Secredos do passado – 2# Parte
Secrets of the past is a story by Kherr of a boy who was raped and had his virginity taken by his stepfather, a tycoon weapon smuggler. (Brazilian Portuguese Version)
Eu estava aproveitando o restante do sol da tarde à beira da piscina quando o Declan apareceu numa visita surpresa.
- Monsieur Burke est là, Fabien! (=O Sr. Burke está aqui, Fabien!) – anunciou a empregada.
- Dis que Hakeem est allé à Paris. (=Diga que o Hakeem foi a Paris)
- Il n′est pas venu chercher Monsieur Kateb, il veut te parler! (=Ele não veio procurar pelo Sr. Kateb, ele quer falar com você!)
Que raios de assunto o gostosão caralhudo poderia querer comigo, me perguntei, enquanto a empregada conduzia o Declan até o jardim.
- Oi! Ao que parece está bem recuperado do susto! – começou ele, tomando assento na espreguiçadeira ao lado da minha.
- Oi! É uma surpresa que esteja aqui! Minha mãe e o Hakeem voaram para Paris esta manhã, então qualquer assunto que tenha a tratar com ele precisa esperar até a volta deles. – retruquei
- Não vim procurar pelo Kateb, mas você! – ele examinava meu corpo metido apenas num short como se estivesse procurando vestígios do sequestro.
- Como pode ver, ainda não foi dessa vez que acabaram comigo! Avise aos seus superiores na Casa Branca, no Pentágono ou, seja lá onde for, que o estorvo do enteado do comparsa deles ainda está vivo. Não foi dessa vez! – ironizei.
- É isso que pensa que eu sou, um menino de recados? – questionou fechando a cara.
- Não sei! Diga-me você quem é!
- Pensei que soubesse; depois daquela noite em que te livrei de apuros quando seu namoradinho enfezado e ciumento resolveu destruir a casa noturna. – devolveu sarcástico
- Ah, entendi! James Bond Jr., o agente 007 versão geração Z! Ou deveria dizer, meu herói?
- Por que tão trocista? Fiz algo de errado? Pensei que havia guardado boas recordações daquela noite no meu apartamento.
- O que quer, de verdade, Declan? – questionei impaciente, pois aqueles olhos que tinham um olhar tão expressivo na noite em que transamos, não paravam de me esquadrinhar e me deixando com a sensação de estar nu.
- Saber como você está! Fiquei aflito quando soube do sequestro e da armação que fizeram para o Hakeem te usando como moeda de barganha. – respondeu
- Agora entendi! Veio mostrar solidariedade ao parceiro de negócios da CIA. É comovente como vocês todos se ajudam quando importantes negócios estão em jogo. – continuei irônico.
- Porra moleque do caralho! Estou aqui só por você veadinho! Estou aqui, seu moleque puto, porque você não me sai da cabeça desde que fodi seu cu! – berrou, vindo sentar-se na beira da espreguiçadeira em que eu estava e apertando meu pescoço com sua mão vigorosa como se quisesse me estrangular.
Lutei para me livrar dela, estava sufocando, mas socar o braço musculoso dele estava sendo inócuo. Quando percebeu que estava exagerando, que eu realmente estava ficando sem ar, ele me soltou. Precisei tossir umas vezes enquanto massageava meu pescoço para ter certeza que podia continuar respirando.
- Seu maluco! O que deu em você? Veio terminar o serviço que aquele seu comparsa judeu não conseguiu? – indaguei, ainda tremendo de susto
- Desculpe, perdi a cabeça! Você me deixa louco! E pode estar certo, há momentos em que quero te esganar, seu veadinho da porra! – exclamou arrependido.
Ele nem havia terminado de responder quando um dos seguranças que nos observava de longe estava atrás dele pronto para entrar em ação.
- Algum problema por aqui, Fabien? – perguntou o segurança, assustando o Declan quando se virou e o viu prestes a lhe dar um golpe.
- Não! Está tudo bem, Ridha, obrigado! – garanti ao segurança jovem e maçudo para cujo irmão mais novo, um pré-adolescente com problemas de fala, eu havia conseguido uma vaga na instituição em que voluntariava uma tarde por semana.
- Cães de guarda é o que não falta por aqui! – exclamou o Declan, acompanhando com o olhar o afastamento do segurança. – E, ao que parece, todos têm uma quedinha por você! – emendou, me fazendo rir.
- É porque junto com a ração eles ganham o meu cu para brincar!
- Moleque puto do caralho! – rosnou ele enciumado. Ri com mais entusiasmo, tinha-o irritado, e ele ficava muito sexy quando irritado. – Não sei porque sou tão imbecil e ainda me preocupo com você? Estou vendo que a ideia dessa visita foi grande erro! – afirmou.
- Você fica ainda mais tesudo quando está bravo! – exclamei gentil, pegando entre as minhas, aquela mão com a qual me estrangulou e, primeiro, beijando as costas dela para depois colocar o indicador na boca e o chupar como se estivesse chupando o pauzão dele.
- Em algum momento eles te machucaram, Fabien? – indagou, voltando ao assunto do sequestro que eu queria esquecer.
- Mais psicologicamente do que fisicamente. – respondi.
- Como, onde, você aparentemente parece bem?
- Alguns bofetões, uns socos na barriga e dois protótipos de pênis que me obrigaram a mamar antes de os enfiarem no meu ânus, foram as torturas físicas. Essas marcas vão sumir sem deixar vestígios. Porém, a pistola na boca, a sede por sangue nos olhares deles e o tiroteio intenso no qual eu poderia ter sucumbido enquanto tentava desesperadamente não ser atingido por um dos projéteis, isso ainda vai me tirar o sono e dar pesadelos por muito tempo, talvez para sempre. – revelei.
- Isso não pode acontecer! – afirmou, me puxando para junto dele e beijando minha boca com tanta luxúria como se fossemos fazer sexo ali mesmo. Fiquei pasmo com a atitude dele, não estava entendendo mais nada. Esse cara estava afim de mim? – Quero te foder! Quando virá ao meu apartamento fazer uma visita? Sei que gostou de estar comigo, vamos repetir a dose e aposto que logo vai se apaixonar por mim. – sentenciou convencido.
- Sua arrogância não tem limites! Eu não me apaixono pelos comparsas assassinos do meu padrasto, quero distância deles, e isso inclui você! – devolvi
- Acontece que não sou nem comparsa do Hakeem e, muito menos, um assassino! – retrucou zangado, voltando para a espreguiçadeira onde esteve sentado anteriormente.
- Gostaria que isso fosse verdade! Acho melhor você me deixar em paz, nunca mais vai rolar nada entre nós dois! Não perca seu tempo! – fosse lá quem ele fosse, eu não confiava nele pelo simples fato de fazer negócios com o Hakeem. Era melhor cortar o mal pela raiz antes que eu me deixasse levar pelos sentimentos, pelo tesão que ele me inspirava e acabasse me magoando.
- Está sendo duro e injusto comigo! Não vou insistir! Vejo que tem opinião formada a meu respeito e, embora equivocada, não está disposta a mudá-la. Adeus, Fabien! – as últimas duas palavras doeram e, quando ele se afastou em direção a saída, tive a sensação de ter cometido uma enorme cagada.
Andei triste e pensativo nos dias que se seguiram, depois lutei para esquecer o meu James Bond tesudo. Tanto os meninos do centro de acolhimento para imigrantes do governo, no qual eu havia conseguido uma vaga para o irmão do Ridha que tinha problemas de fala e precisava de tratamento fonoaudiológico, e onde eu me voluntariava uma tarde por semana para ajudá-los com o reforço escolar; quanto os idosos sem parentes de um asilo mantido por uma organização não governamental para os quais eu fazia leituras de livros e revistas, ou os ajudava escrevendo cartas para amigos e conhecidos que viviam distantes, também uma tarde por semana, haviam notado minha tristeza. Ninguém sabia dessas minhas atividades, exceto o Ayoub que as descobriu quando mandou que um dos seguranças me seguisse para saber porque eu não estava na faculdade e o que estava aprontando, pois todos sempre duvidaram dos meus atos. A meu pedido ele guardou segredo, embora fosse da opinião que eu deveria focar nos estudos, uma vez que me tratavam como um irresponsável por estar fazendo o segundo ano da faculdade pela terceira vez.
Eu estava cercado pelos garotos agitados do centro de acolhimento numa atividade pedagógica ao ar livre daquela tarde de outono. O que denunciou a sua presença foram os olhares dispersos dos garotos atraídos pela presença dele nos observando a certa distância. Tive que interromper a atividade quando as crianças já não prestavam mais atenção nela, mas nos gracejos e trejeitos que ele fazia. Há mais de três meses não o via ou tive notícias dele.
- Quem é ele, Fabien? – começaram a me perguntar
- É um palhaço! Um safado de um palhaço! – respondi, com as crianças rindo a valer de uma imitação que ele fazia.
- Quem o deixou entrar, Declan? Como me encontrou? – perguntei, ao final da atividade quando as crianças precisaram voltar para dentro do edifício.
- Então é aqui que passa as tardes nas quais desaparece misteriosamente! Aqui e no asilo, sei que também passa uma tarde por lá. Você é uma caixinha de surpresas, moleque! Andei te investigando, não foi difícil descobrir por onde anda quando não está na faculdade ou se esbaldando nas casas noturnas. – retrucou
- Não me chame de moleque! – revidei enfezado
- Senti sua falta! – eu estremeci com a afirmação dele.
- E daí, o que é que eu tenho a ver com isso? – eu precisava ser firme, mostrar indiferença, não o deixar perceber o quanto estava feliz por vê-lo.
- Não sentiu saudades?
- Claro que não! Por que eu haveria de sentir saudades dede um ... de um sujeitinho feito você? – aquele risinho que surgiu no rosto viril dele me exasperou.
- Talvez porque tenho a impressão que se lembra daquela nossa noite juntos todas as vezes em que está na cama sozinho. E também, porque depois dela nunca mais te vi metido com outros homens. – isso era demais, o sujeitinho se julgava inolvidável só porque encheu meu cuzinho com sua porra saborosa.
- Se manda, Declan! Suma da minha frente!
- Viu como eu estou certo? Você não me quer por perto porque tem medo de se apaixonar por mim! Isso, se já não estiver, e está apenas se esforçando para me esquecer. – é, o safado estava certo, e tê-lo ali a um passo daquela boca e daqueles braços só me mostrava que estava fracassando nessa empreitada.
Ele me convenceu a aceitar um café numa cafeteria das proximidades, como também me convenceu a subir até o apartamento dele assim que o sol se pôs para um clericot no terraço da cobertura e, depois da intensa troca de olhares onde muitas vezes só o silêncio parecia falar por nós, ele me persuadiu a abrir as pernas, deixá-lo lamber meu cuzinho, chupar seu caralhão e, por fim, quando já não me restavam mais forças para refutar seu assédio, o deixar entrar fundo em mim.
- Não tente mais negar que está apaixonado por mim, Fabien! Você acaba de provar que me ama, que não consegue me esquecer. Me apaixonei por você no primeiro instante que o vi. – confessou
- Eu não me iludo, sei que uma paixão, um amor, duram o tempo de uma ereção.
- Sabe que isso não é verdade! O que sente por mim vai muito além de uma ereção! – eu não ia o convencer do contrário.
Passava das 2h da madrugada, eu rolava na cama de um lado para o outro e o sono não vinha, a cabeça cheia de pensamentos desencontrados e o cuzinho todo assanhado eram os grandes responsáveis por toda essa inquietação. Só havia um lugar naquela casa onde encontraria a paz e as respostas que precisava.
Deitado de costas, ele dormia apenas com a bermuda de seda do pijama ou cueca, seja lá o que fosse aquilo. Era espantoso como um homem do tamanho dele podia ocupar praticamente toda aquela cama larga. Observando-o assim, imerso no sono, parecia uma criança inofensiva, não fosse o caralhão moldado dentro da vestimenta a assegurar que se tratava de um macho e dos mais impetuosos. Não sei se realmente dormia, pois sabia que estava sempre alerta, mesmo dormindo parecia continuar com todos os sentidos ligados, nunca seria pego de assalto só por estar dormindo; ou se já tinha me detectado e só fingia dormir para que eu fosse embora sem o incomodar. Despi-me e me esgueirei para junto do corpão dele. Ele estava fingindo, pois não reagiu, embora eu tivesse a certeza que tinha me detectado.
- São duas da madrugada, o que faz aqui a essa hora? – perguntou, confirmando minha suspeita, quando pousei cautelosamente a mão sobre seu tórax. – Sabe que não deveria entrar no meu quarto!
- Não tinha nenhum aviso na porta dizendo que a entrada era proibida! – exclamei, acariciando os pelos do peito dele. Ele quis rir, mas se controlou.
- Se te pegarem aqui teremos outro escândalo! É isso que quer?
- Não! Só quero ficar aqui. Preciso de você!
- Ah, moleque! Você e suas safadezas! Fico me perguntando se um dia você vai crescer e tomar juízo.
- Tenho juízo sobrando, e só fico safado quando fico atiçado por isso aqui! – devolvi, entrando com a mão dentro da bermuda ou cueca de seda e pegando no cacetão dele.
- Sabe que não deveria mexer com isso aí, não sabe?
- Também não tinha nenhum aviso dizendo que não podia pegar e, ademais, só o estou acariciando, não vou roubá-lo. – dessa vez não conseguiu segurar o riso, e minha mão macia tateando pelo caralhão e pelo saco lhe davam tanto prazer que não me impediu de continuar. – Não sei o que quero da vida, está tudo tão confuso que às vezes me dá vontade de fugir de tudo. – afirmei.
- É natural nessa idade que fique um pouco perdido! As respostas vêm no seu devido tempo, especialmente as que está procurando. – asseverou, como se soubesse o que eu estava sentindo.
- Como sabe que respostas eu procuro?
- O americano, não é? O agente da CIA com quem tem se encontrado. – na mosca, como se fosse um adivinho.
- Quem te disse isso? Não quero nada com o James Bond, aquele sujeitinho arrogante, metido a sabichão, tão bandido quanto o Hakeem, mas que posa de bom moço, com aquela pinta de galã sedutor ...
- Que está bem posicionado na vida apesar de jovem, que não se deixa impressionar por qualquer coisa, que é honesto e desenvolve seu trabalho com seriedade, que gosta de você e faz sexo como você nunca experimentou com nenhum outro daqueles garotões com os quais costuma sair! – interrompeuque é honesto ... que gosta de mim e faz .... Do que você está falando, não é nada disso! – exclamei, assim que me dei conta do que fui induzido a falar.
- Ele gosta de você! Dá uma chance a ele.
- Como sabe que ele gosta de mim? Virou vidente?
- Sabia que ele anda te perseguindo desde que começou a ter negócios com o Hakeem? Tem ido a todos os lugares que você frequenta, vai às baladas, fica te observando na universidade, se isso não é estar muito interessado, então não sei o que é. – revelou
- Você sabia que ele está me vigiando? E por que não fez nada, ou me avisou? – questionei indignado
- Por que as intenções dele são boas! E porque a minha função é garantir a segurança de vocês mantendo meus homens observando cada passo que dão e investigando todos que se aproximam de vocês.
- Um sujeito que faz negócios com o Hakeem não pode ter boas intenções! Você sabe disso melhor do que eu.
- Ele não é como os outros, não é ele quem faz negócios com o Hakeem, e sim o governo americano. Ele é apenas um contato, ele é um agente civil de inteligência estrangeira, a função dele é coletar, processar e analisar informações de interesse da segurança nacional em todo o mundo, na maioria das vezes de forma secreta. As informações que ele reporta é que dão base para a tomada de decisões nos escalões superiores. E esses escalões muitas vezes têm interesses que não podem ser divulgados abertamente, como é o caso de intervenções militares em países em guerra ou fornecimento de armamento para esses países ou grupos revoltosos, por isso ele mantem relações com o Hakeem e outros traficantes e fornecedores de armas. – esclareceu
- Como sabe de tudo isso? No fundo é um criminoso igual a todos eles.
- Eu o investiguei para o Hakeem, não se sobrevive num negócio como o do seu padrasto sem saber com quem se está lidando, onde estão as limitações e fraquezas dessa pessoa e onde se encontra o seu poder e capacidade de nos prejudicar. Ele é um bom moço, apesar de você achar que não. É filho de um militar de alta patente, cursou administração em Yale antes de receber treinamento na CIA, morava em Connecticut antes de ser designado como agente para a França, recebeu duas condecorações até o momento por bons serviços prestados ao governo dos EUA. Como pode perceber, não é um vilão!
- Não confio nele! Se está metido nos negócios do Hakeem não pode prestar! É um traste como todos os outros!
- Por que tem tanto medo dele? Está apaixonado e não quer admitir!
- Não diga besteiras! Eu detesto ele!
- E por isso perde as noites de sono, porque o detesta? Deixei-o se aproximar, abra seu coração para ele, diga que gosta dele e vai perceber que tudo se arranja com o tempo. Até agora você é quem dava as ordens e tomava as decisões com aqueles moleques com os quais ia para a cama, era fácil manipulá-los conforme a sua vontade. E o Declan é um desafio, é ele quem determina as coisas, não você; é ele o líder, o macho alfa que sabe como conseguir o que quer com você, por isso está tão perturbado e confuso.
- Se é que o James Bond se chama mesmo Declan, coisa que eu duvido! – ele me via lutar com todos os argumentos e se divertia com a minha inexperiência no amor.
- Sim, ele se chama Declan Burke, não é nenhuma invenção, é o nome dele. E você está tão apaixonado que fica procurando pelo em casca de ovo para não se deixar levar pelo que sente por ele.
- Fecha essa matraca, Ayoub! Você fala demais! Não vim aqui para ouvir seus sermões! Preciso de outra coisa! – retruquei, tirando o caralhão para fora e caindo de boca na chapeleta excitada que já tinha melado toda minha mão.
- Não sei porque não lhe dou umas palmadas na bunda e te mando de volta para o seu quarto como castigo! – sentenciou, enquanto deixava escapar o ar entre os dentes tomado pelo tesão.
- Porque tem coisa melhor a fazer com a minha bunda do que me dar umas palmadas! – respondi, sorvendo a babinha salgada que fluía do cacetão tão duro que mal conseguia mover.
Ele se contorcia, o corpão todo ia sendo tomado pela adrenalina e ia ficando rijo, apesar de todas as convicções o tesão o dominava e o desejo o fazia querer meu ânus apertado e úmido. A urgência em gozar o levou a montar em mim esfregando o caralhão nas minhas nádegas carnudas e ao longo do rego. Eu rebolava, gemia com sensualidade, franqueava meu pescoço à sua boca predadora deixando-me chupar e morder.
- Ai, Ayub! Ai, Ayoub! – exclamava me entregando, com o cuzinho fazendo beicinho de tão assanhado pelo tesão.
Ele tapou minha boca com sua mão enorme e meteu a verga trincando de tão rija no meu buraquinho. O ganido abafado o ensandeceu e ele foi se empurrando lentamente para dentro de mim, até eu sentir seus pentelhos roçando meu cuzinho distendido. Montado sobre mim ele me estocava fundo e com força, abrindo minhas entranhas num vaivém cadenciado, enquanto eu gemia tomado pelo tesão. De quando em quando, ele socava mais impetuosamente deixando a sanha primal dominá-lo e para que meus ganidos pungentes não ecoassem pela casa, ele tapava minha boca. Me esporrei todo quando ele socou minha próstata e fez uma dor prazerosa se espalhar pelo baixo ventre retesado. Gani seu nome e senti o corpo todo dele estremecendo quando se despejou no meu rabo, me inseminando com sua virilidade leitosa e quente. Certo ou não, era o que ambos precisavam. Eu apenas me virei um pouco de lado, fleti as pernas, ele continuou engatado no meu cuzinho esfolado deixando o cacete amolecer vagarosamente, abraçando minha cintura e beijando minha nuca. O sono reconfortante veio aos poucos para ambos, trazendo alento para nossos corpos atados.
Negócios como os do Hakeem criam fortunas com a mesma desenvoltura que criam inimizades. E ele os contava na casa das dezenas, e por isso era obrigado a manter todo aquele aparato de segurança. Sempre me questionei se uma vida assim valia à pena ser vivida, e desde que ele entrou em nossas vidas obrigou-nos a ter esse estilo de vida. Todos corríamos riscos desnecessários devido a ganância incomensurável dele. A morte do judeu Sender acirrou os ânimos com alguns parceiros de negócios dele, pois interferiu em esquemas muito lucrativos.
Havíamos sido convidados por um comparsa dele, o palestino Fayez Al Akkad, outro traficante de armas que residia numa vila luxuosa em Skhirat, situada numa ilhota de pouco mais de um quilômetro quadrado a uns 800 metros da costa, no Marrocos, para o casamento da filha dele. Eu normalmente nunca acompanhava a família nessas festanças nababescas, mesmo quando ameaçado e coagido pelo Hakeem. Mas, dessa vez, resolvi seguir com eles, pois ainda relutava me envolver com o Declan. Eu sabia que ele também estaria lá, embora os EUA apoiassem oficialmente os israelenses na questão com os palestinos e os países árabes, pouco depois da Primeira Intifada em 1987 no extremo norte da Faixa de Gaza, a indústria bélica americana passou a fornecer armamento por baixo dos panos através de atuações secretas e clandestinas baseadas em informações sigilosas da CIA para os grupos militantes revoltosos islâmicos. Em negócios tão bilionários e lucrativos a ideologia é o que menos importa, basta dar a ela contornos de legalidade. E o Declan abastecia seu governo com informações que vazavam para as empresas bélicas. As negociatas com o armamento ficavam por conta de traficantes como o Hakeem e seus comparsas.
Fazia uma tarde amena, a cerimônia já havia terminado e os convidados circulavam pelos extensos jardins, uma banda e uma orquestra se revezavam para animar tanto a galera mais jovem quanto os mais velhos. O Declan se apressou a me levar para a pista de dança assim que notou que um carinha, que vinha flertando comigo desde antes da cerimônia, se dirigia em minha direção decidido a me chamar para dançar. Acabamos tendo um bate-boca por conta disso, pois o carinha era um daqueles machinhos tesudos com cara de marrento com os quais eu gostava de transar, porque o que tinham de safados com seus caralhos insaciáveis lhes faltava em neurônios e, portanto, fáceis de manipular. Quando nossos olhares se cruzaram pela primeira vez, meu cuzinho já piscou e fiquei afim de experimentar a rola que ele disfarçada, mas acintosamente ficava acariciando para me seduzir. É claro que o Declan logo percebeu o que estava rolando e positivamente não ia deixar acontecer.
Quase todo o contorno da ilhota era composto de falésias que terminavam diretamente no mar, havia apenas uma praia de uns 400 metros de areia ao lado do píer onde as embarcações atracavam ao chegar a propriedade. De repente, três lanchas de alta velocidade chegaram simultaneamente à pequena praia e delas desembarcaram uns oito homens trajando macacões pretos e capuzes que impediam sua identificação armados com metralhadoras e fuzis que vieram correndo até os jardins e começaram a disparar. Embora os disparos de alguns desses homens fossem aleatórios, apenas para gerar o pânico, o alvo deles era tão somente um, Hakeem Kateb. Ao o identificarem entre os convidados, dois deles correram diretamente na direção da mesa onde ele estava com a minha mãe, meu irmão Gilles, o traficante líbio Tarek Mansour, sua esposa e filha, na qual meu irmão andava interessado. O tiro produziu um orifício de entrada entre e pouco acima dos olhos e um rombo na saída que levou quase a metade de sua calota craniana. Ele caiu antes mesmo de saber o que estava acontecendo, em meio ao caos de mesas sendo derrubadas, louças estalando e se partindo em pedaços com os tiros, pessoas correndo sem rumo gritando apavoradas, enquanto eram alvejadas durante a fuja tresloucada. Os seguranças revidaram e os jardins se transformaram num campo de guerra. Cada um daqueles ″empresários″ havia trazido, como sempre, seu próprio séquito se seguranças. O Ayoub havia designado cinco homens para nossa segurança, uma vez que a família toda estava no evento. Sob o comando dele, minha mãe foi escoltada às pressas para dentro da casa. O Gilles, que estava bem ao lado do Hakeem, foi o primeiro a fugir sem se importar com os que ficaram entre a troca de disparos, o que não constituía nenhuma novidade dado que era um covarde egoísta. Meu irmão Aubin dava suporte a fuga da nossa mãe e antes de a arrastar consigo ainda chamou por mim, aflito e preocupado, uma vez que eu estava a certa distância deles acompanhado pelo Declan. Ele mostrou mais uma vez que, mesmo à sua maneira, gostava de mim e se preocupava com a minha segurança. Nunca fomos irmãos muito próximos, eu tinha a impressão que ele se ressentiu ao perder um pouco da atenção do nosso pai quando eu nasci. Talvez me culpasse por nosso pai nunca ter escondido sua predileção por mim, e isso o impediu de estreitar laços comigo.
O Declan me puxou para trás da base de uma estatueta de mármore que representava algum deus mitológico grego musculoso e nu para me proteger, sacou a pistola Glock 9mm de 15 tiros debaixo do paletó branco do smoking e começou a cobrir a retaguarda dos seguranças disparando contra os invasores. Foi aí que eu vi o Ayoub sendo atingido e caindo próximo a mesa onde o Hakeem estava e da qual praticamente já não restava mais nada além de louças e talheres espalhados em meio a pedaços destroçados de madeira. Gritei feito um louco e corri até ele, o Declan nem teve chance de me segurar e berrava para eu voltar. Debrucei-me sobre o corpão do Ayoub, ele queria se levantar e eu o impedi, as rajadas das metralhadoras faziam os projéteis zunirem centímetros acima de nossas cabeças. Eu o cobri com o meu corpo para que não o alvejam novamente. Na lateral esquerda do peito começou a se formar uma mancha de sangue que não parava de crescer, eu gritava desesperado para chamarem uma ambulância. Segurava o rosto dele entre as mãos e via seus olhos se embaçando. Na aflição, não notei que o tiroteio havia terminado e que os homens de preto já estavam na praia com as lanchas em fuga.
- Ayub! Ayoub! Socorro, aqui! Socorro! Alguém me ajude aqui! – berrava eu transtornado, enquanto os outros seguranças se aproximavam. – Está me ouvindo Ayoub? Não se atreva a me deixar, está me entendendo! Não se atreva! Fica comigo, Ayoub! Abra os olhos e me responda! – tentavam me tirar de cima dele, mas eu não o soltava, aquele homem era tudo o que eu tinha, foi o pai que cuidou de mim depois que o meu morreu, foi o homem com quem sempre pude contar, apesar de muitas vezes tê-lo feito ficar tão zangado comigo que tinha vontade de me dar uma boa surra, era o homem que me amava como a um filho. Se o perdesse, perderia tudo de mais valioso que tinha na vida.
Ele treinara muito bem os seguranças, o primeiro helicóptero a alçar voo para resgatar os feridos foi o do Hakeem, que nos levou direto para um hospital em Casablanca. Com o Ayoub já embarcado, os seguranças me questionaram se deveríamos esperar a chegada da minha mãe e dos meus irmãos. Não esperavam uma resposta tão rude como a que lhes dirigi, pois estavam acostumados com a gentileza com a qual sempre os tratei.
- Não! Vamos partir imediatamente! É o Ayoub que importa, eles vão se virar por conta própria. Quero essa merda no ar agora, nem mais um segundo! – berrei, ao mesmo tempo em que empurrava para longe da porta um convidado acovardado da festa que tentava desesperado a fuga daquele lugar.
Minhas mãos não paravam de tatear sobre o corpo, o rosto os membros do Ayoub, ele continuava quente, embora a respiração não passasse de um tênue assobio, o coração continuava batendo e as veias em seu pescoço pulsavam cada vez mais lentamente. Eu não conseguia parar de chorar, enxergava tudo embaçado, chamava por ele sem parar, mas os olhos não se moviam. Nunca senti tanto medo, nem quando me sequestraram e meteram aquela pistola na minha boca, e nunca senti uma sensação de abandono tão intensa quanto a que estava sentindo agora, nem quando meu pai se foi, pois era pequeno demais para compreender a extensão do que estava acontecendo quando o perdi.
Operaram o Ayoub às presas, o tiro perfurou o pulmão esquerdo dele provocando uma hemorragia interna, o estado dele era crítico, o socorro fora demorado demais, não me deram muitas esperanças. Mas, eu as tinha e não sairia do lado dele se não fosse para sairmos juntos caminhando de mãos dadas. Haviam se passado horas, deixei de contá-las porque não faria diferença. O Declan foi o primeiro a aparecer no hospital, me atirei em seus braços e chorei. Ele me abraçou e garantiu que tudo ficaria bem, mas eu sabia que eram apenas palavras e não uma realidade.
- Não posso ficar sem o Ayoub! – exclamei quando ele me apertou contra o peito
- Não vai ficar! Você está uma pilha de nervos, tente se acalmar, ele está sendo bem atendido. – mais uma vez apenas palavras, palavras que não significavam muito. – Você é um maluquinho, podia ter levado um tiro quando saiu correndo daquele jeito. Agora podia ser você a estar sendo operado, moleque doido!
- É sério que vai começar a brigar comigo agora, e aqui? Pode dar o fora! Tenho mais com o que me preocupar do que com seus conselhos. – revidei
- Não vou a lugar algum e, se não se controlar, mando que lhe apliquem um sedativo para te deixar tão chapado que não acordará por dias! – retrucou, daquele seu jeito mandão e petulante de ser. Eu só bufei, não ia perder tempo discutindo com ele.
O Ayoub passou dez dias na UTI depois da cirurgia, quando os médicos autorizaram a transferência para um hospital de Marselha. Até então ninguém da família veio sequer saber como ele estava, nem um simples telefonema.
Minha mãe ainda teve a ousadia de me ligar mandando que eu voltasse para casa, pois havia assuntos pendentes a serem resolvidos com a morte do Hakeem. Eu podia imaginar que assuntos eram esses, os bens que ele tinha e como seriam transferidos para o nome dela e dos meus irmãos.
- Você precisa voltar Fabien! É uma ordem! Os advogados não podem fazer nada sem a sua presença. – disse ela ao telefone, que eu desliguei, dando apenas uma frase como resposta – Vá se foder!
Quando o Ayoub foi transferido para Marselha pude dar umas escapadas rápidas para tomar um banho, trocar de roupa, tratar de algumas questões pessoais antes de voltar a fazer plantão ao lado do leito dele. Numa dessas ocasiões cruzei com o Gilles, ele quis me impedir de sair e disse que precisávamos falar sobre a herança e a sucessão nas empresas, em nenhum momento alguém me perguntou sobre o Ayoub. Eu voei no pescoço dele, nunca havia me atracado tão ferozmente com nenhum dos dois antes, mas eu queria esganar o Gilles. Foram os gritos histéricos da minha mãe que alertaram os criados e os seguranças que me tiraram de cima dele.
- Seu desgraçado, covarde, miserável! Eu vi você fugindo feito um rato quando o seu ídolo caiu feito um saco de batatas sem você sequer se preocupar em verificar se ele continuava vivo ou não. O seu fim será igual ou pior que o dele, pois você também não vale nada. – despejei, enquanto esperneava sendo contido por dois seguranças.
- Não fale assim do seu irmão! – interveio minha mãe. – Pare de uma vez por todas com esses escândalos! Todos preocupados com o trágico destino do Hakeem e você protagonizando um escândalo atrás do outro! – emendou.
- O Hakeem já foi tarde! O desgraçado teve o que merecia! E você só está preocupada com a fortuna dele, nada mais, não finja que se importa com a morte dele, porque você é uma péssima atriz e logo todos vão perceber a mediocridade da sua atuação. – despejei raivoso. – Quem sempre cuidou de nós e nos protegeu está entre a vida e a morte no hospital e vocês nem se dignaram a perguntar por ele.
- É só um empregado, estava sendo muito bem remunerado pelo serviço que fazia! – sentenciou o Gilles, o que me levou a atacá-lo novamente, precisando ser contido pelos seguranças.
- Tirem esse moleque da minha frente! – gritou minha mãe, antes dos seguranças me arrastarem para longe dali, e me soltarem quando tiveram a certeza que eu não partiria mais para cima do meu irmão. Eles, melhor do que ninguém, compreendiam a minha preocupação e o que eu sentia pelo chefe deles.
O governo francês confiscou quase toda fortuna do Hakeem quando uma devassa na contabilidade das empresas mostrou a extensão e a ilegalidade dos negócios dele disfarçadas como transações legítimas. As propriedades que restaram, inclusive a casa onde morávamos, representavam um custo oneroso demais que não podia mais ser bancado. Teríamos que vender quase tudo, a casa, o chalé de inverno nos Alpes suíços, o apartamento de cobertura da Avenue Montaigne no 8º Arrondissement em Paris, o iate Tankoa de quase 60 metros atracado no porto de Marselha, a coleção de carros luxuosos na garagem, pois sem os negócios do Hakeem tudo isso ficava inviável de manter. Achei que minha mãe ia direto para um hospício quando os advogados expuseram o tamanho da desgraça que se abateu sobre nós; apoplética e em estado de alienação mental, seu olhar perdido vagava sem foco. O Gilles era outro que já nem sabia mais se estava delirando ou se tudo não passava de um pesadelo, tinha a cara abobada, mais que de costume; seus delírios de poder e riqueza haviam desmoronado como um castelo de areia. Ele perguntava aos advogados se precisaria se desfazer de seu Porsche conversível, de sua Ducati 750 Montjuich e do Shelby Cobra, quando tive um ataque de riso.
- É só você arranjar um emprego com toda essa sua capacidade intelectual e não vai precisar vender nada, seu imbecil! Por que não pediu ao seu ídolo para fazer um pé-de-meia para você, cretino?
- Estão nos dizendo que estamos na miséria, é isso? – perguntou o Aubin, de quem não consegui deixar de sentir pena, embora dos três fosse ele a ter mais os pés no chão.
- Eu não chamaria de miséria o que lhes restou, a venda das propriedades, exceto esta casa que está no nome do Fabien e da qual só ele pode se desfazer, se o quiser, ainda vai acrescentar um bom montante às suas contas bancárias que permitirá que a senhora e seus filhos tenham uma vida confortável. – respondeu um dos advogados.
- Confortável? O que o senhor quer dizer com confortável, se estamos perdendo tudo? – questionou minha mãe.
- Como assim esta casa está no meu nome? Deve haver algum engano, o Hakeem me odiava, jamais teria deixado alguma coisa para mim e não para os meus irmãos! – afirmei estarrecido. – O que ele quer dizer, madame Haydée, é que você não vai morrer de fome, mas precisa abdicar dos luxos extravagantes, das compras desenfreadas, do batalhão de criados e seguranças, coisas que você só passou a fazer depois de se casar com o crápula do Hakeem. Quando o papai estava vivo, nós tínhamos uma boa vida, nunca nos faltou nada, é assim que voltaremos a viver de agora em diante. – ela só faltou cuspir na minha cara.
- Foi você quem sempre odiou o Hakeem, o homem que sempre cuidou de todos nós com afeto e carinho, e como pode ver, até se preocupou com o seu futuro em testamento. – sentenciou ela. – Você deveria se envergonhar de falar assim do seu padrasto, Fabien, isso só demonstra a sua falta de caráter. Sempre implicando com ele, sempre arrumando confusão, sempre o tratando com desprezo, sempre o ameaçando, seu ingrato!
- Você é cega ou só está se fazendo de idiota, porque perdeu todas as mordomias? Esse sujeito não valia nada! – berrei exasperado.
- É você quem não vale nada, Fabien! Estou farta de você, seu moleque mal-agradecido! – devolveu ela.
- Pelo que você queria que eu agradecesse a ele? Por ter me estuprado no meu primeiro aniversário com dois dígitos, um ano depois do papai morrer? É isso que você quer que eu agradeça? – questionei, perdendo completamente o controle.
- O que você está dizendo, seu moleque? Ficou louco? – devolveu ela. – Não deem atenção ao que este moleque mal-agradecido e pervertido está dizendo. – acrescentou, quando os advogados se mostraram surpresos e indignados com o que afirmei.
- Não, eu não fiquei louco! Ele nunca se atreveu a me enfrentar, nem me ameaçar depois que descobriu que eu tinha provas, imagens da câmera de segurança do escritório dele onde ele enfiou o pinto no meu cu até se saciar e me fazer sangrar, sendo que eu nem tinha ideia do que ele estava fazendo comigo. Ele só me soltou quando uma das empregadas da época desconfiou e veio bater à porta do escritório. Foi ela quem me ajudou a lavar o sangue do meio das minhas pernas enquanto eu a questionava pela origem daquele sangue. Também foi ela quem pediu segredo a um dos seguranças sobre as imagens das quais ele fez uma cópia que só me entregou quando eu já era adolescente e capaz de entender o que tinha acontecido. O Hakeem despediu a empregada, Zoe era o nome dela. Alguns meses depois, quando retornou a Rodez onde a família dela morava, foi atropelada por um carro que nunca foi encontrado e o motorista nunca identificado. O segurança também precisou fugir para a Tunísia e só voltou na clandestinidade para entregar o vídeo num dia em que apareceu no colégio me procurando. O Hakeem sempre soube da existência desse vídeo, houve uma época em que pensei que ele ia me matar para pôr as mãos nele; ele o procurou por toda a parte, mas o segurança me ajudou e instruiu como escondê-lo para que ele nunca o encontrasse. Era por isso que o Hakeem supostamente tolerava tudo o que eu fazia, por saber que sua vida e sua liberdade estariam perdidas se o estupro viesse a público. – revelei aos prantos, ante os rostos perplexos que me encaravam.
- Você é louco, Fabien! Um homossexual pervertido feito você que não pode ver um homem que já o quer sentir entre as nádegas, falar assim do homem que me ajudou a criar vocês, é um absurdo! – exclamou minha mãe.
- Vejamos se vai continuar a me chamar de louco depois de eu lhe mostrar o vídeo. Seu marido aparece bem nítido e feliz com o pinto enfiado até o talo no meu cu, bombando feito um garanhão, enquanto eu grito de dor e desespero. Esse foi o presente que ele me deu no primeiro aniversário dentro dessa casa! – questionei.
- Isso é um crime! Se o que está afirmando é verdade o Sr. Kateb seria imediatamente preso e um tribunal o condenaria a anos de prisão. Você tem provas do que está dizendo? – questionou um dos advogados.
- É claro que tenho! Eu jamais cometeria perjúrio contra um inocente! Infelizmente, ele não vai pagar pelo crime. Por outro lado, estou contente que tenha morrido, de certa forma a justiça acabou sendo feita. – asseverei.
- Pode nos mostrar esse vídeo que alega ter?
- Sim! Mas não agora porque não o tenho em mãos, desde que me entregaram sempre esteve num lugar seguro. O Hakeem o procurou alucinadamente por diversas vezes, chegou a agredir e ferir pessoas desmantelando o lugar onde moravam para o conseguir. Porém, nunca encontrou o lugar onde ele está. – respondi. – Podemos marcar um outro dia e eu o mostro.
- Estão vendo, é tudo mentira! Esse moleque não tem prova alguma, pois ela não existe! É uma calúnia contra quem não tem mais como se defender! – sentenciou minha mãe, me deixando desacreditado.
No momento eu só me preocupava com o Ayoub, ele se recuperava bem e teria alta do hospital dentro de alguns dias, podendo continuar a recuperação em casa. A nova reunião com os advogados, que ainda tinham outros assuntos pendentes a tratar, foi agendada para depois da alta do Ayoub, o que me daria tempo de pegar o vídeo.
Poucos dias depois, naquela mesma semana, fui buscar o Ayoub no hospital, ele finalmente podia vir para casa e eu estava ansioso para cuidar dele. Quem conhece a cidade de Marselha sabe que em sua grande maioria ela é plana, circundada ao sul pelas calanques, a oeste pelo mar, por maciços a noroeste e pela Costa Azul ao norte, embora haja elevações entre os arrondissements que fizeram com que muitas ruas fossem construídas cheias de curvas, aclives e declives. Para chegar ao hospital eu precisava passar por dois lugares com essas características. No trecho final do primeiro deles, senti que os freios do carro não respondiam como deveriam, mas não me preocupei porque logo atingi uma área plana na qual não precisei usar os freios. No entanto, após subir um aclive de aproximadamente 400 metros serpenteando uma das faces de uma colina e, iniciar a descida que me levaria a avenida onde se localizava o hospital, os freios deixaram de responder obrigando o carro a fazer uma curva fechada junto ao penhasco numa velocidade muito acima da permitida e segura. Os pneus chiavam no asfalto enquanto eu tentava controlar o carro antes da próxima curva. Puxei, sem sucesso, o freio de mão, que só desestabilizou ainda mais o carro; a redução de marchas também não logrou sucesso e o carro descia a rua estreita de uma só mão cada vez mais rápido e sem controle. Eu estava a 80km/h quando encarei apavorado o painel de instrumentos do carro, segundos antes de uma curva muito fechada; o carro inclinou demais ficando apenas com os pneus do lado do passageiro em contato com o asfalto, o volante parecia estar solto nas minhas mãos que o agarravam com toda a força; a mureta de pedras que sustinha a rua na curva de nível do penhasco ficou tão próxima que toda a lateral do carro se esfregou nela, liberando faíscas enquanto os vidros eram estilhaçados. Não sei exatamente o que fiz ao mover o volante, mas isso fez o carro gingar e capotar ficando pendurado sobre a mureta a mais de 200 metros da queda abrupta do penhasco. Quando tudo parou, vi que meus braços sangravam em diversos pontos onde os estilhaços de vidro os atingiram, o rosto também sangrava e eu não me atrevi a me mexer, pois a cada movimento que fazia, tinha a sensação de estar numa gangorra, encarando o precipício rochoso através do para-brisas. Levou um tempo até que os primeiros veículos que seguiam pela mesma ladeira chegassem até mim, uma vez que a rua era pouco movimentada. Conseguiram me içar pela janela, já que a porta do lado do motorista não abriu devido a deformação da carroceria, instantes antes do carro despencar precipício abaixo. A polícia me encontrou ainda no Pronto Socorro do hospital no qual o Ayuob estava internado, recebendo atendimento, e pegou meu depoimento. Fui ter com o Ayoub quando me liberaram e contei o que aconteceu, não gostei nem um pouco do cenho franzido dele e daquela expressão que surgiu em seu semblante.
- O que você disse à polícia?
- Nada, só contei o que aconteceu, que fiquei sem freios.
- Eles não fizeram mais perguntas? Suspeitaram de alguma coisa?
- Não, por quê? Você acha que não foi uma falha mecânica, um acidente? – perguntei, começando eu mesmo a suspeitar daquele acidente.
- Não acho nada! Os freios foram muito exigidos e talvez na última revisão pela qual o carro passou não verificaram as condições dos componentes. – algo me levou a pensar que ele só disse aquilo para não me preocupar.
- De qualquer maneira, vamos saber o que aconteceu, pois o policial me disse que após o resgate do carro será feita uma perícia. – devolvi e, só ao me ouvir deduzi que a polícia não encarou aquilo como um mero acidente. Talvez por se tratar do enteado de Hakeem Kateb que ainda preenchia a primeira página de todos os jornais do país.
Esqueci de tudo tão logo cheguei com o Ayuob em casa. Ele resmungou, queria se recuperar na casa da mãe e da irmã alegando que elas cuidariam dele por esses poucos dias até ele mesmo não depender mais de ajuda. Ficou ainda mais indignado e estava se recusando a ficar no meu quarto onde o instalei.
- Não tem o menor cabimento eu ficar no seu quarto, me leve para o meu quarto nas dependências dos empregados, e agora! – exclamou zangado com as minhas decisões. – Isso vai gerar um falatório danado!
- E você acha que eu me importo com isso? Minha fama de veadinho, de tarado por machos, de dar o cu a torto e direito corre pelo país inteiro há tempos, não será agora que vou ligar para o dizem e publicam a meu respeito. Eu vou cuidar de você e está acabado! Vou te medicar nos horários certos, vou fazer a troca diária desse curativo e vou te dar banho lavando com muito zelo essa tora de cavalo no meio das tuas coxas. E você vai ficar bem bonzinho, sem reclamar, sem fazer esforços desnecessários até ficar bom. – retruquei com firmeza e um risinho libidinoso, o que o fez rir.
- Você é mesmo um moleque peralta, faltaram umas boas chineladas nesse bundão durante a sua criação. – sentenciou se fazendo de carrancudo
- Bem, você pode dá-las agora, todas as noites enquanto estiver deitado na cama comigo. – devolvi, me insinuando para ele e pousando dois beijos úmidos no canto da boca dele. Os protestos terminaram no mesmo instante.
Com o vídeo em mãos, mostrei-o aos advogados na reunião à qual estavam presentes minha mãe, meus irmãos o Ayoub e um parente insuspeito do segurança que havia guardado a fita VHS durante todos aqueles anos. Eu mesmo só tinha visto as imagens uma única vez, quando adolescente, no dia em o segurança me apresentou o parente e garantiu que ele o guardaria até que eu precisasse dele, antes de fugir do país. Rever aquelas cenas me desestabilizou por completo, ver meu rosto ingênuo e agoniado vertendo lágrimas enquanto aquele homem engatado no meu cuzinho fazia algo que eu não suspeitava o que fosse, e só sabia que estava doendo muito me transportou para aquele dia fatídico que deveria ser só de alegria e felicidade por comemorar mais um ano de vida. Olhando ao redor, todos assistiam as cenas com uma revolta e um ódio a brilhar nos olhares. Meu irmão Aubin chorava, o Gilles apesar de estarrecido não esboçava sentimento algum, minha mãe estava perturbada, esfregava as mãos de nervosismo, mas mantinha uma pose inflexível; os advogados se entreolhavam chocados; o Ayoub segurava minha mão entre as dele e parecia desolado. Na adolescência eu havia lhe contado sobre a existência dessa prova contra o Hakeem, mas ele nunca chegou a ver essas imagens que assistia agora.
Enquanto as cenas mais fortes apareciam na tela, algo me chamou a atenção. Pouco antes de o Hakeem ter me levado para dentro de seu escritório, a câmera de segurança do lado de fora do escritório captou a imagem da minha mãe percorrendo o corredor onde ficava a porta de entrada do escritório e que não conduzia a nenhum outro cômodo da casa, ele acabava numa janela grande com vista para o jardim e que iluminava o corredor durante o dia.
- Esperem! Dê retrocesso na fita. – pedi. A mesma cena se repetiu, minha mãe caminhando em direção aquela janela, instantes antes do Hakeem entrar comigo no escritório. – Para onde você estava indo, se aquele corredor não leva a lugar algum, só à janela? – perguntei.
- As imagens devem ter sido editadas, isso deve ter acontecido dias antes. – respondeu ela.
- Não! A fita não foi editada. – afirmou o parente do segurança. – Elas foram capturadas pouco antes das cenas que a câmera do escritório gravou mostrando o estupro. Poderão ver ao final das cenas no escritório que a mesma câmera gravou a empregada batendo à porta e depois saindo com o garoto chorando. – revelou
- Você sabia! – exclamei, subitamente, num clarão de compreensão no mesmo segundo em que senti como se estivessem me cravando um punhal no peito e o ar começar a me faltar. – Você sabia, estava mancomunada com aquele miserável! Você sabia que ele ia me estuprar e me entrou nas mãos dele! – as palavras saíam da minha boca num automático e as lágrimas desciam pelo meu rosto obnubilando tudo ao meu redor.
- Pare de delirar, Fabien! – gritou ela, toda desestabilizada.
- O senhor disse que o Hakeem deixou essa casa em meu nome, em que data ele fez isso? – perguntei ao advogado.
- Faz anos, deixe me verificar ... 8 de maio de 1975. Por quê?
- O dia do meu aniversário há onze anos atrás! O dia do estupro! – exclamei, como se estivesse em transe. – Você me vendeu para o seu marido! – afirmei, encarando minha mãe que já não conseguia sustentar o olhar.
- Eu só queria garantir o futuro de vocês! Ele deixou essa casa para você, não deixou? – se ela acreditava mesmo naquilo eu não sabia, mas que sua avareza não tinha limites era inquestionável.
- Como pode fazer isso comigo? Como teve coragem todos esses anos de olhar nos meus olhos e ainda tomar o partido daquele desgraçado todas as vezes que ele e eu brigávamos? Que espécie de mãe é você? – questionava eu, enquanto todos a nossa volta a condenavam com o olhar. Até o Gilles não estava acreditando que aquilo podia ser verdade; ele que nunca reconheceu em mim um irmão.
Ela não chegou a responder, uma empregada veio anunciar que a polícia estava na porta, interrompendo a reunião. O chefe de polícia não era mais o Sr. Toissant, ele havia sido substituído por um homem bem mais jovem que se locomovia com desenvoltura e tinha um olhar perspicaz, depois que suspeitas de estar envolvido em esquemas de proteção a criminosos endinheirados de Marselha e sumiço de provas. Ele confirmou que a falha nos freios do carro não foi acidental, o tubo de metal que sai logo após o cilindro mestre e distribui o fluido até os cilindros das rodas fora parcialmente serrado e cada vez que eu pressionava o pedal a pressão fazia o fluido vazar.
- Sr. Gilles Beaufoy, o senhor esteve numa oficina mecânica no Boulevard Hugues na tarde anterior ao acidente e saiu de lá acompanhado por um dos mecânicos, para onde o levou, Sr. Beaufoy? – indagou o chefe de polícia, deixando meu irmão nervoso.
- Eu queria que ele ouvisse um barulho estranho no meu carro enquanto rodava, para que identificasse qual era o problema. – respondeu o Gilles
- E para isso o senhor deu a ele US$ 3000, em dinheiro? É um bom pagamento para um simples diagnóstico, não acha, Sr. Beaufoy?
- Eu já fiz o pagamento antecipado do conserto!
- Sr. Gilles Beaufoy, o senhor está preso por tentativa de assassinato do seu irmão Fabien! Terá que nos acompanhar. – sentenciou o chefe de polícia. O mundo parecia estar desmoronando nas minhas costas. O Ayoub me puxou para junto dele e me abraçou.
- Foi você quem me meteu nessa merda! – berrou o Gilles para a minha mãe quando foi algemado.
- Cala essa boca, imbecil! Você não vai ficar preso, eu vou te tirar de lá em breve. Enquanto isso, veja se consegue não se cagar nas calças, seu imprestável! – ela usou o mesmo adjetivo que o Hakkem usou milhares de vezes para qualificar o Gilles, humilhando-o em público.
Enquanto isso, eu tive pena do meu irmão Aubin. Ele continuava chorando, mais perdido que uma criança dentro de um shopping, para ele o mundo também estava desmoronando e ele não tinha ninguém que o abraçasse. Quando o envolvi nos meus braços e sequei suas lágrimas acho que ele sentiu pela primeira vez que tinha um irmão e, agarrou-se a mim.
Mandei que minha mãe deixasse a casa naquele mesmo dia, o destino dela não me importava mais. Os advogados me instruíram a denunciá-la como cúmplice do Hakeem no estupro, o crime não prescreveu, mas eu não levei isso adiante, só queria ela longe e fora da minha vida.
Levou mais um ano até a mansão ser vendida, imóveis daquele padrão eram para poucos. Me desfiz de toda criadagem e seguranças, não havia como pagá-los. Só não abri mão do Ayoub, ele não era um empregado, era o homem que eu mais respeitava e amava. Com a venda da propriedade pude comprar uma casa num bairro ainda elegante de Marselha, o mesmo onde residi enquanto meu pai era vivo. O Ayoub e eu nos mudamos para lá, ele alegou que não me deixaria sozinho depois de tudo pelo que passei, quando lhe sugeri que fosse morar com a mãe e a irmã e que se casasse para ter sua própria família. Ia terminar a faculdade, planejava conseguir um emprego depois disso e seguir em frente, esquecendo aquele passado doloroso. Abandonei a rebeldia, já não fazia mais sentido, com o Hakeem morto não tinha mais ninguém para irritar e provocar. Os paparazzi me esqueceram, não havia mais escândalos meus a serem publicados, e eu podia ir a uma balada com os poucos amigos verdadeiros que ainda restaram depois que deixei de ser enteado de um dos homens mais ricos da Europa, sem causar alvoroço. Isso não significou que deixasse de fazer sucesso entre alguns machinhos que corriam atrás da minha bunda e dos meus favores sexuais como abelhas ao pólen. O Ayoub caçoava de mim dizendo que era o preço a se pagar por ter um corpo tesudo como o meu e uma carinha entre ingênua e safada que só despertava tesão nos homens. Meu irmão Aubin mudou-se para um apartamento que comprou com parte do dinheiro que pediu a nossa mãe quando o chalé nos Alpes suíços foi vendido. Ele estava namorando firme com uma garota já fazia algum tempo, e depois dos últimos acontecimentos, também se afastou da nossa mãe e do Gilles, empregou-se numa das inúmeras empresas de importação e exportação que existem em Marselha devido ao grande movimento portuário, e passou a manter contato regular comigo em visitas que me agradavam muito. Ele também acabou sendo minha ligação com a minha mãe e o Gilles, pois eu decidi nunca mais me relacionar com nenhum dos dois. Segundo ele, o Gilles ainda teria oito anos a cumprir da pena a que foi condenado pela tentativa de me assassinar, nunca recebeu uma única visita sequer da nossa mãe. Quanto a ela, também segundo as últimas notícias que teve, estava envolvida com milionário grego cuja origem da fortuna era tão obscura quanto a do Hakeem, embora expressivamente menor. Pelas informações que obtivemos, ele era um sujeito vindo da ralé, que o dinheiro apenas burilou em parte pois continuava um bronco sem nenhum refinamento para os círculos que frequentava. Esse era o motivo pelo qual se interessou pela sofisticação, elegância e prestígio que minha mãe gozava entre as elites, enquanto para ela foi a solução para não perder de vez o status e as mordomias que o dinheiro compra.
Apesar de estar envolvido até o pescoço com as atividades da faculdade, do voluntariado no asilo e no centro de acolhimento de imigrantes, além das baladas e outras atividades com os amigos, eu sentia um enorme vazio no peito. Não era a falta de todo aquele luxo no qual vivi a última década, com viagens pelo Mediterrâneo a bordo do iate, de voar com o jatinho para outro país para um simples final de semana ou dois ou três dias para um jantar ou para fazer compras, ou de passar algumas semanas esquiando na Suíça nas estações mais sofisticadas e luxuosas, ou de ficar hospedado durante os verões em mansões suntuosas dos comparsas do Hakeem ao redor do mundo que me causava essa sensação. Era algo bem mais profundo, um vazio que não se preenchia nem mesmo quando saía com um desses garotões cheios de hormônios e com cacetes avantajados recheando meu cuzinho. Quando ela se tornava tão intensa a ponto de me fazer perder o sono eu ia ter no quarto do Ayoub, enfiava-me sorrateiro sob os lençóis e me enrodilhava em seu corpão de onde vinha uma quentura que amainava um pouco aquele sofrimento.
- Triste outra vez?
- Não estou triste, só queria ficar aqui com você.
- Quando se enfia na minha cama já sei que não está bem. Diga, o que é dessa vez?
- Nada! Quero sua companhia!
- Sei! E para isso esses dedos precisam seguir rumo a zona proibida. – retrucou, sentindo minha mão deslizar sobre o caralhão dele.
- Não sabia que existia uma zona proibida. – devolvi. – Até porque seu companheiro aqui parece bem interessado na minha mão.
- Você é danado, moleque! Sabe como deixar um macho ensandecido de tanto tesão.
- Está com tesão? Quanto, um pouco, médio, muito?
- Como não ficar quando vem se enrodilhar na gente com esse corpo ardendo de desejo, seu moleque safado?
- Também estou com tesão, muito, bastante, um tantão assim. – afirmei, espaçando as duas mãos em mais de um palmo que era o tamanho do pauzão dele. Isso o fez sorrir.
- É só esse bocado? Pensei que estivesse com bem mais tesão. – zombou
- Mesmo que fosse do tamanho de um trem, eu teria espaço para aconchegar e agasalhar ele, você sabe muito bem disso! – exclamei quando tirei o cacetão da cueca e me sentei com a bunda nua sobre ele, rebolando provocativo até ganir ao sentir que a cabeçorra atravessou meus esfíncteres.
- Sabe que não deveríamos estar fazendo nada disso, seu moleque putinho! Você não pode simplesmente vir aqui e me atiçar desse jeito, me fazer perder a cabeça e .... – cobri a boca dele com um beijo carinhoso e logo senti a língua dele lambendo a minha úvula, enquanto as estocadas metiam a rola até o talo no meu cuzinho me fazendo sentir cócegas nas preguinhas com o roçar dos pentelhos dele.
Era esse alento, que infelizmente só durava uns poucos dias, que me fazia seguir em frente, enquanto o Ayoub continuava a insistir para que eu procurasse o Declan e declarasse minha paixão por ele.
- Ficou maluco! Eu não suporto aquele sujeitinho, já disse mais de mil vezes!
- Sei! Você não é tão bobinho, não lute contra o que sente por ele! Você sabe o quanto ele gosta de você e o quanto te deseja, não seja tolo perdendo a chance de ser feliz! – devolvia ele
- Desejar até pode ser, afinal ele é louco para meter aquela estrovenga enorme em qualquer buraquinho disponível. Já quanto a gostar de mim, tenho certeza que não. Ele é um interesseiro só me procurava porque com isso ficava mais fácil obter informações sobre as atividades do Hakeem sem levantar muitas suspeitas. Fora que ele também é tão bandido quanto o Hakeem, e eu não quero mais gente dessa laia na minha vida. – sentenciava eu. – Você viu naquela maldita festa de casamento, ele tinha uma pistola debaixo do paletó, quem é que vai armado a uma festa se não for um bandido?
- Eu o aconselhei a andar armado quando vocês começaram a sair juntos! Ele corria riscos estando ao seu lado e, por outro lado, teria como te proteger caso houvesse algum atentado. - afirmou
- Como é? Desde quando vocês dois estão tramando essas coisas juntos? É mais uma razão para eu não confiar nele, eu sabia! Ele só estava me mantendo sob vigilância para eu não aprontar alguma. Não acredito que você fez isso comigo, Ayoub! Estou tão puto com você que ... que ... ai Ayoub, seu traidor!
- Volta aqui, moleque, e me escute com atenção! Não tramei nada com ele. Nossos interesses apenas combinavam e por isso fiz essa sugestão. Não negue que gosta dele e não finja que sente o quanto ele gosta de você! O remédio para curar essa sua melancolia é ele, você bem sabe!
- O que eu sei é que esse James Bond trapaceiro está metido até o pescoço nas mesmas coisas ilícitas do Hakeem. Você sabia que no apartamento dele ele guarda um arsenal de armas quase do tamanho daquele que o Hakeem mantinha em nossa casa? Que pessoa sem segundas intenções guarda fuzis, metralhadoras, pistolas e sabe-se lá que armamento mais? Eu vi, Ayoub, ninguém me contou, eu vi! – retruquei.
- Andou bisbilhotando nas coisas dele? Também não me parece uma atitude de quem não tem segundas intenções.
- Você não pode comparar as duas coisas! Foi por acaso, não bisbilhotei nada. Foi da primeira vez que ele me levou ao apartamento, depois da confusão que o Philip arrumou naquela casa noturna, quando ele me ...., deixa para lá não interessa o que o Declan e eu fizemos. O fato é que quando acordei na manhã seguinte e procurei alguma coisa dele para vestir depois do banho, ao abrir uma gaveta cheia de cuecas, me deparei com um pequeno dispositivo parecido com um controle remoto desses para abrir portões automáticos; quando o acionei um painel no quarto de abriu e atrás dele estava todo aquele arsenal; fechei-o o mais rápido que pude para ele não desconfiar e nem tomei o café da manhã que ele havia preparado de tão assustado que fiquei com aquela descoberta. – revelei
- Faz parte do serviço dele na CIA, você deveria ter desconfiado. E, se fosse mesmo tão maduro quanto afirma ser, teria perguntado diretamente a ele o que aquelas armas estavam fazendo em seu apartamento, teria conversado e dado a chance de ele se explicar. Nem tudo o que essa agência faz é tão inocente quanto parece, ele precisa se proteger durante as missões que recebe. Mas, isso não faz dele um bandido. Eu confio e gosto dele, é um bom sujeito e é o cara ideal para você. – fiquei pasmo com a afirmação dele.
- Ideal para mim, o que significa isso? Ele é um velho metido a besta que acha que sabe de tudo, que gosta de ficar dando ordens, e que me deixa maluco! – o Ayoub voltou a rir, já não bastasse eu estar tão irritado ao falar do Declan.
- Justamente por isso! Ele tem oito anos a mais que você, o que definitivamente não faz dele um velho, mas um sujeito mais ajuizado que você. Além disso, ele parece saber muito bem como lidar com esse seu gênio rebelde e te colocar na linha, e é disso que você não gosta, apesar de estar apaixonado por ele. Já pensou que pode ser exatamente por isso que gosta tanto dele, além, é claro, do que ele faz com você dentro de uma cama? – encerrei a discussão por ali, estava tão puto com o Ayoub por me jogar isso na cara que o deixei falando sozinho.
O pior de tudo é que ele podia estar certo. Eu não conseguia tirar aquele James Bond fajuto da minha cabeça desde o nosso primeiro encontro. Não sei o que ele tinha para me deixar tão fascinado, não era só o porte atlético dele, não era aquele rosto anguloso e viril, não eram apenas aqueles bíceps enormes, nem o pauzão cavalar com o qual me levou às nuvens quando o enfiou no meu cuzinho ou, sei lá, era tudo isso combinado.
Encontrei-o numa casa noturna que havia sido recém-inaugurada e que estava agitando a vida noturna dos jovens de Marselha; as entradas disputadíssimas e caras praticamente só eram obtidas através do conhecimento de pessoas influentes da sociedade. Felizmente, eu ainda gozava de muito prestígio e consegui os ingressos para uma galera da faculdade. Ele ficou me observando de longe, andávamos meio estremecidos depois de uma discussão ao final da qual o mandei à merda; injustamente, preciso admitir aqui sem que ninguém nos ouça. Mesmo de longe aquele olhar causava um reboliço no meu corpo, ele era ciente disso, por isso não o tirava de mim. Ele estava lindo como sempre, uma camisa moldada ao corpo valorizando cada um daqueles músculos enormes e o peitoral largo, um jeans claro que o fazia parecer mais jovial guardava aquele par de coxas grossas e peludas que eu tão bem conhecia, bem como o caralhão grosso e cabeçudo formando um volume pouco discreto entre suas pernas e do qual meu cuzinho andava saudoso. Estava acompanhado de uma garota que ele havia me apresentado, mas cujo nome esqueci, e dois amigos, dos quais um eu conhecia de baladas anteriores. De longe, ele ergueu um brinde com o copo que estava em suas mãos e me sorriu, foi o que bastou para minhas pregas anais entrarem em convulsão. Devolvi-lhe um sorriso contido. Vou até ele, digo um – oi – e, a depender do humor dele, peço desculpas por ter agido feito um imbecil em nosso último encontro? O que ele vai pensar de mim, com isso só vou confirmar minha imaturidade, um prato cheio para ele depois ficar tripudiando? Fui até a pista de dança, tinha um garotão sem camisa e com uma carinha safada me secando há tempos, a melhor escolha para me esquecer do James Bond. Três ou quatro minutos dançando na pista e as mãos do carinha já se fecharam ao redor da minha cintura, enquanto ele me encarava com um ar de triunfo no olhar como se eu caído em seu xaveco pouco criativo. Me fiz de indiferente, mesmo sentindo as mãos escorregando para cima da minha bunda. De repente, a cara do garotão se fechou, ele tirou as mãos e disfarçou, no mesmo instante em que senti uma encoxada vigorosa que me empurrou para frente, depois que duas mãos agarraram minha cintura me puxando para trás num encaixe perfeito entre os meus glúteos e a virilha do macho que estava atrás de mim, Declan, vulgo James Bond.
- Senti saudades suas! – sussurrou junto ao meu ouvido quando me puxou contra si. E eu de você, quis responder a minha boca, mas me limitei a sorrir e continuar gingando ao som da música. Não era necessário eu verbalizar, o calor do qual meu corpo foi tomado já lhe daria a resposta.
Decidi que não ia brigar com ele naquela noite, e nunca mais. Ia, sim, seguir o conselho do Ayoub, me declarar para ele, só precisava do momento certo e, de muita, muita coragem. Ele pareceu adivinhar o que estava na minha mente, me levou a um canto menos barulhento e agitado, passou as costas dos dedos pelo contorno do meu rosto e pronunciou meu nome de forma lenta com seu vozeirão grave.
- Sinto que tem algo para me falar, o que é? – pronto, eu estava encurralado, não tinha como fugir mais.
- Senti sua falta! – balbuciei
- De brigar comigo sem motivo, das vezes que rolou sexo ou de ficar tirando uma com a minha cara me chamando de James Bond?
- De tudo! Inclusive do jeito mandão com o qual me trata. Devo estar maluco! Eu gosto de você, Declan! – creio que ele ouviu apenas a última frase, pois seu sorriso se abriu e sua boca veio cobrir a minha num beijo que fez minha coluna ser percorrida de cima abaixo por um calafrio prazeroso.
- Quanto já bebeu até agora? – perguntou, acariciando meus lábios com o polegar
- Só o bastante para criar coragem para admitir que gosto de você!
- Isso é bom, muito bom! Quando eu te pegar de jeito, e vou te pegar de jeito antes que essa noite acabe, não vão poder me acusar de me aproveitar de alguém que não estava sóbrio. – disse ele zombando.
- Vou esperar ansioso por esse momento! Descobri que você é o único que sabe como me pegar de jeito, e que gosto disso. – devolvi, lambendo sensualmente aquele polegar que ele desejaria ser sua rola, tanto que o introduziu na minha boca para sentir meus lábios o chupando.
- Ah, moleque! Vou arregaçar teu cu, seu safado, só por estar me torturando de tanto tesão. – asseverou.
- Sabe que já não me importo que me chame de moleque, conquanto sorria e me encare dessa maneira apaixonada que está fazendo agora. – retruquei
- Prometo que sempre vou olhar dessa maneira, que não importa a nossa idade, você sempre será meu moleque, o moleque pelo qual estou perdidamente apaixonado, o moleque que virou minha cabeça do avesso, e com o qual já não sei viver sem.
- Me apaixonei por você sem perceber, e isso é mais do que perigoso, seu sabotador de corações.
- Você se apaixonava toda semana por um novo garotão, como esse de agora há pouco que estava louco para enfiar a pica dele no seu rabão carnudo. Como vou saber que não sou só mais um?
- Você não corre esse risco, simplesmente porque não é um deles, você é o Declan! – respondi, espalmando a mão sobre o coração dele que batia agitado e forte em seu peito.
A primeira coisa que fiz depois de chegarmos ao apartamento dele e arrancar as roupas daquele corpão foi cair de boca na jeba à meia-bomba completamente melada. O cheiro e o sabor dele me inebriavam, despertavam um tesão sem igual, que faziam querer sentir o cacetão vibrando no meu rabo. Lambi e chupei as bolas peludas dele, estavam extremamente ingurgitadas, e ele se controlava contorcendo-se e grunhindo para não deixar o conteúdo delas eclodir. Mordisquei a pele da rola, sob o olhar apreensivo dele, enquanto ele verbalizava para eu tomar cuidado com aquilo. Eu o encarava com um sorriso, uma maneira de lhe assegurar que seria o mais cuidadoso e delicado com seu instrumento cavalar. Ao amparar com a ponta da língua cada gota de pré-gozo que saía da cabeçona, sorvendo e a saboreando, ele deixava o ar escapar entre os dentes.
- Fabien, seu putinho, vai me matar de tanto tesão! Me dá esse rabo, quero te foder!
- É todo seu, sempre vai ser todo seu! – murmurei
Ele abriu minhas nádegas, o buraquinho rosado circundado por miúdas plicaturas que se abriam e fechavam no mesmo ritmo da minha respiração agitada o ensandeceu. Ele o lambeu, tentava abocanhá-lo, mas só conseguia arranhá-lo com os dentes, me fazendo gemer. A ponta da língua dele rodopiava sobre ele, e procurava penetrar aquela fendinha úmida e apertada, isso me fazia empinar o rabo enquanto meu corpo era consumido pelo mais devasso dos desejos. Ele não deu mais do que umas três ou quatro pinceladas com o caralhão sobre o meu cuzinho antes de o enfiar dentro dele com um impulso potente. Segurei a respiração e esperei pelo seguinte, mas ele se empurrou devagar contra a minha bunda e a pica deslizou suave cu adentro distendendo e rasgando minhas preguinhas que se contraíam em espasmos sequenciais apertando aquele mastro pulsátil em seu âmago. O Declan apertava meu tórax em seus braços, enquanto os dedos que haviam tateado sobre os meus mamilos agora esmagavam os biquinhos me obrigando a ganir e gemer, ao mesmo tempo em que a rola ia se atolando nas minhas entranhas, até eu sentir o sacão dele batendo no meu reguinho. Na primeira socada contra a minha próstata eu gozei, esporrando e gemendo enquanto dor e prazer sucumbiam meu corpo num estremecimento incontrolável. Nesse instante ele também quase gozou, me ver atingindo o clímax do deixava maluco, as estocadas fortes no meu rabinho aumentavam, ele pressentia o gozo chegando, seu corpo se retesando, a vontade de me inseminar o torturando e meus gemidos cada vez mais agudos levando-o a um tesão descontrolado. Com o cu completamente travadinho ao redor do cacetão dele, senti-o inchando, a cabeçorra estufada ficava anelada pelos meus esfíncteres e os grunhidos roucos do Declan assinalavam o gozo iminente, bastava apenas o urro gutural que sempre acompanhava a explosão de porra que ele despejava no meu cu e, para isso, só faltou o beijo com o qual lhe mostrei o quanto o amava.
- Caralho como é bom gozar nesse cuzinho macio, Fabien! – exclamou, deixando-se levar pelo prazer.
- Amo quando me insemina com seu esperma, amo quando me toma em seus braços, amo tanto você, Declan! – devolvi sentindo os primeiros sinais do cu assado que me acompanharia por um ou dois dias.
O Aubin se casou numa tarde fria de outono, o Declan e eu fomos os padrinhos dele, numa cerimônia pequena e discreta apenas para familiares e uns poucos amigos dos noivos. Ele passou a pactuar comigo de uma vida mais simples e reservada, sem estarmos sob a mira constante dos paparazzi, o que não significava uma vida onde não faltavam de bons momentos.
- Me perdoe por não ter sido um bom irmão para você, Fabien! Por não ter conseguido te proteger quando mais precisou e, por ter demorado a compreender os motivos da sua revolta. Colocaram tantas coisas na minha cabeça que deixei de pensar e agir segundo os meus princípios, aqueles princípios que o papai nos incutiu antes de morrer. Mas, eu juro que sempre estarei aqui por você. – disse-me ele numa conversa reservada durante a festa.
- Você não passava de um adolescente, não tinha como adivinhar o que aquele miserável fez comigo, e nem teria conseguido impedi-lo. Nunca culpei ninguém pelo que aconteceu, exceto o Hakeem até pouco tempo atrás quando descobri que a Haydée vendeu minha inocência e minha virgindade àquele desgraçado. Quero que saiba que eu também sempre estarei aqui para você, meu irmão! – exclamei, fazendo-o chorar quando nos abraçamos.
O Declan e eu passamos quase um ano morando nos EUA, em Connecticut com os pais dele quando ele resolveu se desvincular da CIA, pois ele e o Ayoub haviam decidido montar uma empresa de segurança patrimonial assim que retornássemos para a França. O pai, a princípio, foi contra, queria que o filho desenvolvesse uma carreira na agência, uma vez que nenhum dos outros filhos quis se envolver em empresas ligadas ao governo ou às Forças Armadas. Também se mostrou um tanto quanto arredio comigo no começo, o gay que mudou a cabeça do filho no qual ele depositou tantas esperanças. Com o passar dos meses fomos nos aproximando, conquistei-o por último, quando todo restante da família já se sentia ligada a mim.
Ao regressarmos à Marselha, o Ayoub se mudou para a casa da mãe. Disse que já tinha cumprido o seu papel e que sempre estaria por perto quando eu precisasse, mas que seria o Declan a cuidar e me proteger de agora em diante. Chorei muito abraçado a ele no dia em que se mudou, embora a distância que nos separaria não passasse de uma meia dúzia de quilômetros. Nunca antes havia me separado desse homem que, primeiro foi uma espécie de pai que perdi muito cedo e, segundo o homem que me ensinou a trilhar o caminho do bem mesmo estando cercado de pessoas sem índole e, terceiro, o macho de tora cavalar que sabia como lidar com a minha rebeldia adolescente me dando surras de pica ao mesmo tempo que saciava seus instintos, numa relação que ambos manteriam em segredo até o final de nossas vidas.
Talvez ele e eu nunca nos veríamos livres daqueles sujeitos que pareciam vigiar cada um dos nossos passos e, que o Declan, com muito bom humor e muitas vezes tripudiando sobre quem o fazia sem muita discrição, me ensinou a identificar quando estávamos fora de casa. A CIA continuava monitorando os passos dele, como fazia com todos que se desligavam voluntariamente da agência. Aprendemos a conviver com isso, uma vez que ambos tinham a consciência limpa. A empresa de segurança dele e do Ayoub deslanchou logo de cara, a fama do Ayoub e sua habilidade em lidar com situações delicadas de sigilo e segurança angariou muitos clientes, enquanto a experiência e o talento investigativo do Declan asseguravam a eficácia dos serviços.
- Estou feliz de ver como você e o Ayuob se dão bem! Amo vocês dois de paixão, devo toda a minha felicidade a vocês dois. – citei numa ocasião em que apareci de surpresa na empresa e os encontrei montando uma estratégia de segurança para um cliente.
- Cuidado com esse moleque, Declan! Quando ele aparece de mansinho todo dengoso e cheio de elogios pode saber que está querendo alguma coisa. – afirmou o Ayoub, baseado nas vezes em que me enfiei na cama com ele e não parei de brincar com a tora cavalar dele até estar com o cuzinho encharcado de porra e minha vontade satisfeita.
- Saquei qual é a dele já nas primeiras vezes em que me cercou de afagos e carícias até me deixar com tanto tesão que não lhe negava nada. – confirmou o Declan.
- É por isso que eu os amo tanto, por que conhecem a fundo os meus ardis e safadezas. Sejam sinceros, e vocês adoram! – os dois se entreolharam numa cumplicidade divertida e começaram a rir.