Daynna:
Na segunda-feira, na faculdade, Karen me chamou para ficar na sala durante o intervalo. Ela disse que precisava conversar comigo. Eu, claro, topei, porque queria saber o que tinha acontecido entre ela e Kêssia. Depois do suco que elas foram beber, só vi Karen no shopping, e ela já chegou apresentando Kêssia como namorada para as meninas. Eu não sabia o que tinha acontecido durante esse intervalo de tempo.
Para minha sorte, assim que ficamos sozinhas na sala, ela já começou a falar justo o que eu queria saber.
Karen— Amiga, eu estou totalmente apaixonada pela Kêssia. Agora não sei se me dei bem ou estou ferrada.
Day— Como assim?
Karen— Olha, quando a gente foi tomar o suco e começamos a conversar, ela foi totalmente sincera comigo sobre o que fazia antes, do que queria de agora em diante e tudo mais. Conforme ela ia falando, eu ficava viajando nela. Meu Deus, ela é muito linda! Acho que ali mesmo eu me apaixonei por ela. Praticamente só ela falou. Para você ter uma ideia de quanto fiquei encantada, eu fiquei calada, só viajando nela. Você sabe como eu sou, não fico fazendo charminho. Falei para ela que não dava a mínima para o que ela tinha feito no passado, que a achava linda, que estava procurando alguém para ter um relacionamento sério. Se dependesse de mim, seria ela, porque eu me encantei com ela.
Achei que tinha assustado ela, mas pelo contrário, ela disse que me achou muito linda e que gostava de pessoas como eu, resolvidas e sinceras, que falam o que pensam. Se eu quisesse tentar, ela também queria, mas antes a gente tinha que ver como era nossa química. Eu não sou burra e entendi o que ela quis dizer. Te juro que me molhei toda só dela falar aquilo. Perguntei se ela morava sozinha, e ela disse que sim, e que não era longe. Chamei o rapaz da lanchonete, paguei os sucos e saímos dali. Eu ia chamar um Uber, mas ela disse que estava de carro.
Amiga, assim que chegamos no apartamento dela, já começamos a nos beijar, e dali para frente eu nem te conto, porque só foi putaria das boas! Kkkkk. Passei a sexta, o sábado e metade do domingo com ela, e se depender de mim, vou passar o resto da vida. Ela é perfeita.
Day— Eu imaginei que, se fosse rolar algo entre vocês, seria rápido mesmo, pelo que conheço de você. Kêssia parece ser bem resolvida também. O que não entendi é por que você disse que não sabe se se deu bem ou se está ferrada. Estaria ferrada por quê? Não confia na Kêssia?
Karen— Confio! Ela é muito transparente comigo, acho que é o jeito dela. Isso é muito bom. Ela é carinhosa. Tipo, a gente não ficou só na putaria; conversamos bastante, fizemos um amorzinho gostoso também. No domingo de manhã, eu acordei com ela fazendo carinho em mim. Ela disse que estava realmente muito afim de namorar comigo e que estava gostando de mim de verdade. Fiquei muito feliz, porque realmente estou gostando dela. Mas, no sábado, ela tinha me contado algumas coisas da vida dela. Tipo, ela namorou um cara mais velho por uns seis meses, e o cara era liberal. Eles faziam trocas de casais, iam em casas de swing, essas coisas. Bom, eu realmente não me importo com o que ela fez no passado, até porque você sabe que eu nunca fui santa. Já aprontei muito, já fui para a cama com casal, com duas mulheres. Sempre fui assim: se eu quero, eu vou lá e faço, se tiver oportunidade.
Mas o problema é que fico com medo dela sentir falta dessas coisas. Não quero dividir ela com ninguém. Por incrível que pareça, se eu não sentisse por ela o que estou sentindo, eu toparia na hora ir para a cama com ela e outra pessoa. Mas eu realmente gosto dela e não vou aceitar isso, entendeu, amiga?
Day— Entendi sim. Você já falou com ela sobre isso? E você não vai sentir falta da sua vida?
Karen— Não vou não. Fazia tempo que eu nem ficava com ninguém. Você sabe que eu dei uma calmada nas minhas loucuras. Quero é tranquilidade agora, alguém para amar. Mas sou egoísta nesse sentido. Já senti ciúmes até de você com a Jú, e você é minha amiga. Imagina ela, que é minha namorada!
Day— Você tem que conversar com ela, Karen. Tem que contar suas inseguranças, seus medos. Relacionamentos, para funcionar, têm que ter sinceridade entre as duas partes, senão complica. E não sabia que você tinha ciúmes de mim.
Karen— Vou seguir seu conselho, vou falar com ela amanhã mesmo. Tenho ciúmes sim, mas não é nada doentio. Eu amo você, então acho que é normal. Era maior antes, hoje, na verdade, nem sinto mais, até porque a Jú também é minha amiga e um amor de pessoa.
Conversamos mais um pouco e logo a aula começou. Eu estava feliz por Karen e Kêssia terem se acertado, ainda mais que fui a cúpida. Mas eu realmente fiquei preocupada com minha amiga; esse tipo de insegurança quase destruiu meu namoro com a Jú. Para eu ajudar, era complicado. Meter-se no meio pode não ser uma boa ideia, mas se Kêssia me desse brecha, eu iria tentar ajudar do meu jeito.
A semana foi passando e Kêssia estava trabalhando comigo direto. Eu cada vez mais tinha certeza de que tinha feito a coisa certa em indicar ela para trabalhar comigo. Ela trabalhava muito bem, e as clientes adoravam ela, porque sempre estava de bom humor, era boa de papo e, o mais importante, não tinha problema em seguir ordens. Era muito organizada com as coisas dela. No trabalho, ela era perfeita; como amiga, estava saindo melhor do que a encomenda também.
Em uma quinta-feira, estávamos de papo no cômodo dos fundos do salão. Não tínhamos clientes no momento e nada agendado para o resto do dia. Conversa vai, conversa vem, começamos a falar sobre relacionamentos. Ela disse que era a primeira vez que estava completamente feliz em um relacionamento, que realmente estava gostando da Karen, que ela era o que buscava em alguém, mas que sentia que, às vezes, Karen parecia ficar meio em dúvidas sobre os sentimentos dela. Apesar de não dar motivos, Karen parecia insegura e até tinha conversado com ela sobre isso, mas que Karen não tinha motivos para se sentir assim, que realmente queria ficar só com ela, mas que talvez o fato de já ter sido GP estivesse pesando para Karen.
Naquele momento, eu resolvi fazer algo que poderia dar muito errado e talvez até prejudicar muito a minha amizade com Karen, mas senti sinceridade nas palavras de Kêssia. Resolvi abrir o jogo com ela. Perguntei se Karen não tinha contado a ela o motivo das inseguranças. Ela disse que não, que Karen só falou que, às vezes, se sentia insegura e tinha medo de perdê-la. Ela tentou passar o máximo de segurança para ela, mas parecia não estar funcionando.
Aí eu expliquei para ela que a insegurança de Karen não tinha nada a ver com ela ter sido GP, mas sim por já ter vivido um relacionamento aberto. Karen nunca aceitaria dividir ela com outra pessoa; tinha medo de ela sentir falta disso. E como não aceitava isso no relacionamento delas, isso poderia separar as duas.
Kêssia começou a rir e disse que nunca pensou em algo assim. Teve um relacionamento aberto porque o homem com quem estava na época gostava, e como ela não o amava, topou participar algumas vezes. Mas, mesmo não o amando, achou melhor sair fora, porque não gostou muito daquilo. Jamais aceitaria dividir Karen com alguém.
Aí eu falei para ela tentar deixar isso claro para Karen, mas de maneira sutil, porque se ela ao menos desconfiasse que eu tinha contado isso, eu estaria ferrada. Kêssia disse para eu ficar tranquila, que Karen não ia descobrir, e se era só isso a insegurança dela, iria achar um jeito de resolver isso com cuidado.
Continuamos conversando ali e passamos para a parte do sexo. Eu disse a ela que realmente não fazia ideia de que podia sentir tanto prazer e ter tantos orgasmos em uma mesma transa antes de conhecer a Jú. Nossa química era perfeita; ela era só muito safada e tive até que ensinar um pouco a ela como fazer um sexo mais calmo, e ela até gostou. Kêssia me disse que nessa parte ela e Karen tinham se dado muito bem, que as duas praticamente gostavam das mesmas coisas. A única diferença é que ela gostava de usar uns acessórios e Karen nunca tinha usado com mulher, mas que tinha amado.
Aí fiquei curiosa e fui perguntar como era isso. Tipo, eu tinha ideia, mas nunca tinha usado e nem conversado com alguém que usava. Nossa, ela me deu uma aula sobre o assunto. Lembro que, enquanto ela falava, imaginei a Jú me fudendo por trás, dando uns tapas na minha bunda, puxando meu cabelo. Nossa, eu fiquei toda molhada na hora.
Perguntei a ela se sabia de algum sex shop mais tranquilo, tipo onde dá para ir sem ser vista por um monte de gente. Ela disse que sim e que era bem perto do salão. Eu falei que queria ir, mas ia levar a Jú comigo para ver se ela gostava. Combinamos então de ir nós quatro.
Na sexta, a Jú apareceu na hora do almoço e combinamos tudo. Só não contei onde iríamos. No fim, ela adorou a ideia. Depois de muita zueira por causa do tamanho do pênis de borracha que escolhi e de algumas coisas que comprei para mim, saímos. Eu e Jú fomos para meu apartamento. Eu ainda estava meio assustada com o tamanho do pênis de borracha que a Jú escolheu, mas como a ideia era eu usar nele, resolvi relaxar um pouco.
A gente tinha combinado de ir para um motel passar a noite. Combinamos de nos encontrar à meia-noite na porta do shopping. Kêssia que iria nos guiar. Tomamos um banho e jantamos. Fiz só arroz, salada e carne de frango, algo mais leve para não atrapalhar a noite, que provavelmente ia exigir muito da gente. 🤭
Fomos no meu carro e, assim que chegamos no shopping, Kêssia já nos esperava. Parei do lado dela e ela só falou para eu seguir e já ligou o carro. Assim fiz. No meio do caminho, Karen mandou um áudio para a Jú. No áudio, ela disse que Kêssia falou que nesse motel tinha suítes interligadas, que muitas pessoas que fazem troca de casais usam. Se a gente quisesse, Kêssia iria escolher duas assim; poderíamos curtir em dois ambientes diferentes durante a noite, era só combinar o horário da gente trocar de suítes.
Jú me perguntou o que responder. Eu disse que, por mim, podia ser, mas que ela podia escolher. Jú mandou um áudio dizendo que, por nós duas, tudo bem, que não tinha problema.
Chegamos no motel depois de uns 20 minutos. Era um pouco afastado da cidade. Entramos e Kêssia conversou na portaria. Logo vi Karen descer do carro e nos entregar uma chave eletrônica com o número da suíte. Ela disse que, assim que a gente entrasse, elas iriam falar com a gente. Só concordei e entramos. Fui seguindo Kêssia e logo ela entrou em uma garagem. Eu vi que a nossa era do lado. Entrei, o portão baixou automaticamente. Descemos com uma sacola com nossos brinquedos e, quando entrei na suíte, duvidei muito que ali era barato como Kêssia falou.
A suíte era grande e muito linda, tinha tudo que uma suíte de motel podia ter. Era muito top mesmo. O que mais gostei foi do tamanho da banheira de hidromassagem; pelo brilho nos olhos da Jú, ela também tinha amado.
Logo vi uma porta se abrir na parede no fundo do quarto e Karen aparecer olhando a suíte. Kêssia apareceu logo atrás dela, perguntou se a gente tinha gostado. Eu disse que amei, só não sabia se ia gostar do preço. Ela disse que eu não ia pagar nada. Perguntei por quê e ela disse que tinha usado um cupom de uma promoção do motel. Ela pagou a suíte dela e ganhou uma de brinde; era presente para mim e para Jú, mas mesmo se eu fosse pagar, não seria muito caro.
Agradeci a ela e combinamos que às 3 da manhã a gente trocava de suíte. Karen disse que na que elas estavam não tinha hidromassagem, mas tinha uma piscina de água quente dentro da suíte. Jú queria ir ver, mas não deixei. Falei que depois a gente ia ficar lá mesmo. Kêssia entendeu minha pressa e chamou Karen para voltar à suíte.
Assim que elas se foram, eu já fui direto em cima da Jú e disse que naquela noite eu queria gozar muito com ela. Com um sorriso safado no rosto, ela me olhou e disse que era exatamente o que queria.
Continua…
Criação: Forrest_gump
Revisão: Whisper