do pouco que convivi com ela.
Já a segunda a nascer era a Elena, que tem 20 anos, tem 1,73cm de altura, os cabelos dela era os mais claros, chega brilhava com o sol que batia em sua cabeça, seus olhos eram azuis mais para claros, Ela tinha os maiores peitos dentre as três, e como a bunda em formato de coração mais grande, e pernas grossas. E como Eliza também tinha um rosto norte americano, lembrava a Angourie Rice, era mais divertida por assim dizer, era mais espontânea.
Já a terceira e mais nova dentre as três era a Emma, que tinha 19 anos, sendo dois anos mais velha que eu, a mais baixa de 1,71cm, os cabelos mais escuros, mais ainda sim louros, olhos azuis nem escuro nem claros, ela tinha peito médio e a bunda dela era uma mistura de coração e redonda, tinha grande tamanho, com pernas grossas que ajudavam, e parecia a Valentina Bulc, ela tinha traços mais brasileiros, que as outras duas, o rosto menos inglês, ela é mis teimosa, mas manda muito, normalmente e a mais inventiva em fazer algo.
As minhas irmãs eram lindas, e claro que a referência delas e mais para saber como elas se parecem, com a quem lembram, não de fato que sejam idênticas, mas sim parecidas, mas os corpos das três eram demais, sempre frequentaram academia, perto de onde moravam, minha avó que disse, era uma academia frequentada por apenas membros do culto.
O engraçado de tudo, e que eu consegui mais informação da vida da minha família através da minha avó ou avô, do que propriamente deles mesmos. Na verdade, eu mesmo falava mais sobre minha vida para eles do que o contrário, parecia que não tinham o que falar ou não poderiam falar, mas no final eu falava.
E as vestimentas que usavam variavam, grande parte das vezes vestiam vestidos longos até os tornozelos azuis claros, ou calças jeans não tão justas, com blusas largas, mas os jeans eram raros, era mais comum ver elas de vestidos, tanto minhas irmãs quanto minhas mães, eu nunca tive sorte de ver elas com outras roupas, muitos menos a da academia, juntando o ano todo eu tinha no máximo seis a oito horas com elas por ano, e nem e com cada uma, e sim com todas.
Mas tudo mudou no aniversário de meu pai, e quando digo mudou de fato mudou, e daqui início minha história por que logo pela manhã, as seis e meia enquanto eu carregava as rações dos animais já parcialmente vestido com a roupa do colégio, vejo minha avó saindo de casa meio que pouco chocada com celular na mão, ela chegou diante de mim tampando o celular com a outra mão e disse.
- Ligação para você... Querido, Hruf.
- Ok, quem e tão cedo? – peguei o celular da mão dela, e levava ao ouvido até ela dizer antes de chegar no ouvido.
- E seu pai...
Eu quase deixei o celular cair na terra, parecia um equilibrista tentando segurar o celular na mão que se recusava a aceitar meu domínio, consegui segurar com firmeza o celular com ele a 30 centímetros do chão, e com bastante nervosismo em uma voz vacilante eu disse.
- Alô...
- Kaio, e o papai, como você estar garoto?
- Eu, eu... Tô bem, e o senhor, ah, feliz aniversário...
- Obrigado. Você vem que horas hoje?
- Eu, bom... Uma, da, da tarde?
- Não pode ser daqui a pouco? E uma bela manhã, podemos aproveitar o dia meu filho.
Eu juro, a raiva que eu tinha dele, pela falta de interesse não só dele como a da minha família, me fazia passar noites a fio imaginando uma situação que pudesse fazer eles dependesse de mim, e quando chegasse tal situação eu os desprezasse, muitas e muitas noites imaginei isso, muitos dias em que precisei de um pai e não tive, sempre via meus amigos com suas famílias e invejava isso, eu os culpava por tudo, e de certa forma eles eram de fato culpados por isso, mas quando ele disse “Meu filho” Nada disso veio na minha cabeça, eu já estava assustado por receber uma ligação do nada dele, tão cedo, pensei que ate algo terrível tinha acontecido para que tal evento ocorresse. Mas não, não foi uma noticia ruim, ele apenas me ligou e me pediu, e não mandou, chegar mais cedo. Eu ainda Absolto e bem emotivo que lagrimas brotavam dos meus olhos, eu disse com toda força possível que restava para manter minha voz o mais normal possível falando.
- Cla, claro pai, vou agora.
- Que bom, fico a sua espera.
E logo ele desligou, a voz dele na ligação parecia serena, ele estava calmo. Já eu por outro lado cai de joelhos chorando, minha avó vendo aquilo ficou até assustada me abraçou e perguntou.
- O que aconteceu meu filho? Alguém se machucou? – Perguntava ela aflita.
- Não, não... – Eu dizia, segurando o celular no peito e completando. – Ele disse... Meu, meu, meu filho.
- Oh, meu querido.
- Ele, ele me considera filho dele... Ele, ele está me esperando.
- Agora?
- Sim, eu, eu... Bom preciso trocar de roupa, não posso ir com uniforme da escola.
- Bom, mas... Claro meu querido, vou me vestir para te levar.
- Sim... – Eu dizia como se procurasse com olhos vacilantes em meio aos animais por algo que nem eu sei o que era, até que olhei para minha avó e disse. – Vó, você poderia só me deixar... Eu ligo para a senhora, quando for me buscar... E, que não e assenhora, e que ele nunca...
Minha avó me abraçou e disse com rosto no meu peito.
- Não precisa me explica querido, eu sei que você esperava afeto a vida toda deste homem frio, não quero o atrapalhar, e se acha que minha presença possa prejudicar você, eu...
- Jamais vó, não e isso... E que estou confuso, não sei o que fazer, sempre quis isso, mas também sempre quis mostra a raiva dele por me execrar... Eu, só não sei por que me ligou, e... Não sei....
- Tudo bem, querido, vou te levar e dizer depois para teu avô.
- Verdade, ele pode ficar com raiva.
- Pode? – Perguntou ela rindo.
- Concerteza vai, e capaz ate de me convencer a me atrasar, mas não acho que ele queira que eu falte.
- Seu avô sabe, a importância da família mesmo não sendo a que merecemos.
- Será que devo por algo bom?
- Será não, deve. Ficara o dia lá, e só quero receber sua ligação...
- A noite.
- Bom, eu ia dizer no início da tarde, para te buscar e te leva no final dela.
- Vó, nunca fiquei lá a noite.
- Dirigir a noite e perigoso, seu avô e eu não temos uma boa visão. E as luzes...
- Eu volto de ônibus... Se for o caso e claro.
- Ok, garoto vai se vestir, e não faça muito barulho e saia direto para o carro, seu avô está na horta, quando eu voltar eu falo com ele.
- Obrigado vó. – Disse e fui para meu quarto em trocar correndo.
Mesmo naquela situação com tempo para pensar, tinha uma mistura de sentimentos, eu estava eufórico para ver o mesmo homem que nunca me quis, nem mesmo me criou? Bom parecia que sim, mesmo a raiva me tomando, a emoção também brigava pelo espaço, e no final a duvida do por que ele ligou para mim, me fez, me vestir com uma roupa social, mas não tanto, tênis, jeans, camisa de botão, coloquei meu perfume mais caro, que era uma colônia que era mais cara que as outras colônias rsrs, e claro antes de tudo isso tomei um banho bem tomado.
E logo lá estava eu no carro, aguardando minha avó, ela chega com uma saia crochê verde e blusa de alça também verde. Ela adorava combinar as cores das vestimentas se usava uma cor, usava o conjunto todo. A viagem da minha casa até a do meu pai levava em torno de duas horas, como uma distância aproximada de 187 km, no caminho para lá fui nervoso, primeiro por que era algo inédito, segundo e por que estava indo, e terceiro era por que não sabia o que esperar. Minha avó não falou durante o caminho, mas logo quando cheguei e fiquei diante da casa do meu pai, que tinham os moldes de casa americanas, tinha dois andares, possuía um quintal largo com piscina, mas não tinha área lateral, a frente tinha um pequeno jardim com flores regadas rotineiramente, e a garagem era na frente também do lado direito da casa, mas era coberta e fechada sem possibilidade de ver, o murro da casa tinha quase dois metros a porta para a rua era de alumínio assim como o portão da garagem, e o murro era da cor cinza concreto blocos.
A casa dele era grande tinha quatro quartos em cima, e três embaixo, sendo os quatro de cima com suíte, mais dois banheiros embaixo, uma sala ampla em dividida em dois ambientes de jantar e social, a cozinha tinha uma bancada americana que dividia a cozinha, mas não era conectada a parede e tinha aproximadamente dois metros e meio de comprimento por um de e alguma coisa de altura. Tinha mais de 300m², era muito agradável.
Quando o carro da minha avó parou diante da casa, já fiquei surpreso, minha mãe Leide, estava lá junto da minha irmã Eliza, e não foi só eu que fiquei surpreso, até minha avó ficou, a ponto de olhar para sua filha, minha mãe por alguns segundos e então se virar para mim e dizer.
- Tenha um bom dia querido... Bom Se tiver algum problema, não pense duas vezes em ligar para nós, eu e seu avô chegaremos como uma bala.
- Claro vó. – Eu disse com sorriso.
- Estou falando sério, qualquer coisa ligue, qualquer coisa que você achar estranho. – Disse ela apertando minha mão e sorrindo, beijou minha testa.
- Vó, o que seria mais estranho que meu pai ligar pessoalmente e pedir que eu venha, tem algo mais estranho?
- Por isso estou dizendo... Sua mãe... Minha querida filha, sempre me contava tudo quando era mais jovem, mas depois que conheceu, seu... Pai... Ela não falava mais nada para mim, sempre que nos dois vinhamos eu tentava conversar com ela, mas ela sempre falava trivialidades...
- Não e so com você, comigo...
- Escuta garoto, o que Deus diz e abençoado, o que um homem diz, muita das vezes e manipulado, eles seguem um profeta, que guarda os seus segredos para si e para aqueles que o segue devotamente... Seu pai, nunca foi flor que se cheire, não tem por que agir assim agora.
- Sim, mas...
- Só estou pedindo para ter atenção só isso, eu e seu avó não falamos deles com você para não ficar enchendo sua cabeça com isso, por que sempre achamos que seu pai não queria... Contato.
- Não me queria, se quis dizer, está tudo bem, vou ter cuidado vó.
- OK, meu grande homem. – Disse ela me abraçando com nois dois ainda dentro do carro.
Fui saindo do carro, ai minha vó baixou o vidro e disse.
- Chama sua mãe aqui rapidinho.
- Ok, vou lá.
Fui caminhando até a porta que estava aberta, minha mãe me abraçou, logo depois minha irmã fez o mesmo e disse.
- Bem vindo Kaio, quer comer algo? Está com fome? – Perguntou minha mãe, sorrindo para mim.
- Não, estou bem. – Eu disse.
- Sede? Quer beber algo? – Perguntou minha irmã sorrindo também, mas direta.
- Não, está tudo bem... Mãe Leide, minha avó quer falar com você.
- Hum, claro, Eliza leva seu irmão para falar com demais, eles esperam por ele.
- Esperam? – perguntei com tom de surpresa na voz sem perceber.
- Claro querido, faz um tempo que não nós vemos. – Disse minha mãe Leide, depois ela foi até o carro.
Eu fui entrando com minha irmã na frente, eu virei para atrás e vi apenas minha mãe olhando para minha avó que estava com os vidros abaixados falando algo que não sei o que era, mais ela gesticulava um pouco as mãos, e minha mãe nada dizia, só olhava, então entrei na casa, e minha irmã me conduziu até a cozinha onde estavam as demais mulheres cozinhando. E Minha Mãe Vitoria, foi a primeira a dizer.
- Olha, se não e meu filho homem preferido.
- Você só tem a mim, de homem. – Disse com obviedade.
- Mas não deixa de ser verdade. – Ela disse e sorriu, e me abraçou.
- Tá mais forte. – Disse minha irmã Emma, apertando meus braços e dando uma risada marota, e depois me abraçou e beijou minha bochecha direita.
- Cresceu? – perguntou a minha irmã Elena com seus olhos azuis brilhantes.
- Nem um centímetro. – Eu disse em resposta.
- Para mim parece mais alto. – Disse minha mãe Leide entrando na cozinha.
- O que minha avó queria?
- Nada demais, só saber as novidades, e desejar feliz aniversário para seu pai.
- Ok, e quais são as novidades? Questionei.
- Bom para isso preciso do seu tempo, você nos acompanha Eliza? – Perguntou minha mãe Leide.
- Sim, mamãe.
Nisso, deixei as três na cozinha e fui para sala com as duas, elas se sentaram no sofá e começaram a falar da vida delas, e eu só escutava e por uma hora falaram, até que meu pai veio descendo escadas, vingando de uma perna na outra parecendo um gigante, eu acompanhava com os olhos e o via vindo em minha direção logo ele estando diante de mim disse.
- Bom dia, Kaio, tudo bem garoto?
- Tudo... Pai.
- Que bom, espero que se divirta hoje.
- Mas e seu aniversário.
- Para mim, o melhor presente ou diversão que eu possa ter, e que meus filhos sejam felizes.
- Hum, ok.
Nisso meu pai olhava para mim sorrindo por poucos segundos sem dizer nada, até que foi até a estante na sala e pegou um livro que estava em um apoiador de leitura aberto. E disse para mim.
- Já leu?
- Não sei, qual título? – Perguntei, por que era um livro sem nenhuma ilustração ou algo escrito na capa, era apenas da cor rocha.
- Não possui.
- Então, como vou saber?
- Este livro não precisa de título, já que ele pode falar de tudo, direta ou indiretamente.
- E a bíblia?
- Não, mas e parecido já que foi nosso messias que nos consagrou com ela.
- Hum...
- Quer me acompanhar em alguma passagem?
Meu pai nunca me chamou para fazer nada na vida, não seria hoje que ia recusar mesmo que fosse diferente da minha fé, eu não rezar com ele, ia apenas acompanhar, eu dizia para mim enquanto o seguia até um quarto com altar e poucas velas. Tinha um tapete vermelho que se estendia da porta até o altar, e meu pai foi e colocou o livro aberto em uma pagina na qual escolheu, e se ajoelhou diante ao altar, e eu atrás segui seus passos, só estando a gente no cômodo ele começou a dizer em uma língua familiar para meus ouvidos, mas não sabia o que era dito, mas devido a minhas idas a igreja, conseguir identificar como italiano. Ele tinha as mãos erguidas e diz com uma voz calma e roca com olhos fechados.
Ele ia dizendo eu só escutava com cabeça baixa, me sentia incomodado, mas estava lá meu pai, aquele que nunca fez algo comigo em toda a vida, fazendo pela primeira vez, eu não me importava o que era, o que importava era estar lá. Ao final, ele se levantou, fechou o livro se virou para mim e disse.
- E importante para mim dividir isso com você. – Disse ele passando a mão na minha cabeça.
- Para mim também. – Eu disse querendo dizer que duvidava dele, mas que de fato era importante para mim mesmo que fosse uma mentira para ele.
Deixamos o cômodo, e fomos para a sala, e logo conversamos só nos dois por algum tempo até o almoço, durante o almoço, nada de anormal tudo ocorria tranquilo, meu pai depois do almoço saiu, e minha irmã Emma veio falar comigo, e me chamou para o quintal ver as plantas na qual ela cuidava. Eu a segui, nos fundos depois da piscina tinha um jardim pequeno com alguma, flores distintas em cores azul, amarelo e verde, em destaque, mas a maioria estavam pouco secas. Eu cuidava de plantação com meu avô, eu não era especialista mais sabia identificar mal cuidado. E disse.
- Legal, você cuida só?
- Da pra ver que sim, já que estão terríveis. – Disse ela rindo, com um olhar que eu não tinha visto dela ainda, um olhar direto e fixo e dissimulado.
Eu até senti um incomodo na hora. Mas dei continuidade a conversa.
- Não fale isso, elas são bonitas, só precisam de um intervalo mais curto de água. Logo ficariam reluzentes.
- Hum, parece entender, se você me ajuda-se, tenho certeza que elas ficariam lindas. – Ela disse colocando a mão nas minhas costas, enquanto eu estava lado a lado dela, e ficou olhando para flores, onde fiz o mesmo.
-Se eu pudesse, ajudar, ajudaria.
- O que te impede? – Ela me questionou olhando para mim.
- Quilômetros. – Eu disse rindo um pouco.
- Não, se você morasse aqui. – Disse ela com sorriso aberto para mim, e com a mão subindo um pouco e apertando de leve meu ombro.
- E, mais no morro.
- Mas, poderia...
- Tão alugando ou vendendo casa aqui do lado? – eu disse com sorriso amarelo.
- Não, mas poderia ser conosco, somos uma família... Não?
- Agora somos?... – Perguntei, deixando escapar o sarcasmo. – ão foi isso, que eu...
- Nunca deixamos de ser. – Disse ela com beicinho e a mão ainda no meu ombro, mas a outra indo para meu peito e me abraçando.
- Eu, eu... Nãoo, somos sim, e que... – Eu ia dizendo nervoso.
não sabendo dizer se o nervosismo era por ter falado merda ou por ela estar tão perto com aqueles olhos azuis me encarrando, eu olhei rápido para os lados se tinha mais alguém ali, mas era só a gente. E voltei a dizer.
- Eu poderia morar com vocês... Mas o pai...
- Não tem nada, ele adoraria você aqui.
- E por que nunca me chamou?
- Eu não estou chamando? – Perguntou ela, me olhando nos olhos ainda abraçada a mim.
- Sim, mas antes...
- Passado e passado, mas se quiser podemos até dividir o quarto, sabia que sou friorenta?
- Não, mas...
- Pois he, sinto frio demais, eu durmo toda cobertinha, com você lá pode me abraçar e me esquentar... – disse ela me olhando com sorriso dela dissimulado. E emendou. – Assim não vou precisar de tantos cobertores, só do meu irmãozinho prestativo...
- Sim... – Eu dizia, meio que imaginando, meus olhos vagam pelas curvas dela, que naquele vestido não mostrava, mas eu imaginava sem ele, mesmo vestido sendo grosso e longo. Minha imaginação era fértil e meus hormônios trabalhavam por mil, e ela pareceu ler minha mente.
- Está imaginando eh? – Disse ela com rosto próximo do meu ouvido.
Quando um grito vindo da porta da cozinha da Elena, que me deu um susto, mas era só ela em chamando.
- KAIOOOO.
- SIM, ESTOU INDO.
Nisso a Emma, já tinha se afastado e só sorria para mim, dizendo.
- Melhor irmos, estão precisando de você.
- Sim...
E voltamos para dentro de casa. Elena até disse sorrindo.
- Vocês estão se dando bem, você ficou muito tempo lá com já que as flores da Emma, são um Horror. – Disse ela rindo muito, e a Emma dando um soquinho nela.
Aquilo era legal, mas algo me dizia que não era natural, e o pior e que a Emma falando aquilo me deixou apreensivo, era estranho. A tarde ia passando todas conversavam comigo, e nada de estranho ia acontecendo, todas estavam de vestido longo o que variava era a estampa.
Até que para comemorar o aniversário do meu pai ia precisa de outra mesa devido a comida a noite, e pediram que eu tirasse a mesa da casinha que ficava ao fundo com as ferramentas e objetos do quintal. A Emma se voluntariou para ir comigo, e chegando lá a mesa estava com vários objetos encima, e eu fui tirando e a Emma também, quando estava quase acabando, Emma foi até a porta, e eu estava passando um pano na mesa, quando escutei um trinco, me virei e ela estava com a chave na mão, e eu disse.
- O que você fez?
- Nada.
- Que barulho foi esse e que chave e essa?
- Não sei do que você está falando. – Disse, ela passando por mim e se sentando na mesa.
Eu fui ate a mesa, e tentei abrir a porta, mas ela estava trancada. Eu disse.
- Não tem graça, abre.
- Humm, a você está falando dessa chave. – Disse ela balançando a chave.
- Sim. – Disse, sem vontade de brincar.
- Pega... – Ela deixou a chave na palma da mão.
Eu fui pegar, quando ia pegar a chave, ela fechou a mão eu segui e com a outra mão ela puxou pela camisa, e deu a volta com as pernas na minha cintura.
- Emma, para com isso. – Eu disse olhando envolta das pernas dela e o vestindo dela subindo mostrando as pernas dela troneadas da academia.
- Me faz parar. –
Nisso ela jogou a chave em direção da porta. Eu tentei ir mais ela era forte segurou firme com as pernas. Eu coloquei minha mão nas pernas dela para abrir, ela logo disse.
- Que isso? Tocando sua irmã assim. – Eu logo, larguei.
- Não só quero sair.
- Por que?
- Isso e estranho.
- O que é estranho? - Disse ela puxando minha camisa para perto dela, o meu rosto estava centímetros do dela.
- I,isso... Você está perto de...
Ela me interrompeu com beijo, e mordeu meu lábio, afastou o rosto e disse.
- Isso?
Eu nada disse, apenas balancei a cabeça confirmando, ela rindo me beijo denovo, e se afastava, a cada beijo o próximo ficava ainda mais longo, e ela foi colocando a língua na minha boca, um beijo molhado e estalado, eu ficava arfando a cada intervalo, ela sorria com uma malicia. Eu não sei quanto tempo durou até que ouvimos um barulho na porta era a Elena, dizendo.
- Vocês estão quase uma hora ai.
- hihi. – Emma ria baixinho e disse no me ouvido. – Diz pra ela por que a demora.
- E que tem muita coisa aqui na mesa.
- E por que a porta está fechada e trancada?
- Não, nãooo... está trancada. – Eu ia dizendo e Emma me passava a mão nas minhas costas apertando minha bunda e beijando meu pescoço.
- Então por que não abre?
- Por que... Tivemos que colocar na frente para limpar a mesa, mas logo vamos levar.
- Ok.
Nisso, eu ouvi, ela se afastando.
- Você e louca Emma.
- Calma Kaio. – Ela foi tentar me beijar de novo, mas a situação em despertou e eu a afastei ela com as mãos nos ombros dela.
- Somos irmãos.
- Chatoooooo. – Disse ela fazendo beicinho, e se levantando e saindo.
Levei a mesa com ela, e tentei me manter afastado dela, isso era pecado pela igreja, e era estranho, não era a primeira vez dela me vendo, já me viu várias, mas por que isso agora?
Quando estava a noitecendo meu tinha retornado, comemos todos juntos sem ninguém a mais, e durante o jantar chegou dois homens velhos, da mesma idade ou mais velhos que meu pai. Minhas mães os seviram, e trocaram algumas palavras com meu pai, e depois foram para o escritório dele, eu fiquei lá com elas, até que depois de alguns minutos falei que ia ao banheiro que ficava a duas portas do escritório, eu escutei sons de conversas vindo do escritório e a minha curiosidade falou mais alto e fui escutarLogo, logo, vai acontecer, se não cumprir com... – Uma voz dizia, o tom mudava então ficava difícil de entenderVejo que está sendo complicado... Não verem, e o mesmo que não ter vinculo...
- Estou providenciando... Jhoson, tem a vantagem de alguns, mas grande parte...
Quando senti um toque no meu ombro, me virei assustado, era Emma.
- Perdeu o caminho do banheiro, está fazendo o que eu aqui? – Disse ela com voz baixa.
- Eu não perdi, só estava endo coisas...
- Vendo não, ouvindo, rsrs... Abelhudo.
- Você faz o que aqui?
- Pensei que você poderia precisar de alguma ajuda.
- Que ajuda? – Disse eu sem entender.
- Hora, para balançar, os garotos tem que balança para não ficar restinho ne? – Ela disse com rosto próximo do meu sorrindo e passando o dedo indicador no meu a pau, que logo acordou.
- Tá doida?
- Rsrsrs.
Ela foi indo embora rebolando no vestido que balançava e só olhou para trás e eu até tinha esquecido onde está até ouvir passos indo em direção a porta, dei um pulo para ficar na frente do banheiro, e logo meu pai saia com os dois homens, ele me viu e perguntou.
- Kaio, precisa de algo? - Perguntou com um ar duvidoso.
- Não, só estava indo ao banheiro...
- Ok... Vou conversa com você daqui a 10 minutos na sala, vou te perguntar algo.
- Tá... Certo.
Isso me deixou nervoso, então voltei. Aguardei, e depois que ele se despediu dos amigos, ele veio se sentar com todos na sala, e disse para mim.
- Esse foi um bom dia, telo aqui, mostrou o que de fato nos faltava para ser completos. Por isso e necessário mudanças para percebemos o que precisamos de fato...
Ele dia dizendo e eu só escutava, ele falava de Deus, das necessidades familiares, até que fez sua pergunta.
- Gostaria de passar um mês conosco? Durante suas férias e claro para não atrapalhar seu ano letivo, e se gostar pode ate vim morar com seu pai, essa casa e sua também.
- Eu, eu...
- Não precisa responder agora, pode ser amanhã, já chamei sua avó, algum tempo atrás logo ela chega. Vá para casa e pense e depois diga, se quer criar um laço com sua família.
Depois disso, conversamos mais algumas coisas, quando minha avó chegou, todos se despediram de mim com sorrisos calorosos, e quando foi a vez de Emma, ela disse ao meu ouvido.
- Tomara que aceite, irmãozinho, para podermos aproveitar o que não pudermos, e nos diverti muito... – Disse ela por fim, mordendo minha orelha.
Eu entrei no carro e fomos embora. Dentro do carro minha vó só perguntou.
- Houve algo bom, tens novidades?
- Eu não sei ainda, vou pensar sobre...
CONTINUA....
Este e um novo conto, original como o outro e terá varias partes, agradeço a quem gostou. Lembrando que ainda vou postar a continuação do outro conto.