A noite foi longa para os três, mal conseguiram dormir. Maria se culpava, Oscar tentava consolar a esposa e Fátima, a mais serena, começava a construir mentalmente a conversa em sua cabeça, analisando os cenários e as respostas possíveis. Ela era mestra no assunto, mas não tinha a intenção de manipular ninguém. Era hora de mostrar ao jovem casal como é a realidade da vida, como o mundo é injusto e nem tudo é perfeito. Ações e consequências são a regra primordial: aqui se faz, aqui se paga.
Continuando…
Parte 25: Quando o sol bater na janela do teu quarto.
Sheila acordou primeiro. Estava feliz, sentia uma chama nova de esperança queimando em seu peito. Sabia que logo Augusto levantaria para trabalhar. Ainda estava escuro, mas ela estava animada demais para ficar na cama. Se levantou com cuidado, indo ao banheiro se lavar, pois, dormira direto após o sexo com o marido.
Saiu do quarto sem fazer barulho, trancando a porta atrás de si, deixando o marido descansar o máximo possível, imaginando que ele deveria estar mentalmente exausto pelos últimos meses. Sua intenção era surpreendê-lo com um café da manhã caprichado, mostrar para ele algum tipo de normalidade outra vez.
Como sempre fazia, antes das escolhas erradas, ligou o rádio em volume baixo para ouvir as notícias da manhã e foi surpreendida pela música que tocava, “Vento no Litoral” da banda Legião Urbana.
“De tarde eu quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte, vai
Ser bom subir nas pedras, sei
Que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe, vê
A linha do horizonte me distrai
Dos nossos planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil eu sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo que diz
Que a vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Ei, olha só o que eu achei, hmm
Cavalos-marinhos
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora”
A música, que fala sobre planos compartilhados que não se concretizarão e a solidão que surge com a ausência da pessoa amada, tocou fundo o coração de Sheila, pois até a noite anterior, sua vida parecia caminhar a passos largos para aquela mesma solidão que a música dá a entender.
Ela enxugou as lágrimas que teimavam em escorrer, lembrando que, ainda assim, há uma mensagem de esperança e resiliência, onde o eu lírico reconhece que a vida continua e que se entregar à dor é inútil. Sheila entendeu que existia a possibilidade de mudar as coisas e que a chance para isso estava ao seu alcance, só precisava agir corretamente com o marido.
Com as energias renovadas, disposta a travar aquela batalha, decidiu que era hora de assumir de vez as rédeas de sua vida. Só cabia a ela decidir o próprio futuro. Como tinha a certeza de que Augusto não teria tempo para conversar ao acordar, indo direto cumprir seus compromissos profissionais, teria tempo para ensaiar o que precisava falar e ser completamente honesta com o marido quando ele retornasse para casa. Estava decidida, acreditando que aquela estratégia era a melhor a ser colocada em prática.
Ainda precisava se preparar também para a visita de Maria e estava bastante ansiosa, sem saber ainda como reagiria à conversa. De qualquer forma, precisava ser inteligente e direta, buscando entendimento, não confronto. Só assim as coisas seriam resolvidas completamente e ninguém sairia magoado ou se sentindo frustrado.
Assim que terminou de passar o café, sentiu as mãos grandes e fortes do marido a abraçando por trás e um beijo carinhoso na lateral do pescoço. Sheila aproveitou para empinar um pouco a bunda, roçando carinhosamente no pau de Augusto:
– Bom dia, amor! Pode se sentar, já está tudo pronto.
Augusto, assim como ela previu, resmungou:
– Estou atrasado, preciso acelerar.
Sheila se virou para ele, se abraçando ao marido e repousando a cabeça em seu peito:
– Cinco minutos a mais não será o fim do mundo. Coma antes de sair.
Ele deu um beijo delicado em sua testa e se sentou para comer. Sheila serviu a ele uma xícara de café com leite e pão quentinho que ela esquentou no forno, lhe entregando a faca e o pote de requeijão. Augusto a fez se sentar ao seu lado e preparou um pão para ela também:
– Você precisa mais do que eu, agora que está comendo por dois.
O celular de Augusto começou a vibrar insistentemente. Ele leu as mensagens:
– Preciso ir, volto para almoçar.
Ele se levantou, deu outro beijo na testa da esposa e levando consigo o pão, saiu apressado em direção a garagem. Apesar de nada demais ter acontecido, Sheila achou aquela manhã perfeita, estava feliz e esperançosa.
Começava a amanhecer e ela ouviu o motor barulhento da picape diminuir de volume, enquanto ganhava distância da casa. Ela voltou ao quarto e se deitou novamente, acariciando e conversando com a barriga:
– Eu prometo que farei de tudo para que você cresça tendo um pai e uma mãe casados, que se amam… Eu farei o que for preciso para ter seu pai de volta.
As lágrimas voltaram a escorrer, mas naquele momento, eram lágrimas de gratidão, de alegria, de confiança em uma possível reconciliação com Augusto. Aliviada, Sheila adormeceu. Um sono calmo, relaxante.
Poucas horas depois, acordou com alguém acariciando seu rosto e a claridade e o calor do sol entrando pela janela do quarto. Ainda sonolenta, de olhos fechados, resmungou:
– Ah, amor, só mais cinco minutinhos…
Maria brincou com ela:
– Amor? Sei que você se descobriu recentemente, mas não acha que está amando qualquer uma rápido demais?
Assustada, Sheila despertou instantaneamente, encarando uma sorridente Maria. Como as duas sempre foram muito amigas, ela não se zangou:
– Nossa, prima, desculpa. Achei que era o Augusto voltando para almoçar. Você entrou como?
– Bati na porta, não tive resposta. Achei a porta destrancada, fiquei preocupada e entrei. – Maria esclareceu com um sorriso.
– Ah, é verdade, eu não tranquei a porta. – Sheila respondeu e se recompôs rapidamente. Maria informou:
– Ainda são nove da manhã, você tem tempo de sobra para preparar o almoço. – Maria estava curiosa. – Então, você e o Augusto estão conseguindo se entender?
Antes de qualquer coisa, Sheila precisava ser direta:
– Prima, temos que conversar, eu preciso entender algumas…
Maria a interrompeu. Também tinha a intenção de colocar tudo às claras:
– É para isso que estou aqui. Você já sabe de tudo? Augusto foi honesto? Fátima está nos esperando na cozinha e iremos responder a todas as suas dúvidas. – Novamente, Maria brincou com ela. – Lave essa cara remelenta e venha nos encontrar.
Maria saiu do quarto, deixando Sheila se aprontar. Em poucos minutos as três estavam reunidas na cozinha, prontas para aquela tensa e difícil conversa. O coração de Sheila, batendo acelerado no peito, parecia querer explodir. Muito nervosa, esfregando as mãos de ansiedade, ela sentia a pressão do momento querendo esmagá-la.
Fátima entendeu suas reações e foi a primeira a falar:
– Fui eu que seduzi o Augusto. Se quiser soltar os cachorros, direcione sua fúria para mim. Tudo o que aconteceu foi ideia minha, somente…
Ela já foi deixando claro que não omitiria e muito menos pesaria as palavras que precisavam ser ditas.
Vendo a falta de reação, a letargia de Sheila, ela emudeceu. Não sentia hostilidade ou ameaça na postura da morena. Se aproximou dela e entendendo o momento, a abraçou. Maria, confusa, encarava as duas. Fátima envolveu Sheila num abraço tão carinhoso, tão cheio de cuidado, que fez Maria ficar preocupada. Fátima, acariciando os cabelos de Sheila, foi verdadeira:
– Aquele homem é completamente apaixonado por você. Todos erramos, afinal de contas, somos humanos…
Sheila, mesmo com dificuldade para se expressar, decidiu falar:
– Eu errei primeiro, fui eu que trouxe toda essa situação para as nossas vidas. Augusto apenas reagiu ao que eu fiz…
Fátima, a mais experiente ali, a acalmou:
– Não existe isso de errei primeiro, errei depois, existe apenas o erro e no caso de vocês, os dois foram manipulados.
Sheila a encarou, sem entender o que uma coisa tinha a ver com a outra. Fátima continuou a falar:
– Aquela Andrea já veio decidida a destruir a sua vida, se vingar de vocês. Ela aproveitou um desejo que já existia em você para colocar o próprio plano em prática, você não tinha chance contra ela.
Sheila entendia o que Fátima falou, mas não queria dar o braço a torcer:
– Eu sempre amei Augusto, como pude ser tão idiota? Eu entendo esse desejo que Andréa usou para me manipular, mas o amor por meu marido deveria ser suficiente para que eu resistisse. Por que não foi?
Fátima foi direta e honesta novamente:
– Não foi, porque você estava frustrada, insatisfeita, ou no bom português, malcomida.
Sheila se assustou novamente. Aquela era uma verdade que ela não podia negar. Fátima sabia muito bem sobre o que falava:
– Maria me contou o que acontecia no seu casamento, como você estava infeliz e vinha desabafar com ela. Se não fosse com Andréa, seria com outra, com Maria talvez? É bem claro que o único homem para você é Augusto e desde sempre Maria percebeu que você era curiosa em relação a estar com outra mulher.
Sheila não sabia o que dizer, estava ainda mais nervosa do que antes, balançando a perna direita, seu tique nervoso. Ela precisava se defender:
– Não vou negar, mas, como assim Maria tinha certeza de que eu estava curiosa sobre outras mulheres?
A própria Maria respondeu:
– Poxa prima, foi muito fácil perceber. Eu já a abracei por trás e beijei seu pescoço. Sempre que tive a oportunidade, elogiei e apertei sua bunda. Até os seus seios, com a desculpa de querer saber o tamanho, você deixou que eu apalpasse. E tudo isso, diversas e incontáveis vezes. Eu nunca perdi a oportunidade de me esfregar em você e em todas as vezes, você aproveitou também, se fazendo de desentendida.
Sheila não tinha como contestar, pois, aquilo era uma coisa que ela até já tinha confessado a Augusto. Esse desejo bissexual já existia dentro dela muito antes de Andréa voltar e fazer aquele vulcão entrar em erupção. Tudo conspirou contra ela. O momento, a oportunidade, a situação… naquele momento, Sheila se dava conta de que a principal culpada por suas escolhas, era ela mesmo.
Fátima tinha mais a falar:
– Agora, em relação ao Augusto, eu não vou mentir, pois realmente o seduzi na cara dura, me oferecendo e aproveitando a situação. Não fiz por maldade, ou com a intenção de arruinar seu casamento, pois desde o momento em que o vi, e que conversamos, ficou bem claro o quanto ele amava você.
Sheila sentiu honestidade nas palavras de Fátima e não a interrompeu:
– Acredite ou não, minha primeira intenção era ajudar você, mostrar ao Augusto como ele poderia melhorar. Todas as suas reclamações eram verdadeiras, pois na primeira vez que ele me comeu, eu precisei ensinar o básico. Ele foi o seu único homem, estou certa?
Confirmando, Sheila se levantou. Queria entender melhor:
– Vocês transaram mais de uma vez?
Fátima não mentiu:
– Sim! O que ele contou para você? Até onde você sabe o que aconteceu?
De cabeça baixa, se achando uma péssima amante, já que outra precisou ensinar ao seu marido, Sheila respondeu:
– Eu só sei que ele ficou com você e com Maria. Ele não disse como aconteceu, quantas vezes foram, e nem se foi com as duas ao mesmo tempo, ou separadas…
Fátima, com a mão em seu queixo, fez com que Sheila levantasse a cabeça e a encarasse:
– Foi tudo isso, mas sozinho ele só esteve comigo. Depois, nós quatro fizemos um ménage.
De olhos arregalados, Sheila não sabia se estava mais excitada ou assustada:
– Nós quatro? Quem era a terceira mulher? Como assim?
Maria confessou:
– Nós duas, ele e o Oscar. Não tem uma terceira mulher.
Admirada, Sheila precisou se sentar novamente. Maria precisava do perdão dela:
– Eu não tenho justificativas ou desculpas para o que fiz. Sei que aproveitei o momento da sua fragilidade para realizar um desejo meu. Fui egoísta e vou entender se quiser distância de mim, se não tiver mais confiança na nossa amizade. Você sabe que eu a amo como a uma irmã, e por isso, preciso do seu perdão.
Fátima se manteve honesta novamente, corrigindo Maria:
– Não é bem assim, fui eu que aproveitei o momento para sugerir e lhe induzir a aceitar. Eu sabia que você sempre teve um tesão enorme no Augusto, mas jamais teria coragem de magoar Sheila. Essa culpa também é minha.
Atônita, sem conseguir raciocinar direito, Sheila não entendia porque estava tão excitada com toda a confissão das duas. Queria brigar, xingar, mas não podia, pois reconhecia que tudo era reflexo do seu erro inicial. Tudo era consequência de suas próprias escolhas.
Naquele momento, estava mais curiosa sobre a transa entre os quatro do que com raiva das duas. Ouvir sobre o que aconteceu fazia sua boceta umedecer, tendo contrações involuntárias de prazer. Instintivamente, ela esfregou uma coxa na outra, movimento que não passou despercebido pela experiente Fátima, que a provocou:
– Ao invés de brava, ficou com tesão? Você e o Augusto são farinha do mesmo saco. A reação dele foi idêntica. – Fátima sorria maliciosamente.
Sheila tentou se livrar daquela excitação inoportuna, mas o estrago já estava feito e Maria aproveitou o momento, jogando verde:
– Se excitou por pensar em Augusto com a gente ou por se imaginar no meio do que aconteceu?
Fátima, vendo a excitação crescente em Sheila, resolveu esclarecer como foi a relação com Augusto e, aproveitando o momento, contou:
– Por três dias eu brinquei com Augusto, me insinuando e provocando o desejo nele. Eu estava vendo que ele parecia desnorteado, e ao mesmo tempo, carente. Então, escolhi roupas bem reveladoras, ou somente apareci de toalha na frente dele. Percebi que ele se excitou, e eu na hora achei que ele precisava de uma atenção. E eu também estava cheia de vontade.
Vendo que Sheila estava interessada e não a interrompia, Fátima continuou:
– No terceiro dia eu apelei, só de calcinha e sutiã. Ele estava no limite e sentia demais a sua falta, até falava seu nome enquanto dormia. O desejo em mim já estava incontrolável também e eu parti para o ataque, o seduzindo e me oferecendo na cozinha da casa menor da fazenda.
Hipnotizada, chegando a morder o lábio inferior, Sheila ouvia quase que em transe:
– Ele me pegou de jeito e foi ali que eu entendi todas as suas reclamações ao desabafar com Maria. Seu homem é muito gostoso, mas não tinha a mínima noção do que estava fazendo. Por mais que ele tenha me feito gozar, acho que foi mais pelo desejo incandescente em mim, do que pela habilidade que ele possuía.
Sheila entendia e também sofreu com essa falta de conhecimento de Augusto. Fátima não parou:
– Eu aproveitei o momento e decidi ensinar a ele alguns truques novos, coisa básica, mas que ajudaria a torná-lo um amante melhor. Aí sim ele me pegou de jeito, me mostrando que estava disposto a aprender e se superar…
Engolindo seco, sentindo os bicos dos seios enrijecer e comichões na xoxota, excitada e envolvida pela fala de Fátima, Sheila não tinha forças para interromper. Na verdade, queria saber mais.
– Eu o desafiei e o homem endoidou… – Fátima achou melhor não falar sobre o tapa na cara de desafio. – Fui mexer com ele, mandando ele estapear a minha bunda e ele mostrou quem é que mandava, me jogando sobre a mesa e me fodendo com força.
Sheila não podia se deixar levar. Além do que Fátima contava, ainda havia a transa entre os quartos e se não interrompesse naquele momento, seria novamente envolvida pela situação e não teria forças para se dedicar ao que era mais importante e urgente. Não era hora de pensar naquilo, precisava retomar o controle da conversa e dedicar toda a sua atenção à reconciliação com o marido. Ela então, finalmente reagiu:
– Sinceramente, eu não culpo ninguém, a não ser eu mesma, por tudo o que aconteceu. Eu preciso, não importa como, recuperar a confiança do meu marido e manter o meu casamento. – Ela se virou para Maria. – Eu perdoo você, de coração. Não poderia ser diferente. Mas por favor, seja mais honesta comigo, pois eu farei o mesmo com vocês.
Maria entendeu a intenção de Sheila e aceitou aquela mudança repentina no rumo da conversa. Não era hora de se impor ou tentar colocar a situação a seu favor. Sheila e Augusto tinham problemas mais urgentes a resolver e ainda tinham que lidar com a gravidez de alto risco.
Assim como fizera com Maria, Sheila também falou com Fátima:
– Eu entendi tudo o que aconteceu e no momento, não quero pensar demais e acabar perdendo o avanço que já consegui. Vamos seguir em frente. Obrigada por ter cuidado de mim e por ter sido totalmente honesta hoje. Momentaneamente, vamos colocar uma pedra sobre o assunto.
Fátima sorriu para ela, concordando, mas logo Sheila surpreendeu as duas:
– Eu vou precisar de um tempo a sós com meu marido, um pouco de distância de todos. Espero que entendam, pois faço isso para tentar salvar meu casamento, para que não precise desviar a atenção e possa me focar exclusivamente na minha relação com Augusto e nos cuidados com a minha gestação.
Maria a abraçou:
– Nós entendemos e você sabe onde nos encontrar. Se precisar da gente, não hesite em pedir ajuda, família é pra isso.
Fátima também a abraçou, mas sem dizer nada, apenas lhe dando um sorriso gentil, calmo, de aprovação. Ela e Maria partiram, deixando Sheila novamente sozinha, mas daquela vez, nem um pouco solitária.
Já passava das dez e meia da manhã e nas duas horas seguintes, caprichando ao máximo, Sheila preparou o almoço. Coisa simples, nada de inventar moda. Arroz soltinho, feijão com bacon bem temperado, salada de alface e tomate e bife de alcatra acebolado. Assim que ouviu o ronco do motor da velha picape adentrando a rua, colocou os bifes para fritar.
Augusto entrou em casa e veio diretamente até ela, todo suado:
– Já estou sabendo, Maria e Fátima vieram mesmo. Estamos bem?
Sheila tentou abraçá-lo, mas ele estava fedendo a curral e ela se afastou:
– Sim! Foi melhor do que eu esperava. Vai tomar banho, por favor. Não vou deixar que se sente na mesa com essa roupa.
Respirando aliviado, pois se preparava para mais brigas, Augusto caminhou sorrindo em direção ao banheiro. Ele não tinha o poder de ler mentes, mas sabia que Sheila deveria ter relevado muita coisa para que os dois pudessem ter uma chance de se acertar.
O que ele não sabia, e muito menos esperava, era a conversa que estava prestes a acontecer. Sheila estava preparada, decidida e pronta para arriscar tudo em busca de redenção.
Continua…
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