Em uma pequena rodovia no interior de São Paulo, naquele momento , em uma casa abandonada em uma cidade pequena, isolada, iniciava-se um tiroteio, juntamente de uma perseguição. Do segundo andar, um homem já vestido com um capacete de moto, pulou da janela até o lado de fora, onde deu um tiro em direção a janela, correndo até a sua moto. No mesmo instante, um homem portando uma pistola e usando roupas de Policial Federal, salta da mesma janela, e dá um tiro, que pelo outro estar de moto, acabou não acertando-o. O policial sabia que para acessar a via, ele seria obrigado a seguir para o outro lado da pista. Iria interceptar o motoqueiro ali, e quando o motoqueiro foi cercado, o policial apontou a arma para ele, mas logo mostrou-se de corpo aberto, como se o chamasse pra resolver aquilo no mano a mano.
— Pepe! Seu desgraçado, vem me enfrentar como um homem, seu merda! — Disse o policial, chamando o outro para uma briga, mas o motoqueiro apontou a arma pra ele, e assim disse:
—Pode me matar se quiser, mas a mim você não pega! — Logo, ele da um disparo que só não atinge o policial, pois ele foi mais rápido em jogar seu corpo para o lado, se apoiando em uma coluna. O motoqueiro voltou a seguir em direção a rodovia, mas o Policial foi mais rápido, disparando contra a moto, que caiu junto com ele. Rapidamente ele pegou a arma e apontou para o Policial, Pepe estava com ele na mira. Ele dizia.
— Qual é, Diego? Não tá satisfeito com aquilo não, quer que eu te mate também? — Disso, Pepe dá mais um tiro contra Diego, que revida com outro tiro, que dessa vez acerta a perna de Pepe, que acaba caindo no chão com sua perna ferida. Diego então aponta a arma para ele, e assim pergunta.
—Pepe, não se mova! Não se mova, ou eu atiro pra matar! Não se mova e responda, por que fez isso comigo? Comigo que sou seu irmão, porra? — Perguntou ali Diego.
— Por que? — Depois disso, ele começou a rir de forma aleatória, olhou então para o amigo, com um olhar carregado de sarcasmo e ódio. — Sabe porque, Diego? Porque você tirou tudo de mim. Meu amor, meu emprego, minha vida, minha mamãe! Por sua causa eu estou aqui, nessa merda, e agora eu tirei tudo de você também!
— Eu tirei tudo de você, seu maldito? — Dizia ali, completamente furioso com ele. — Seu desgraçado, eu te ajudei, se não fosse por mim, estaria morto! Eu fiz tudo por você, te dei uma nova vida assim como queria, te amparei quando voltar, e é assim que você me recompensa? Minha mãe, ela te acolheu como filho, eu te acolhi como meu irmão!
— Me acolheu? Você chama tudo isso que eu passei e toda a falta de apoio que eu tive de vocês de acolheu? Sabe do que mais, você é um estúpido, Diego. Porque enquanto bancava o herói, o queridinho do seu pai, da sua família, da sua noivinha, eu me deliciei nas suas costas. Foi bom demais comer aquela pu. — Neste momento, ele levou um chute no saco de Diego, logo levando as mãos sobre o meio das pernas, gritando de dor. Diego então apontou a arma pra ele, e disse.
— Sabe do que mais, Pepe? Hoje é seu dia de sorte meu irmão, porque hoje eu tenho um plano muito especial pra você, depois de hoje você nunca mais vai fazer mal nem pra mim, e nem pra minha família!
E foram assim que as coisas saíram do controle, mas confesso para vocês que nem sempre foi assim. Meu nome é Diego Antunes, tenho o melhor amigo que praticamente foi meu irmão, José Pedro, mais conhecido como Pepe. Naquele dia, travamos um duelo até a morte, não existia mais solução. Pepe precisava pagar por tudo que me fez, eu não tive escolha. Mas para vocês entenderem melhor, preciso falar mais sobre nós, sobre nosso passado, e tudo que aconteceu que nos levou aquela situação que não tinha mais volta.
Eu sou filho de dona Mercedes e também do Inspetor Oswaldo. Meu pai era um policial, e meu sonho era ser como ele, moramos em um bairro acolhedor na cidade de São Paulo. Nossa vizinha, dona Filomena, tinha um neto, que se chamava José Pedro, que desde sempre foi meu grande amigo, um irmão. Conheci José Pedro em uma pelada na rua, era um garoto que estava ali sentado, olhando eu e outros meninos jogando na rua um futebol. Ele parecia querer entrar no time, mas era tão tímido que não sabia como pedir. Acabei me simpatizando, e aí com isso acabamos então jogando bola no mesmo time, e a partir daí, nossa amizade não parou mais. Fizemos tudo juntos.
Seu pai era desconhecido, já sua mãe, estava presa nos Estados Unidos. Ela conheceu o pai de Pepe, e os dois tiveram um romance, onde ele enganou a mulher, que foi para os Estados Unidos carregando uma maleta sem saber seu conteúdo. Ali ela acabou sendo presa com pelo menos 15 kg de cocaína, e por ser cidadã brasileira, mesmo sem antecedentes não acreditaram na versão dela de que não sabia de nada. Porém, naquela época mesmo ela estava grávida, e Pepe acabou nascendo nos Estados Unidos, e foi registrado como cidadão americano, mas como não tinha familiares ali, seria levado para adoção. Porém, dona Filomena acabou gastando as últimas economias que tinha e contratou um advogado para conseguir a extradição do bebê para o Brasil, para que assim sua mãe não perdesse a guarda do filho. Pouco tempo depois, aconteceu a extradição, e Pepe estava morando com a avó. Pepe sempre entrou em nossa casa como se fizesse parte dela.
Minha mãe sempre foi muito amiga da avó dele, e ele sempre foi um grande amigo meu. A avó dele também cuidou bastante de mim, quando minha mãe trabalhava por fora, então nosso laço só aumentava. Uma tragédia, infelizmente, levou sua avó em sua puberdade, e ele foi acolhido e adotado por nossa família. Agora ele era meu irmão, na verdade, ele sempre foi. Nossas personalidades sempre foram diferentes, apesar disso. José Pedro sempre foi mais tímido, retraído, não tinha muitos amigos na escola, talvez eu fosse um dos poucos amigos que ele tinha. Eu era mais animado, ativo, tinha bastante amigos, e até mesmo algumas paqueras. Apesar dessas diferenças e particularidades, éramos unha e carne, e sempre vivemos grudados um com o outro.
Acabamos então ficando mais velhos, e com isso, as escolhas para o futuro tinham que ser tomadas. Ambos resolvemos fazer direito, porém com propósitos diferentes. José Pedro queria ser advogado. Para ele, o que aconteceu com sua mãe sempre foi uma injustiça e para ser sincero até mesmo meu pai acreditava na versão de Joana, mas como ela poderia provar alguma coisa? Pepe enfiava a cara nos livros, queria um dia poder fazer algo por sua mãe. Ele já não morava mais conosco, Pepe trabalhava em meio período como assistente em um escritório, ganhava o razoável para pagar uma casa minúscula de um cômodo e um banheiro, e custear os gastos com a faculdade, onde estudou feito louco. Entre esse período, sua mãe acabou sendo libertada, e a primeira coisa que fez foi voltar para o Brasil. O reencontro deles foi extremamente emocionante, eu nunca vi meu irmão tão feliz.
Quanto a mim, meu sonho era ser policial, como meu pai. Eu sempre o admirei, tive sempre meu pai como um exemplo a ser seguido. Meu pai era policial civil, eu estava pensando em prestar concurso público e fazer todas as provas para me tornar policial federal. O caminho não seria fácil, concursos, provas, fora a faculdade de direito, afinal, tinha planos bem altos. O tempo passou, Pepe havia se formado em direito e conseguiu emprego em um escritório de advocacia, cujo seu mentor e patrão era considerado um dos maiores advogados criminalistas do Brasil. Enquanto eu, havia também me formado um ano depois e prestado concurso público , conseguindo me tornar um agente federal. Nossas vidas estavam correndo muito bem. Não vou entrar muito em detalhes em como iniciei minha vida como agente, mas posso dizer que tive alguns primeiros casos difíceis, muito pela falta de experiência. Mas sempre me motivei lembrando do meu pai, e de sua trajetória como servidor da lei.
Mesmo com todas as ocupações e questões da vida, eu nunca deixei de me encontrar, ou conversar com meu irmão. Na verdade, na vida adulta, nosso laço parecia ficar cada vez mais estreito. Pepe me confidenciou que estava apaixonado, mas que tinha receio de chegar na garota. Ele não me falou muito sobre a garota, apenas disse que era a mulher mais bonita que ele já havia conhecido. Os dois haviam saído uma vez, e já haviam inclusive se beijado. Pelo que Pepe me contava, a garota era filha do patrão dele, e cursava faculdade de economia, porém trabalhava como secretária do pai. Os dois não eram de se falar muito no trabalho por conta da política de ética entre funcionários, mas se falavam bastante fora do horário de trabalho. Ele acabou me pedindo conselhos de como chegar a pedir ela em namoro, enquanto estávamos ali em uma lanchonete, em um dia comum, conversando como dois parceiros.
—Diego, você não entende, ela é perfeita. Aquela mulher é maravilhosa, aqueles olhos são como olhar num oceano profundo e se perder no meio dos mistérios que eles trazem.
— Rapaz,você tá apaixonado mesmo, hein? — Digo, enquanto ia terminando de comer meu lanche. Estava feliz de ver Pepe feliz e apaixonado daquela forma, então tentei dar o melhor conselho. — Olha meu irmão, a melhor coisa que você pode fazer é chegar nela e dizer seus sentimentos. Você é um cara bonito, vai se tornar advogado, você é até mais inteligente do que eu. Tenho certeza que ela vai aceitar, tem que arriscar meu irmão! Lembre-se que eu não você já tem.
— É que sabe como é, não é? Filha do patrão, cara. Eu fico meio assim de acabar pedindo ela em namoro e o pai dela não aceitar, sabe? Sabe como é né, eu sou ninguém cara.
— Não deveria pensar assim, irmão. Pra mim, se ela não aceitar ficar com você, quem perde é ela. Você é até melhor do que eu, em todos os sentidos.
— Muito obrigado por isso, meu irmão. Você não sabe como estou apaixonado, ela é tudo pra mim.
Pepe realmente era um homem muito íntegro, pelo menos naquela época. Ele era estudioso, pois mesmo depois de ter terminado a faculdade, meu irmão Pepe continuava buscando conhecimento. Meu pai, que sempre teve ele como um filho, sempre teve orgulho dele, e de como toda criação e educação que demos a ele o transformaram em um homem que sempre levou o correto e a lei a sério, sempre sendo um homem íntegro. Sequer aceitava defender alguém que ele considerava culpado. Porém nem tudo eram flores, Pepe uma vez confidenciou no jantar que teve junto conosco que estava desconfiado de que a firma de advogados estava paralelamente envolvida com organizações criminosas. Algumas coisas que ele disse para o meu pai naquele jantar pareciam não ser tão importantes, mas no futuro aquilo iria mudar nossas vidas para sempre:
— Seu Oswaldo, eu queria falar com o senhor uma coisa que notei de estranho onde eu trabalho. — Perguntava Pepe para meu pai, que dava toda sua atenção a ele, enquanto estava junto na mesa, jantando. Pepe então levantou a bola para nós.
— Sabe, eu não gosto de algumas coisas que eu ando vendo naquele lugar , recentemente estão colocando advogados novos para representar bandidos da pior espécie . E esses advogados num passe de mágica estão parecendo pra vir trabalhar com carros de mais de 100 mil reais, uma vez eu presenciei uma entrada e saída de montantes de notas do escritório. O doutor Siqueira não me envolve nessas coisas, e eu também não quero. Mas isso me incomoda, o que eu faço?
— Não tem muito o que fazer, você pode pedir demissão, mas se fizer de forma tão repentina assim eles vão desconfiar. Possivelmente eles fazem tudo isso escondido de você, por ser quem é, o filho de um policial civil aposentado. Ou talvez só esteja esperando a melhor hora pra isso. — Meu pai era bem sábio nos conselhos, e hoje vejo que Pepe deveria ter pedido demissão naquela vez. Pelo menos depois de tudo que aconteceu.
— Tudo isso só porque comecei a namorar uma pessoa...
— Mas olha, meu garoto está namorando! E sua mãe, o que acha? — Perguntou ali meu pai.
— Eu não falei ainda pra ela. Está tão feliz e triste de me ver crescido, tem tentado ser minha mãe, sabe? Eu deveria ter raiva dela, muitos teriam, de ter crescido sem ela. Mas pra mim, ela é uma vítima do desgraçado do meu pai.
Algum tempo depois, estava eu e um grande amigo da polícia que acabou se formando comigo, seu nome era Caio, em uma danceteria na cidade. Eu estava curtindo junto com ele seu noivado, ele namorou desde cedo uma garota estava completamente apaixonado. Estavam os dois ali enquanto eu era a "vela" do casal, pelo menos no início, pois logo eu fui a caça. Confesso que eu estava com um pouco de inveja do meu irmão, estava apaixonado e tinha uma mulher maravilhosa na vida dele, que inclusive tinha muita vontade de conhecer. Mas naquela danceteria conheci sim alguém, seu nome era Beatriz. Fui pedir um drink e ela estava ali, tomando o seu próprio quando me encarou. Ela não tirava os olhos de mim e por consequência eu também não tirava os olhos dela. Ela acabou se oferecendo para pagar meu drink enquanto começamos a conversar.
— Você parece ser bem perigoso, hein.
— Depende. Se você quiser, posso ser bem perigoso mesmo.
— Será? Eu gosto muito do perigo. Me chamo Beatriz, você é...?
— Diego. Muito prazer, está sozinha aqui?
— Estou. Por que, gatinho?
— Não está mais então. O que você acha da gente dançar?
— pensei que não iria me chamar.
Tirei aquela mulher para dançar e fomos até o salão. Beatriz deveria ter aí por volta de 1,65m, tinha cabelos castanhos que iam até abaixo do ombro, tinha olhos verdes. Tinha um corpo maravilhoso, mesmo sob aquelas vestes jeans que ela usava. A calça mesmo valorizava aquela bunda. Que maravilhosa. Dancei junto com ela e podia sentir aquele perfume doce, ficamos ali colados no salão enquanto conversamos sobre algumas coisas mas não muitas. Pois quando percebi, já estava praticamente beijando aquela mulher, tomando seus lábios e os possuindo completamente. Havia esquecido até mesmo de meu amigo, e meu único foco naquele momento era a Beatriz.
Quando dei por mim, acabamos indo até o banheiro da boate, estávamos nos beijando de forma frenética, Ela foi ali tirando a minha camisa e logo começou a beijar meu peitoral, minha barriga, enquanto Ela Foi abrindo meu cinto e tirou o meu pau pra fora. Logo ela estava batendo pra mim, enquanto começou a me chupar. Tive que me controlar para não gemer alto, afinal estávamos em um local público. Não pegaria bem. Mas Beatriz era louca, ela assim começou a me chupar gostoso, foi ali passeando com a língua no meu caralho, enquanto puxei seus cabelos. Movi meu quadril, enquanto ela me engoliu, arranhando minhas coxas, como aquela mulher me dava prazer. Não aguentei.
Levantei, e logo a encostei na parede, baixei sua calça Jeans, enquanto ela abria sua bunda pra mim com uma das mãos, mostrando ali sua bucetinha. Me pediu pra foder. Eu meti. Segurei a bunda dela com uma das mãos enquanto coloquei a camisinha o mais rápido que eu consegui, e ali eu comecei a meter, fui invadindo completamente aquela mulher enquanto ela jogou a bunda contra mim. Naquela posição acabamos nos beijando, fui esfregando a minha língua na dela e misturando nossa saliva enquanto nossos corpos praticamente se preenchiam. Tomei o maior cuidado para não gemer alto naquele banheiro mas estava foda segurar. eu não sei por que mas eu estava com muito tesão, estava metendo como louco, a verdade é que aquela mulher me deixava louco. Transamos por longos minutos naquele banheiro, até que inundei minha camisinha com porra, e praticamente jogamos nossos corpos um com o outro. Que delícia de foda. Ela me deu seu telefone, e ali, eu mal podia imaginar que iria me apaixonar por ela.
Encontrei Beatriz uma segunda vez, e dessa vez foi um encontro em um outro barzinho. Bebemos um pouco, jogamos conversa fora, ela me falava coisas da vida dela. Tinha um pai rigoroso, era advogado. Trabalhava com ele, mas não pretendia ficar por muito tempo. Tinha outras escolhas na vida, e não gostava muito da ideia do pai tentar controlar a vida dela e principalmente com quem ela queria ficar, o que ela deveria fazer. Perguntei se ela por acaso tinha alguém e o que eu notei foi um silêncio de alguns segundos até que ela respondeu que não. Ela talvez pensou que na hora eu iria pedir pra ficar com ela, ou ser seu namorado. Mas pelo menos naquela vez, eu não fiz isso, após aquela pergunta, bebemos mais um pouco, e fomos parar no motel, onde fizemos sexo. Ali ela se transformava, era uma leoa faminta na cama, nosso sexo se encaixava muito. Não podia negar que estava muito envolvido por aquela mulher.
Porém o início do nosso inferno estava apenas começando. Pepe acabou sofrendo um atentado em sua casa, alguém atirou duas vezes, acertando a janela, e fugiu. Sua mãe, assustada, foi até o lado de fora da casa, nisso era praticamente meia noite e alguma coisa, não me recordo. Tinha ali um bilhete, dizendo que "Eu estou de volta". Pepe não entendeu aquilo, mas sua mãe morreu de medo, parecia entender exatamente o que aconteceu, e quem era. Pepe me ligou, enquanto eu ainda estava ali com Beatriz, agora deitados, fazendo carinho um no outro. Me contou o que aconteceu, e assim eu me coloquei pronto para ver o que aconteceu.
— Me desculpe, mas o dever me chama. Pepe precisa de mim.
— Quando vou poder te ver de novo, amor?
— Amor? Me chama de novo de amor, vai...
— Amor, amor, amor, amor e amor! — Nisso, Beatriz me deu um longo beijo na boca, e eu respondi que nos veríamos em breve.
Fui até a casa de Pepe, e aproveitei para chamar Nícolas, um amigo da faculdade que entrou na polícia civil. Por ser policial federal eu não poderia intervir em casos como aquele, mas eu tinha muita confiança que Nicolas poderia ajudar a descobrir quem ou o que fez aquilo. Em conversas, a mãe de Pepe não tinha dúvidas: Quem tinha voltado, para fazer da vida dela um inferno, era seu pai.