Quando entrei no quarto da Dani, ela estava mexendo no celular. Assim que me viu, já perguntou o que havia acontecido. Perguntei como ela sabia que algo tinha acontecido, e ela disse que me conhecia bem, e que eu estava com uma cara muito estranha, que até então ela não conhecia. Dei um pequeno sorriso ao ouvir aquilo. Nunca fui de esconder nada da minha filha. Disse que eu e o Alexandre tínhamos discutido. Dani não chama Alexandre de pai, nunca se acostumou, e ele também não se importa, já que ela o trata como pai, mas a mim ela chama de mãe, às vezes de mãe Nanda, outras vezes só de mãe. Eu, às vezes, chamo ela de Dani, mas na maioria das vezes a chamo de filha.
Ela me perguntou se eu queria conversar. Eu disse que não, mas queria um cantinho da cama dela e um abraço. Ela apenas se afastou para o canto, tirou a coberta de lado e abriu os braços. Eu deitei e a abracei. Ela me perguntou se a briga foi séria. Eu disse que não brigamos; na verdade, foi uma pequena discussão. Eu não sabia ainda a gravidade do problema, mas preferi sair para não virar uma briga. Depois, de cabeça fria, eu iria conversar com ele e tentaria resolver a situação da melhor maneira possível. Se realmente fosse algo grave, eu falaria com ela, mas se não fosse, nem valia a pena comentar. Ela disse que tudo bem, que torcia para que fosse algo simples, mas se não fosse e eu quisesse conversar, ela sempre estaria ali para me ouvir e me apoiar.
Agradeci, mas resolvi mudar de assunto. Perguntei se estava tudo bem com ela, e ela disse que sim. Ficamos ali conversando um pouco e logo percebi que ela estava com os olhinhos pequenos de sono. Falei para ela ir dormir, que eu também iria. Ela deitou no meu peito e logo apagou. Fiquei ali fazendo carinho nos cabelos dela e pensando no que tinha acontecido. Estava torcendo para que o Alexandre só tivesse feito aquilo por besteira, porque se não fosse, as coisas não iriam prestar, e provavelmente nosso casamento, até então quase perfeito, estaria com os dias contados.
Dormi muito mal aquela noite. Quando deu 6 da manhã, levantei, fui ao banheiro da Dani e tomei um banho. Usei uma das toalhas dela, desci para o meu quarto. Alexandre estava no banho, provavelmente não dormiu bem também. Me arrumei para ir ao trabalho. Quando estava terminando, Alexandre saiu do banho e disse que queria conversar comigo. Sentei na cama e disse que ele podia falar, que eu estava escutando. Ele me pediu desculpas por ter falado aquilo, disse que não sabia por que falou, que estava muito arrependido e que não iria voltar a acontecer. Respirou fundo e disse que me amava, que a última coisa que queria no mundo era me ver chateada com ele por algum motivo. Perguntei a ele se tinha certeza de que não sabia o motivo de ter falado aquilo, e ele disse que sim, jurou que foi sem pensar.
Falei para ele que, caso tivesse alguma fantasia de me ver com outro, ele poderia até realizar um dia, mas não comigo sendo sua esposa. Que, caso eu soubesse que ele tinha permitido que o Daniel tivesse feito o que fez, ele poderia esquecer que tinha uma esposa. Eu sempre fui sincera com ele sobre esse lance de abrir o relacionamento. Ele fez uma cara de assustado e perguntou de onde eu tinha tirado aquilo, que ele permitiria que o Daniel viesse com conversa errada para o meu lado. Mais uma vez, fui o mais sincera possível com ele. Disse que primeiro o amigo dele veio com conversa errada para cima de mim, eu contei a ele e ele não deu a mínima importância. Aí, na hora do sexo, ele vem sugerir que eu estava excitada com aquilo. Ele disse que fazia sentido eu ter pensado isso, mas que não tinha nada a ver, que ele jamais faria algo do tipo, que só não se importou porque confiava em mim e que o único erro dele foi ter falado algo sem pensar.
Mais uma vez perguntei se ele tinha certeza, e ele me jurou que aquela era a verdade. Eu disse que tudo bem, que então o assunto estava encerrado, mas que eu realmente estava muito chateada com aquela situação, mas logo passaria. Eu só precisava digerir tudo o que houve e que não queria mais ver o Daniel na minha casa, que ele foi desrespeitoso comigo. Se isso não o incomodava, a mim incomodou e muito. Eu não queria mais passar por isso dentro da minha casa; já bastava eu ter que aguentar os engraçadinhos na rua. Em casa, eu queria paz.
Ele disse que iria ter uma conversa séria com o Daniel, que eu podia ficar tranquila, que ele não voltaria a pisar na nossa casa. Dei um selinho nele e disse que ia tomar meu café e o esperava na cozinha. Ele disse que logo me faria companhia.
Assim que entrei na cozinha, já senti o cheiro de café fresco que Dona Ana tinha acabado de passar. Eu amo o cheiro de café, ainda mais o que Dona Ana faz. Entrei na cozinha, dei um bom dia e dei um abraço nela, que colocou um sorriso no rosto. Dona Ana trabalhou muito tempo na casa dos meus pais. Quando terminei minha casa, a "roubei" do meu pai. Ela agora trabalha comigo. Ela tem a ajuda da filha, Andressa, mas ela só entra no trabalho às 7 da manhã. Fiz questão de que elas morassem com a gente, então construí uma casa nos fundos para elas morarem. Elas são praticamente da família.
Andressa se formou há pouco tempo, mas disse que pretende continuar trabalhando comigo porque gosta do que faz. Ganha o suficiente para ter o que precisa, já que não paga aluguel, água, luz nem nada morando com a gente. Eu não achei ruim porque são pessoas de minha confiança. Andressa tem 25 anos, é uma morena muito bonita, mas é uma moça bem quieta e na dela. Fala pouco, é muito discreta. Nunca a vi com namorado, mas ela sai em alguns poucos finais de semana. Não sei onde ela vai, mas não pergunto também, já que ela é bem reservada.
Dona Ana é viúva, tem uns 50 anos, provavelmente. Ela é bem diferente de Andressa, é do tipo de pessoa boa de papo, sempre está com um sorriso no rosto. É muito boa no que faz; minha casa está sempre impecável e a comida dela é uma delícia. Ela e Dani se dão muito bem, vivem de papo na cozinha. Acho que Dani conversa mais com ela do que com qualquer outra pessoa da casa. Dani adora ouvir as histórias antigas da nossa família, e Dona Ana adora contar.
Alexandre chegou e sentamos para tomar nosso café. Dani também logo apareceu, já pronta para ir para o colégio. Ela com certeza percebeu que o clima não estava muito bom, mas que não estava horrível. Assim que terminei o café, saí com Dani para deixá-la no colégio, e Alexandre foi para a empresa. Disse que provavelmente essa semana só iria ao RJ na quarta, mas que na quinta à noite estaria de volta.
Deixei Dani no colégio, mas antes expliquei que já tinha resolvido com Alexandre e que ficou tudo bem. O assunto realmente não era tão grave. Dali, fui para o trabalho. A primeira coisa que fiz foi ir à sala da Gabi, mas ela ainda não tinha chegado. Quando fui para minha sala, vi ela entrando no corredor. Que loira bonita e gostosa é minha amiga! Fiquei viajando nela caminhando na minha direção. Assim que ela se aproximou, dei um abraço e disse que precisava conversar com ela. Entramos na sala dela e ela já trancou a porta.
Provavelmente, só de ver minha cara, viu que o papo era sério. Sentamos e contei para ela tudo o que tinha acontecido. Perguntei o que ela achava. Ela disse que eu não estava errada em pensar o que pensei, mas que provavelmente Alexandre só falou besteira mesmo na hora H. Me perguntou se eu tinha acreditado nele. Eu disse que não totalmente, mas como ele nunca tinha me dado motivos para desconfiar dele, eu iria dar o benefício da dúvida, mas que ficaria de olho no comportamento dele dali em diante. Ela falou que eu estava certa em ficar de olho, mas que provavelmente foi só engano dele mesmo.
Ficamos de papo por mais um tempo, depois fui para minha sala. Eu teria um dia cheio pela frente. Quando saí, já estava todo mundo no escritório. Cumprimentei todos e fui para minha sala. Pedi para minha secretária me passar toda a minha agenda do dia. Eu realmente ia ter um dia muito corrido, e provavelmente a semana seria assim.
Os dias foram passando, o lance do Daniel foi ficando para trás. Meu casamento voltou ao normal. Depois de uns dias, Alexandre me levou a um restaurante que eu amava na sexta à noite. Tivemos um jantar ótimo; ele estava mais carinhoso do que o normal. Dali, seguimos para um motel e tivemos uma noite incrível. Cheguei no sábado de manhã em casa com a buceta vermelhinha e meu cuzinho ardendo. Alexandre também estava acabado, só de olhar nele dava para ver que ele usou toda a energia naquela noite. Eu estava feliz, as coisas voltaram ao normal e a vida seguiu.
Não vou negar que fiquei de olho no comportamento do Alexandre por um tempo, mas não notei nada de diferente. Enfim, parei de me preocupar com aquilo e realmente achei que ele só tinha falado besteira sem querer na hora errada.
Nisso, se passaram 3 meses. Já estávamos no meio do ano. Dani estava de férias na casa da avó. Sim, a gente tinha achado os parentes de Dani em Minas Gerais: avó, tios, primos e mais um monte de parentes. Quando Dani estava com uns 14 anos, ela, por coincidência, achou uma garota no Facebook que dizia parecer muito com a mãe dela. Eu já tinha prometido a ela que, se algum dia tivéssemos alguma pista da sua família verdadeira, eu a ajudaria a encontrá-los e jamais a impediria de conhecê-los pessoalmente, desde que fosse algo seguro. Dani mandou um convite de amizade para essa moça, mas ela não aceitou. Com as informações do perfil, meu hacker preferido, que se chama Igor, conseguiu todas as informações da garota.
Tudo mesmo. Ele descobriu o telefone e até o valor que ela tinha em uma conta no banco. Às vezes, ele me dava medo, mas depois de ser pego pela Polícia Federal e eu ter ajudado ele a se livrar de passar um bom tempo na Fundação CASA, ele resolveu virar gente. Hoje, trabalha comigo e faz alguns trabalhos para o Hugo também. O garoto é um dos melhores hackers do país.
Com o número de telefone, Dani entrou em contato com a garota. No início, ela ficou meio com o pé atrás, mas depois de Dani contar a história toda, ela viu que a história podia ser de seus tios que saíram para trabalhar em São Paulo e estavam sumidos há algum tempo sem dar notícias. Depois de algumas fotos trocadas, não restou mais dúvidas de que a garota era uma prima de Dani. Sua mãe era mais parecida ainda com a mãe legítima de Dani.
Naquele mesmo ano, eu fui com Dani até a cidade dos seus parentes. Eu estava com muito medo de perder minha filha, de Dani resolver ficar com sua família de sangue, mas me enganei redondamente. Sua família nos tratou muito bem. Sua avó e duas tias de sangue choraram muito conversando com ela. Os primeiros dias foram de muita tristeza, mas depois o clima foi melhorando. No final, nos divertimos muito com eles. Ficamos uma semana e depois voltamos para SP, mas Dani prometeu que voltaria, e assim ela faz todo ano: ou vai nas férias do meio do ano ou no final do ano. Quando contei para ela que fiquei com medo de perdê-la, ela me deu um sermão que nunca vou esquecer. Ela não gostou nada de eu pôr em dúvida o sentimento que ela tinha por mim. Ouvi umas poucas e boas naquele dia e ouvi calada, mas no fundo, fiquei muito feliz de saber que, para ela, eu era sim sua mãe.
Bom, no meio do ano também era o aniversário do Alexandre. Resolvi fazer uma pequena festa na nossa casa. Mais uma vez, contratamos uma empresa especializada porque só tínhamos duas empregadas e elas eram convidadas. Então deixamos tudo nas mãos dessa empresa, que por sinal era muito boa. A festa teria no máximo 50 ou 60 convidados. Dessa vez, até meu pai fez questão de aparecer.
Mais uma vez, notei os olhares da tal ruiva na minha direção, mais do que na de Alexandre. Aquilo, de alguma forma, já estava me incomodando, mas dessa vez reparei mais nela. A mulher era realmente muito linda, ruiva, provavelmente natural, olhos azuis claros, corpo perfeito. Provavelmente fazia academia, porque aquelas pernas e bunda não podiam ser naturais. Ela tinha a pele bem branca, com algumas sardas no rosto e entre os seios. Não teve como não reparar no decote que ela usava. Notei também que ela não conversava com muitas pessoas, provavelmente não tinha muitos amigos ali. Vi que alguns homens sempre puxavam papo com ela, mas não durava muito e ela saía do lugar. Vi que Alexandre falou com ela umas duas vezes durante a festa. Na última vez, ela pareceu não gostar muito do que ouviu e foi em direção à cozinha.
Pensei em arrumar uma desculpa para falar com ela, mas Alexandre veio até onde eu estava e não segui com a ideia. Perguntei a ele se estava tudo bem. Ele disse que sim e perguntou o porquê. Eu disse que vi a secretária dele saindo com uma cara não muito boa em direção à cozinha. Ele me disse que foi porque chamou a atenção dela por causa de um erro que ela cometeu no trabalho. Eu disse que ele devia falar com ela no trabalho e não ali na festa, pois poderia gerar uma situação chata. Ele concordou e disse que depois resolveria, mas que estava tudo bem, que ela era até boa como secretária, só cometeu um pequeno erro, coisa de novata.
Sinceramente, não engoli muito aquela conversa, mas deixei para lá. Seguimos ali conversando com alguns convidados. Falei um bom tempo com meu pai. Ele disse que era para eu ir no domingo na casa dele, que precisava ter uma conversa séria comigo. Falou que era para eu ir sozinha. Eu disse que iria sim e perguntei se ele podia adiantar o assunto, mas ele disse que não, que no domingo a gente conversaria.
A festa seguiu em um clima bom. Dani não desgrudava de Dona Ana. Ela não se sentia muito bem no meio dos nossos amigos. Ela dizia que via alguns olhares direcionados a ela que realmente não gostava. Eu nem gostava de levar ela nessas reuniões e coquetéis com meus clientes e da empresa, mas como era aniversário do Alexandre, ela fez questão de ficar ali. Veio antes do fim das férias só por causa do aniversário dele.
Passou um tempo e notei que a ruiva tinha sumido. Fui até a cozinha e ela não estava. Olhei para o lado da saída da cozinha para a área da piscina e a vi conversando com Andressa logo após a porta. Quando abri a porta, ouvi Andressa falar que eu era uma ótima patroa. Eu sorri e disse que ainda bem que ela estava falando bem de mim. Andressa e a ruiva deram um sorriso amarelo.
Notei que a ruiva ficou bem desconfortável com minha presença. Me aproximei e, amigavelmente, perguntei por que elas não estavam na festa. Andressa disse que saiu para fumar e acabou encontrando outra fumante ali fora e estavam conversando. Eu sorri, olhei para a ruiva e disse que já tinha visto ela ali, mas que a gente ainda não tinha se conhecido formalmente. Estendi a mão e falei meu nome. Ela pegou na minha mão meio sem jeito e disse que se chamava Fernanda também, que era um prazer me conhecer formalmente. Perguntei se ela trabalhava na empresa. Ela disse que sim, que era secretária do meu marido. Perguntei se ele era bom patrão, e ela disse que sim e que não tinha nada a reclamar. Sorri e disse que iria entrar e para elas ficarem à vontade.
Pelo que tinha visto daquela ruiva desde a primeira vez e pelo jeito que ela agiu na minha frente, ela me pareceu muito suspeita. Algo ela estava escondendo, e tomara que não seja nada que envolva meu marido além do lado profissional, senão as coisas não iriam prestar para nenhum dos dois.
Voltei para dentro e a festa correu normalmente. Vi que depois de uns dez minutos a ruiva passou pela sala e foi em direção à saída, e eu não a vi mais. Provavelmente foi embora. Vi que Andressa se juntou a Dona Ana e Dani, mas logo foi em direção à cozinha e sumiu. Provavelmente foi para casa também, mas no outro dia eu iria perguntar o que a ruiva perguntou sobre mim ou se perguntou algo sobre Alexandre. Bom, agora eu sabia seu nome, apesar de que poderia ter descoberto isso há muito tempo, mas eu até tinha me esquecido dela. Mas com certeza eu não iria esquecer mais, principalmente do nome que, por ironia do destino, era o mesmo que o meu.
Quando terminou a festa e os últimos convidados e funcionários saíram, fui tomar meu banho. Logo Alexandre apareceu e entrou no banheiro comigo. Claro que fui tirar uma casquinha do meu homem. Comecei a beijá-lo com calma, esfreguei meu corpo no dele, dei umas apertadas naquela bunda gostosa. Geralmente sinto seu pau crescer colado na minha barriga quando a gente se pega assim no chuveiro, mas notei que dessa vez ele não deu sinal de vida. Não falei nada, continuei beijando e resolvi dar uma força para meu amigo ali de baixo, que parecia precisar de um incentivo dessa vez.
Me ajoelhei na sua frente e comecei a passar a língua nele. Logo peguei ele na mão e apertei um pouco, fazendo a parte da frente ficar mais firme. Coloquei na boca e comecei a chupar ele ali meio sem vida. Fiquei um tempinho ali, mas não deu muito resultado. Aí Alexandre disse para eu me levantar, me pediu desculpas, disse que provavelmente era o cansaço. Dei um beijo nele e disse que estava tudo bem, que ninguém era uma máquina que era só apertar um botão para funcionar. Ele deu um sorriso meio amarelo e disse que sentia muito mesmo. Mais uma vez falei para ele não se preocupar.
Terminamos o banho e nos deitamos. Logo Alexandre virou para o lado e dormiu. Eu não consegui. Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Nesses dez anos juntos, era a terceira vez que acontecia. Eu sinceramente acho normal, até porque sei que às vezes o cansaço mental acaba com a gente, mas dessa vez foi diferente. Das outras vezes, Alexandre não me deixou na mão. Ele sabia como me fazer gozar gostoso de outras formas, conhecia meu corpo como ninguém. Mas dessa vez ele nem fez questão de me fazer gozar. Eu realmente achei aquilo muito estranho.
Continua…