O tempo, ah, o tempo e suas artimanhas.
Amigos desde a infância naquele bairro e classe média em que cresceram sendo vizinhos, Albertinho e Irenita se casariam em menos de uma hora naquela mansão de eventos chique e bem decorada, graças aos cuidados dirigentes de Mariana, mãe de Albertinho - e graças também à grana de Nepomuceno, pai do rapaz.
Mariana se dedicara tanto a cuidar de todos os detalhes porque via naquela união improvável uma tábua de salvação para seu filho. Apesar dos dois jovens não serem compatíveis em nada, sendo Irenita uma loirinha meio sem graça mas espevitada e Albertinho um rapaz calado e estudioso, ela precisava o quanto antes casar o filho e a oportunidade junto à filha do vizinho fora a única que se apresentara até ali.
Enquanto provava cada prato que seria servido no buffet após a cerimônia para comprovar que estava tudo à altura do que encomendara, Mariana ainda pensava naquele período, há uns três anos atrás, quando depois de uma discussão com o marido ela disse que desejava dar um tempo e viajou para o exterior para ver Albertinho, que andava estudando por lá.
Nem bem ela chegou, quase se arrependeu. Além de sentir falta da companhia de Nepomuceno, à qual se acostumara em mais de vinte e cinco anos de casamento, a quitinete de Albertinho era um pardieiro. Também, o que ela esperava? Seu filho era um jovem solteiro, morava sozinho no exterior, nunca fora acostumado às tarefas domésticas e vivia de uma bolsa de estudos.
Mas tudo bem, Mariana era determinada como o diabo e encarou a situação. Ela estava entediada com a vida junto a Nepô e não pretendia dar o braço a torcer, assim que logo nos primeiros dias pôs ordem naquela bagunça, limpou, arrumou e faxinou tudo, organizou as coisas do filho e as suas para uma estada mais prolongada e até abasteceu a geladeira, na qual encontrou somente com um potinho de orégano dentro - o qual, a julgar pelo cheiro, devia estar estragado, pois fedia à maconha.
Bem, Mariana passou a acreditar que devia mesmo ter ido até lá ver Albertinho, pois nos últimos tempos morando sozinho o filho mudara bastante. Quando ela chegou ele se via alegre e feliz. Havia algo em seu olhar, uma certa vivacidade que a mãe nunca percebera antes, ela até podia jurar que o rapaz estava resplandescente, como se fizesse sexo selvagem e desmedido todos os dias.
Contudo, ao largo de sua estada, à medida que o tempo passava e os dois seguiam compartilhando aquele minúsculo espaço da quitinete, ela foi observando como Albertinho se transformava e, progressivamente, voltava a ser aquele jovem tímido, cordial, bem-educado e estudioso que sempre fora. Definitivamente, aquele oscilar de personalidade que Mariana observara em seu filho não era comum, ali havia alguma coisa e ela deveria, pelo bem dele, descobrir o que era!
O que Mariana não sabia era que, enquanto vislumbrava que algo sinistro ocorria na mente de Albertinho, a milhas dali, do outro lado do oceano, Nepomuceno também vivia seu próprio momento de transformação. Depois de passar por dias sombrios após a partida da esposa, ele finalmente estava superando suas decepções.
A grande responsável por isso? Irenita, a filha do vizinho, justamente a garota que, em menos de uma hora, se casaria com seu filho.
Sentado numa incômoda cadeira de armar, esperando pela cerimônia chique pela qual estava pagando, Nepomuceno já repassara em sua mente todo o ciclo transcorrido desde que a garota o visitou pela primeira vez para alertar que Mariana na verdade o havia abandonado porque tinha um amante ricaço até aquela tarde quando, finalmente cedendo à tentação, ele terminou tomando leite diretamente da vizinha, ao lado do bebê que ela sempre trazia consigo.
O fato é que aquela mamada nas tetas inchadas de Irenita foi transformadora.
Na manhã seguinte, Nepô nem perdeu mais tempo, saiu de sua toca e torrou uma grana dando entrada num carro esporte conversível importado, pois agora ele estava convencido de que merecia. Passou numa loja, comprou sapatos finos e roupas elegantes de corte italiano, nada muito moderninho, tudo estilo clássico, só porque o merecia.
Foi ao num barbeiro descolado do shopping, jogou sinuca tomando scotch on the rocks e deu um trato completo: barba, cabelo, shampoo, máscara facial e o tudo que mais havia, afinal, ele merecia. Fez tudo isso com parte da poupança que teria que dividir com sua futura ex-esposa, mas ela que se danasse, Mariana havia dado por trás para um amante ricaço e a rua toda era testemunha - e, além do mais, ele merecia.
Naquela noite, caprichou no Bulgari que as vendedoras da perfumaria juraram deixá-las com a calcinha ensopada porque tinha cheiro de “homem macho” e foi para a balada do momento, segundo nove das dez influencers mais visualizadas que ele recém descobrira num aplicativo de redes sociais para jovens - a décima influencer só não recomendava aquele lugar porque era zen e não frequentava a noite.
Determinado a gastar como nunca, Nepomuceno chegou lá já pagando garrafa de espumante para quem sentasse na mesa e ficando amigo do cara que vendia todo tipo de comprimidos. Terminou num camarote privado com outros dois coroas abastados e seis garotas mais novas que seu seu filho, todas lindas como se fossem modelos internacionais.
Já entrada a noite, em seu apogeu, Nepô tinha uma loira cavalgando sobre ele sentado num sofá com as mãos nos longos cabelos cacheados e gemendo alto, enquanto dedilhava o sexo de uma ruivinha que estava de quatro a seu lado mamando no trem de um dos outros coroas e beijava as intimidades de uma morena peitudinha que cheirava a morangos devido ao gel que ele gentilmente se oferecera a passar nas acompanhantes.
E pensar que Nepô até então acreditava que aquele tipo de comprimido era só para quem tinha disfunção erétil, como recomendam os médicos… Não, aquele remedinho azul era uma máquina de ficar duro, seu membro assumiu uma ereção que não baixaria nem se o rei da inglaterra aparecesse pelado dançando funk na sua frente.
Assanhado e perdido entre as luzes inebriantes da boate, já meio alto por conta do espumante e tendo palpitações por conta do comprimido, Nepô meteu como nunca, ele não podia afirmar com certeza porque a suruba que se armou no camarote era confusa, mas acreditava ter comido pelo menos duas vezes cada uma das modelos no tal camarote.
Já nos fundos da mansão de eventos, num quartinho destinado a que os noivos aguardassem a cerimônia, Albertinho suava frio - e não era por conta dos laços matrimoniais que estava prestes a assumir. Mais bem, o rapaz se recordava de como tudo ia bem no exterior quando já estava totalmente adaptado.
Depois das trágicas experiências sexuais do início juventude e de sua primeira vez com uma mulher que, aliás, foi quando deu só duas bombadinhas, gozou dentro e terminou engravidando Irenita, a filha do vizinho, ele por fim encontrara seu eixo morando lá fora e se acostumara a comer uma garota ao dia dentre as muitas opções que a vida universitária internacional lhe apresentava, sempre variando na cama fosse em posições ou acompanhantes.
Mas isso durou somente até a chegada de sua mãe, Mariana, que decidiu sem mais nem menos passar um tempo junto a ele e apareceu por lá mexendo em tudo: sua rotina, sua casa e sua vida.
Após umas semanas, desesperado, o rapaz tentou retomar sua atividade sexual intensa usando o alojamento estudantil, arrebanhando muitas das jovens de diferentes origens com quem já havia estado, mas uma tendência espantosa se desenhou a partir dali: broxada!
Sim, ele já não conseguia mais o mesmo desempenho de antes, mesmo quando tomou um remedinho para aumentar a potência, Albertinho se enganou com o tempo necessário para sentir os efeitos e terminou voltando para a quitinete junto a sua mãe, todo cabisbaixo.
Porque tudo aquilo estava acontecendo com ele? Porque, desde que Marina chegou, ele já não era mais o mesmo? Bem, a resposta apareceu justo quando ele chegou à quitinete.
Ao entrar, o rapaz encontrou o ambiente vazio e de cortinas abaixadas, só uma penumbra dominava o ambiente e um barulhinho de água correndo preenchia o ar. Vendo que a porta do banheiro estava entreaberta, Albertinho se aproximou para fechá-la, imaginando que sua mãe estava no banho e fora descuidada, ao pensar que ele não voltaria tão cedo.
Foi algo totalmente sem intenção, mas, ao ir fechar a porta, através do espelho na parede, Albertinho terminou vislumbrando em meio ao vapor o corpo nú de sua mãe. Ok, ela era uns vinte e poucos anos mais velha que ele e já andava pelos quarenta e cinco, mas era uma mulher que se cuidava, que frequentava academia e fazia tratamentos diversos com cremes, então, mesmo sendo mais experiente e ainda que fosse sua mãe, era atraente.
O sabão escorria misturado à água cálida desde os seios de mamilos empinados e grandes pelo ventre moreno de Mariana, o qual apresentava diversos tons de dourado pela luz que ingressava através da pequena janela ao fundo da ducha, as bolhinhas de sabão reluziam e faziam salpicos graciosos ao estourar, ou mesmo desciam por aquele corpo lentamente, deslizando aqui e acolá, nunca em linha reta.
Estático ante a fresta da porta, Albertinho nem percebera o tempo passar e apreciava boquiaberto a beleza do corpo de Mariana. É bem certo que era uma bela visão, mas ainda assim isso não seria uma desculpa para que ele começasse a sentir uma ereção vendo a própria mãe nua. Só então ele se lembrou de que havia tomado o tal comprimido que, pelo visto, começava enfim a fazer efeito.
Como na vida nada é tão ruim que não possa piorar um pouquinho, Mariana, sem perceber que era observada e totalmente absorta em seus pensamentos, desceu uma das mãos até entre suas pernas e começou a apertar o bico de um dos seios com a outra. Em questão de poucos minutos, ela se esfregava com as pernas entreabertas e inseria ali um par de dedos, puxava o seio pela pontinha do bico e gemia sesualmente mordendo o lábio inferior, masturbando-se livremente encostada na parede do chuveiro.
Aflito e extasiado ao mesmo tempo, Albertinho sentia o enorme conflito interno de ver-se atraído pelo corpo da própria mãe. Alheio ao que lhe atingia a mente, seu membro já estava tão duro que começava a doer, baixo o efeito do azulzinho. Era inevitável que, nestas condições, ao ver Mariana se masturbando no chuveiro com as pernas abertas, o filho, mesmo sem dar-se conta, abrisse as calças e começasse também a buscar alívio ao clamor de seu corpo.
E agora passamos a Irenita. Lá no quartinho elegante aos fundos da mansão destinado à espera das noivas, olhando-se no espelho, ajustando o decote exagerado de seu vestido branco coberto de imitações de pérolas e retocando pela milésima vez a maquiagem, enquanto pensava em Nepomuceno.
Mais precisamente, a filha do vizinho se recordava do dia em que voltou a encontrar o “tio” pela primeira vez depois do incidente da mamada em seu peito. Maquiavelicamente, dessa vez a garota não foi procurá-lo para a usual tortura de dar de mamar ao seu bebê na frente do homem abandonado enquanto comentava detalhes picantes da traição que sua esposa havia cometido. Não, dessa vez suas intenções eram bem outras.
Depois de dar uma espiadinha no coiso do vizinho, Irenita passou dias imaginando como seria dar para aquele pobre cachorro abandonado. Ora, se com apenas uma mamadinha no seu peito ele fora capaz de dormir feito uma criança, o que aconteceria se ela desse mais um passinho e batesse umazinha ali? Será que ele choraria feito um órfão?
E se, por acaso, ela administrasse para dar só uma lambidinha no velho? Será que ele seria capaz de vir rastejando aos seus pés, implorando por só mais um pouquinho? Até que ponto ele seria capaz de se humilhar por ela?
Enfim, com essas ideias tortuosas na cabeça, Irenita deixou o bebê dormindo aos cuidados de seu pai, colocou a um lado a solidão da maternidade solteira e disse que iria dar uma passadinha no vizinho para ver como ele estava.
Quando Nepô abriu a porta, ela até se assustou, achando que havia tocado na casa errada. Com seu novo corte de cabelo fashion, a barba bem aparada e vestindo um finíssimo roupão de seda braco, Nepô parecia uns dez anos mais jovem e alguns milhões mais rico.
Ao entrar e sentar-se no tradicional sofazinho onde ela havia dado de mamar para o tio, apreciou o ambiente e pode perceber as mudanças recentes: aquilo agora estava limpo e arrumado, sem as usuais latas de cerveja e caixas de pizza espalhadas, nem as louças de dias atrás empilhadas na pia.
- Tio, estou vendo tudo bem diferente por aqui, inclusive você. Afinal, o que foi que houve?
- Nada demais querida. Eu segui os seus conselhos, só isso.
- Mas… Como assim?
- Eu saí de casa e fui procurar umas mulheres para superar aquele baixo-astral de saber que Mariana me chifrava. Daí eu comecei a meter os cornos nela também. Funcionou.
- Não estou entendendo. Da última vez que a gente conversou, você já havia tentado, mas voltou pra casa correndo com o rabinho entre as pernas. Nem dá para acreditar!
- Juro, Irenita. Já faz uns dias que eu estou nisso. Pra dizer a verdade, nem sei quanto tempo faz, estou trocando os dias pelas noites. Todas as vezes que saio, arranjo uma gata nova pra comer. Uma loucura.
- Caramba, desculpa tio, mas eu ainda custo a acreditar. Você está tão… Tão… Refinado!
- Refinado? Que nada, eu sou o mesmo de antes, o pai do Albertinho. Tá bem que eu tive que fazer algumas mudanças, afinal, minha imagem precisava corresponder ao meu novo “eu”. Mas são só bobagens, coisas superficiais.
- Bobagens? Tio, eu mal o reconheci!
- Irenita, ter um carrão esporte novo ou um terno italiano não mudam quem eu sou.
- Mas e tudo isso aqui? Cadê as latinhas de cerveja e as caixas de pizza?
- Ah, isso? Eu agora só tomo cabernet e scotch. E quanto à pizza, bem, eu ando experimentando coisas novas.
- É disso que eu estou falando, dessas coisas novas…
- Ontem mesmo liguei para o Bistrô Troisgros e ordenei o prato mais caro do menu, almocei pato sei lá o quê. Estava delicioso mesmo tomando uma alka seltzer em vez de espumante para acompanhar, como o sommelier on-line havia recomendado.
- Sommelier on-line?
- É, eu agora estou moderninho, usando aplicativos e tal. Tem até aplicativo pra encontros, sabia? Foi lá que eu conheci as garotas de ontem. Marcamos na boate, rolou um clima e terminamos fazendo uma festinha.
- Ah não, essa não, tio. Você está de sacanagem, não é?
- Nada, garota, eu tô falando sério! Olha só…
Com um assovio de Nepô, a porta do quarto se abriu e de lá saíram duas loirinhas magricelas da idade de Irenita, trazendo roupas de noite e sapatos de salto-alto nas mãos e vestindo só calcinha e sutiã, quer dizer, uma delas nem sutiã tinha - e ficava tapando os peitinhos e dando risadinhas como se estivesse fazendo alguma travessura.
Nepô perguntou se elas queriam tomar café da manhã, muito embora já fossem as três da tarde, mas as garotas agradeceram, se vestiram meio envergonhadas na frente de Irenita e foram saindo, dizendo que quando Nepô quisesse marcar de novo para repetir a dose era só chamar no aplicativo - e que elas ficariam esperando por isso.
Uma vez sozinhos de novo, um certo silêncio se instalou entre os dois. Irenita ainda processava toda aquela transformação de Nepô, a qual ia em sentido contrário ao que ela esperava. Nepô, a sua vez, estranhava o fato da garota ter vindo sem o remelentinho no colo, ou seja, olhava para as tetas inchadas da filha do vizinho e sentia falta de algo…
A esta altura, quem não sentia mais falta de nada era Mariana. Todos os detalhes da cerimônia e sua recepção haviam sido repassados e conferidos, estava tudo no seu devido lugar e a contento, como ela gostava. Não obstante, ainda faltava uma última providência a verificar, a qual ela vinha postergando desde que chegara ali: Albertinho.
Normalmente, seria uma função do pai conferir se estava tudo bem com o noivo, mas Mariana havia reparado que Nepô estava num dia daqueles em que se tornava aéreo e fechado dentro de si mesmo, logo, ele não seria confiável para desempenhar esta tarefa. Sim, por mais que lhe desagradasse ter que estar a sós com Albertinho, ao menos agora, faltando menos de uma hora para o casamento, Mariana teria de fazê-lo.
Enquanto rumava ao encontro do filho no pequeno quartinho aos fundos da mansão, uma angústia progressivamente tomava conta de seu peito, ao recordar daquela noite lá no exterior, quando se hospedara na quitinete do rapaz.
Mariana tomava uma ducha lenta e demorada, aproveitando que seu filho saíra por algumas horas. Entre o vapor do pequeno banheiro, ela deixou-se levar e se masturbou livremente até gozar como poucas vezes o fizera. Aquele período longe do marido estava sendo como um recomeço para ela - e haver se tocado no chuveiro era só uma liberdade a mais.
Saiu do banheiro ainda enrolada numa longa e felpuda toalha de algodão branco que ela mesma comprara porque as do filho pareciam ter sido adquiridas num brechó de segunda mão. Para sua surpresa, Albertinho já havia retornado, aberto o sofá-cama que vinham dividindo desde que a mãe chegara e até posto a roupa de cama.
Mariana estranhou, ele nunca fazia isso, mas talvez essa fosse somente mais uma das mudanças que vinha observando no rapaz que, a cada dia, se tornava mais introspectivo e tímido, voltando a ser o bom filho que ela sempre conhecera e deixando de lado aquelas estranhezas que adquirira vivendo sozinho.
Mariana pediu para o filho olhar para o outro lado e foi vestir a camisolinha que já havia separado. Esse era sempre um momento constrangedor, o banheiro era tão pequeno que mal dava para se trocar ali, então ela sempre pedia a Albertinho que desviasse o olhar.
Ao passar os tornozelos pela calcinha e durante os breves segundos que levava para subí-la até a cintura, mariana sempre tinha a sensação de que estava sendo observada e conferia se o rapaz não estava olhando, mas nunca o havia pego em flagrante, o que a levava a pensar que era só uma bobagem de sua cabeça.
Depois, quando necessitava tirar a mão de sobre os mamilos para vestir a camisola, essa mesma sensação retornava, Mariana tinha arrepios ao imaginar que, quando a camisolinha passava pela cabeça e cobria-lhe os olhos, o rapaz se aproveitava para espiar seus seios e, inadvertidamente, quando terminava a operação de colocar a roupa de dormir, sempre sentia que estava úmida onde não deveria pela noção de que o filho a vira nua.
Bem, esse momento era breve e normalmente os dois dormiam tranquilamente após alguns minutos de silêncio sobre o sofá-cama, cada um virado para o seu lado. Contudo, Mariana estava inquieta após o orgasmo que tivera no chuveiro e custava a apagar - e Albertinho parecia que não conseguia dormir também, considerando que o rapaz se virava o tempo todo na cama.
Depois de quase meia hora acordados, Mariana se tranquilizou, tinha uma respiração suave e permanecia imóvel, pensando que, se o filho pesasse que ela já dormira, ele pararia de se mexer tanto e finalmente descansaria. Mariana nem sonhava, mas o impensável já se desenhava na mente de Albertinho e os dois estavam somente a um passo da insensatez.
Quando Mariana sentiu a mão do filho sobre sua cintura e o calor do jovem se aninhando por trás de seu corpo, colocando-se de conchinha com a pélvis colada às suas nádegas e as pernas encostadas às suas, ela lembrou-se dos dias na infância de Albertinho onde ele costumava a sonambular e saia andando pela casa meio dormindo, sem dar-se conta.
Contudo, quando ele subiu a mão sobre sua cintura até ter um dos seios de Mariana contido nela e começou a apertar seu mamilo escuro, enquanto fazia movimentos com a pélvis esfregando-se em sua bunda, ela acreditou que devia ser algo mais, que talvez ele estivesse sonhando.
Sim, com certeza, deveria só ser mais um dos sonhos molhados que o filho costumava ter frequentemente na adolescência e que o faziam melar sem querer os lençóis - os quais deviam ser trocados quase que diariamente para que seu quarto não ficasse cheirando mal.
Tudo bem, era algo aterrador sentir que o membro do rapaz já estava teso e que somente um pijama e uma calcinha de algodão separavam os dois de um possível desastre noturno. Mas aquele era seu filho, o jovem que ela criara tão bem, cercado de cuidados, o mesmo rapaz que um dia fora um inocente garotinho - e era muito difícil acreditar que ele estivesse em plena consciência, fazendo de propósito aquilo com a própria mãe.
O problema mesmo se deu quando Mariana sentiu a outra mão de Albertinho afastando sua calcinha para um lado e ela pôde perceber que o membro do rapaz já havia saltado para fora do tal pijama. Aquela coisa quente e dura estava se alojando na fenda entre suas nádegas, deslizando lentamente para cima e para baixo numa região perigosa e proibida, onde nem mesmo o marido de Mariana tinha permissão para frequentar.
Mesmo dormindo, Albertinho estava cada vez mais se enfurnado entre suas carnes! Não, isso não podia ser, era algo totalmente errado em qualquer cultura que um filho se permitisse agir assim, ainda que possivelmente só estivesse sonambulando ou tendo um sonho erótico!
Bem, se Mariana estava assustada a tal ponto de não reagir e somente continuar a fingir que dormia, implorando consigo mesma para que o rapaz voltasse para o outro lado e continuasse a dormir, as coisas tomaram um rumo mais estranho ainda.
A mão do filho que estava em seu seio voltou a colocar-se sobre seu quadril, mas dessa vez retendo-a com uma firmeza inesperada, enquanto a outra mão que até aí somente mantinha sua calcinha afastada para um lado a deixou para direcionar a cabeça do membro do jovem para onde ele desejava.
Aterrorizada, na iminência de ser penetrada por trás pelo membro quente do próprio filho, Mariana iniciou um movimento para retirar o alvo da mira e escapar dali, mas neste momento ela escutou a voz de Albertinho sussurrando em seu ouvido: “Quietinha mamãe, quietinha… Continua dormindo, que aqui não está acontecendo nada… Isso é só um sonho, mamãe, só um lindo sonho…”
Céus! Albertinho não estava dormindo, ele estava consciente! O rapaz estava intencionalmente tentando comê-la por trás! Desde o início Mariana estava certa e suas suspeitas agora se confirmavam: algo muito errado se passava na cabeça do filho - e o que acontecia agora era a prova cabal disso!
Bem, como os leitores já sabem, essa noite entre Albertinho e Mariana desencadeará algo terrível: a traição cometida pelo rapaz e sua mãe minutos antes dele subir ao altar para jurar fidelidade a Irenita.
Mas nem por isso os leitores devem enganar-se achando que Irenita é uma pobre coitada, pois ela mesma também exigirá uma traição igualmente perversa de seu futuro sogro, desejando que ela a coma por trás a poucos minutos de proferir o “eu aceito”.
Sim, nossa história já se aproxima de seu desenlace, mas nem por isso posso afirmar que todas as cartas estão na mesa: nesse mar de desilusões e desejos, alguns detalhes ainda carecem de ser narrados para que seja possível julgar os nossos personagens.
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