Achei que o lugar seria como uma boate, mas me enganei totalmente. Chegamos a um local com muros altos e um portão enorme na frente. Hugo chamou no interfone e se identificou. O portão se abriu e nós adentramos.
Vi vários carros de luxo estacionados. No centro do local, havia uma grande mansão. Descemos do carro e seguimos até a porta principal, onde fomos recebidos por dois homens muito bem vestidos. Hugo se identificou novamente e um dos homens lhe entregou duas pulseiras roxas. Hugo colocou uma no meu braço e a outra no dele.
Entramos em uma espécie de sala. Ali, algumas pessoas estavam sentadas, conversando amigavelmente. Reconheci duas delas: um advogado cujo nome eu não sabia, mas já tinha visto algumas vezes no tribunal, e uma mulher que era promotora de justiça. Ela também me reconheceu. Veio até mim, me cumprimentou com um abraço e um beijo no rosto, deu-me as boas-vindas e eu agradeci. Depois, cumprimentei Hugo. Ao chamá-lo pelo nome e perguntar por Gabi, percebi que eram conhecidos, talvez até amigos. Hugo explicou a ela que naquela noite só veio apresentar o lugar a uma amiga e que Gabi estava bem acompanhada em outro local. Ela sorriu e logo se retirou.
Hugo me levou mais à frente e entramos em um novo cômodo, onde havia várias mesas e algumas pessoas bebendo. Nos sentamos em uma das mesas, e logo um garçom veio até nós. Escolhemos nossas bebidas.
Hugo começou a me explicar como funcionava aquele local e o significado da cor de cada pulseira usada pelas pessoas ali. Ele disse que eu só estava ali porque ele era frequentador do lugar há muito tempo e garantiu que era raro pessoas fora do meio liberal e do ciclo de amizades deles terem acesso ao local.
Eu prestava atenção em tudo que o Hugo me explicava.
Assim que terminamos de beber, ele me convidou para conhecer o local. Subimos uma escada e seguimos por um corredor. Hugo disse que os quartos com as portas entreabertas ou abertas podíamos olhar, nos outros não. Ele disse que, caso eu visse algo que gostasse, poderia participar se fosse convidada, mas sem convite, era apenas para olhar. Ele me disse que, porém, não poderia participar mesmo com convite, porque naquela noite não podia ter relações com ninguém a não ser comigo; isso não era uma regra do lugar, mas sim dele e da Gabi.
Eu abri um sorriso por causa da sua última informação.
O corredor era enorme; a maioria dos quartos estava com as portas fechadas, mas logo nos aproximamos de um com a porta totalmente aberta. Vi um homem amarrado na cama com duas mulheres. Pelo que percebi, a mais velha era a esposa, pois ela comandava todas as ações. Ficamos ali uns dez minutos e saímos. Entramos em todos os quartos com as portas abertas ou ligeiramente encostadas. Vi vários casais transando e algumas orgias bem interessantes, além de outras que nem tanto. Uma me chamou muito a atenção: duas lindas mulheres com uma trans tão bela quanto elas; foi algo muito excitante de se ver. Recebi alguns convites discretos, e Hugo também, mas rejeitamos da forma mais educada possível.
Hugo me explicava tudo sobre cada situação, os gostos de cada pessoa pelo tipo de sexo ou situação que estavam. Quando chegamos ao fim do corredor, havia um casal muito bonito trocando carícias na cama; pareciam muito apaixonados pelo jeito que se acariciavam. Assim que a mulher nos viu, abriu um sorriso lindo, avisou ao homem da nossa presença, e ele nos olhou e sorriu também. Ela se posicionou na cama, com os olhos fixos em nossa direção, enquanto o homem se posicionou atrás dela e começaram a transar, sem tirar os olhos de nós. O jeito que a mulher me olhava foi me excitando ainda mais; eu realmente estava gostando muito daquilo.
Olhei para Hugo ao meu lado, e ele nem piscava, olhando para o casal; realmente, eles prenderam nossa atenção. Eu já estava com muito tesão. Fui até o ouvido de Hugo e perguntei se poderíamos transar ali, se quiséssemos. Ele saiu em direção ao casal, caminhando devagar, acho que estava avaliando se eles iriam aprovar ou não sua aproximação. Mas eles não reagiram em discordância. Hugo falou algo a eles que eu não ouvi. Logo, ele voltou e me disse que podíamos, mas não com eles. Eu disse que não queria transar com eles, mas com ele, se ele quisesse, claro. Ele apenas sorriu, se aproximou de mim e me beijou. Ele se afastou, interrompendo o beijo, e disse que, infelizmente, tínhamos que ser rápidos. Eu só disse que tudo bem.
Ele se ajoelhou na minha frente, levantou meu vestido e tirou minha pequena calcinha. Logo senti sua língua me chupando. Ele não ficou ali muito tempo; assim que se levantou, levou a mão ao bolso da frente da calça e tirou uma camisinha. Eu já fui abrindo sua calça, tirei seu pau, já duro como pedra, para fora, e ele a colocou. Ele pegou minha perna esquerda na altura do joelho e puxou até sua cintura, me beijou, senti a cabeça do seu pau entre minhas pernas, e ele me penetrou fundo, começando a se movimentar.
Nossa, estava muito gostoso!
Quando ele parou o beijo, pedi para ele segurar minha outra perna. Ele entendeu o que eu queria, abaixou um pouco o corpo e arrastou minha outra perna, pegando na minha coxa. Me segurou forte com as duas mãos perto da minha bunda. Eu entrelacei as pernas na sua cintura, passei os braços por cima dos seus ombros e segurei minhas mãos atrás da sua nuca. Encostei as costas na parede, e ele começou a me foder forte com aquele pau gostoso. Eu gemia baixo, mas minha vontade era gritar de tanto tesão. Não demorou muito e logo eu estava gozando gostoso no seu pau.
Mesmo entre gemidos, pedi para ele não gozar. Depois de me recuperar um pouco do meu orgasmo, pedi para ele me soltar.
Mesmo com as pernas meio bambas, consegui virar o corpo, apoiar minhas mãos na parede e empinar a bunda. Hugo ainda lembrava de nossas transas do passado, porque não precisou de nenhuma palavra minha depois que fiz aquilo. Ele levantou meu vestido novamente e senti sua língua no meio das minhas nádegas, chupando meu cuzinho. Logo que ele deixou bem melado, se levantou, encaixou a cabeça do seu pau e foi me penetrando. Eu rebolava e gemia naquele pau gostoso. Ele começou a se movimentar, segurando minha cintura com uma das mãos e meus cabelos com a outra. Às vezes, dava uns tapas no meu bumbum e me xingava de safada, putinha, cachorra, mas eu já nem estava ouvindo direito de tanto tesão que eu estava. Coloquei uma das minhas mãos na minha buceta e me masturbei com força. Logo senti seu kct ficando quieto dentro do meu rabo, depois de uma socada forte. Eu sentia ele pulsando dentro de mim; ele estava gozando e eu gozei junto.
Nos recuperamos e nos recompomos.
Olhei para o casal e eles estavam sentados na cama, nos olhando. A mulher batia palmas e o homem estava com um belo sorriso no rosto. Eu até tinha me esquecido deles.
Chamei Hugo para sair e ele concordou.
Fez um aceno com as mãos para o casal e eu dei um tchau com a mão. Eles retribuíram e nos viramos para sair. Só então me toquei de que a porta estava aberta. Falei com Hugo, e ele disse que não fechou porque eu não dei tempo a ele e deu uma risada. Eu dei um tapa no seu ombro e saímos sorrindo dali.
Descemos as escadas e seguimos até o local onde havia alguns banheiros. Cada um de nós entrou em um.
Fiz o que tinha que fazer e saí. Hugo já me esperava. Seguimos de novo para o local das mesas e ali ficamos. Conversamos entre nós e também recebemos visitas rápidas de outras pessoas que Hugo conhecia; fui apresentada a todas.
Reconheci mais algumas pessoas que estavam no local, mas ninguém do meu ciclo social ou de amizades.
Mas uma pessoa em especial me chamou a atenção.
Ricardo era o dono do local. Ele veio até nossa mesa e o Hugo me apresentou. Deveria ter uns 45 anos, era muito bonito, educado e tinha um charme difícil de resistir. Ele ficou muito tempo conversando conosco; ele e Hugo me deram uma aula sobre o mundo liberal. Prestei muita atenção no assunto, mas prestei ainda mais em Ricardo. Que homem bonito, simpático, educado! Realmente me pareceu ser tudo de bom. Percebi que ele também prestou bastante atenção em mim; vi seus olhares discretos na minha direção, mas em nenhum momento ele me cantou ou encarou de forma desrespeitosa.
Achei que ele era casado, mas na verdade era viúvo. Perdeu sua esposa há 5 anos em uma tentativa de assalto que deu errado, e ela acabou sendo morta. Dava para ver que ele ainda sentia muito a falta dela; eu sentia tristeza na sua voz quando falava dela. Eles eram um casal liberal e conheceram aquele mundo juntos. Ele disse que, depois da morte dela, não tinha encontrado ainda uma parceira para sua vida, mas que ainda tinha esperança de achar alguém especial.
Ficamos conversando mais um bom tempo, mas Hugo me alertou sobre o horário. Nem vi a hora passar, e tínhamos que ir. Nos despedimos de Ricardo e saímos.
Durante o caminho, perguntei a Hugo mais sobre Ricardo. Ele disse que era um empresário bem-sucedido da área têxtil, muito gente boa, que o conhecia há muito tempo. Depois que a esposa morreu, ele sofreu muito, mas foi se recuperando aos poucos. Hoje, sai às vezes com algumas mulheres casadas do ciclo deles, e até Gabi já saiu com ele uma vez. Mas ele não teve mais nenhum tipo de relacionamento sério depois da morte da esposa.
Seguimos conversando e logo estávamos na porta da casa dele. Não demorou e Gabi chegou. Conversamos um pouco, e Hugo contou onde tinha me levado. Gabi perguntou se eu tinha gostado, e eu disse que amei, mas que aquele mundo não era para mim; era realmente muito excitante de ver.
Nos despedimos e eu segui para minha casa.
Andressa disse que Gabi quase a matou, que a loira era insaciável, mas que amou a noite que passou com ela, que o sexo foi ótimo e a companhia melhor ainda. Que conheceu um pouco mais da Gabi e desse mundo liberal que ela vive, mas que com certeza não era para ela. Eu disse que pensava igual.
Chegamos em casa, tomei um bom banho e me deitei para tentar dormir um pouco. Lembrei da noite que tive e realmente foi muito interessante, mas infelizmente lembrei de tudo que me aconteceu nos últimos dias. Mais uma vez, uma tristeza misturada com uma raiva enorme tomou conta de mim; só consegui dormir porque estava a noite toda em claro.
Acordei tarde no domingo. Meu pai me ligou depois do almoço e pediu para eu ir à casa dele. Quando cheguei lá, vi que tinha outras pessoas. Eram os 4 diretores e o tesoureiro da empresa que estavam ali com ele. Cumprimentei um por um e todos foram muito simpáticos comigo. Meu pai disse que já tinha adiantado o assunto para eles, mas que seria bom eu explicar os detalhes.
Expliquei tudo que tinha acontecido, omiti detalhes desnecessários e depois expliquei o que eu queria fazer. Disse a eles que já tinha conversado com meu pai e ele concordou, mas eu precisava do apoio deles da mesma forma que sempre apoiaram meu pai. Expliquei todos os motivos das minhas decisões, disse que queria esse apoio durante seis meses e que, se estivesse errada sobre minha decisão, estava aberta a qualquer sugestão deles após os seis meses. Disse que não era só do apoio deles que precisava, mas que precisava da ajuda deles também para que isso desse certo.
Graças a Deus, todos concordaram em me dar um voto de confiança. Saí dali muito feliz e disse que na segunda eu estaria na empresa às 8h em ponto para resolvermos tudo.
Voltei para minha casa e passei o resto do dia grudada na minha filha. Contei da reunião na casa do meu pai, e ela disse que estava torcendo para tudo dar certo. Contei sobre minha visita à tal mansão e ela disse que, pelo que eu falei, eu tinha me interessado muito no Ricardo. Eu disse a ela que ele realmente era um homem muito interessante, mas meu foco no momento era outro.
Dani falou que estava muito triste porque, apesar de tudo, esperava pelo menos uma ligação do Alexandre para ela dando os parabéns, mas que nem isso ele fez. Eu disse a ela que, infelizmente, parecia que alguém tinha feito uma lavagem cerebral nele e que o homem que a gente conhecia tinha sumido.
Tive uma noite mais tranquila. Acordei bem animada; eu iria ter um dia cheio e com uma decisão muito importante.
Tomei meu café com minha filha e conversei um pouco com Dona Ana. Saímos e deixei minha filha no colégio, seguindo direto para o apartamento da Fernanda. A infeliz ainda estava dormindo (kkk), mas ouviu minhas batidas na porta e veio me atender com uma cara toda amarrotada. Perguntou o que eu estava fazendo ali, e eu disse que iria a uma reunião na empresa e precisava dela comigo. Falei para ela tomar um café e se arrumar, porque às oito em ponto tínhamos que estar lá.
Ela correu para o banheiro e eu fui para a cozinha tentar adiantar um café para ela. Os anos que morei sozinha com Gabi foram bem úteis; graças a eles, consegui fazer um café meia-boca. Peguei leite na geladeira, um pacote de bolacha que achei no armário e já deixei sobre a mesa. Logo, Fernanda apareceu toda arrumada, se sentou e encheu um copo de leite com café para beber.
Achei melhor abrir o jogo para ela não ser pega de surpresa. Disse a ela que eu iria colocá-la à frente da empresa no lugar do Alexandre. Cometi um grande erro! O resultado do que eu disse foi desastroso. Eu vi várias gotas de café com leite voar da sua boca e cair sobre a mesa e na minha camisa branca.
Quando olhei para ela, a cara de espanto logo sumiu; ela ficou toda vermelha e começou a se desculpar. Eu disse que estava tudo bem, perguntei se ela tinha me entendido e se eu podia continuar. Ela só balançou a cabeça em sinal de afirmação.
Eu disse que achava que ela era a melhor opção que eu tinha no momento, que os diretores iriam ajudar, que meu pai concordou com minha decisão, que ela não seria efetivada como presidente, mas que eu iria fazer um contrato de seis meses e colocá-la como uma diretora, mas que ela iria, na verdade, exercer a mesma função que o Alexandre exercia. Se no fim do contrato ela ainda estivesse no cargo e se saísse bem, eu a efetivaria.
Ela abaixou a cabeça e depois disse que achava que não iria dar conta. Eu disse que ela teria ajuda, que sempre buscou uma oportunidade e que eu estava dando uma enorme a ela, que, no lugar dela, agarraria com unhas e dentes. Ela pensou por um tempo e disse que tudo bem, aceitava o desafio, mas com uma condição. Eu perguntei qual. Ela disse que era para eu ir todo sábado na empresa para ela me ensinar como as coisas funcionavam lá, que queria que eu sempre estivesse a par das coisas, que eu era inteligente e não ia ser difícil aprender.
Aquilo me pegou de surpresa. Eu realmente não gostava de ficar olhando gráficos e planilhas, mas, por outro lado, isso seria bom para mim, porque eu não gostava, mas a empresa era minha. Ter pelo menos um conhecimento básico era quase uma obrigação. Falei para ela que aceitava sua condição. Ela terminou o café, me emprestou uma camisa social dela e seguimos para a empresa.
Quando entramos na sala de reunião, ela estava bem tímida. Pedi para ela se sentar na cadeira ao meu lado; eu nem sabia direito o que iria falar, e graças a Deus um dos diretores tomou a frente. Ele disse a ela que podia contar com ele para o que precisasse, que se meu pai confiava que ela tinha capacidade, ele também iria confiar. Aos poucos, todos os diretores fizeram basicamente o mesmo discurso, e ela já estava mais confiante. Ela agradeceu a eles e fez um pequeno discurso. No fim, eu só fiz agradecer aos diretores e a gente foi para a sala que era do Alexandre.
Ela perguntou se realmente iria ficar ali. Eu disse que sim, que logo Gabi iria procurar ela com o contrato e que podia ficar tranquila, que Alexandre não iria mais entrar naquela sala.
Ela veio até mim e me deu um abraço, falou que iria fazer de tudo para dar certo, que esperava me fazer sentir muito orgulhosa da minha decisão, que daria o sangue dela ali para que tudo desse certo. Eu disse a ela que estava contando com isso e iria torcer muito pelo sucesso dela.
Falei com ela que precisava ir, porque ainda tinha que passar no banco e resolver o problema na conta da empresa, e que depois passaria tudo para ela. Falei para ela já se preparar para arrumar a bagunça que Alexandre fez, que esse era o objetivo principal. Ela falou que eu podia ficar tranquila, que ela iria resolver tudo o mais rápido possível.
Saí dali direto para o banco. Eu estava rezando para ter tomado a decisão certa, porque não queria mais dor de cabeça para minha vida. Precisava voltar à ativa no meu escritório e parar de me preocupar com a empresa.
Antes de chegar no banco, liguei para Gabi e avisei que precisava que ela preparasse um contrato para mim e meus papéis de divórcio, que eram os dois urgentes e eu precisava de foco total dela nisso, se tinha como ela fazer. Ela disse que sim e que estava me esperando para eu explicar tudo. Eu falei que iria ao banco e depois iria direto para a sala dela.
Fiquei quase duas horas no banco. O gerente foi muito gente boa comigo, mas mesmo assim demorou. Mas no fim, eu estava em poder da nova senha; o cartão foi bloqueado, a conta foi bloqueada por 3 dias, só teria acesso depois com a senha nova. Em 5 dias, eu teria um novo cartão de crédito. Pelo menos me serviram um café e uns biscoitos enquanto tudo era resolvido.
Dali, fui para o escritório e direto para a sala da Gabi. Expliquei para ela como eu queria o contrato, ou melhor, ela me explicou como eu deveria fazer o contrato. Segui suas orientações e passei o valor da multa e do salário. Achei justo o salário ser igual ao dos outros diretores. Depois, fui falar dos papéis do divórcio. Gabi falou que esses seriam um pouco mais demorados. Eu disse que só queria que fosse o mais rápido possível e ela disse que iria fazer isso.
Depois, ela me perguntou se eu confiava tanto assim na Fernanda. Eu disse que nem foi tanto por confiar, mas que era a melhor solução que encontrei. E quando falei com meu pai, ele quis falar com ela antes de dar a opinião dele. Depois que falou com ela, ele disse que ela tinha conhecimento e capacidade para tocar os negócios, mas que iria precisar de ajuda no início e isso ele conseguiria. Ele também falou que conhecer ela há pouco tempo não era um problema, já que eu e ele conhecíamos Alexandre há anos e ele traiu nós dois, então não tinha como ter certeza de nada. Mas se eu quisesse arriscar, ele iria se arriscar junto comigo.
Ela perguntou se não era mais fácil colocar um dos diretores. Eu disse que, se eu fizesse isso, teria que fazer várias mudanças. Teria que achar alguém para a vaga de diretor, provavelmente alguém abaixo dele, e assim por diante. No fim, seria muito mais complicado, então resolvi fazer uma mudança só é rezar para dar certo.
Conversamos mais um pouco. Ela disse que levaria o contrato para Fernanda. Agradeci e saí dali. Eu nem fui na minha sala, só falei para minha secretária ir para casa e fui também.
Descansei o resto do dia. Falei com Marcela e não tinha nada de novo. Na terça, fiquei em casa na parte da manhã. Eu estava esperando Alexandre voltar na quarta ou na quinta, mas se ele visse a conta da empresa bloqueada sem motivos, talvez ele viesse antes. Só os diretores e o tesoureiro sabiam da mudança na empresa; me prometeram sigilo, mas eu tinha medo de, mesmo assim, a notícia vazar e chegar até Alexandre. Eu só podia contar com a descrição deles e esperar; não tinha mais o que fazer.
Fernanda me ligou e disse que Alexandre tinha acabado de ligar para ela, mas ela fingiu que não viu. Ele insistiu mais duas vezes e depois desistiu. Eu disse a ela que fez certo e para continuar fazendo assim se ele ligasse novamente.
As coisas estavam correndo conforme o planejado até Marcela me ligar e avisar que Alexandre estava a caminho do aeroporto. Falei para ela não o perder de vista e me avisar se ele embarcasse. Ela falou que eu podia ficar tranquila, que me avisaria sim. Liguei para Hugo e avisei, pedindo que ele deixasse o amigo dele da PF do Rio em alerta. Liguei para meu amigo juiz; ele não me atendeu, e bateu uma preocupação, mas depois de dez minutos, ele me retornou. Expliquei para ele o que estava acontecendo, e ele disse que estava no escritório. Qualquer coisa, era só Hugo passar lá e pegar os mandatos. Eu agradeci e desliguei.
Marcela ligou de novo. Ela disse que Alexandre estava indo para o portão de embarque. Eu a agradeci e disse que logo retornaria para ela.
Assim que desliguei, já liguei para Hugo e o avisei. Agora era só esperar Alexandre chegar e Hugo agir.
Continua…