Prazeres do Mar

Um conto erótico de J. R. King
Categoria: Heterossexual
Contém 1717 palavras
Data: 07/01/2024 00:29:16

Era uma pousada próximo à Praia do Forno, em Arraial do Cabo. Ficava na encosta, com as pequenas casas de alvenaria fincadas nas pedras, ligadas por uma trilha de madeira que ia descendo até uma pequena enseada particular, escondida dentro de uma formação rochosa em formato de uma ferradura.

A água era cristalina graças ao tratamento de calcário da indústria, de forma que era possível ver os corais, musgos e toda a vida marinha debaixo d'água. Na enseada, um píer levava até uma parte mais funda, onde durante o dia podia mergulhar com coletes ou remar de caiaque, mas à noite era proibido o acesso para os hóspedes.

Cecília costumava ir lá escondida, quando já tinha terminado o serviço. Ela gostava de ficar sentada, apenas molhando os pés na água, sentindo a brisa salgada e pensando sobre absolutamente nada.

Numa noite, ela notou uma movimentação estranha na água. A princípio, pensou ser apenas alguns peixes saltitantes, ou até mesmo golfinhos, mas logo percebeu se tratar de duas banhistas. Elas nadavam bem longe do píer, Cecília só notava suas cabeças para fora da água. O mar estava calmo e salpicado de luar, sem nenhuma nuvem no céu.

– Ei, você aí! – Ela ouviu uma das banhistas gritar. – Vem nadar com a gente!

– Eu não posso! – Cecília não gostou nada de como soou. Parecia infantil, como se ela não pudesse fazer pois seu pai não deixava. Decidiu então mudar. – Eu não estou com roupa de banho!

– A gente também não! Entra logo!

Cecília pensou, o convite parecia tentador. O mar estava morno, bem mais agradável do que durante o dia. Cecília olhou para todos os lados, não havia ninguém por perto. Então, decidiu tirar a roupa, entrando na água apenas de sutiã e calcinha cor-de-pele. Ela tinha longos cabelos negros, o corpo queimado de sol e olhos castanhos bem grandes. Seu porte era magnífico, com seios altos e pernas compridas.

Ela nadou até onde elas estavam, com braçadas fortes e graciosas, vendo o píer ficar cada vez menor, assim como a pousada sobre a encosta. Quando chegou perto, notou que as duas estavam nuas. A água escura durante a noite permitia ver apenas dos ombros para cima. Esse naturalismo, combinado com a beleza das duas garotas fez Cecília pensar por um momento que elas poderiam ser duas sereias.

– Eu sou Yara, e essa é a minha prima, Marina.

Na semi-escuridão, ela podia ver apenas parte de seus rostos. Yara era morena, tinha o cabelo volumoso e os lábios carnudos, além de um sorriso cativante. Já Marina, era loira, com a pele tão clara quanto a Lua. Os olhos esverdeados tinham um ar de segredo que prendiam a atenção de Cecília.

– Eu sou Cecília.

– Você também tá passando as férias aqui? – Perguntou Yara.

– Não, eu trabalho aqui, meu pai é o gerente da pousada.

– Que legal! – Disse Marina. – Espero que a gente não tenha te colocado em problemas.

– Tá tudo bem, eu sei nadar.

– Isso é o que nós vamos descobrir!

As três simpatizaram fácil e logo se puseram a brincar na água. Yara lutava com Cecília, abraçando-se sobre a água. Quando subiam para respirar, estavam rindo, nadando para trás e para frente, despreocupadas. Brincavam de passar uma por debaixo da perna da outra. Quando foi a vez de Cecília passar por debaixo, Marina a segurou, lutando para se desgarrar de suas pernas. Depois foi a vez de Cecília abrir as pernas para que as duas passassem por debaixo, reaparecendo do outro lado. Cecília notou o quanto as duas garotas eram ágeis debaixo d'água, bem mais do que ela, que se considerava a melhor nadadora de toda Arraial.

Aos poucos as brincadeiras foram ficando mais carinhosas. As risadas pareciam carregar uma malícia. A nudez das garotas não parecia incomodar Cecília. Muito pelo contrário, parecia instigá-la.

De repente, Cecília sentiu Yara abraçá-la pelas costas, cobrindo todo o seu corpo com o dela. Seus corpos estavam tão relaxados que as duas pareciam flutuar sobre a água. Cecília pôde sentir os peitos dela em suas costas, o mamilo duro se esfregando na pele. Elas se entreolharam, o sorriso elegante de Yara insinuava um desejo secreto, que fez Cecília ficar envergonhada, mas ao mesmo tempo curiosa.

– Vem cá, eu conheço um lugar legal. – Chamou Marina.

Elas nadaram até uma formação rochosa coberta de musgo, que parecia fazer uma piscina natural no mar, onde elas poderiam ficar sentadas sobre a água. Eram um local escondido, onde de lá não se via nem o píer, nem a pousada.

Ali, fora d'água, Cecília pode notar pela primeira vez o corpo das duas garotas. Yara tinha seios fartos e pontudos, com aréolas grandes e negras, uma cintura fina com ancas largas, uma bunda grande e firme, assim como suas coxas grossas. Um verdadeiro violão. Já Marina, era de traços finos e delicados. Baixinha de seios pequenos, mamilos rosados e charmosos, com a barriga lisa e a bunda pequena, mas desenhada perfeitamente, como um gracioso pêssego.

O jeito natural que elas interagiam totalmente nuas entretia Cecília. Aos poucos foi fazendo ela se sentir deslocada por ser a única vestida ali. Foi quando decidiu se juntar às nudistas e também tirar o restante de sua roupa, a deixando pendurada em uma rocha para pegar depois.

– Vocês são de onde?

– D-de S-Salvador. – Gaguejou Yara, ela se entreolharam por um instante e depois mudaram de assunto. – E você, morou sempre aqui?

– A vida inteira.

– Nossa, deve ser tão legal morar nesse paraíso. – Disse Yara. – Nadar no mar todo dia, o dia todo. É o meu sonho.

– É mais legal na baixa temporada, quando a cidade não tá tão cheia.

– Isso é verdade. É sempre bom quando tem menos gente, por isso a gente vem nadar à noite. Aproveitar a água só pra gente. Poder sentir o mar molhar a xereca. É tão gostoso!

– Yara! – Repreendeu Marina, com uma expressão atônita. – Olha a boca, menina. A gente tem visita. Quer dizer, nós somos a visita, essa é a casa dela.

Cecília riu das brincadeiras das garotas. Ela parou um segundo para sentir o mar lhe banhar. Ali, perto da costa, as ondas batiam agitadas, quebrando nas pedras. O movimento sinuoso massageava o seu corpo, em especial o seu sexo. Cecília sentia os lábios totalmente expostos balançando no ritmo da natureza, e era como se a própria Iemanjá acariciasse o seu corpo, relaxando-o.

– Ela está certa. É gostoso mesmo! – Disse Cecília.

As três riram juntas. Cecília notava os olhares deslizando sobre o seu corpo. O desejo sendo traduzido em sorrisos, lábios mordidos e na forma como continuavam a brincar mais carinhosamente.

De repente, uma onda forte bateu nas pedras. Dando um banho nas três enquanto roubava o sutiã e a calcinha de Cecília, levando-os embora em direção ao mar.

– Minha roupa! – Cecília gritou, vendo ela ser engolida pelo mar.

– Tudo bem, você não precisa delas. – Disse Yara. – Você tem um corpo tão lindo, pra quê escondê-lo?

Ela sentiu Yara a abraçando novamente, desta vez as duas estavam em pé, apenas com os tornozelos embaixo d'água. Os braços se cruzaram em volta da cintura, ela pode sentir o corpo bem próximo ao dela. Os seios novamente apertando nas costas e os pentelhos negros roçando em sua bunda.

– É verdade, olha só esses peitos, como são bonitos. – Disse Marina.

Ela também se aproximou, primeiro tocando em seu ombro, depois em seu peito, provocando Cecília acariciando o bico do seu peito. Elas se olharam, o olhar das duas era encantador, quase hipnótico. Marina aproximou o rosto, colando sua testa no dela, os narizes se tocando, enquanto os lábios se aproximavam mais e mais. Cecília foi deixando ser seduzida por aquelas duas, se entregando ao desejo.

Ela já podia sentir o calor dos lábios de Marina quando Yara virou o seu rosto, roubando o beijo de sua prima. Gostoso, macio e excitante, era como Cecília podia descrever. Os lábios se moviam com delicadeza, enquanto ela sentia o seu corpo sendo acariciado pelas quatro mãos.

Logo em seguida, foi a vez de Marina, roubando de volta o beijo que havia sido tomado. Marina beijava diferente, era intenso, lascivo e obsceno. Ela apertava os peitos de Cecília com firmeza, tirando suspiros que escapavam entre as línguas.

As três sentaram-se sobre as rochas, cobrindo novamente o corpo com a água. Começaram a trocar carícias as três ao mesmo tempo, Yara beijava o pescoço de Cecília, enquanto Marina tocava o seu corpo lúbrico. Os dedos desceram até o seu sexo, massageando o grelo. Ela fazia movimentos debaixo d'água, utilizando o próprio mar para lhe excitar.

Elas então se propuseram a brincar novamente, dessa vez brincadeiras bem mais safadas. Decidiram ver quem conseguiria ficar mais tempo debaixo d'água enquanto se chupavam. Cecília se impressionou com o fôlego das duas. Enquanto ela não aguentava mais do que um minuto, as duas conseguiam ficar com a cabeça mergulhada por cinco ou seis, enquanto a lambiam e a beijavam, fazendo Cecília gemer bem alto, ecoando nas pedras.

Elas se beijavam debaixo d'água, tocavam o sexo uma da outra. Tudo parecia uma linda dança sensual que as três se divertiam enquanto se exploravam.

Cecília deitou-se em uma rocha lisa e rasa, onde seus ouvidos ficavam dentro d'água, mas podia ficar com o rosto para fora. As sensações ali foram afrodisíacas. Ela podia ouvir a natureza calma, agitada pelas as duas que a siriricavam, enfiando os dedos dentro da boceta submersa, fazendo ela gozar. Foi o orgasmo mais intenso que ela já vivenciou. Sentiu o seu corpo se conectar com o mar de uma forma singular, como nunca havia experimentado em toda a sua vida.

Ela passou a noite inteira com as duas garotas. Se divertindo, se deliciando, experimentando o que aquelas garotas tinham a oferecer. Sentiu o gozo das duas em sua boca, um sabor salgado como a água do mar. Cecília lembraria daquele sabor para sempre.

Na manhã seguinte, ela procurou as duas pela pousada, mas não encontrou. Olhou no livro de registro e também perguntou a seu pai, mas não havia nenhuma Yara ou Marina hospedadas na pousada. Chegou a procurar nas pousadas vizinhas, mas ninguém havia ouvido falar delas.

Todas as noites desde então, Cecília voltava para aquele píer, esperando encontrar suas duas amantes pelágicas novamente, mas elas nunca mais apareceram.

Sumiram como a espuma das ondas.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 18 estrelas.
Incentive J. R. King a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários