Sobre uma deliciosa música, Clara e Ricardo ficavam ainda mais agarrados e colados um no outro, enquanto fechavam os olhos e se rendiam aquela deliciosa música que ecoava em seus ouvidos. Deixavam-se render ao clima gostoso de natal, misturado com aquela paz que só aquele clima podia proporcionar. Ambos estavam completamente rendidos naquele momento, dançando como se não tivesse fim.
Foi quando o clima acabou proporcionando um momento em que Ricardo olhou diretamente nos olhos de Clara, e assim ele foi guiando a sua destra até o rosto da jovem deslizando a ponta dos seus dedos que foram caminhando pelo seu rosto até o queixo. Clara começou a fechar os olhos, ela foi se aproximando junto a ele eu só abre os estão quase encostados um no outro, mas logo Clara parou. Ela ainda permaneceu ali junta de Ricardo, com seu corpo colado ao dele, com seus olhos fixos junto ao do rapaz, enquanto ambos trocaram um sorriso.
— Não sei se devemos agora, é praticamente nosso primeiro "encontro", não é? — Disse Clara.
—Sim, é nosso primeiro encontro. O primeiro de vários, se você permitir. — Disse Ricardo a ela, continuando a acariciar seu rosto, enquanto olhou para seus olhos verdes e ficou preso a eles.
Inevitavelmente os dois acabaram se beijando, onde Ricardo finalmente conheceu os lábios de Clara, e passou a movimentar a sua boca junto a dela de forma lenta para aproveitar melhor aquele momento enquanto as línguas se cruzavam, enquanto um abraço gostoso entre os dois se iniciava. Porém o beijo acabou durando apenas alguns segundos, com Clara afastando sua boca junto de Ricardo, agora ela fazendo um breve carinho em seu rosto, fazendo com que a ponta dos seus dedos dancem junto ao rosto do rapaz, enquanto foi fazendo carinho ali sobre o mesmo.
Os dois seguiram naquele clima totalmente formado, e assim passaram o restante do Natal, completamente juntos e descobrindo cada vez mais coisas em comum sobre um e o outro, porém, havia coisas que Ricardo não havia revelado ainda para Clara.
Enquanto isso, Aline voltava para sua casa, completamente derrotada depois da ida a casa dos Montovani. Sabia que seu emprego ali já era, e que estava sendo pressionada a devolver o dinheiro. Mas de nenhuma forma ela iria devolver aquela bolada, iria sumir por um tempo, sem deixar rastro. Seu amante falsário, poderia conseguir novas identidades para ela, poderia sair do país. Quando entrou na casa, foi tomar um banho, e pensar nos próximos passos, mas nem teve muito tempo para isso. O dono da casa de alto padrão que Aline morava, entrou em contato com ela, com uma péssima notícia.
— Olá Aline. Não sei se já soube, mas o doutor Tércio suspendeu o pagamento do aluguel desta casa. Então, você tem até o final do mês aqui, depois, terá que se retirar, ou se quiser, assinar um contrato comigo de locação. Tudo bem?
— Ah é? Ótimo, não precisa, viu? Eu estou de mudanças, não ficarei aqui muito tempo! Obrigada. — Aline depois que desligou o telefone, gritou de raiva, por mais um golpe em sua vida.
— Ah que maravilha, sem emprego e agora sem casa no final do mês! Mas eu não me preocupo, ainda tenho dinheiro. Só preciso ligar pro Felipe para ver a questão das identidades falsas. Aline ligou para Felipe, e enquanto ela aguardava seu amante atender, ela pensou consigo mesmo. - Essa família, principalmente essa Russa me pagam. Eu vou achar um jeito de voltar, e depois disso, eles vão ver só!-
Aline então tentava discar para o amante, mas só dava na caixa postal. Ele não atendeu, então ela deixou uma mensagem. Disse para que ele fosse até ela quando pudesse, estaria o esperando. Ou que ligasse, tinham que tratar a saída do país. Com as joias que ganhou todos os anos de Tércio, de Ricardo, e ainda suas economias, mais a grana que desviou, daria para viver bem em um país Europeu por uns 5 anos, até voltar ao Brasil. Como era uma pessoa bem prevenida, ela então foi acessar sua conta em seu notebook, para verificar seus dólares. Porém, teve uma desagradavel surpresa, ao ver que a conta foi encerrada e todo seu dinheiro sacado.
— Não pode isso, como é possível!? — Disse Aline, que em pleno Natal, viu seu mundo ser completamente destruído. Se tocou que só uma pessoa poderia ter feito isso.
— Mas que filho da puta! Que ódio, eu fui roubada! — Gritava Aline, totalmente desesperada com aquela situação. Agora, nem poderia mais sequer pensar na possibilidade de devolver o dinheiro a Tércio. Não tinha mais escolhas, teria que implorar pra não fazer nada com ela, ou tentar fugir. Somando o dinheiro pessoal dela, tinha por volta de 35 mil reais na conta. Tinha também as várias jóias de Tércio, e algumas coisas de Ricardo. Podia conseguir viver enquanto arruma outro trabalho.
Aline, para não passar o restante do fim do ano sozinha, resolveu fazer suas coisas, e ir visitar a irmã e a família em São Paulo. Agora que não tinha mais Ricardo, nem seu amante, nem mesmo Tércio, tinha que voltar a andar com a sua família. Fez então suas malas e pegou um avião, rumo a São Paulo. Mas voltaria para Curitiba em breve, pois tinha muita coisa ainda a tratar.
Em sua residência, Tércio recebia um telefonema importante.
— Doutor, a conta foi fechada. O dinheiro foi totalmente sacado, parece que foi o tal amante dela quem fez isso, ele é um falsário. Não é tão difícil assim autenticar a identidade dela. O que faço?
— Ah, não se preocupe com isso, Mister. Pode deixar que eu resolvo da minha maneira isso. hehehe. — Disse Tércio, encerrando a ligação, enquanto deu gargalhadas ali, sentado na poltrona do sofá, enquanto recebia uma deliciosa punheta, acompanhada de uma gostosa boquete de sua esposa, Olga.
— O que foi, Marida? humm... Coisa boa?
— Coisa boa é essa sua boca deliciosa. Continua vai. — Dizia Tércio, enquanto tinha sua esposa ali, toda dedicada, lhe dando prazer, encaixando sua boca deliciosa ali enquanto sugava seu caralho, lhe chupando completamente. As mãos de Olga iam lhe aplicando uma punheta deliciosa enquanto ela envolvia seus lábios na cabeça inchada do seu pau, enquanto o homem estava ali contando sobre as novidades.
— A puta foi muito burra em ter confiado em um bandido. Foi roubada, e agora está sem nada. e as surpresas dela não vão parar aí... Porém, a desse bandido vai começar agora. — Tércio então acabou pegando seu telefone e assim discou para um número desconhecido, onde contratou um serviço.
— Escutem, aquele serviço que eu já tinha previamente combinado com vocês, está de pé, mas agora, uma nova pessoa. Façam o que sabem fazer bem, o pagamento será bem grande.
— Bom, não vemos problemas em fazer isso, embora a gente não goste... Mas além do dinheiro, queremos uma outra coisa.
— E o que seria? — Disse Tércio.
— Você bem que podia nos dar acesso vip aquele hotel cassino de luxo no deserto dos Estados Unidos, hein? Para nós cinco, o que acha, coroa?
— Ah, porra! Isso ai é de boa, vamos os sete, levarei minha esposa também. Vou apresentá-los altas putas gringas, vão adorar! — Olga naquele momento, apertou o pau de Tércio, enquanto olhava pra ele. — Preciso desligar, a patroa ouviu. — E após isso, voltou a sua atenção a Olga, e assim se desculpou.
— Meu amor, não vou pegar nenhuma puta. As putas são para meus amigos, que farão um serviço muito importante pra mim. Para recompensá-los.
— Achar Bom. — Disse Olga, enquanto voltava seu ritual gostoso ali, junto de Tércio. Depois de um delicioso boquete, os dois então se animam, e vão para a banheira de hidromassagem, tomam banho e fazem sexo ali, juntos.
E assim se acabou aquele dia de Natal, que foi bom para uns, e péssimo para outros. Tércio e Olga terminaram o dia completamente abraçados, repousando em sua cama depois de um sexo delicioso. Depois da ceia de Natal e da dança improvisada, Ricardo e Clara terminaram o dia deitados na mesma cama, abraçados, mas sem ter feito nada demais, por pedido da própria Clara que não queria avançar o sinal tão rápido com ele. E o dia seguinte prometia ter tantas emoções quanto o outro.
Na manhã do dia 26, Felipe, que nessa altura estava no Rio de Janeiro, olhou todas as mensagens que Aline deixou até a exaustão para ele. Não se conteve, e assim deu risada.
— Até parece que eu iria dividir essa bolada com aquela mulher. Fiz bem ter pego todo esse dinheiro, porque agora eu vou dar o fora daqui por que eu conheço bem a forma de agir desses ricaços. Vão botar gente na minha cola, então é melhor eu realmente dar uma sumida.
Disposto a dar uma boa sumida, Felipe vai até um parceiro, que ajuda a passar pela fronteira, para ir até o Paraguai, agora que tinha identidade nova para ele, seria fácil sair do país. Estava indo para Vigário Geral, encontrar um amigo, quando o carro que estava o conduzindo junto de um outro amigo, foi cercado por duas Trailblazer preta, e delas saíram 5 homens encapuzados, portando pistolas e fuzis, rendendo os dois ali. Eles pareciam ter um alvo certo, pois até foram até ele.
— Vai, maluco! Sai desse carro, é você mesmo aí que tem pinta de playboy nerd. Sai do carro, você está sobre o poder da minha quadrilha, caralho!
— Calma, por favor! Eu não tenho nada de valor... — Disse Felipe, que levou então uma coronhada na cabeça, fazendo com que ele caísse no chão. Os bandidos então forçaram que ele se levantasse, e ficou assim de joelhos ali pra eles.
— Cada caiu, você perdeu, mané. Tamo sabendo que você deu a fita aí e pegou uma grana da gostosa, ela acabou dando o bico pra nós e agora é o seguinte parceiro. Ou você passa essa grana pra nós ou você não vai poder gastar ela. A não ser que dê pra gastar no inferno tá ligado?
— Calma cara, eu posso dar metade da grana, e vocês me soltam, o que me diz?— Tentou negociar Felipe, ouvindo assim uma alta risada dos meliantes.
— Negociar, mano? Hahahahahah! Tu não entendeu a fita ainda, parça? A gente quer é tudo! Todo o dinheiro tá ligado? Se não vai morrer você, vai morrer a tua mãezinha lá de Londrina, e eu não tô brincando não.
— Olha, eu não posso dar todo esse dinheiro, por que senão eu vou me fuder, eu preciso. — Nisso, ele acabou levando um chute na perna de um dos meliantes, que apontou o fuzil na cabeça dele. — Porra maluco, tu ta querendo brincar com a sorte né? Ai marujo, leva esse filho da puta pro possante. Vâmo levar ele pro cafofo, lá a gente dá um trato.
Naquele momento, colocaram Felipe dentro do carro, e seguiram viagem até algum lugar que ninguém sabia onde era. Em todo momento da viagem, fizeram pressão pelo dinheiro, apontando a arma para Felipe, que continuava a insistir que não poderia dar todo dinheiro. Então, decidiram manter o sequestro, mandando ele até um cativeiro.
— Em breve eu recuperarei meu dinheiro. Se bem que, penso em dar ele todo para o pessoal, estão fazendo um ótimo trabalho. — Disse Tércio ali, enquanto estava deitado junto a sua esposa, Olga, ali no sofá da sala.
— E Aline? Não achar que pegou pesado com ela em tirar até a casa?
— Ah, não tirei só a casa não. Essa ai, quando for vender as jóias que eu dei, terá uma grande surpresa. Hehehe. — Respondeu Tércio a Olga, enquanto ficou imaginando a cara da Aline quando descobrir sua surpresa.
Aline, que já tinha ido até São Paulo e passado a noite na casa de Alice, acabou procurando um especialista em jóias, que havia sido indicado por uma amiga em São Paulo. Aline levou todas as jóias que tinha em sua posse, desde aquelas dadas por Tércio quanto às que ganhou de Ricardo. Então, o avaliador começou a avaliar joia por joia, para dar um preço final a todas elas, valor que Aline poderia obter em uma casa de penhora ou até mesmo vendendo para ele. Depois de dar uma boa avaliada em todas as peças, o homem já tinha seu veredito. Aline estava encarando o avaliador com extrema expectativa e até mesmo alguma ansiedade. O avaliador então deu seus valores a ela.
— Separei as joias aqui entre as que foram obtidas por seu ex noivo, e pelo pai dele, conforme me informou. As Joias dadas pelo seu ex noivo, que são esses três anéis aqui, esse colar, esses dois pares de brincos, você consegue aí uns 35 mil reais com isso na minha mão. Porém, pode conseguir até 40 mil vendendo no mercado, mas isso vai demorar.
— Certo, e quanto eu consigo por essas aqui? São muitas, eu mal posso esperar pelo preço. — Dizia Aline, cheia de expectativas, já que as poucas de Ricardo valiam muita grana.
— Ah, essas aqui eu não vou levar. São tudo bijuterias, são tudo baratas. São falsas. — Disse o avaliador a Aline.
— O que? Mas como assim falsas, elas são verdadeiras, olha, até brilham!
— São falsas, olhe isso. Isso aqui é ouro branco real, o que está nesse anel. Olha esse falso aqui, descasca se eu coloco este líquido.
— Meu Deus... Tércio, você me paga! — Disse Aline, cheia de raiva e frustrada, pois a última chance que ela tinha de conseguir levantar algum dinheiro acabou sendo completamente frustrada, tudo porque confiou demais em um homem como Tércio. Deveria ter previsto que ele tomaria seus cuidados, que apesar de ser velho, era um homem muito astuto e não deveria ser subestimado como foi. Não restam muitas alternativas para Aline, a não ser implorar perdão para Ricardo, e tentar convencê-lo a fazer com que o pai não procurasse a polícia, pois aí sim ela já estaria no fundo do poço de uma vez.
Clara acordou e não conseguiu encontrar Ricardo dormindo, então ela ficou preocupada e se levantou e meio que sem pensar duas vezes, acabou indo até a sala. Quando olhou, Clara acabou encontrando Ricardo sentado no sofá, cabisbaixo e triste, olhando a foto de seu pai, ainda completamente magoado por tudo o que aconteceu. Clara então resolveu sentar ao lado de Ricardo e levou uma de suas mãos até a dele, tocou seus dedos ali enquanto pediu para que Ricardo contasse mais sobre seu pai para ela. Ricardo então contou o que ele julgou ser necessário, não revelando detalhes mais íntimos, sobre Olga, sobre ser da poderosa família Montovani, ou sobre qualquer assunto não pertinente ainda. Clara, olhando para os olhos de Ricardo, dizia.
— Seu pai usou os meios tortos para chegar num fim certo, que foi mostrar pra você que sua noiva não valia nada. Olha... Pra mim, o que ele fez foi escroto, mas querendo ou não... Ele é seu pai! — Dizia Clara, que completou. — Ele ama você, de um jeito que talvez eu e você possamos não entender, mas pra mim ficou bem claro que ele ama você. Ele deve estar sofrendo e arrependido porque você foi embora e não passou o Natal com ele. Olha Rick, posso te chamar assim né?
— Pode! Claro que pode. Continue... — Disse Ricardo, dando permissão a ela.
—Então Rick, acho que você deveria sentar e conversar com ele, expor os seus sentimentos e ouvir os sentimentos dele. Do jeito que você falou do seu pai pra mim fica bem claro que você ama ele vir agora só está confuso por tudo o que aconteceu. Olha, eu nunca fui uma pessoa tão religiosa, mas não dizem que devemos honrar pai e mãe? Apesar de seu pai ter cometido um erro com você, ele ainda é seu pai. Acho que você deveria ir falar com ele, ouvir o que ele tem a dizer. E depois você julga se vale a pena continuar com raiva dele ou não.
— Sim, você tem razão. Obrigado, ter te encontrado mudou muito minha vida.
— Imagina! hahahaha! — Disse Clara ali a Ricardo, enquanto eles permaneceram na sala ali, conversando. Porém. Clara acabou dando o empurrão que Ricardo precisava para reencontrar seu pai, então ele decidiu voltar para a casa dos Montovani, pelo menos no dia seguinte. Afinal de contas, Ricardo não queria apenas reencontrar seu pai. Ele também queria dar o troco em Aline, e ter todo o poder e Fortuna em suas mãos seriam a chave e ferramentas que ele precisaria para o serviço.