– Não! – Gritei. Aquilo não podia estar acontecendo comigo, devia ser uma farsa ou algo do tipo. Eu só não conseguia aceitar.
– Uau! – Octávio gritou. Eu olhei para ele e vi seu sorriso de deboche se formar. – Você tá pelado! Eu não acredito! – Ele falou em seguida. Eu não acreditava também e senti minhas bochechas esquentarem de vergonha.
– Octávio, não olha! Por favor! – Disse desesperado, mas era tarde. Ele estava mesmo vendo tudo e agora, apontava e ria descontroladamente.
– Você nem precisou apostar para ficar sem roupa! – Disse ele indo ao chão de tanto que gargalhava.
Eu tinha que sair daquela situação custe o que custasse. Meus pulsos doíam de tanto que eu tentava os desvencilhar para pelo menos tentar me cobrir com as mãos. Eu tentei me balançar mais, mas aquilo só aumentou minha humilhação pois agora, Octávio tinha a patética vista de meu pau e bolas balançando para ele.
Eu então fiquei imóvel e comecei a ter de aceitar que meu amigo agora sabia de tudo sobre mim. Ele viu cada detalhe, como eu tinha poucos pelos ali em baixo, meus testículos se apertando em meu corpo em reação a brisa fria para relaxarem novamente devido ao calor que sentia de tanta vergonha e a posição e localização de cada pintinha no meu pau que pensei só garotas com quem dormia saberiam de sua existência. Eu nunca tinha sido tão humilhado e não era justo. Aquele era para ser meu dia de vencer. Eu não merecia passar por aquilo. Meus olhos ficaram marejados, mas eu não podia ceder. Já era degradante demais estar totalmente nu e de cabeça para baixo na frente de Octávio. Chorar assim só aumentaria minha humilhação.
– Eu sabia que a cortina combinava com o carpete. – Disse Octávio agora recomposto de seu ataque de risos anterior. Ele tinha um sorriso maldoso e debochado.
Ele estava se referindo aos meus pentelhos! Pensei angustiado. Eram loiros tal qual meus cabelos e agora Octávio sabia até disso. Não é justo. Repeti em minha cabeça. Ele não podia falar assim sobre algo tão íntimo meu, não deveria ter acesso a esse tipo de informação.
– Me tira daqui logo. – Falei para ele me fazendo de sério e tentando manter a calma. Isso, eu precisava sair daquela maldita armadilha de humilhação que antes chamei de árvore.
– É verdade! – Octávio se lembrou abrindo ainda mais o sorriso. – Cara, isso é perfeito! Você não consegue nem cobrir seu pintinho. Deve ser tão embaraçoso! – Zoou em seguida. Ele não precisava usar diminutivos daquele jeito. Ele só estava encolhido pelo frio. Eu não merecia ser tão humilhado, ficar totalmente à mercê de seu sadismo assim, tê-lo comentando toda hora os detalhes de minha intimidade e se esforçando para me deixar cada vez mais autoconsciente.
Eu só podia esperar que ele se cansasse de tirar onda comigo e me ajudasse logo a escapar. Minha pele, por ser bem clara, evidentemente me fazia ficar notoriamente vermelho de vergonha. Octávio ainda tinha seu sorriso malicioso no rosto. Ele estava aproveitando cada segundo de minha derrota. Eu não podia culpá-lo. Se a situação fosse ao contrário, e deus sabia como eu queria que fosse, também apreciaria lentamente sua humilhação. Certamente, meu amigo faria daquela ocasião, algo que eu jamais esqueceria.
Ele então deu uma volta em torno de meu corpo pelado pateticamente amarrado para que ele apreciasse cada ângulo. Seus olhos fixos nas partes que eu menos queria que ele visse.
– Cara, você precisa mesmo pegar um pouco de sol. – Comentou ele com divertimento. Octávio se referia, é claro, as minhas marcas de bronzeado evidentes. Ele apontava para meu pau branco como leite.
Quando atrás de mim, eu só consegui fechar os olhos. Aquilo era demais. Eu não conseguia ver meu amigo mais, mas sabia que ele estava olhando para minha bunda. Ela era grande e redondinha como nas mulheres e eu tinha tanta vergonha por ele estar analisando tais atributos meus tão pouco masculinos que quis desaparecer da face da terra naquele instante.
– Uau Daniel, que inveja! – Ele exclamou e antes que pudesse falar qualquer coisa, senti a intensa dor na nádega direita seguida pelo barulho que ecoou pela floresta. Eu dei um gemido acidental bem mais fino do que gostaria. Que vergonha… Ele tinha me dado um tapa? Me perguntei em seguida – Você não tem nem um pelo aqui atrás. Que bunda lisinha linda. – Comentou ele em seguida. Aquilo era além de humilhante. Eu me senti totalmente feminilizado por sua observação que apenas constatava a realidade e por saber, devido a ardência, que meu amigo com sucesso tinha deixado a marca de seus cinco dedos na minha bunda branca.
– Octávio, para! – Supliquei. – Alguém pode ouvir isso. – Justifiquei mentindo minha preocupação. Em uma área tão remota da trilha que, pelo menos, sabia que não seria flagrado assim por mais ninguém. Eu só não queria apanhar mais. A mão dele era pesada demais, fora a vergonha de ser tão diminuído por outro cara daquele jeito.
Todavia, Octávio me olhou nos olhos, inclinando seu corpo mas em pé e parado ali atrás de mim. A forma como ele me vislumbrava de cima para baixo lançou um calafrio em minha espinha.
– Eu não ligo para o barulho Daniel. – Disse ele com calma e frieza. – Além disso, quero que você fique bem marcado aqui, para lembrar a semana toda até a dor e a vermelhidão sumirem desse momento, de que eu é que mando aqui. – Sibilou Octávio lentamente. Ele não mais tinha um sorriso no rosto e aquilo me assustava como nunca antes. Não! Minha cabeça negava. Ele não podia estar falando sério. Por favor!
O segundo tapa logo se seguiu, bem mais forte, barulhento e doloroso que o primeiro e, dessa vez, na bochecha esquerda da minha bunda. Eu gemi com um sonoro “Ah!” involuntariamente. Eu tinha que parar de fazer aqueles barulhos embaraçosos na frente dele. Quando pego de surpresa, minha voz falhava, me fazendo parecer uma menina. Eu tentei ao máximo aguentar o terceiro golpe, tão intenso quanto o segundo, fechando minha boca, e cerrando os dentes.
– Não quer mais gemer pra mim, é? – Ouvi Octávio perguntar em um tom sério. Ele estava certo. Eu precisava preservar o que me restava de dignidade. Saber que ele estava ouvindo eu urrar como uma cadela não ajudava.
Seu tom era ameaçador e se seguiu pela mais forte pancada que tomei na bunda até então. Eu gritei, dando-lhe o que ele queria. Minha bunda doía muito e meus olhos estavam cheios de lágrimas. Aquilo era demais. Ele era muito mais forte do que eu pensei.
– Chega, por favor! – Supliquei e tomei mais um tapa na minha bunda que ardia tanto que parecia em carne viva.
Eu gemi o mais fino e alto que eu conseguia. Talvez se eu fizesse como Octávio queria, ele pararia de me bater tão forte pelo menos. Eu só não queria mais levar mais chicoteadas de seus fortes braços ali, mas não obtive sucesso. A antecipação era horrivel. Octávio, com sadismo, parava de me bater e não me deixava saber se tinha cessado seus golpes ou se outro pior estava por vir.
Eu me contorcia, gritava e implorava pelo fim daquela tortura que demorou vários minutos. Eu provavelmente tomei mais de 50 golpes, tinha parado de contar depois do vigésimo. Ao fim, Octávio estava ofegante e eu fungava com o nariz, tentando com todas as minhas forças não chorar.
– Estou satisfeito. – Disse ele limpando o suor do rosto com as mãos e me olhando os olhos.
Octávio fez um carinho na minha nádega direita. Apenas o toque ali já doía. Eu não ficaria marcado e dolorido por apenas uma semana, mas provavelmente o mês inteiro.
– Daniel, você está chorando meu bem? – Octávio perguntou-me olhando nos olhos. Sua voz era doce e seu sorriso suave. Eu fiquei surpreso. Ele nunca tinha me chamado assim antes, mas também aliviado. Preferia ele com aquela expressão e tom mais leves do que todo sério e ignorando minhas súplicas.
– Não… – Menti, mas era óbvio. Ele conseguiu me aniquilar totalmente e estava vendo as lágrimas abandonarem meus olhos enquanto eu exibia para todo o bosque todas as partes que queria tanto esconder. Octávio veio então ficar de frente para mim. Ele se agachou e apertou bem de leve minha bochecha. Eu nunca o vi ser tão carinhoso antes.
– Desculpa cara. – Ele disse com pesar. – Eu não queria que você ficasse triste, hoje é o melhor dia da minha vida, afinal. – Falou em sequência, mexendo em meu cabelo. Era bom ter um pouco de sua compaixão. Embora eu estivesse todo dolorido ali atrás, devido a Octávio ter ido longe demais em sua brincadeira, ele era meu melhor amigo no final das contas e sabia que ele tentaria tudo o que pudesse para me tirar dali.
– Tudo bem cara… – Falei tentando engolir o choro. – Agora me tira daqui logo, por favor. – Pedi para ele em seguida. O carinho que ele fazia no meu couro cabeludo era tão gostoso que quase me fazia esquecer do quanto minha bunda quente pulsava. Era difícil deixar de fungar e não deixar minha voz chorosa falhar.
– Tá bom, mas cara, não precisa ficar com tanta vergonha. – Ele comentou. Como não? Me perguntei. Aquilo era o pior que podia me acontecer. Tudo deu tão errado que parecia que o universo conspirara para me humilhar o máximo possível. – Eu sou seu melhor amigo, lembra? Tá tudo bem ficar peladinho na minha frente. – Octávio falou em seguida. Seu sorriso era caloroso e seu tom empático.
Meu amigo se levantou ao meu silêncio. Ele então começou a fazer poses na minha frente, dizendo “Olha.”. Eu desviei o olhar em primeiro momento, mas ele não parava de insistir. Seus músculos peitorais se contraiam fortemente, brilhando com o suor que deixava seus poros. Em um momento, Octávio mostrou o muque que fazia com os braços, parecendo um fisioculturista. Ele tinha realmente o corpo mais bonito que já vi e eu, olhando, sentia meu sangue esquentar.
– Eu tenho um corpo também, viu? Não precisa ter vergonha. – Afirmou ele com divertimento. E era um corpo quente que me fazia suspirar.
Não! minha cabeça gritou para mim quando percebi o sangue abandonar minha cabeça e fluir para minhas partes. Então esse era seu plano escondido naquela empatia toda por minha situação. Octávio queria que eu olhasse para ele e sua performance para ter o gosto da humilhação suprema. Ele estava tentando me deixar duro na sua frente! Se aquilo ocorresse, ele não apenas saberia sobre todo o meu limitado potencial, como também poderia trazer a tona pelo resto de minha vida como eu tive uma ereção olhando para ele.
Octávio percebeu quando arregalei os olhos em um susto por perceber que meu pau estava levemente mais pesado que anteriormente. Ele sorriu. Eu limpei minha mente instantaneamente e foquei todas as minhas forças em parar de olhá-lo como um ser sexual. Eu tive sucesso graças aos céus e a reação fisiológica involuntária constrangedora cessou antes mesmo de poder começar.
– Você é tão tímido Daniel. – Octávio disse me olhando de cima para baixo com um sorriso acolhedor. Ele então colocou os dedos no cós de sua própria bermuda. – Você ficaria mais à vontade se eu tirasse tudo também? – Perguntou.
Sim! Minha mente gritou enquanto eu o olhava. Sua barriga era repleta de gominhos e, abaixo de seu umbigo, um caminho da felicidade ia até o elástico de sua única peça de roupa que escondia o farto volume. Ele não estava ereto, mas ainda assim, era notório como seu membro devia ser longo. Eu queria tanto ver como era que sua pergunta soou para mim como uma luz no fim do túnel. Ademais, ficar tão exposto na frente dele enquanto Octávio estava vestido era tão embaraçoso que me doía na alma. Se ele estivesse pelado comigo, ajudaria muito a tornar tudo menos desconfortável. Nós provavelmente ficaremos dessensibilizados após um tempo, percebendo que a nudez não era nada fora do normal.
– Sério? – Questionei. Eu não podia dar tão na cara que queria ver ele sem roupas, mas meus olhos diziam o contrário. Octávio estava descendo bem lentamente sua bermuda e eu acompanhando com a cabeça. Eu vi o início dos pelos escuros e curtos que levariam a realização de um sonho.
Meu corpo estava quente e meu pau fazia mais peso. Era difícil manter minha mente limpa com uma visão daquelas se aproximando, mas me controlei como nunca antes. Eu ainda estava flácido, mas meu pau apresentava o tamanho normal, sem interferências do vento gelado que eu nem mais sentia.
– Nós somos ambos homens e melhores amigos. – Octávio disse. – Acho que depois disso tudo, é justo que você me veja pelado também, certo? – Ele questionou e eu, involuntariamente, balancei a cabeça em afirmativo. Octávio era tão maravilhoso. Eu não acreditava que ele ia mesmo me presentear daquela forma, mesmo que tivesse todo o poder para apenas me humilhar como quisesse. – A gente pode até passar o resto da tarde assim. Não tem ninguém aqui para nos ver. – Falou meu amigo e interrompeu o que fazia com sua bermuda para me atiçar. Continue! Pedi mentalmente. Ele estava quase lá, seu pau a poucos centímetros de aparecer. Eu não podia acreditar naquilo, Octávio falava mesmo sério? Eu o veria como veio ao mundo também o resto do dia inteiro?
– Bem, você me disse uma vez que se eu te mostrasse meu pau, você me mostraria o seu também. – O lembrei e era verdade. Eu queria muito que ele continuasse.
– É verdade. – Ele disse com um sorriso e colocou as mãos na cintura. Seus olhos oscilavam entre meu rosto vermelho e minha virilha. – Mas antes, me responde: Você quer ver meu pau, Daniel? – Perguntou com um sorriso sarcástico.
Droga! É claro que eu quero! Pensei enquanto ele me encarava, esperando por uma resposta. Acho que não se pode ganhar nada sem ceder. Eu teria de admitir. Era isso o que ele queria. Se esse era o custo de poder saciar minha curiosidade, que assim seja.
– Sim… – Falei bem baixinho e em um tom tímido.
Octávio sorriu e abriu bem os olhos. Ele parecia ter gostado muito de ouvir aquilo.
– Assim não vale, Daniel. Eu quero que você seja bem enfático. – Disse ele fingindo uma expressão séria. – Você me olha o tempo todo. Responda novamente. – Falou Octávio em seguida e eu não pude acreditar no que meus ouvidos captavam. Eu pensava ser tão discreto quando manjava ele, mas meu amigo agora admitiu que tinha bastante noção das encaradas com o canto dos olhos que sempre jogava em direção ao volume na frente de seu short. Aquilo era tão embaraçoso.
Eu peguei ar para dá-lo a confissão que tanto almejava. Octávio não precisava ser tão mal comigo, me fazendo dizer essas coisas naquele estado. Ele já tinha conseguido tanto, o que mais queria de mim?
– Eu quero ver seu pau, Octávio! – Exclamei. Que vergonha.
– Quer muito? – Perguntou e afofou o volume que escondia seu dote. Era um gesto tão sexy que tive de me segurar para não ter uma ereção ali na frente dele.
– Sim, eu quero muito! – Reafirmei. Agora, pensava, já era tarde para voltar atrás. Eu diria aquilo quantas vezes ele quisesse se pudesse finalmente realizar meu desejo.
– Eu sabia. – Octávio falou com um sorriso sacana e sua expressão facial mudou na hora. – É uma pena meu amigo. Pelo que me lembro, eu te disse que deixaria você espiar um pouco se consentidamente você me mostrasse seu pintinho, lembra? Ao que tudo indica, você está nessa situação tão embaraçosa por acidente. – Falou sério e depois me lançou o sorriso mais sádico que já vi em seu rosto. Suas palavras me atingiram com força.
Não! Aquilo não era justo. Eu abri meu coração e admiti tudo o que estava a tempos guardado nele. Agora eu não ganharia nada mesmo? Isso é cruel, muito. Naquele momento, me senti como uma criança que tem o doce tomado de sua boca. A vergonha era tanta. Agora Octávio tinha tanta informação para usar contra mim que, para sempre nossa dinâmica ficaria desproporcional. Eu fui muito idiota de ter achado mesmo que ele, agora que tinha tanto poder sobre mim, iria mesmo abdicar de qualquer coisa para me agradar. Se eu permitisse, seria assim quantas mais vezes ele quisesse. Eu deveria fechar o bico, tentar correr atrás de preservar o que restava de minha dignidade e não cair mais em suas armadilhas.
– Só me tira daqui logo. – Falei enquanto ele ria de minha inocência. Eu tentei parecer indiferente, mas, é claro, falhei devido a vergonha que sentia de ter dito todas aquelas coisas para ele.
– E porque eu deveria? – Ele me questionou com o tom sério. Como? – Você não consegue se mecher, certo? Seria bem engraçado se eu te deixasse aí. – Meu amigo prosseguiu e eu, horrorizado, não conseguia acreditar em suas palavras. – Sabe Daniel, essa área não é tão inóspita assim. Se você ficar assim por muito tempo, pode ter certeza de que alguem vai te achar. – Concluiu.
– Para com isso cara! – Briguei com ele. Aquilo ia muito além de uma brincadeira normal. Octávio sabia muito bem como eu era tímido. Ele não podia estar falando sério em me deixar ser visto pelado daquele jeito por desconhecidos vagando na trilha.
– Imagina qual será a reação deles. Podem ser garotas bonitas fazendo trilhas, famílias à passeio ou até algum tarado que vai curtir bastante o quão indefeso você está – Octávio prosseguiu, ignorando completamente meu tom de voz. – Talvez eles nem te ajudem a descer daí como eu estou tentando, mas chamem os bombeiros ou uma ambulância ou a polícia. – Ele falava com a mão no queixo, imaginando a cena. Eu só conseguia pensar naquele cenário horrível também. – Imagina a comoção que seria cara. Aposto que, quando a novidade chegar à cidade, uma multidão se formaria aqui só para ver “o garoto pelado da árvore”. – Concluiu dando de ombros e com um sorriso malicioso.
Ele estava brincando, pensava. Só podia estar. Ele era meu melhor amigo, não podia fazer algo assim comigo que eu não faria nem ao meu pior inimigo. Todavia, o vi virar as costas e começar a andar para longe de mim.
– Não! – Gritei para ele. – Octávio, por favor! – O chamei, mas ele parecia me ignorar e se distanciar ainda mais. Meus olhos estavam marejados novamente. Se aquilo tudo acontecesse, seria o fim para mim. Eu, que sempre andava por aí com a expressão confiante de quem acha que o mundo lhe pertence, seria visto totalmente pelado e indefeso, talvez até fotografado, por uma multidão de curiosos? Ele tinha razão. Se algo assim ocorresse, todos saberiam e minha vida certamente acabaria. Eu iria querer morrer de tanta vergonha. – Octávio, eu te imploro! Se você é meu amigo, por favor, não me deixa aqui! – Disse com toda a força dos meus pulmões.
Octávio se virou para me ver. Ele tinha um sorriso sádico, como vi várias vezes naquele dia.
– Por favor, Octávio. Eu não aguento mais. Estou com tanto medo… – Disse a ele enquanto tremia. Eu estava patético e esperava que isso o sensibilizasse.
– Ta bom. Não precisa ser tão dramático cara. Eu só estava brincando. – Falou Octávio e voltou para perto de mim. Eu fiquei tão aliviado, embora tão mentalmente e fisicamente exausto de tudo aquilo. Eu só queria que tudo acabasse e, pela forma como meu amigo estendeu os braços em minha direção, parecia que finalmente eu seria livre daquela terrível situação.
Não obstante, eu senti um de seus dedos me tocando. Quando olhei, abri bem meus olhos em descrença. Octávio estava encostando a ponta do dedo indicador em meu pau! Ele não podia fazer aquilo! Pensei. Eu era um homem heterossexual assim como ele. Não era certo que outro cara tivesse a liberdade de brincar assim com minhas partes. Ele brincou com meu penis, mexendo-o com um único dedo para os lados rapidamente. Olhar aquilo fez meu rosto esquentar. Era como se Octávio, sem dizer uma palavra, zombasse de mim em sua demonstração de que, meu penis, quando flácido daquele jeito, tinha exatamente o comprimento de seu indicador.
Eu me mexi muito, tentando, sem sucesso, afastá-lo de continuar com aquilo. Além de tudo, eu tinha medo de que, se Octávio continuasse a me estimular ali, meu pau pudesse ficar duro. Aquilo tudo me deixava muito incrédulo. Meu melhor amigo estava mesmo tocando meu penis sem nenhum pudor.
– Não se preocupe. Eu não vou deixar ninguém além de mim ver essa coisinha sua. – Octávio falou com um sorriso de satisfação que mostrava seus dentes brancos. – A propósito, eu acho tão fofo quando você se debate desse jeito e seu pintinho fica balançando pra mim. – Concluiu e parou de brincar comigo daquela forma. Ele deliberadamente usava diminutivos para me deixar mais envergonhado ainda e com muito sucesso. Eu pensei em dizer algo, mas as palavras entalaram em minha garganta.
Pelo menos, quando fiquei em silêncio, Octávio finalmente começou a me ajudar. Ele levantou os braços e parecia mexer na bermuda presa ao galho da árvore que me aprisionava. Era bom que ele estivesse atrás de mim enquanto fazia isso. Pelo menos, não o tinha olhando para mim de frente naquela situação vergonhosa, embora fosse verdade que ele estava vendo minha bunda se movendo enquanto puxava meus tornozelos para baixo.
Parecia uma tarefa difícil. Nem a árvore e tão pouco minhas roupas cediam. As mãos dele seguravam minha panturrilha. Alguns puxões depois e finalmente minha perna direita estava livre. Aquilo me aliviou, afinal, se era possível libertar um de meus membros inferiores, deveria também estar por vir o fim de tanto tormento. Octávio estava ofegante. Eu olhei para cima e o vi, com a cabeça entre minhas pernas e olhando para meu rosto corado. Aquela era uma posição tão embaraçosa de se estar. No meio do rosto de meu amigo, sabia que ele conseguia claramente visualizar minhas partes íntimas. Eu tentei fechar as pernas, mas Octávio, com uma mão em minha coxa e outra tentando desvencilhar meu tornozelo do galho, me repreendeu e disse para eu ficar como estava.
Eu me perguntei como ficar de pernas abertas, de alguma forma, me ajudaria a sair daquela situação, mas não reclamei ou o desobedeci. Eu deveria estar grato por conseguir ver minha liberdade no horizonte. Octávio não precisava ficar olhando para baixo para me ver em uma situação tão decadente, tão pouco, pensava, ele tinha de me agarrar tão forte enquanto tentava me ajudar. Aquilo era horrível. Seus olhos se fixavam ora em meu penis e bolas e ora em meu rosto. Ele sorria para mim e, as vezes, seus dedos desciam de mais e ele se segurava em minha bunda.
Quando ele me tocava daquela forma, sentia um arrepio percorrer meu corpo e tentava, imediatamente, não prestar atenção na sensação. Meu amigo estava suado como eu e tanto esforço, fazia com que seu corpo ardente se esfregasse em mim muito. Eu sentia seu peito em minhas nádegas e parte de trás de minhas pernas, sua barriga esfregava-se em minhas costas e sua virilha coberta pelos shorts finos roçava na minha nuca.
Droga! Falei mentalmente. Pare de pensar besteiras, Daniel! Disse a mim mesmo logo após. E eu tinha mesmo de focar na missão de sair dali o mais rápido possível. Aquilo era demais para eu aguentar, só questão de tempo para que tanto estímulo me fizesse ficar ereto.
Eu suspirei pesadamente quando senti o agarrão de sua mão em minha nádega direita. Eu queria tanto fechar minhas pernas. Caso meu pau ficasse duro, pelo menos não teria Octávio com o rosto tão próximo dele, pronto para ver de perto minha vergonha. Não! Isso não pode acontecer! Pensei desesperado, percebendo que meu membro já meia bomba começava a reagir contra a minha vontade. Se eu ficasse de pau duro enquanto Octávio se esfregava em mim, ele pensaria toda a sorte de coisas ao meu respeito, eu imaginava, mas também estava muito sensibilizado ao toque de seus dedos cada vez mais escondidos na fenda entre meus músculos glúteos.
Antes que eu pudesse tentar me desvencilhar de seu toque, senti a ponta de um dos dedos de meu amigo ali. Não! Não me toque aí! Minha cabeça gritou enquanto o arrepio correu da prega em que sua unha roçava até a cabeça do meu pau. Eu estava perdido, sabia disso e levantai a cabeça para ver Octávio com um sorriso, observando atentamente meu pau se movendo. Nós dois assistimos em silêncio a mais completa e pujante ereção que já tive se formar, ele, surpreso e animado e eu, aterrorizado e ainda sentindo os movimentos circulares de sua digital em minha entradinha.
Ele viu… Pensei com pesar. Octávio está me vendo de pau duro!
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