O dia em que o “Uber” me comeu
Por JDias
Abril de 2021
Março de 2021. A quarentena se prolongou. O avanço da covid estava veloz e o número de vítimas batendo recordes diários. O cenário era de guerra, os jornais dedicavam maior parte do seu tempo a divulgar a situação, a tornar pública a gravidade da pandemia e da falta de competência governamental no enfrentamento a este grande mal.
O prefeito da cidade e o governador do estado aumentaram as medidas restritivas para segurança da população na tentativa de conter o avanço do vírus mortal, intervindo na contramão do governo federal, que insistia em negar a gravidade da doença e promover atos que fundamentam o genocídio que ocorre no nosso país. A partir daquele dia, somente serviços essenciais estariam disponíveis com restrições. Até os ônibus tiveram sua circulação reduzida.
Eu saí do trabalho às sete horas da manhã. Havia uma chuvinha fina e gelada que começou inesperadamente na madrugada e que prometia se prolongar. Eu não havia me preparado para aquela situação e então teria que me aventurar a caminhar por uns três quilômetros até a estação de ônibus. Mas quando eu olhava a chuva fria, eu me desanimava. Então resolvi chamar um motorista de aplicativo para que me deixasse na estação de ônibus mais próxima.
Cinco minutos após a chamada, um carro preto SEDAN, encostou e de máscara, o motorista se identificou. Era meu chamado. Entrei na parte traseira do carro, o cumprimentei e começamos a vagem. A chuva se intensificava um pouco mais e eu percebi as ruas muito vazias e comentei. “Nem parece que são sete horas”. Parece madrugada. Não há quase nenhum movimento na rua.
Ele me olhando pelo retrovisor do carro respondeu educadamente me lembrando de que a cidade estava sob Locke down.
Eu falei Puts! Tô mais ou menos fodido! Na chuva, no frio, com sono e com ônibus em horário reduzido. Ele me perguntou onde moro e que se eu quisesse poderíamos negociar um bom preço pra ele me levar direto pra casa.
Enquanto ele falava, nossos olhos se cruzaram pelo retrovisor. Comecei então a prestar mais atenção nele, nos seus movimentos, na sua voz forte, no seu jeito macho de dirigir. Imaginei que ele devia ter uns 55 anos no máximo. Negro, de cabelos de corte baixinho e barba grisalhos, bastante brancos, olhos amendoados, sobrancelhas bem-feitas, perfumado. No máximo 1,80 m de atura e uns 85 kg.
Topei a proposta e então ele redirecionou a corrida pra minha cidade que fica na região metropolitana. Ofereceu-me uma bala de café, eu aceitei. Perguntou se eu queria uma música no rádio, eu disse que preferia as notícias da manhã.
A primeira notícia anunciada foi de que meu time havia perdido e eu me lembrei da aposta que fiz com os colegas do bar. Falei estressado: Puts! fodido de novo! Meu time perdeu e vou ter que desembolsar uma caixa de cerveja.
Ele então, me olhando pelo retrovisor com um olhar sacana, ponderou: Nossa! Fodido duas vezes, logo cedo? Eu em um ato falho, respondi sem me dar conta do que dizia: Ah! quem me dera, era tudo que eu mais queria!
Mal falei, já senti minha cara ficar vermelha de vergonha e comecei a mexer no celular disfarçadamente.
Um silêncio reinou no carro. Eu nem prestava mais atenção no noticiário. Ele seguia me olhando pelo retrovisor. Várias vezes nossos olhares se encontravam.
Perguntou meu nome e eu falei. Ele me explicou que sairia da rota um pouco para abastecer combustível do carro a gás em posto especializado na rodovia. Paramos em um posto e seguimos a frente para retornar. Foi aí que percebi que ele pegou outra estrada se distanciando do meu destino. Fiquei um pouco tenso e observando. Ele então fez uma conversão à esquerda, pegou uma estradinha secundária e seguiu por um caminho que dá em um riacho onde às vezes se costuma pescar alguns lambaris. É uma área verde de pouquíssima visibilidade dada a densa vegetação. A chuva cessara e havia uma neblina branca que se misturava com as plantas, deixando tudo meio branco, enfumaçado. Meu corpo gelou. Arregalei os olhos imaginando o que fomos fazer ali. Fiquei com muito medo.
Ele então saiu do carro e eu vi que o fecho da calça estava aberto com uma pistola enorme exposta. Ele então falou que ia dar o que eu precisava. Abriu a porta e postou-se diante de mim empurrando minha cabeça para sua pica.
Eu a chupei deliciosamente e pude ouvir um gemido longo dele enquanto acariciava minha cabeça. Eu comecei a passear minha mão no corpo dele e pude sentir sua musculatura bem definida e rija sob a roupa e me encantei com aquela boca grande, bem desenhada de lábios carnudos, logo que ele se desfez da máscara.
Ele murmurou. Adoro comer uma putinha com jeito de macho. me puxou contra si e me beijou. Minha boca tinha o gosto de café e de pica melada e ele se deliciava engolindo minha língua misturando nossas salivas.
Minhas pernas começavam a tremer.
Que homem é esse! Eu pensava. E ficava mais excitado e afoito querendo mais. Minhas mãos passeavam em todo seu corpo eu me esfregava nele e ele chupava meu pescoço, minha nuca e mordia meus mamilos, enquanto suas mãos adentravam minha calça encontrando minha bunda e bolinando meu cuzinho com o dedo, me fazendo delirar. Ele então, me virou baixou minha calça cuspiu na pica, se ajoelhou e meteu a língua no meu cuzinho, chupando, dando mordidinhas, puxando os pelinhos das bordas do meu buraquinho e lambuzando-o de cuspe, meteu aquela rola preta enorme, de cabeça rosada que se deslizou até o fundo de mim. Eu gemi mordendo os lábios, para não gritar de dor e de tesão.
Ele me estocava com força e repetia! Delícia de cu, delícia de cu. Adoro comer uma putinha atleticana. E metia sem dó. Eu sentia aquele vai e vem dentro de mim e empinava a minha bunda, para que a rola fosse bem no fundo. Assim ficamos por alguns minutos nesse desvario, nessa safadeza gostosa, ele me fodendo com força e cada vez mais rápido. Meu rabinho ardia com os movimentos de vai e vem da tora molhadinha. De repente eu senti uma explosão. Ele me pegou pela cintura, contra seu corpo, apenas gemendo e eu senti que eu estava cheio de porra daquele macho delicioso. Eu também explodi, lambuzando a lataria do carro, minha calça e minhas pernas.
Foi um êxtase. Eu perdi a noção, a direção, como uma bússola desregulada, sem norte. Ia dar um passo e tropeçava em mim mesmo, embriagado de tanto prazer que aquele motorista me deu.
Vestimo-nos, entramos no carro, e permanecemos em silêncio. Eu internamente tentava organizar a mente, as memorias do que aconteceu ali no meio do mato.
Pouco depois ele me deixou em frente ao portão da minha casa. Paguei a corrida, agradeci, entrei em casa, me banhei demoradamente e fui tentar dormir pra ver se sonhava com tudo aquilo ou pra acordar e saber se tudo aquilo fora mesmo real ou se não passara de um sonho maravilhoso.
Às vezes, chamo um Uber no mesmo local e horário, na tentativa de reencontrá-lo, mas já faz mais de um mês e nunca mais eu o encontrei.