Conforme ela ia falando as situações, minha mente começava a se encher de imagens selvagens, devassas. Eu já não tinha mais certeza de nada, quando fui interrompido pelo mestre de cerimônias que convocou o primeiro leilão da noite:
- Observe… Acredito que esta será a sua primeira grande jogada da noite. - Disse Alícia.
- Como assim?
- Apenas assista! O Roger é um mestre nisso. Muito em breve saberemos se ele vai conquistar sua esposa.
(CONTINUANDO)
O leiloeiro anunciou resumidamente as prendas daquela noite. Pouco depois, iniciou por um lindo colar de ouro com pedras preciosas, com lance inicial de dez mil reais, exibindo-o numa tela. Todas as mulheres começaram a comentar a respeito, dizendo o quanto ele era lindo e seria um sonho possui-lo. Vi o Roger perguntar alguma coisa para a Lucinha, provavelmente o que ela tinha achado do colar, pois ela fez um meneio de cabeça meio vacilante, mas logo em seguida disse algo para ele, sem tirar os olhos da tela:
- Ok, gente, esse é meu! - Disse Roger em alto e bom som, lançando um olhar astuto para Alícia que apenas fez um meneio de cabeça para ele, erguendo sua taça em sua direção.
Os lances tiveram início e a licitação foi frenética. Roger competiu furiosamente com vários outros presentes, até que os lances foram diminuindo em quantidade, restando apenas ele e mais dois senhores e uma moça que parecia tão vidrada quanto ele naquele objeto. Depois de uma intensa batalha final, disputada a finco entre Roger e a moça, ele saiu vitorioso pela bagatela de quase cinquenta mil reais. Houve muitos aplausos e gritos em nossa mesa, parabenizando-o, não de mim, nem mesmo da Lucinha que corou no mesmo instante, olhando-me de soslaio e fazendo um biquinho que eu conhecia bem e indicava medo por alguma coisa que estava por vir. Roger retirou um cartão de crédito The Centurion Card do American Express de seu smoking, exibindo-o e o batendo levemente na mesa. Eu conheço o dito cartão e sei o tanto que é exclusivo e para pouquíssimas pessoas no Brasil. Se ele queria se exibir, fez bem e me atingiu em cheio. Em seguida, ele se levantou e foi até o palco, onde uma ajudante do leiloeiro recebeu o pagamento no ato e ele recebeu sua prenda, retornando, triunfante. Antes de chegar em sua mesa, passou onde eu e Alícia estávamos sentados, exibindo o mimo que acabara de adquirir:
- Sim, querido, realmente lindo! Vou adorar o mimo... - Alícia lhe disse, cheia de dengos, disfarçando por já saber quem seria a real “beneficiária”.
- Ah, querida… Eu sinto muito, mas já me comprometi com outra pessoa. - Disse e lhe piscou um olho: - Prometo que te compensarei à altura. Você acredita em mim, não acredita?
Alícia sorriu para ele e ambos trocaram um selinho carinhoso, carregado de sentimento e significados íntimos inconfessáveis para terceiros. Um último olhar entre eles deixou bem claro que ela era tão cúmplice de tudo o que acontecia e não se incomodava em nada. Assim que ele tomou o rumo de nossa antiga mesa novamente, Alícia me explicou:
- Ele vai oferecer o colar para a sua esposa, mas em troca de algum pequeno símbolo de sua submissão sexual.
Agora eu observava, fascinado, enquanto o colar era passado mais algumas vezes entre os convidados da nossa antiga mesa até chegar na Lucinha. Ela olhou sorridente para o Roger, enquanto este segurava o colar, mas com uma certa timidez e até um certo temor que eu pudesse fazer um escândalo na sequência, talvez por se lembrar que ainda era casada, olhando-me, às vezes, um pouco apreensiva. Nesse momento, Roger se inclinou para sussurrar algo em seu ouvido e seu olhar de surpresa não deixava dúvidas de que havia feito alguma proposta indecente para a minha esposa. Percebi que a Alícia estava certa e eu estava testemunhando minha linda Lucinha ser seduzida pelo poder e dinheiro daquele facínora de escrúpulos questionáveis, bem ali, diante dos meus olhos.
Roger tirou o colar da caixa e se colocou bem atrás da minha esposa. Ainda com um pouco de receio, Lucinha olhou novamente para mim, enquanto ele já se adiantava e se oferecia para colocar o “mimo” no seu pescoço. Abusando ainda mais da situação ou talvez querendo se exibir naquele momento, ele voltou a dizer em voz alta:
- Devo colocar ou não?
Lucinha simplesmente acenou negativamente com a cabeça, em silêncio:
- Não devo!? - Ele pareceu surpreso e olhou em minha direção, perguntando: - Devo deixar sua linda esposa ainda mais bela ou não, Santos?
Antes que eu pudesse dar a resposta que já vazava pelas laterais da minha boca, embebida na mais pura bílis, ele próprio respondeu:
- Devo! Claro que devo. Quem sou eu para não deixar esta linda mulher ainda mais deslumbrante.
Ele se abaixou e cochichou algo no ouvido da Lucinha que, sem me olhar, segurou seu cabelo, dando acesso ao seu pescoço, no qual ele colocou a joia, certificando-se de bem encerrar o fecho. Agora minha esposa usava uma belíssima joia, mas que, para mim, naquele momento e circunstância, o significado era bem outro, parecendo mais uma simples coleira de domesticação. Roger ensaiou um pequeno discurso dizendo quanto uma joia ganhava em valor quando adornando a pessoa certa, fazendo-o para os presentes sem tirar as mãos do pescoço da Lucinha. Após isso, ele ousou ainda mais e pegou a mão da Lucinha, fazendo com que ela se levantasse da cadeira, e deu um beijo em sua bochecha. Por fim, ele se virou na minha direção, e a ela também, e disse:
- Eu pude ver nos olhos da sua esposa o quanto ela queria esse colar. Então me parece justo dar-lhe esse agrado. Espero que não se ofenda com isso, meu amigo Santos. - Falou, com a mão novamente entrelaçada na cintura dela: - E você há de convir comigo, ela está muito mais linda agora, não concorda?
Com a voz embargada, a única coisa que consegui fazer foi concordar, balançando minha cabeça, enquanto olhava no fundo dos olhos da Lucinha. Forcei um sorriso que deve ter saído horrível e vi que ela ficou bem constrangida comigo, aliás, ela me olhava de uma forma diferente, como se tentasse me transmitir uma profunda dúvida através de telepatia, que naturalmente eu não tinha, e fiquei sem entender, apenas imaginei tratar-se da possível barganha anunciada pela Alícia que o Roger lhe proporia. Eu tenho certeza de que a Lucinha não tinha ideia de que a Alícia já havia me contado praticamente tudo o que estava acontecendo e eu não dei nenhuma indicação de que sabia. Lucinha teria que decidir se iria sucumbir aos flertes do Roger na minha frente e arcar com as consequências disso depois.
Eles voltaram a se sentar e eu me calei, encerrando-me em um mundo próprio, silencioso, só meu, tentando entender aquele maldito jogo de tabuleiro. Irado com minha própria apatia, levantei-me sem prévio aviso e saí da mesa em direção a porta do salão. Ali fora, encontrei um parapeito e me apoiei tentando encontrar alguma resposta que não vinha. Tinha uma vontade imensa de gritar, chorar, brigar, mas uma vergonha de mim mesmo, um medo, uma excitação pelo desconhecido, me calavam imensamente. Não sei quanto tempo fiquei ali, mas logo Alícia, sagaz como sempre e notando a intensa e pesada troca de olhares que tive com Lucinha, como eu não retornava, veio à minha busca:
- Querido, o que acontece?
- O óbvio, Alícia! Eu não vou suportar isso, não vou. Já estou no meu limite. Eu… Eu… Eu estou quase arrebentando a cara do seu marido.
- Calma, querido, calma! Violência nunca resolve nada. - Disse, acariciando suavemente meu ombro: - Se te serve de consolo, ele nunca pede muito no começo, apenas uma prenda: talvez a calcinha dela; quem sabe permissão para passar a mão nela, por baixo da mesa; talvez que ela o masturbe por baixo dos panos...
- Como é que é!? - Perguntei atônito, encarando-a sem acreditar naquela sandice: - E você acha isso pouco para uma mulher casada e que nunca traiu? Bem, pelo menos, eu achava! Já não tenho mais certeza de nada…
- Sim, ué! É... só uma troca simbólica, entende? Ele provavelmente vai escolher algo que sirva para minar ainda mais a resistência dela, mas, sinto lhe dizer, se ela concordar, a partir daí, é só uma questão de tempo até que as coisas aconteçam.
- É… Pois é! E depois? - Insisti, espumando de raiva.
- Bem, depois, como eu lhe disse, é questão de tempo…
Ela realmente parecia saber o que dizia, mas suas palavras não serviam para acalentar em nada o meu coração. Ainda ficamos ali fora, juntos e em silêncio, por mais algum tempo que não sei quantificar ao certo. Depois, ela me convenceu a retornar com ela, o que fizemos, juntos, com os braços entrelaçados. Sentamo-nos novamente em nossa mesa ao lado. Eu não queria e não olhava para a Lucinha, mordendo-me de ciúmes da situação, decepção com ela e ódio de mim mesmo. Após algum tempo, Alícia me pediu que a olhasse. Ela me encarava com um olhar de medo que chegava a dar pena. Roger notou que eu a encarava e se inclinou em sua direção, novamente cochichando algo em seu ouvido. Ela negou imediatamente com a cabeça e lhe falou algo com uma legítima preocupação no olhar, cujos olhos, naquele momento, pareciam levemente marejados. Ele, entretanto, inteligentíssimo, passou a conversar algum assunto leve que aparentemente a fez relaxar e novamente cochichou algo em seu ouvido. Desta vez, ela me olhou de soslaio, mas assentiu sem pestanejar, pedindo licença para ir ao banheiro. Quando Alícia notou a direção que a Lucinha tomou, me perguntou:
- Ela está usando uma lingerie?
- Sim, está.
- Então já sabemos o que ele quer dela. Durante a conversa, ele já deve ter descoberto o que ela está vestindo e exigiu a calcinha.
Observei minha esposa abrir caminho por entre as mesas e sumir em direção ao banheiro. Agora, embora não quisesse que nada daquilo estivesse acontecendo, eu me assombrei quando notei que estava tendo uma ereção parcial. Um lado meu me recrimou imediatamente, mas outro mal podia esperar ela retornar para ver se ela seria tão… tão… enfim, para ver o que aconteceria a seguir. Alícia sentia toda a minha tensão e, sem eu entender o porquê, ela colocou sua mão sob a toalha da mesa, alcançando minha perna e depois o meu pau, que alisou sutilmente por um breve momento:
- Hummmm… Acho que alguém ficou animadinho também! Fico feliz que você esteja curtindo também! - Disse e sorriu, aproximando-se do meu ouvido: - Esse tesão de corno nunca deixa de me surpreender…
Eu a olhei bastante inconformado e ela parou de sorrir imediatamente. Perguntei então por que o Roger simplesmente não contratava as melhores prostitutas ou modelos do Brasil, afinal, dinheiro ele tinha aos montes e ela explicou que isso se tratava de poder e não de dinheiro. Para ele, seduzir a esposa de outro homem, principalmente se comprometido, e transar com ela na presença dele ou com ele sabendo e permitindo, era uma comprovação, uma consumação de poder definitivo. Acabei admitindo em silêncio para mim mesmo que, naquele momento, essa ideia já não mais me saía da cabeça, embora eu não estivesse plenamente de acordo, justamente porque eu entendia que tudo vinha acontecendo sem transparência por parte da minha esposa e esse ocultar, na minha visão, era uma forma de traição.
Minha excitação se esvaziou de vez nas dúvidas que permeavam minha mente e, dentro daquela situação de conflito entre excitação e inconformidade, entendi haver uma possibilidade cada vez mais plausível e próxima de eu me tornar corno. Essa palavra, aliás, retumbava em minha mente desde que Alícia a havia proferido e não me agradava nadinha. Então, decidi sair à caça da Lucinha. Alícia ainda tentou me segurar, mas não conseguiu. Tomei o rumo dos banheiros, desviando dos obstáculos como um mestre do “Le Parkour” e quando eu me aproximava da área dos reservados, dei de cara com a Lucinha:
- Ué, amor, a comida não caiu bem? Já vai fazer um número dois? - Disse, brincando e rindo para mim de uma forma claramente nervosa.
- É… Não, não, nada disso. É que, sei lá, vim conversar com você para ver se está tudo bem.
- Ué, e… e… e por que não estaria? - Ela gaguejou, surpresa, talvez um pouco tensa, e, não sei o porquê, colocando uma mão sobre o colar em seu pescoço.
- Lucinha, é que… Ué! Nós viemos aqui para aproveitar juntos também. Tudo bem que eu também iria trabalhar, mas eu queria aproveitar um pouco com você. Só que parece que o único que tem aproveitado bastante a sua companhia é o Roger.
Ela me olhava, aparentemente sem saber o que falar ou como agir. Então, insisti:
- Você acha isso certo? Não está nem um pouco incomodada? Poxa, a sua noite não está sendo…
- Maravilhosa! - Ela disse, interrompendo-me, sem titubear, mas depois, certamente achando que havia exagerado, tentou contornar: - Eu… Eu só não quero atrapalhar você, amor. Afinal, você me disse que iria aproveitar para fazer contatos. Então, eu… eu só não vi problema algum no Roger me fazer um pouco de companhia.
- Aham… - Resmunguei e não resisti: - Muito gentil o Roger dar esse colar a você, não achou?
- Eu sei! Você acredita nisso?
- Isso só é possível quando se é podre... - Frisei bastante a palavra e continuei: - De rico, né? Afinal, cinquenta mil não é para qualquer um…
- Rico e muito gentil, amor! - Concordou e depois me confrontou com uma pitada de ironia: - Será que eu estou sentindo um ciuminho bobo vindo do senhor, doutor Santos?
- Poxa, Lú, eu queria ficar um pouco com você também! Você é minha... - Frisei novamente: - Minha mulher, não dele!...
Só nesse momento, acho que ela se tocou do quanto estávamos distantes e eu acho que ela se apiedou da minha situação. Tocou então carinhosamente em meu rosto, olhando bem no fundo de meus olhos e disse:
- Temos a vida toda para ficarmos juntos, amor. Hoje é o seu dia e eu realmente não quero te atrapalhar de forma alguma. Fica tranquilo, porque não… - Desviou o olhar por um momento, suspirando levemente e continuou: - Não está acontecendo nada que você não aprovaria, ok? Eu sou a sua mulher, sim, e serei sempre. Sempre, ouviu? Eu te amo mais do que tudo e nunca se esqueça disso!
Trocamos um selinho carinhoso, mas mais rápido do que o de costume quando reafirmávamos nossos sentimentos. Mas de qualquer forma, ela estava de volta aos meus braços e acabei duvidando se tudo o que a Alícia dizia iria se concretizar. Como não dei nenhuma indicação de que suspeitava o que estava acontecendo e a Lucinha também não deu nenhuma pista, acabamos deixando o dito pelo não dito. Falei que iria rapidamente ao banheiro e ela me aguardou. Voltamos juntos, de mãos dadas, para o local em que nossas mesas ficavam.
De longe, vi que Alícia estava sentada ao lado do Roger, conversando ao pé do ouvido com ele. Senti até uma certa apreensão na forma como conversavam e tive a certeza de que ela era parte ativa na estratégia de submissão dele, controlando os meus impulsos enquanto ele se insinuava para a minha esposa. Decidi ficar de olho nela também.
Lucinha voltou a se sentar ao lado direito do Roger, enquanto eu me sentei ao lado esquerdo da Alícia. Observei com o canto do olho que, após uma breve conversa, disfarçadamente, ela passou algo por debaixo da mesa para ele. Certamente, ela havia dado sua calcinha para ele, sua primeira vitória como a Alícia havia previsto. Ele foi discreto e deu apenas uma olhadela no seu prêmio, colocando-a no bolso de sua calça. Lucinha olhou para mim num momento, de maneira bastante inocentemente, e eu não consegui esconder a minha expressão de frustração com ela que arregalou levemente os olhos, corou por um momento e fez uma cara de tristeza, talvez decepcionada consigo mesma. Alícia me deu um discreto cutucão, olhando em meus olhos e eu apenas consegui fingir um sorriso para a minha esposa. Ficou horrível, fingido, falso, e sinceramente não me importei naquele momento se ela acreditaria ou não.
Notei que novamente a Lucinha cochichou algo com o Roger e ele me olhou de soslaio, discretamente, falando algo para ela também em segredo, talvez tentando acalmá-la. O leilão transcorria a toda, mas Roger não deu mais lances. Ele, aliás, voltou a conversar intensa e animadamente com a Lucinha que, sempre que podia, me dava olhadelas disfarçadas, como se analisasse as minhas reações. Alícia também voltou com carga total para cima de mim, mas apesar de responder e conversar com ela, a minha atenção estava voltada quase toda na minha esposa. Continuei olhando disfarçadamente para Lucinha e Roger, e pude ver que, a partir de um momento, ela se concentrou completamente na conversa com ele. Depois de um bom tempo, o leilão foi encerrado e uma banda começou a tocar várias músicas. Para a minha surpresa, Lucinha, sorrindo igual a uma criança, disse em alto e bom som:
- Ah, que delícia! Não me lembro da última vez que dancei… Eu… Eu vou dançar uma música com o Roger, amor, espero que não se importe.
Eu a encarei com cara de poucos amigos e Roger tomou a frente, com um enorme e eu diria debochado sorriso no rosto:
- Ela tem que ir! Isso é parte do pagamento pelo colar, Santos.
“É, né, seu filho da puta! E qual a outra parte, hein? Hein!?”, perguntei irado, em silêncio, para mim mesmo, fingindo um sorriso de conformidade:
- Boa sorte para vocês dois e juízo, hein? - Disse Alícia, que me cutucou em seguida: - Não vai lhes desejar sorte, querido?
- Aham… Claro! Boa… sorte! - Falei com a voz falhando, entrecortada por uma forte emoção.
O sorriso da Lucinha sumiu como mágica ao ver como eu reagi, mas ele não se deu por vencido e a pegou pela mão, puxando-a para a pista de dança. Logo eles estavam dançando, colados, mas tão unidos que se ele estivesse com o pau duro, ela teria sentido quase dentro do seu útero. O corpo dela sumia perto do corpanzil dele e ele fazia questão de envolvê-la ainda mais com seus braços fortes e compridos. Notei que ela dizia alguma coisa para ele com um semblante preocupado, olhando vez ou outra na minha direção, no que era aparentemente rebatida por ele, até que, num determinado momento, ela pareceu se dar por vencida, como se estivesse cansada de resistir, e descansou a cabeça em seu peito. As luzes foram baixadas e a balada assumiu um tom mais romântico:
- Porra! Dançar música romântica, coladinho na minha esposa, já é um pouco demais. - Resmunguei para mim mesmo, espumando ódio.
- Querido, você está preocupado com uma dança!? Se o problema for esse, nós podemos dançar também. - Alícia me disse, com um olhar sedutor.
- Esmola! Acha mesmo que estou precisando de esmola, Alícia!? Nem se você quisesse dar para mim agora, eu acho que ficaria tranquilo com essa situação.
OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.
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