A volta para casa – 2# Parte
Back to Home is the story by Kherr of a paratrooper after II World War who finds his home in a nice guy′s warm and moisty arse. (Brazilian Portuguese version)
- Pode me explicar o que foi aquilo ontem à noite e esta manhã? Por que se recusou a jantar, a tomar sua infusão de ervas, a não abrir a porta do quarto quando fui te chamar? – questionei durante o jantar.
- Estava furioso com você! Mas, já passou!
- Furioso comigo, por quê, o que foi que eu fiz para te deixar furioso? – indaguei
- Esqueça! Eu disse que já passou! – respondeu evasivo
- E o que aconteceu esta manhã, também foi por que estava furioso?
- Sim e não!
- Como assim, sim e não? Ou é sim, ou é não, não dá para ser as duas coisas.
- Você gostou, não foi? É isso que importa. Posso saber por que está me interrogando? – devolveu
- Não estou te interrogando, estou tentando entender o que deu em você para tomar essas atitudes. – retruquei. – Eu gostei, e gostei muito se é o que quer saber. - emendei
- Sim, é isso que eu quero saber. Quanto ao resto, esqueça!
O Sam reapareceu no final daquela mesma semana, quis que fizéssemos outra cavalgada. Porém, como eu estava ajudando o Mike e os outros funcionários com a construção das estufas que já estava bem adiantada, declinei do convite.
- Amanhã é sábado e, à noite, você não deve estar atarefado, gostaria que viesse jantar comigo na cidade. – quando me fez o convite me encarando com aquele mesmo olhar que estava em seu rosto na tarde da cavalgada quando me acariciou o contorno do rosto, eu soube que ele queria mais de mim do que apenas aquela parceria que havíamos firmado com os cavalos.
- Não tenho por hábito sair à noite. – respondi
- Então talvez devesse começar a pensar nisso. É um desperdício alguém tão jovem quanto você passar as noites de sábado trancado em casa, longe de tudo, das comodidades e diversões da cidade. – retrucou ele, sem se importar com a proximidade do Mike que ouvia toda a conversa. – Amanhã, às 19h passo para te pegar, me recuso a aceitar um não como resposta! – declarou, antes de partir.
Fazia tempo que um homem não me olhava com tanto desejo estampado na cara, nem que um homem sedutor como o Sam me convidava para uma noitada. Eu estava recluso a tanto tempo que me senti lisonjeado com a insistência dele e, comecei a conjecturar, por que não? O Sam é um homem atraente e charmoso, sua rusticidade tinha algo de selvagem e viril que me encantava. Também é um homem que parece saber do que quer, que está estabilizado, que não fala em ficar apenas temporariamente, talvez eu devesse me abrir um pouco mais aceitar a aproximação dele e começar a deixar meu passado doloroso para trás.
- Estou bem assim? – perguntei ao Mike quando me aprontei para esperar pelo Sam.
- Precisa de tudo isso para jantar com o Sam? – devolveu ele
- Tudo isso, o quê? Apenas vesti umas roupas mais apropriadas para a ocasião. – respondi. Não sei o que foi que ele rosnou, porque o fez para que eu não pudesse ouvir.
Já o Sam parece ter gostado quando fui recebê-lo à porta, sorrindo e me dirigindo um fiu-fiu libidinoso, antes de cumprimentar o Mike com um descompromissado aceno de cabeça.
- Boa noite, Mike! Deixei sua janta no forno, só precisa esquentar um pouco, não deixe demais para não ressecar. – informei ao Mike antes de sair. – Não precisa me esperar, devo voltar tarde e estou levando a chave. – acrescentei, enquanto ele me encarava com a cara fechada franzindo o cenho.
O Sam era um sujeito divertido, não se percebia o tempo passar ao lado dele e, há tempos não me sentia tão descontraído. Foi bom estar no meio de outras pessoas, perceber que a vida continua apesar dos pesares, que todos temos nossos problemas e frustrações, umas maiores outras nem tanto, mas que a vida deve prosseguir. Era início da madrugada quando ele me deixou diante da varanda e, antes de eu descer da picape, ele tomou a minha mão, a envolveu nas dele e a levou ao rosto onde sua barba cerrada pinicou a palma dela.
- É difícil encontrar uma preciosidade como você por aqui, Clark! Já é raro homens como eu encontrarem outros homens como você em lugares tão primitivos quanto o condado de Rhea, sensível, amável, afetuoso, quando os preferimos às mulheres. Eu quero ser mais próximo de você, Clark. Quero ter algo a mais do que apenas uma parceria comercial. Quero ter você, Clark! – afirmou, antes de procurar pela minha boca para a beijar.
Dois homens me assediando numa mesma semana, o que estava acontecendo? Questionei-me ao ceder meus lábios à investida dele, retribuindo e deixando-o meter a língua na minha boca com a voracidade de um predador. Cheguei a ficar atordoado com o demorado e lascivo beijo que deixou meu cuzinho piscando de tanto tesão. Já o Sam, me mostrou o dele quando levou minha mão até o meio de suas pernas e a pousou sobre uma ereção cavalar.
- Me prometa que teremos outras noites como essa! – disse ele, quando acariciei timidamente sua verga rija. Eu respondi tocando minha boca na dele.
Eu podia jurar que havia uma luz acesa na sala quando a picape do Sam atravessou a entrada do rancho que, no entanto, estava às escuras quando destranquei a porta e entrei depois de me despedir dele. Passei pela cozinha para pegar um copo d’água, pois aqueles beijos me deixaram com a boca seca e uma excitação acalorada pelo corpo todo. Também tive a impressão de ter visto uma luminosidade passando por debaixo da porta do quarto do Mike quando cheguei a passos silenciosos no topo da escada, mas que desapareceu assim que alcancei o corredor que levava aos quartos.
Eu estava feliz, estava me sentindo vivo outra vez e, queria compartilhar essa felicidade com alguém. Contudo, era muito tarde para bater à porta do Mike, mesmo que fosse para disfarçadamente lhe levar a infusão de ervas como pretexto. Ele vinha se mostrando tão companheiro, tão amigo, que me fazia querer compartilhar tudo com ele. Eu só não tinha o direito de atrapalhar o sono dele por algo tão sem importância quanto um jantar na cidade.
- Por que demorou tanto para voltar? – levei um baita susto quando ouvi a voz grave do Mike a pouca distância depois de haver me deitado na cama e apagado a luz. – Achei que esqueceu o caminho de casa! – acrescentou
- Ainda acordado? Eu avisei que não precisava me esperar! O Sam é tão divertido que não percebi o tempo passando. – respondi
- Ele é só divertido, ou tem mais algumas qualidades que te deixam babando por ele? – perguntou
- Não estou babando por ele! De onde tirou essa ideia?
- Quem sabe daquela tarde em que foi cavalgar com ele e depois o deixou acariciar seu rosto, ou dos beijos desavergonhados que estavam trocando agora há pouco na picape. – respondeu. – Está querendo dar o cu para aquele sujeitinho?
- Mike, o que deu em você? Está me controlando? Eu sei o que estou .... – ele não me deixou terminar, atirou-se por cima de mim e só então notei que estava completamente nu, pois a penumbra do quarto não me permitiu verificar sua nudez antes, e grudou sua boca na minha.
O assalto foi tão repentino e ligeiro que demorei a reagir e, quando o intentei, ele já havia arriado a minha cueca, a única vestimenta que cobria minha nudez. Assim que suas mãos amassaram minhas nádegas, onde meu cuzinho, assanhado pelos beijos do Sam e pelo toque em sua ereção, ainda piscava e, sua língua chegava a minha garganta, eu o deixei se apoderar de mim. Erguendo minhas pernas abertas no ar, ele foi direto para a minha fenda anal, cuja inquietude assanhada lhe mostrou o caminho. A primeira lambida na rosca corrugada me fez gemer de excitação e, quando a língua começou a rodopiar sobre ela e até se insinuar entre as pregas eu já não queria outra coisa que não aquele caralhão que há dias atrás tinha me arregaçado todo.
- Você está com ciúme, Mike! – exclamei, entendendo o porquê de todas aquelas atitudes esquisitas dele.
- E se estiver, qual é o problema? – inquiriu, sem parar de lamber meu cuzinho
- Por que não me disse? – balbuciei, enfiando meus dedos na cabeleira dele, enquanto ele me lambia numa sofreguidão obstinada.
- Disse o quê?
- Que ..., que ... – eu não sabia o que dizer.
- Isso? – indagou, quando se ergueu e meteu o cacetão com uma única estocada firme no meu cuzinho.
- Ai, Mike! Sim, sim, isso! – gani com a dor da dilaceração se apossando das minhas pregas rasgadas.
Ele foi atolando o pauzão no meu cu e só parou quando o saco começou a bater no meu reguinho, ao mesmo tempo que seu beijo mesclava sua saliva com a minha. Eu erguia minhas ancas permitindo que o caralhão estocasse fundo nas minhas entranhas, enquanto minha musculatura anal o mastigava e o sugava até o talo. Minhas mãos passeavam sobre as costas dele, quando das estocadas eu cravava os dedos na musculatura dele e soltava um gemido cheio de tesão. As têmporas dele começaram a apresentar umas gotículas de suor, enquanto ele bombava com força liberando rugidos roucos entre os dentes cerrados. Toquei uma das mãos no rosto dele, que me encarava em jubilo, e aparei as gotículas.
- Você é meu, Clark! Só meu! – grunhiu ele. Nisso, eu gozei ejaculando sobre a minha barriga, pois o tesão que ele me fazia sentir com aquele pauzão me preenchendo todo já não podia mais ser controlado.
O vaivém dele ainda persistiu por mais algum tempo, arregaçando meu rabo e esfolando minha mucosa que ardia feito uma brasa acesa. Ele se empurrava para dentro de mim com força, me socando fundo como se fosse uma bomba cabeça de cavalo de um poço de petróleo, ambos gemíamos pelo tesão crescente que dominava nossos corpos.
- Me fode, Mike! Me fode, meu macho! – murmurei, agarrando-me ao pescoço musculoso dele e cobrindo seu rosto de beijos úmidos.
A glande do pauzão inchou ainda mais, os espasmos que contraiam sua pelve aumentaram e num estremecimento voluntarioso, ele urrou e começou a gozar. Os jatos de esperma cremoso eram ejaculados em abundância no meu cuzinho, amenizando a ardência na minha mucosa anal e instalando aquele formigar de luxúria e prazer que a umidade viril dele deixava nas minhas entranhas. Ele se deixou desabar sobre mim, deitando a cabeça no meu ombro enquanto eu aninhava seu tronco vigoroso e suado nos meus braços. Nossos corpos tremiam, respirávamos intensa e rapidamente como se o ar não fosse suficiente para encher nossos pulmões. O cacetão dele continuava dando pinotes no meu cuzinho hesitando em amolecer.
- Você acabou de me chamar de seu macho, quer que eu seja seu macho, Clark? – perguntou ele com a respiração entrecortada.
- É com o que eu sonho desde o dia em que te trouxe para o rancho. – confessei.
- Não vai mais poder sair com o Sam, ou com qualquer outro homem! Eu serei seu homem, apenas eu! – ronronou ele, dando chupões no meu pescoço.
- Eu estava certo então, era mesmo ciúme que fez você agir daquela maneira, seu bobão! Para que vou querer outro homem se tenho você? Não quero outro, Mike! – declarei.
O Sam foi pego de surpresa quando recusei amavelmente seu convite para uma cavalgada, dois dias depois, uma vez que dava por certo que aquela afinidade surgida entre nós e o tesão que se instalou em nossos corpos depois daqueles beijos na picape dele, o levariam direto para dentro do meu cuzinho. Ele me perguntou se havia feito ou dito algo que me chateou, o que neguei, e lhe contei a verdade.
- Você é um cara incrível, quem não se apaixonaria por você? Porém, recentemente alguém entrou na minha vida e eu percebi que me apaixonei por ele. A nossa saída daquela noite só deixou isso mais evidente, e eu não quero brincar com os teus sentimentos, nem te dar falsas expectativas. Gosto muito de você, da sua amizade, e não quero estragar isso. – afirmei
- É o Mike, não é? Percebi como ele se importa com você, como se preocupa com o seu bem-estar, o olhar dele para você é carregado de tesão. – declarou, o que me surpreendeu, pois eu não tinha notado nada. – Há quanto tempo estão juntos?
- Você vai estranhar, mas não estamos! É difícil explicar. Só transamos duas vezes, e foi tão recente que nem falamos muito a respeito. Contudo, eu percebi que foi especial. Não vou cobrar nada dele, vou deixar o tempo se encarregar de definir o que sentimos um pelo outro. – revelei
- Tão frágil assim? Pode acontecer de nunca acontecer nada, já pensou nisso? Enquanto eu estou aqui, expondo meus sentimentos, propondo uma relação concreta, por isso te peço para reconsiderar sua decisão. Não gostaria de perder tempo, te desejo para agora. – disse ele
- Não mando no meu coração, e é ele quem me fez tomar essa decisão, mesmo que ela não pareça lógica nem sensata. Eu gosto do Mike, gosto muito! – asseverei
- Não vou te pressionar! Você agora sabe o que eu sinto, e se não der certo, eu estarei aqui. Não deixe ele te machucar, Clark! Você é muito especial, não quero que sofra. – admirei-o mais ainda depois disso. Ele era um homem seguro de si, sabia aceitar um não com altivez sem se sentir magoado, e eu o elogiei por conta disso, também coloquei um beijo fraternal no canto de sua boca para que soubesse que também o admirava por sua virilidade.
Trabalhei ao lado do Mike por semanas até termos concluído a construção das três estufas. O plantio das primeiras hortaliças começou logo em seguida. No período em que elas cresciam, começamos a negociá-las nas quitandas e mercearias de Dayton que careciam da oferta desses produtos e precisavam ser transportados de longe. Ao chegarem no ponto de colheita abastecemos os pontos de venda e o sucesso foi tamanho que nos vimos obrigados e iniciar o plantio de uma nova safra ao mesmo tempo em que colhíamos as primeiras. Começamos a receber comerciantes de cidades próximas que souberam do sucesso dos nossos produtos nas quitandas de Dayton e queriam comercializá-los também.
- Temos que construir mais cinco estufas, e rápido! – disse-me o Mike, numa noite em que estávamos na varanda desfrutando de uma noite quente e estrelada.
- Nem terminamos de pagar as que estão aí, faltam dois meses.
- Fiz as contas, podemos quitá-las este mês e ainda sobra um pequeno saldo que, somado aos próximos pagamentos do Sam serão suficientes para a construção das novas estufas. A expansão das vendas trará um retorno bem mais rápido, não ficaremos a descoberto. – alegou ele
- Acho que estou me apaixonando por você! – exclamei encarando-o com um sorriso, quando ele terminou.
- Você prestou atenção no que eu disse, ou só ficou me paquerando?
- As duas coisas, seu convencido! – respondi, me inclinando na direção dele para conseguir um de seus beijos que me deixavam com o cuzinho todo desejoso. – Eu já te disse o quanto estou feliz por você estar aqui comigo?
- Umas mil vezes! – respondeu rindo, antes de me beijar, enquanto eu metia a mão pela abertura da camisa dele e acariciava o peitoral peludo. – Sabe o que vai acontecer se continuar me atiçando assim, não sabe?
- Você ... vai ... me ... foder! – respondi sussurrando no ouvido dele e intercalando as palavras.
- E é isso que você quer, seu putinho safado?
- Sei que quero sentir esse troço duro latejando dentro de mim. – respondi, ao tocar na ereção buliçosa dele.
- Você me deixa louco, seu veadinho gostoso do caralho! – confessou, o que não era nenhuma novidade, mas confessar que me amava, o que eu estava louco de vontade de ouvir, ele não confessava.
- É só isso que desperto em você? Tesão, vontade de me foder? – perguntei, me aninhando todo nele e ficando sem resposta, pois ele se esquivou dela me puxando para outro beijo voluptuoso.
A cada ano ampliávamos mais as instalações do rancho, tanto as estufas que agora já eram mais de vinte quanto os estábulos onde a criação de cavalos também tinha ganho um novo e vigoroso impulso, trazendo um bom retorno financeiro. Em poucos anos o rancho havia se tornado uma excelente fonte de renda, os anos de penúria haviam ficado para trás. Desde o princípio eu dividia tudo meio a meio com o Mike; não tinha aceitado que ele pagasse as primeiras madeiras das estufas com seu salário e comecei a dividir os lucros com ele.
- O rancho é seu, não precisa dividir os lucros comigo. – dizia ele
- É o seu trabalho, o seu esforço, são as suas ideias que mudaram tudo por aqui, é mais do que justo que seja recompensado por isso tudo. – respondia eu. – Você sabe que não é um empregado do rancho, não sabe Mike? Você é meu parceiro, não te vejo como um sócio, e sim como o homem com quem quero viver todos os dias da minha vida. – eu me declarava toda vez que tinha uma oportunidade, mas ele apenas sorria sem me dizer o que eu tanto queria ouvir. Talvez ele não me amasse, talvez não planejava construir uma vida ao lado de um homossexual, talvez sonhasse com uma esposa e filhos. Era difícil saber o que se passava na mente dele, pois nunca deixava que os sentimentos aflorassem.
Durante esses anos todos que vivemos juntos no rancho o Mike continuou mantendo contato com o irmão Travis na prisão por meio de correspondências. Era seu único parente e ele contava os dias que faltavam para o irmão ser libertado. Ele ansiava pelo reencontro com o irmão que lhe escreveu informando a data de sua liberação.
- Por que não vai buscá-lo? Ele certamente ficaria feliz de te encontrar esperando por ele do lado de fora do presídio. – sugeri, ao notar a ansiedade que o consumia nos últimos dias.
- São mais de 700 quilômetros, entre 9 e 10 horas de viagem, no mínimo. Ele ficará bem, vindo de ônibus. – argumentou. – Além disso, temos a entrega daquela encomenda grande de hortaliças para o novo comerciante de Nashville.
- Eu cuido disso, não se preocupe! Vá buscar seu irmão, Mike! Há tanto tempo que não se veem. Eu cuido de tudo por aqui, vá tranquilo! – asseverei.
- Tem certeza?
- Tenho, amor! Tenho certeza que consigo sobreviver dois ou três dias sem você! – respondi, abraçando-o e beijando sua boca enquanto segurava seu rosto entre as minhas mãos.
- Só se você me prometer que vai ser um bom menino, que vai se comportar enquanto eu estiver fora! – exclamou caçoando, enquanto deslizava a mão sobre a minha bunda.
Foi a primeira vez que nos separamos desde que ele veio morar comigo no rancho e, assim que a picape desapareceu das minhas vistas ao contornar a curva da estrada, senti uma compressão no peito, já era a saudade me dizendo que aquele homem tinha se tornado parte de mim mesmo. Tínhamos acabado de transar naquela manhã bem cedo quando ele se pôs na estrada, minhas entranhas estavam encharcadas com o sêmen que ele inoculou com estocadas fortes e profundas no meu cuzinho, como se quisesse deixar uma parte dele dentro de mim, quando acenei para ele antes da curva.
Fiquei tão ocupado com os preparativos da entrega para Nashville que mal pude trocar algumas frases com o Sam que também veio naquele dia para tratarmos da vacinação dos cavalos e do transporte de quatro garanhões para uma exposição de cavalos de corrida para Louisville no Kentucky.
- Posso te ajudar com a entrega em Nashville se quiser. – afirmou o Sam, prontificando-se a assumir uma tarefa que caberia ao Mike. Ele ainda não havia desistido de ocupar as funções dele na minha vida e, quando a oportunidade surgia, ele se fazia presente.
- Vocês acham que eu sou alguma espécie de incompetente? Vou dar conta dessa entrega sem problemas! – retruquei, pois tinha a impressão de que, por se acharem mais machos do que eu, me tinham quase como uma mulher, frágil e de capacidade limitada para certas tarefas, e isso me deixava puto da vida. – É melhor você se preocupar com o transporte dos garanhões, eles valem muito e deixar tudo nas mãos dos funcionários pode não ser uma boa. – argumentei.
Quando o Mike voltou com o Travis e mais outro presidiário que se tornara amigo do Travis na prisão, ele encontrou tudo em ordem no rancho. Não pude saltar no seu pescoço para mostrar o quanto estava feliz pelo retorno dele, nem cobrir sua boca e seu rosto, que ele não barbeou enquanto esteve fora e que o tinha deixado tremendamente sexy e másculo, com meus beijos saudosos uma vez que, dali em diante, não teríamos mais a liberdade de expressar o tesão que nos unia. Só então encarei a presença do Travis como um estorvo em nossas vidas, mas o Mike estava tão feliz com a presença do irmão que eu resolvi não tocar nesse assunto.
Apesar de irmãos, o Mike e o Travis não tinham nada em comum, à exceção do laço de sangue. Eram personalidades completamente distintas, o que o Mike tinha de reservado e comedido, o Travis tinha de expansivo e loquaz. Em poucas semanas de convívio também pude notar a diferença de caráter entre os dois e, comecei a entender o porquê de o Travis ter ido parar num presídio. Ele era um oportunista, um inconformado com a sociedade e com o país a quem culpava por tudo de mal que lhe acontecia.
O primeiro problema que enfrentamos com ele foi cerca de um mês após sua chegada ao rancho quando se desentendeu com um dos nossos melhores e mais antigos funcionários o Joe, um cara leal e boa gente que sempre esteve ao meu lado quando precisei nos momentos mais penosos pelos quais o rancho passou. A discussão, seguida de uma briga com troca de socos aconteceu na tarde de um domingo quando estávamos fazendo mais uma das nossas descontraídas pescarias no lago Chickamuaga. Essas pescarias eram um motivo de confraternização entre nós e os funcionários, as quais até o Sam se juntava pois eram muito divertidas.
O Mike precisou conter o irmão e o Sam o amigo ex-presidiário dele e afastá-lo dali, enquanto ele lançava impropérios e jurava vingança em direção ao Joe e ao Sam. Ali começaram as minhas preocupações com o Travis, passei a não confiar nele, a não gostar de certas atitudes, a observar seu comportamento, muito embora continuasse a tratá-lo com empatia e amabilidade. A última coisa que eu queria era ver o Mike contrariado ou que seu irmão não fosse bem-vindo em nossa casa.
O segundo problema aconteceu quando o Mike foi com os dois para Dayton tratar de uns assuntos comerciais e, quando entraram num restaurante para o almoço, o Travis começou a se engraçar com uma das garçonetes, assediando-a descarada e ofensivamente, apesar de ela se mostrar resistente e até afirmar que estava noiva. Um dos empregados do restaurante, muito amigo do noivo dela, tomou as dores e, junto com o dono do restaurante, foram pedir ao Travis que deixasse a garota em paz. Enquanto o Travis partia para cima do rapaz, o amigo agredia o rosto do dono do restaurante munido de um soco-inglês. O Mike e outros clientes do restaurante que conheciam o dono desde longa data, foram apartar a briga sem sucesso. Com a chegada da polícia os dois ex-detentos fugiram deixando um rastro de destruição no restaurante e dois homens cobertos de ferimentos.
O Mike teve uma discussão feia com o Travis naquela noite, e o ameaçou de expulsá-lo e ao amigo do rancho caso algo parecido voltasse a acontecer.
- Não acredito que você está contra mim me esculachando só porque eu estava brincando com aquela vadia. – sentenciou o Travis, enfrentando o irmão.
- Se esses anos todos de prisão não lhe ensinaram nada, Travis, eu não vou permitir que arrume mais confusões por aqui. Nós lhe oferecemos um trabalho decente, um teto sobre a sua cabeça e para o seu amigo, então trate de agarrar essa oportunidade de se redimir do passado. – ponderou ameaçador.
- Quer que eu te agradeça de joelhos por esse empreguinho de merda? O que você ganhou trabalhando todos esses anos para esse veado do caralho ajudando-o a ficar mais rico do que já era, hein Mike? Se você se contenta com migalhas e com o que a porra desse país que te mandou para a guerra por quatro anos para você se foder enquanto os burocratas sentados em suas salas luxuosas e confortáveis ditavam o destino dos soldados, é porque você é um completo imbecil, Mike! Você e eu merecemos muito mais, os filhos da puta do banco ficaram com tudo o que era nosso, Mike! Com o que era dos nossos pais, com o que era da nossa mãe que morreu tendo de pagar uma hipoteca que não conseguia quitar. Essa gente toda, Mike, merece se foder, merece passar por tudo o que passamos. – descarregou o Travis.
- O Clark nunca me explorou, tudo o que construímos foi em conjunto trabalhando de sol a sol, enfrentando todas as dificuldades. E se o banco tomou tudo o que era nosso, Travis, foi porque você não foi capaz de cuidar nem da sua própria mãe, arrumando confusões por todo lado e fazendo-a adoecer de tanto desgosto. Seja realista, Travis, ninguém além de você tem culpa por tudo o que aconteceu. – retrucou o Mike, defendendo seu ponto de vista.
- O que você tem com esse veado do Clark, Mike? Você está fodendo ele, não está? Fala Mike, você é o macho desse veado pervertido do caralho, não é? Eu posso denunciar esse almofadinha por sodomia, você bem sabe! Ele vai para a prisão e tudo isso aqui fica sendo nosso Mike, podemos reaver tudo o que nos foi roubado. – sugeriu o Travis.
- Vou dar uma semana para que você e seu amigo deixem o rancho. Não os quero ver mais por aqui! E se você voltar a insultar o Clark eu juro que arrebento a sua cara, Travis! Eu juro! – explodiu o Mike.
- Fala sério mano, você está enrabichado por esse veado do cacete? Está me dizendo que prefere ficar com esse filho da puta pervertido do que comigo, seu próprio sangue? Você enlouqueceu, quer parar numa prisão junto com ele? Virou um sodomita por causa desse desgraçado, Mike? – continuou a insultar e questionar o Travis, antes do punho cerrado do Mike o atingir em cheio.
- Eu não tinha nada além das roupas do corpo quando o Clarck me abrigou e cuidou de mim quando voltei da guerra e soube que não tinha mais nada, nem um teto, nem uma mãe e nem aquele irmão que eu deixei quando fui convocado. Foi aqui, na casa que o Clark generosamente abriu para mim que eu tive a minha primeira noite de sono depois de anos dormindo muitas vezes ao relento ou em casernas improvisadas só esperando uma bomba cair sobre a minha cabeça. Foi o Clark quem me livrou dos pesadelos que não me deixavam dormir nem ter paz, foi ele quem me ofereceu uma chance de recomeçar do zero sem esperar nada em troca, foi ele quem me devolveu a vontade de viver e, se quer saber, eu o amo sim. Contrariando tudo aquilo que eu acreditava, eu me apaixonei por ele, por sua doçura, por me valorizar, por me mostrar todos os dias o quanto me ama. Você jamais vai entender a nossa relação, e isso não importa mais. Eu pensei que você fosse se juntar a nós e seguir em frente com uma vida decente, mas me enganei. – devolveu o Mike, que eu escutava se impondo do nosso quarto, enquanto as lágrimas rolavam pelo meu rosto com aquela jura de amor tão eloquente. Nunca antes ele dissera que me amava com tanta paixão.
O Travis e o amigo ainda permaneceram por mais três dias no rancho, o final de semana os impediu de partir ou encontrar outro lugar para ficar. Eu ainda sugeri que o Mike lhe desse uma quantia em dinheiro para que pudesse se manter enquanto não conseguia um trabalho, o que fizemos entregando todo o dinheiro que costumávamos guardar em casa para uma emergência.
Uns mourões de cerca haviam apodrecido com as intempéries ao longo do tempo junto à divisa com o rancho vizinho e o Mike com dois funcionários foi substitui-los logo pela manhã para que as cabeças de gado do vizinho não entrassem no rancho e pusessem em perigo as estufas. O Travis e o amigo desceram tarde para o café da manhã, quando o Mike já havia saído. O clima ficou péssimo depois da discussão deles e pude notar pelo olhar de censura que ele me lançava que atribuía a mim toda a culpa pelo desentendimento com o irmão. Servi-lhes o café como de costume, sem fazer menção à briga da noite anterior. Achei que quanto menos me envolvesse nesse assunto melhor seria para todos nós.
- Você soube muito bem como enredar o Mike na sua devassidão de homossexual, não é Clark? Precisava de um macho forte e dotado como o Mike para escravizá-lo e fazer dele seu criadinho e ainda por cima apagar o fogo do seu rabo, não foi assim? – começou a provocar o Travis. Ouvi e não respondi, não ia discutir com ele, apenas queria-o fora do rancho o quanto antes.
- Dá para entender porque seu irmão se deixou levar pela conversa desse veado, uma bunda dessas deve encapar o cacete da gente muito melhor do que uma boceta. Ele voltou da guerra, devia estar numa secura da porra e aí essa bichinha aparece com essa bunda carnuda procurando uma bela rola para o foder, seu irmão não resistiu. – sentenciou o amigo do Travis
- Foi bem assim, não foi Clark? Esse rabo estava precisando de um bom cacete e ele estava bem ali, grande, grosso e na secura bem no meio das pernas do seu empregadinho. – acrescentou o Travis.
- Eu lamento pelo Mike, sabe Travis? Ele estava tão feliz com a sua liberdade, achando que poderiam viver juntos outra vez, e você está estragando tudo novamente. Seu irmão é o melhor homem que eu já conheci, generoso, trabalhador, esforçado, leal e companheiro, é uma pena que você não reconheça isso nele. – afirmei
- É o babaca perfeito para se deixar manipular por você que, ainda de quebra, o deixa saciar as taras nesse rabão, seu veado filho da puta! – exclamou agressivo. – Mas eu vou te dar uma lição, não vou deixar barato você ter nos colocado um contra o outro. – emendou, dando-me uma chave de pescoço e cobrindo meu rosto de bordoadas.
Eu comecei a lutar, acertei-lhe alguns pontapés, outros tantos socos na barriga e onde meus punhos alcançavam, enfiei os dedos no rosto dele e gritava desesperado sabendo que não conseguiria me defender daqueles dois me surrando. Arrastaram-me para fora de casa até a margem do bosque que ficava a poucas centenas de metros da casa e onde ninguém podia nos ver, ou ouvir meus gritos. Arrancaram-me as roupas até eu ficar completamente nu, senti a devassidão predadora de suas mãos sobre meu corpo, especialmente nas nádegas que eram abusadas na maior perversão. Quando caí no chão ambos se atiraram sobre mim, achei que fossem me estuprar quando senti as ereções resvalando em mim. Chutei o saco do amigo do Travis e ele me bateu tanto que quase perdi os sentidos. Eu já estava sem forças, não conseguia revidar as agressões na mesma proporção e começava a ficar atordoado. Um soco do Travis sobre o meu rim fez surgir uma mancha escura diante dos meus olhos, tudo a minha volta começou a girar e mais um chute na barriga fez tudo se apagar de vez. Quando voltei à consciência, estava com as mãos e os pés amarrados ao redor do tronco de uma árvore, era o que continuava a me manter em pé. Eu suplicava para que parassem de me bater, jurava que não diria nada ao Mike, mas isso não os intimidou.
- Tu gosta de um cacete no cu não é veado desgraçado? O que me diz desse aqui, é grande e grosso o bastante para você? – perguntou o Travis, agitando um bastão de basebol que pegou no quarto onde estavam hospedados.
- Não Travis, por favor, não! – implorei, quando vi aquele brilho pérfido em seu olhar ganhando força. – Me solte, Travis! Eu suplico, me solte!
- Você vai gostar veado puto! É maior, mais grosso e mais duro que a pica de um macho, não é disso que essa bundona gosta? – devolveu ele, esfregando a ponta do bastão dentro do meu rego.
- Não, Travis! Não faça isso, eu te imploro! – ainda consegui suplicar antes de ele me empalar com o bastão e meu grito agoniado de dor ecoar entre as árvores.
Enquanto ele empurrava o bastão para dentro do meu cu eu voltava a ver as nuvens escuras rondando minha cabeça. O bastão rígido rasgava minhas entranhas à medida que ia se aprofundando, enquanto meu corpo ficava cada vez mais mole e já não podia mais se sustentar por si só. O desmaio sobreveio comigo ouvindo eles se divertindo às custas do meu sofrimento, eram insultos, palavrões e o desejo de me matarem ali mesmo.
Nesse interim, Mike e os quatro empregados que o ajudaram a substituir os mourões danificados tinham concluído o trabalho e voltado para casa, os empregados seguiram direto para as casas deles, pois era sábado e só trabalhavam até o meio-dia. Mike entrou em casa, como sempre varado de fome, mas não sentiu o aroma do almoço sendo preparado, a casa estava silenciosa. Ele foi aos estábulos esperando me encontrar Clark envolvido com algum trabalho. Porém, só encontrou o Sam fazendo o pagamento semanal para seu funcionário encarregado de fazer o manejo dos cavalos naquele dia.
- O Clark não está com você? Sabe onde ele está, ou se foi à cidade? – indagou o Mike quando viu os dois no estábulo.
- Cheguei há pouco, ainda não vi o Clark hoje! – respondeu o Sam
- Eu o vi seguindo em direção ao bosque acompanhado do seu irmão e daquele amigo dele, deve fazer uma hora e meia ou pouco mais. – respondeu o funcionário.
- Tem algo errado! Acho que o Clark pode estar em perigo, venham comigo! – sentenciou nervoso o Mike, diante da resposta.
- Em perigo? Por que ele estaria em perigo com o seu irmão? – questionou o Sam quando os três correram em direção ao bosque. – É só uma suspeita! Tive uma discussão com meu irmão ontem e não gostei de certas coisas que ele disse sobre o Clark. – afirmou o Mike.
Não chegaram a adentrar nem cem metros no bosque quando me avistaram amarrado à árvore quase inconsciente com o bastão de basebol pendurado no cu, e os dois esmurrando minhas costas enquanto riam da situação.
- Seu miserável, eu vou te matar Travis! – ecoou nos meus ouvidos sem eu saber se aquilo era real ou não passava de um delírio, no mesmo instante em que o Mike partiu para cima do irmão.
- É do que o veado filho da puta gosta, mano, um pau duro dentro do cu. Eu só estou realizando o desejo dele! – retrucou com cinismo o Travis, antes de ser atingido pelo soco do Mike.
- Desgraçado, eu tentando te ajudar a se reintegrar na sociedade e você cometendo outro crime logo após ser libertado. Você é um porra de um merda, Travis! Eu vou acabar com você! – berrou o Mike correndo na minha direção para me acudir.
- Um merda é esse sujeito que te enfeitiçou, Mike! Olha como ele está feliz, como está gostando de estar com o cu todo preenchido. Se você o escolheu em vez do próprio irmão que tem o seu sangue, então eu vou foder com o seu brinquedinho, vou fazer esse veado pagar por tudo que nos fez! – devolveu o Travis.
- Seu filho da puta eu vou te matar, miserável! – berrou o Sam contendo o Travis que impedia o Mike de me alcançar cobrindo-o de porradas com a ajuda do amigo.
- Vocês não se metam, deixem eles resolverem a questão! – disse o amigo do Travis, sacando um revólver da cintura.
- Atire nesse filho da puta, atire! Ele me agrediu quando da briga com o Joe. – atiçou o Travis.
O Sam e o empregado conseguiram dominar o sujeito, a arma caiu quase aos pés do Travis que a pegou e disparou contra o funcionário, atingindo-o na perna fazendo com que o jeans logo estivesse empapado de sangue. Quando o Sam estava tentando reaver o revólver o Travis atirou novamente e como o comparsa correu na direção dele para ajudá-lo, acabou levando o tiro no meio do peito. Furioso e descontrolado por ter alvejado o comparsa, o Travis apontou a arma na minha direção, ia me matar pelas costas sem chance de defesa. O Mike quis impedi-lo atirando-se sobre ele, mas o disparo aconteceu antes e o tiro acertou o ombro do irmão, o mesmo no qual havia aquela cicatriz feia que chegava quase até pescoço. Com o baque o Mike caiu.
- Mike! Mike! Não, Mike, não! - meu grito agoniado reverberou por todo bosque quando o vi caído sobre a folhagem fofa que caiu das árvores.
O grito e o irmão caído fizeram o Travis se distrair por uma fração de segundos, que o Sam aproveitou para desarmá-lo e o conter com a ajuda do empregado que, mesmo ferido, tinha conseguido acertar a nuca do Travis com um pedaço de galho seco que estava no chão.
- Me soltem, o Mike! Acudam o Mike! – berrava eu, fazendo força numa tentativa de me livrar das cordas que me mantinham atado ao tronco. O desespero era tanto que eu já nem sentia mais o bastão que continuava entalado no meu cu, e a tontura que quase havia me levado a outro desmaio desapareceu como que por encanto.
- Acalme-se Clark! Eu vou te desamarrar, você está pálido! E vou tirar isso de dentro de você! – avisou o Sam quando veio me ajudar.
- Não! O Mike, Sam! Ajude o Mike! Ajude o Mike, pelo amor de Deus, Sam, não deixe que nada aconteça com ele! – supliquei, sem conseguir tirar os olhos do homem que tinha se transformado no meu mundo, em tudo que de mais valioso eu tinha, ali estirado e se contorcendo numa poça de sangue que crescia tingindo as folhas que forravam o chão.
- Eu vou ajudá-lo Clark, mas primeiro preciso soltar você. – disse o Sam, que agia rápido com a ajuda do empregado e muita presteza.
Quando o empregado conseguiu sentar o Mike e eu vi que ele estava com os olhos bem abertos e procurando a todo custo se levantar para vir me acudir eu não conseguia parar de chorar. Ele estava vivo, meu Mike estava vivo, era só o que me importava.
Não sei quanto durou tudo aquilo, as cenas ainda passavam em câmera lenta diante dos meus olhos, quando o Travis completamente dominado e sob o controle do revólver apontado para sua cabeça, já não tentava mais nada. Me atirei nos braços do Mike tão logo me vi livre, e minhas mãos tateavam aceleradas sobre o corpo dele como que averiguando se ele continuava inteiro. Ele fazia o mesmo comigo, seus olhos estavam úmidos quando acariciou meu rosto. O empregado amarrou pulsos e tornozelos do Travis com os cadarços dos próprios sapatos dele. Arrastaram-no para os estábulos onde o amarraram com cordas mais confiáveis. O Mike procurava me amparar, pois eu não conseguia caminhar com aquele rombo sangrando no cu. A polícia não tardou a aparecer após o chamado telefônico do Sam e levou o Travis preso; depois de nos interrogarem e a morgue ter removido o corpo do comparsa dele do bosque. O futuro do Travis ficou selado naquele dia, não voltaria mais a desfrutar de um dia sequer de liberdade enquanto vivesse.
O Mike e eu ficamos internados dois dias no hospital em Dayton após nossos ferimentos terem recebido as devidas providências médicas. O Sam estava lá para nos levar para casa, e eu não conseguia lhe agradecer o bastante por ter entrado em nossas vidas. Estávamos vivos graças a ele.
O julgamento do Travis aconteceu pouco mais de três meses depois na Corte de Dayton. Ao ser levado pelos policiais para a prisão após a sentença, ele encarou o Mike e o amaldiçoou com gritos e gestos em sua direção. Durante todo o trajeto até o rancho ele não abriu a boca, dirigia como se estivesse alheio a tudo, mas eu sabia que havia uma dor implacável em seu peito arrasando-o.
Ele mergulhou no trabalho, eu precisava ir chamá-lo quando já havia escurecido e ele continuava lidando com qualquer coisa que se apresentasse diante dele, só para que sua mente não pensasse em outra coisa. Dormíamos lado a lado, mas ele não tocou mais em mim, alegando que podia me machucar e que meu cuzinho não estava pronto para uma transa depois do que aconteceu. Ele sabia que eu estava bem, que havia me recuperado por inteiro fisicamente, e que psicologicamente jamais esqueceria daquele bastão no meu rabo. Porém, evitava de olhar para mim quando eu estava nu, fugia sob algum pretexto quando eu o acariciava e ele começava a sentir uma ereção, procurava não prolongar demais os beijos que trocávamos pelo mesmo motivo como se não tivesse mais o direito de me possuir.
O Mike também andou muito esquisito nos últimos três dias, estava mais calado que o normal, deixou uma série de instruções do que deveria ser feito no rancho para os funcionários, como se estivesse se preparando para ficar ausente por um longo período, eu sabia que estava maquinando alguma coisa em sua mente, pois sempre surgiam algumas rugas em sua testa quando estava articulando um plano. E então, numa manhã chuvosa quando nos demoramos um pouco mais que o costumeiro na cama devido ao friozinho que acompanhava a chuva, ele finalmente se abriu.
- Tomei uma decisão, Clark! – pelo tom de voz compenetrado e sério que usou nessa primeira frase, eu já senti o sufoco se apossando do meu peito. – Vou me embora hoje! Deixei tudo engatilhado para que não tenha problemas com as tarefas do rancho. Mas, chegou a hora de eu partir. – comunicou ele. Pensei que ia morrer, tamanha a dor que senti.
- Como vai embora? Você não pode fazer isso comigo, Mike! – retruquei quase sem voz devido ao choro que precisava sair para me deixar respirar.
- Lembra-se que no dia em que cheguei aqui, eu disse que seria temporário? Pois bem, esse dia chegou. A minha permanência aqui quase te matou, é um milagre o meu irmão e o comparsa não terem te matado naquele dia. Você nunca teria corrido esse risco se eu não tivesse trazido o Travis e aquele criminoso para dentro da sua casa. Eu nunca vou me perdoar por ter feito isso, Clark, e nem sei se você um dia vai conseguir me perdoar por tudo o que meu irmão te fez passar.
- Eu nunca te culparia por nada, Mike! Não foi você quem fez aquilo comigo, não pode querer assumir a responsabilidade pelo que seu irmão fez. Eu te amo, Mike! Se você for embora, aí sim, vai me matar. Não sei mais viver sem você ao meu lado! – a minha voz quase não saía e eu me virei para o lado dele e comecei a afagar seu tronco desnudo, isso sempre embaralhava os pensamentos dele e o excitava.
Naquele momento, mais do que nunca, eu precisava que ele deixasse o lado racional de lado e apenas se deixasse levar pelo tesão, pelo que minhas mãos faziam com seus instintos mais primitivos quando deslizavam por seu corpo. Enfiei a mão na cueca dele e envolvi o caralhão grosso na quentura dela.
- O que está fazendo, Clark? Não faça isso! Eu não ... eu não ...
- Não resista! Eu sei que você não consegue resistir, que você me deseja quando afago seu membro e o faço endurecer como está acontecendo agora.
- Você precisa de um homem que não coloque sua vida em risco, entenda isso, Clark! – insistia ele, mesmo sentindo o crescimento impulsivo do cacete que já começava a excitar toda sua musculatura provocando-lhe espasmos por todo o corpo.
- Eu preciso de você. Mike! De mais ninguém. – devolvi, tirando minha cueca e me sentando sobre as pernas dele de onde o cacetão emergia empinado e duro como um poste.
- Clark! Não Clark! – ele já hesitava como eu queria.
Inclinei-me sobre ele, e comecei a beijá-lo devassamente com os lábios molhados e a língua inquieta lambendo a dele. Acariciei os pelos do peito dele enquanto o encarava cheio de tesão e amor.
- Seu lugar é aqui, Mike! Você minha paixão, é o meu amor, é o meu macho, você não pode me deixar, eu preciso de você, do seu amor e de todo esse tesão que sente por mim! Nunca mais fale em ir embora, em me deixar! – sentenciei, rebolando para que o pauzão melado deslizasse dentro do meu rego estreito.
Ele me segurava pela cintura, já não sabia mais o que fazer nem que argumentos usar para não me foder naquele instante, pois tudo o que ele mais queria na vida estava em suas mãos; quente, tomado pelo tesão, encarando-o com a paixão mais verdadeira que ele já tinha sentido, clamando por sua virilidade, oferecendo-se por inteiro a ele. Ergui a bunda e fui sentando lentamente sobre o caralhão intrépido. Quando a cabeçona estufada foi abrindo minhas pregas eu gemi num quase gritinho de tesão.
- Clark! – gemeu ele, quando a cabeçorra foi envolvida pelos meus esfíncteres que a comprimiram num espasmo involuntário.
Continuei deixando meu peso cair sobre a pica, fazendo-a deslizar progressivamente para dentro do meu ânus. Entre gemidos de dor e reboladas para que ela não me rasgasse todo o cu a fiz atolar até o talo, sentindo os pentelhos dele roçarem meu rego escancarado. Ele soltou um grunhido quando uma contração anal quente e úmida encapou todo seu falo.
- Esta é sua casa, Mike! Você voltou para casa no dia em que entrou aqui! Não é o meu rancho, a minha casa, é a nossa casa, é a sua casa, é o lugar onde você sempre será amado, é o lugar onde você finalmente encontrou a paz de que tanto precisava. – sussurrei, enquanto o cobria com meus beijos.
- Eu te amo, Clark! Amo mais que tudo na vida! – balbuciou ele emocionado.
- Eu sei! Você voltou para casa, Mike, sua procura acabou! Esta é a sua casa! – exclamei, contraindo fortemente os músculos anais para apertar sua rola entre meus esfíncteres úmidos que ardiam de tesão e paixão por aquele macho, para que ele soubesse a que casa eu me referia.
Ele acariciou meu rosto, sorriu e me puxou para um beijo, enquanto eu quicava sobre o cacetão e ele o empurrava fundo nas minhas entranhas. Eu gemia lascivamente me entregando a sua tara que crescia vertiginosamente. Ele me virou, ficando em cima de mim e, alojado entre as minhas pernas abertas, começou a me foder com força descarregando todo tesão no meu rabinho macio e quente, grunhindo feito um garanhão insaciado. Entre ganidos e gemidos eu balbuciava o nome dele, erguia a bunda para o caralhão entrar mais fundo.
- Me fode, Mike! Me fode, meu macho! Eu te amo, Mike! – repetia eu, enquanto soltava o gozo que escorria sobre meu ventre. – Essa é a sua casa, Mike! – ele compreendeu ali que sua procura havia chegado ao fim, que ele tinha realmente encontrado um lar, uma casa naquele cuzinho que encapava firmemente sua rola. Seus olhos úmidos me encararam, não conseguiu mais controlar o gozo quando sua pelve estremeceu e começou a ejacular o sêmen leitoso e morno nas minhas entranhas. Só me restou puxá-lo sobre mim e juntar minha boca a dele, e nunca mais separar nossos corpos, pois eles já não sobreviveriam separados.