“Em vez de luz tem tiroteio no fim do túnel
Sempre mais do mesmo
Não era isso que você queria ouvir?
Bondade sua me explicar com tanta determinação”.
Um mês se passou, e eu estava com sérios problemas financeiros. Sendo bem realista, eu estava bem fodida ... muito fodida mesmo. Depois de vários anos, eu estava trabalhando novamente.
Acordando cedo, aturando gente chata e voltando pra casa cansada e estressada. Que saco!!! E o pior de tudo, era que agora eu tinha que dividir os lucros da minha empresa com a sonsa da minha irmã e se isso não fosse o bastante, ainda tenho que escutar conselhos dela, só porque ela fez curso de administração. Não posso decidir mais nada sozinha! Que ódio!!! Mas isso não vai ficar assim.
O Eduardo também é outro que fica no meu pé, só porque a clínica fica dentro da academia. A minha sorte, foi que eu consegui desviar uma boa quantia em dinheiro ao longo de alguns anos e se eu não tivesse feito isso, minha situação seria pior ainda.
Aquele velho escroto deixou tudo tão amarrado, que eu nem sei como fazer para recuperar o que é meu por direito. Meu plano terá que ser bem planejado, porque não vejo uma saída muito fácil.
Um mês pensando no que fazer e eu cheguei à conclusão que deveria fazer por partes, pra não levantar suspeitas. E pra isso acontecer, o melhor seria começar a minha vingança com o meu enteado.
Eu sei que poderia seduzi-lo facilmente, até porque já peguei o safadinho olhando pra minha raba algumas vezes, mas isso chamaria muito a atenção das outras pessoas, principalmente do Eduardo e do advogado bico de chaleira.
Eu teria que ser mais esperta do que todos eles e pensei alguns minutos sobre como eu iria tirar o dinheiro do meu enteado. Ele tem uma namoradinha que se chama Paola, mas primeiro eu teria que afastar os dois pombinhos.
Pedirei ao Gilson ou Paulo, porque o Tarcísio não vai querer. Não posso gastar a minha arma secreta contra ele ainda. Depois que eu sacanear a namoradinha, apresento a minha amiguinha pra ele. A Nandinha é uma ninfeta vagabundinha que frequenta a academia. Ela adora trepar, principalmente se o cara for rico. Se eu tivesse uma filha, ela com certeza seria parecida com ela, pois é como se ela fosse a minha versão mais jovem.
Só que ela sabe se fazer de santinha como ninguém. Vou fazer os dois se casarem e ela vai botar tanto chifre nele, que a cabeça vai até tombar. Lógico que eu vou filmar isso e usar contra ela depois, porque ela não vai querer perder a boa vida e aí ela vai ter que me dar uma grana, se não mostro ao corninho. Ela vai ser a minha renda passiva … tá vendo, Otávio! Seu filho vai ser corno igual a você. Tal pai, tal filho.
A minha enteada, a Marina, ainda é virgenzinha, coitadinha. Vou fazê-la perder o cabaço com o Tarcísio. Vou fazê-la se apaixonar por ele, o que não é difícil e assim eu termino com o relacionamento dele com aquela nojentinha sem sal, e quem sabe ele volta a participar das minhas festinhas. Tenho tanta saudade daquela pirocão … Só de pensar nisso, já fico molhadinha.
Filho da puta!!! Ele acha que pode se livrar de mim como se eu fosse um lanchinho da madrugada … se ele não seduzir a Marina pra mim, a vida dele vai virar um inferno. Vai ficar até sem emprego! Eu sei muito bem o que ele fez com a esposa do seu melhor amigo. Tudo bem que eu dei um empurrão e tramei tudo, mas ele fez.
Na verdade, eu sempre gostei da Mônica e do Eduardo e eu queria muito que eles participassem das minhas festinhas, só que o Eduardo é muito careta, mas ele é um gostoso. Imagina a cara do Eduardo quando souber que a esposinha dele o traiu dias antes de se casar, na despedida de solteira que eu organizei.
Fiquei até com tesão agora, só de pensar nisso ... Se prepara Eduardo, que a sua casa vai cair … posso chantagear a Mônica antes, pra ela convencer o Eduardo a me ajudar financeiramente, se não, eu conto tudo. Aliás, eu tenho uma leve desconfiança de uma coisinha, que se for verdade, acho que o Eduardo até se mata. De repente, posso brincar mais um pouco antes … Quem sabe obrigar a Mônica a participar da minha próxima festinha junto com o Tarcísio.
Meu Deus, como eu sou malvadinha!!! Hahahahahaha. São tantas possibilidades …
Uma coisa é certa, eu tenho que arrumar a “pílula do amor” de novo e fazer a misturinha pra Mônica beber, porque sem isso, dificilmente ela vai trair o Eduardo. Me lembro exatamente como se fosse hoje. Todas as mulheres da festa chuparam o Tarcísio pelo glory hole, menos a Mônica. Fiz de tudo pra noiva fazer alguma coisa pra se divertir, mas ela não fazia nada, até que eu dei a catuaba batizada pra ela. A puta que estava dentro dela acordou e fez miséria.
Chupou os 2 strippers que eu contratei e ainda trepou com o Tarcísio, sem saber que era ele. Acho que no início ele também não sabia que era ela, mas depois de tanta cachaça nas ideias, deve ter ligado o botão de foda-se e comeu a mulher do melhor amigo. Comeu, não … fodeu de verdade e amassou aquela puta enrustida. Até squirting ela fez, coisa que eu nunca consegui fazer.
A cara dos dois acordando no dia seguinte de conchinha na mesma cama, pelados e ela melada de gala seca é algo que eu nunca vou esquecer, até porque eu tirei foto e filmei tudo. Vamos ver quem vai rir por último, mas primeiro, deixa eu fazer uma chamada pra Fernandinha.
(Helena) – Nandinha! Tudo bem, contigo?
(Nandinha) – Oi, Lena. Tudo ótimo! O que tá rolando? Arrumou outro coroa pra me dar presentinhos? Estou precisando de uma bolsa nova …
(Helena) – Você é uma putinha mesmo, né? Hahahahahaha.
(Nandinha) – Aprendi com a melhor.
(Helena) – Vou te enviar uma foto do seu próximo alvo.
(Nandinha) – Ok.
(Helena) – Se liga, putinha. Esse garoto é o meu enteado. Ele é novinho e tem quase a sua idade.
(Nandinha) – Hummmmmm, ele é gatinho …
(Helena) – Você vai namorar esse garoto, entendeu?
(Nandinha) – Aaah, Lena …você sabe que eu não curto esse lance monogâmico.
(Helena) – Lógico que eu sei, mas você vai continuar fazendo o que faz, só que vai ter que tomar muito cuidado.
(Nandinha) – Hummm, entendi. Ele é rico?
(Helena) – É sim, e se você se casar com ele, vai ter direito a metade.
(Nandinha) – E por que você está me dando essa dica?
(Helena) – Porque você vai me dar uma mesada todo mês.
(Nandinha) – Tô fora! Não divido minhas coisas.
(Helena) – Presta atenção, sua putinha! Fui eu quem te apresentei todos os seus "Daddys". Te dei vários tratamentos estéticos de graça. Se não fizer isso pra mim, eu vou foder a sua vida!
(Nandinha) – Não sei como …
(Helena) – Você se esqueceu que eu tenho um monte de amigos que me devem favor? Imagina se um dia a polícia bate na sua casa e descobre um monte de drogas lá … Seus pais vão morrer de desgosto.
(Nandinha) – Eu não uso drogas e nem tenho drogas …
(Helena) – Não foi o que me disseram …
(Nandinha) – Sua piranha! Eu vou te ajudar, mas não garanto uma mesada gorda.
(Helena) – Isso a gente dá um jeito depois. Beijos, Nandinha!!!
Agora é a vez da chatinha da minha enteada. Vou ligar pro Tarcísio.
(Helena) – Tarcísio, que saudade, meu lindo!
(Tarcísio) – Tudo bem, Lena? Algum problema?
(Helena) – Preciso de um favor seu.
(Tarcísio) – Se estiver ao meu alcance, é claro …
(Helena) – Preciso que você use todo o seu charme pra comer alguém.
(Tarcísio) – Lena, Lena … Eu já te disse que esse Tarcísio está morto e enterrado. Parei com isso, no momento que eu conheci a Débora. Já te falei isso um milhão de vezes.
(Helena) – Ô, meu lindo! Só essa vez! Preciso que você faça uma garota muito feliz.
(Tarcísio) – Não posso e não quero! Agora eu sou fiel!
(Helena) – É uma pena!
(Tarcísio) – Chama o Paulo, ou quem sabe o Gílson.
(Helena) – Vou chamar eles sim, mas você será o primeiro.
(Tarcísio) – Infelizmente, não vai dar. Tô fora!
(Helena) – Infelizmente, digo eu, Tarcísio, mas se você não quer abrir uma exceção, eu serei obrigada a conversar com o Dudu sobre uma certa despedida de solteira que eu organizei há muito tempo atrás.
(Tarcísio) – Pelo amor de Deus, Lena! Não faça isso, por favor! Se você realmente considera a nossa amizade, eu te imploro …
(Helena) – Por isso mesmo … Eu considero tanto a nossa amizade, que estou pedindo um favor a um grande amigo.
(Tarcísio) – Lena, eu fiz um juramento pela vida dos meus filhos. Por favor, eu não posso voltar pra essa vida de putaria.
(Helena) – Então o seu melhor amigo vai saber que você fodeu a mulher dele.
(Tarcísio) – Não acredito que você vai fazer isso comigo! Você não tem noção do tamanho da merda que vai acontecer ...
(Helena) – É só você me ajudar, que nada vai acontecer.
(Tarcísio) – Parece que não tenho escolha…
(Helena) – Escolha você tem, mas acho melhor você me ajudar, rsrsrs.
(Tarcísio) – O que eu tenho que fazer?
(Helena) – Você tem que seduzir a Marina e depois comer aquela chatinha.
(Tarcísio) – Porra, Lena! A Marina, não …
(Helena) – Tarcísio, você me deve isso! Eu tive que fazer dois abortos. Dois! Se esqueceu disso?
(Tarcísio) – Eu falei pra você tomar a pílula. Não tenho culpa nisso.
(Helena) – Você vai me ajudar a transformar aquela chatinha numa puta ou então …
(Tarcísio) – A garota perdeu o pai e já está sofrendo muito. Deixa isso quieto.
(Helena) – Não, Tarcísio! Aquele velho escroto me sacaneou. Agora é a minha vez!
(Tarcísio) – Você chifrou o cara inúmeras vezes! Não sei por que está tão nervosa.
(Helena) – Ele me deixou na merda. Eu o aturei durante anos e agora vou ficar sem nada? Jamais! Além do mais, ele tinha que saber que marido velho e esposa jovem, é mais do que normal isso acontecer. Era questão de tempo!
(Tarcísio) – Você tem cada ideia … Eu topo! Otávio que me perdoe, mas prefiro fazer isso do que perder a amizade do Edu.
(Helena) – Você vai adorar tirar o cabaço daquela chatinha. Ela é bem gostosinha. Beijos, amore. Obrigada!!!
Agora só falta ligar pra Mônica. Fazer isso está me excitando de uma tal forma … acho que terei que arrumar algum cara pra me foder hoje. Vou ligar logo pra ela e procurar uma piroca gostosa. Acho que o Gilson está de folga hoje.
A campainha toca …
Deve ser a chatinha da Marina que disse que iria passar aqui pra pegar umas coisas do pai … garota sem sal … mal sabe ela que vai virar uma putinha na minha mão.
(Helena) – Quem é você?
(Marcos) – Meu nome é Marcos Holanda. Eu sou fiscal da SMPU, Secretária Municipal de Política Urbana, e estou aqui pra conversar sobre este imóvel. – Disse aquele ser obeso, com um sorriso no rosto.
(Helena) – O que tem ele?
(Marcos) – Ele foi construído sobre uma área de proteção ambiental. Estou aqui pra aplicar uma multa e desapropriar o imóvel.
(Helena) – Só um instante, meu Senhor. Deve haver algum engano! Meu falecido marido nunca me falou sobre isso.
(Marcos) – Bem, o Dr. Otávio era um grande amigo e por causa disso, nós tínhamos um acordo. Ele dava um presentinho pra mim e a gente fazia vista grossa. – Ele deu um riso, levantando as sobrancelhas.
(Helena) – O que?
(Marcos) – Propina, minha Senhora … Propina!
Eu não podia acreditar no que estava acontecendo! Eu olhava incrédula pra aquele ser de forma redonda e esperava acordar de um pesadelo.
(Helena) – Ai, meu Deus! Não posso perder essa casa. De quanto é essa propina?
(Marcos) – Baratinho … Cenzinho e a gente resolve.
(Helena) – Graças a Deus! Achei que fosse mais caro. Vou pegar minha bolsa. Um momento por favor …
Fui ao quarto pegar a minha bolsa e voltei até a porta. Dei cem reais ao fiscal, que me olhou sorrindo com um certo deboche. Ele era um coroa que devia ter mais de cinquenta anos, cabelos grisalhos, e bem acima do peso. Ele era muito gordo e sua blusa estava molhada de suor. Esses velhos barrigudos e sedentários que ficam só bebendo e comendo porcarias o dia inteiro. Me dava nojo só de sentir esse perfume barato comprado no camelô.
(Marcos) – Senhora, acho que não expliquei direito. O valor da caixinha é cem mil reais.
(Helena) – O que? Isso é uma brincadeira?
(Marcos) – Não, isso é muito sério, Senhora!
(Helena) – Esse valor é muito caro! É um absurdo!
(Marcos) – O Dr. Otávio sempre pagou esse valor. É muita gente no departamento.
(Helena) – Eu não tenho esse dinheiro. O que eu vou fazer?
(Marcos) – A senhora tem dez mil? – Perguntou a baleia orca, me encarando com um sorriso debochado.
(Helena) – Talvez, se eu juntar todas as minhas economias, mas ficarei sem nada …
(Marcos) – O seu falecido esposo pagava esse valor anualmente, se a senhora pagar dez mil todo mês, a gente resolve numa boa.
(Helena) – Eu não tenho dez mil agora. Posso dar mês que vem?
(Marcos) – Hummm, não sei … Preciso de alguma garantia.
(Helena) – Confie em mim! Mês que vem eu terei o dinheiro.
(Marcos) – Estou vendo que a senhora é muito bonita. Acho que podemos fazer um acordo entre nós. A senhora fica peladinha e me faz uma chupeta. Isso vai me deixar mais feliz até o próximo mês.
(Helena) – Vai sonhando que eu vou botar a minha boca maravilhosa no seu negocinho…
Imagina se eu iria fazer um boquete nesse ogro ... Nem em sonho.
(Marcos) – Bem, se a senhora não quer cumprir o acordo ... – Falando sério e com uma voz mais grossa, ele continuou ... – Eu vou ter que lhe passar essa notificação e seguir os trâmites legais.
Ele começou a abrir a maleta e ficou procurando uns documentos. Fiquei olhando pra ele indignada e ele ficava me olhando, como se esperasse alguma reação minha. Ele pegou o celular e ligou pra uma pessoa.
Enquanto ele falava pra alguém que a caixinha não tinha rolado, eu comecei a fazer uma carinha de triste e até tentei rolar algumas lágrimas, mas nenhuma caiu. Ele continuava a falar e dizia que podia deixar o processo rolar.
Otávio, seu filho da puta!!! Você planejou isso, não foi? Seu corno escroto! Vou te ressuscitar só pra poder te matar, seu desgraçado.
Tentei novamente fazer uma carinha mais triste e botei as mãos no meu rosto e falei com voz de choro.
(Helena) – Sr. Marcos, é … por favor, vamos conversar aqui dentro na sala. Assim podemos ficar mais à vontade. O que acha?
(Marcos) – Vamos tratar de negócios? Meu tempo é precioso! Não posso ficar enrolando aqui.
(Helena) – Vamos resolver nosso problema. Eu pensei melhor e acho que podemos chegar a um acordo.
(Marcos) – Ótimo!!!
Saímos do hall de entrada e fomos pra sala. Ele se sentou e eu trouxe a ele um copo d'água, mas o safado disse que Otávio sempre lhe oferecia whisky. Lá fui eu pegar uma dose de Chivas para ele.
Quando lhe entreguei o copo, ele me disse com cara de deboche e desapontado que só tinha uma dose ali e me pediu pra ser mais generosa. Detesto esse tipo de gente!
Peguei a garrafa e a entreguei em sua mão. Ele encheu o copo e depois bebeu tudo de uma talagada só e pra arrematar, deu um arroto. Eu olhava pra aquele ser nojento e a minha vontade era dar uma garrafada naquela cabeça grande, mas o pior é que eu não via saída e eu teria que chupar esse nojento.
Ele então se levantou e foi tirando o cinto e abriu os botões de seu blusão. A primeira visão que eu tive foi de dar medo e quase vomitei. Ele era tão peludo quanto o ator Tony Ramos. Detesto homens com muito pelo e estava quase chamando a COMLURB pra capinar aquele matagal. Pelos no peito, barriga e quando ele abaixou as calças e a cueca, a situação piorou. Sua virilha também tinha muito pelo, cabelo ou pentelho, sei lá o que era aquilo … e no meio daquele matagal, estava uma piroca de tamanho normal, levemente grossa.
Mas como sempre, tudo que é ruim, pode piorar e quando ele sentou novamente e eu me aproximei, pude ver que eu teria que encarar outra piroca com bico de chaleira, muito parecida com a do Otávio.
Isso só pode ser brincadeira! Deus está de brincadeira comigo! E o pior, piorou mais ainda quando fui fazer o boquete e eu senti um cheiro nada agradável. Meu estômago embrulhou e logo depois eu vi que seu saco estava melado e suado. Fechei os olhos e comecei a chupar aquele pau horroroso e fedorento.
Peguei a garrafa de whisky e derramei um pouco sobre o pau dele. Não sou chegada a whisky, mas qualquer coisa seria melhor do que aquele odor. Acho que não adiantou muito, mas numa das vezes que parei pra respirar, porque eu estava prendendo a respiração, falei a ele pra me avisar quando fosse gozar. Ele então segurou a minha cabeça e disse tudo bem, empurrando novamente pro pau dele. Tentei caprichar um pouco o boquete pra ele gozar logo e renegociar o valor da propina.
Não sei o que passa na cabeça dos homens, que gostam de empurrar a cabeça da gente pra enfiar tudo sem avisar antes. Foi o que ele fez, quando chegou na hora de gozar.
Ele além de não me falar, ainda fez isso. Fui pega desprevenida e acabei engolindo aquela porra nojenta com gosto de guarda-chuva velho. Salgado, ácido e muito grosso e gorduroso. Fui correndo ao banheiro pra cuspir um pouco que ainda estava na boca e ao longe pude ouvir o velho barrigudo rindo e se vangloriando.
Escovei o dente e gargarejei com enxaguante bucal, mas o gosto horrível não saía. Otávio, você me paga! Chifrudo maldito! Espero que esteja ardendo no inferno. Voltei à sala, e o coroa estava bebendo mais whisky e me perguntou se podia levar a garrafa. Eu disse que tudo bem.
Não consegui negociar um valor mais baixo, mas ele disse que iria rever a minha situação com o departamento. Ficou de voltar mês que vem, para receber novamente o boquete e quem sabe algo mais. Se despediu e disse que o Otávio soube escolher muito bem a puta com quem se casou.
Eu estava cheia de ódio e queria descontar em alguém. Eu precisava de algum alento pra eu poder voltar ao normal e isso eu conseguiria ligando pra Mônica. Sinto muito, mas alguém tem que se foder além de mim.
(Helena) – Oi, Mônica. Tudo bem, contigo?
(Mônica) – Oi, Lena! Tudo bem. E você?
(Helena) – Imagino … tá cheia da grana agora, né?
Ela ficou muda e não respondeu nada. Acho que primeiro vou me fazer de coitadinha.
(Helena) – Você sumiu, amiga! Sinto a sua falta.
(Mônica) – Eu também sinto, mas o Edu acha melhor assim.
(Helena) – Que pena!
(Mônica) – Infelizmente! Vamos dar tempo ao tempo. Tenho certeza de que vocês vão se acertar.
(Helena) – Tomara, amiga …
(Mônica) – Você podia ajudar um pouco. Ele está muito estressado por causa da sua clínica. Ele diz que ela quase não dá lucro e que poderia colocar outra coisa ali no lugar. Disse que está pensando em fazer uma auditoria ou até cobrar um aluguel de você e da sua irmã.
(Helena) – Porra, Mônica! Eu já estou fodida. Você viu que o Otávio me deixou na merda.
(Mônica) – Mas você aprontou muito com ele, né?
(Helena) – Aprontei sim, e não me arrependo. Se você estivesse no meu lugar, faria o mesmo.
(Mônica) – Eu tenho princípios … Eu nunca faria as coisas que você fez. Edu me contou das surubas e eu nunca teria coragem de trair o meu marido. Eu o amo.
(Helena) – Foi bom você tocar nesse assunto, amiga. Se eu me lembro bem, na sua despedida de solteira, você estava bem animadinha …
(Mônica) – Foi meu único erro com ele e até hoje eu não sei por que fiz aquilo. Todo santo dia eu penso em contar a ele o que aconteceu, mas na hora que eu vou contar, me falta coragem.
(Helena) – Você adorou, Mônica! Até squirting rolou.
(Mônica) – Deve ter sido muita bebida misturada, porque nem me lembro direito das coisas que eu fiz.
(Helena) – Mas eu lembro muito bem … Você arrasou amiga! Eu tirei fotos e até filmei. Você deu um chá de buceta no Tarcísio, que até hoje ele deve se lembrar e querer repetir a dose.
(Mônica) – Meu Deus, que vergonha!!! Você é foda, Lena! Você nunca me disse que tinha tirado foto ou filmado …
(Helena) – Desculpa, amiga. Foi mais forte do que eu e naquela época eu era muito inconsequente e só queria ficar chapada e curtir.
(Mônica) – Eu me lembro muito bem disso!
(Helena) – Eu tive que filmar e tirar foto, porque eu nunca tinha visto alguém além de mim aguentar a piroca do Tarcísio inteira no cu! Porra! Eu só aguentei depois de muitas tentativas e você aguentou de cara. Me lembro que na época eu até cheguei a pensar que você e o Tarcísio já tinham feito algo antes …
(Mônica) – Só um instante, Lena … Eu vou beber um pouco d'água …
Acho que está dando certo. Ela está abalada e se eu souber conduzir a conversa, acho que eu vou conseguir confirmar as minhas suspeitas …
(Mônica) – Você enlouqueceu, Lena? Eu nunca tive nada com o Tarcísio. Eu amo o meu marido e o Tarcísio também o ama. Eles são como irmãos. Nós dois nunca iríamos sacanear o Edu assim.
(Helena) – Mas sacanearam.
(Mônica) – Foi a mistura de bebidas. Só pode ter sido isso ou então botaram algo na minha bebida.
(Helena) – Você acha que alguém faria algo assim?
(Mônica) – Sabe que agora estou começando a achar …
(Helena) – Eu nem fiquei muito contigo. Eu também estava meio chapada e ainda organizando as brincadeiras e tudo mais da festa. Não tive tempo pra nada e você sabe disso.
(Mônica) – Eu não sei de mais nada …
(Helena) – Não fique assim! Nós somos todos amigos. Somos quase uma família!
(Mônica) – Eu quero muito acreditar em você, Lena, mas você está me mostrando um lado seu que eu não conhecia. Se o Edu souber que eu e o Tarcísio transamos … não quero nem imaginar. Ninguém pode saber disso. Ninguém!!!
(Helena) – Você sabe que eu e Tarcísio somos muito amigos. Somos parceiros e amantes e um sabe tudo da vida do outro. Eu já ajudei muito ele e vice-versa. Quando ele quer desabafar algo, é o meu ouvido que ele procura. Quando ele está triste, é o meu ombro que ele se escora e quando ele tá com tesão, é a minha buceta e o meu cuzinho que ele quer. Entendeu a nossa relação? Nós somos confidentes um com o outro. Ele me conta tudo. Tudo mesmo, entendeu?
(Mônica) – O que ele te contou?
(Helena) – Relaxa, Mônica … O seu segredo está seguro.
(Mônica) – Ai, Lena! Não me deixe agoniada assim. Se o Edu descobre que a Nayla é filha do Tarcísio, eu não sei o que pode acontecer.
(Helena) – Puta que pariu!!! Eu sabia!!! Sempre desconfiei disso!
(Mônica) – Pelo amor de Deus, Lena! Pelo amor de Deus …
(Helena) – Como eu disse antes, seu segredo está seguro, mas você vai ter que me ajudar com o Edu.
(Mônica) – Nem sei o que eu posso fazer.
(Helena) – Você vai ter que convencer o teu marido a me ajudar financeiramente de alguma forma. Seja através de mesada, ou então se ele me der o controle de uma das academias, que aliás deveriam ser minhas por direito e você sabe disso.
(Mônica) – Como eu vou convencer ele disso?
(Helena) – Aí é problema seu! Dá um chá de buceta nele todo dia. Seja a melhor esposa que ele possa ter. Trate o Edu como se ele fosse um rei, mas eu quero o que é meu por direito, entendeu?
(Mônica) – Entendi, mas eu vou precisar de um tempo. A relação de vocês está muito desgastada.
(Helena) – Eu te dou 1 mês.
(Mônica) – 1 mês? Tá doida?
(Helena) – 1 mês, Mônica. As contas não param de chegar. Você está rica agora e eu pobre. Estou devendo para um monte de gente. Acho que vou perder até a casa …
(Mônica) – Sério, Lena?
(Helena) – Eu te disse! Estou fodida ... e mal paga!
(Mônica) – Vou ver o que posso fazer … Eu gosto de você e acho desnecessário fazer essa chantagem comigo, mas agora, depois disso que você está fazendo ... – Ela fez uma pausa... – Tenho que repensar a nossa amizade. Achei que fossemos amigas.
(Helena) – Ah, não chora, Mônica! Eu sou sua amiga, mas é que estou muito desesperada …
(Mônica) – Desculpa, mas você não está agindo como uma amiga. Depois que isso se resolver, acho melhor não mantermos mais contato.
(Helena) – Como é que é? Você trai o seu marido com o melhor amigo dele uma semana antes de se casar e ainda tem uma filha com ele e agora quer dar uma de moralista? Vai tomar no seu cu! Só por causa disso, eu agora vou te foder de verdade.
(Mônica) – Não, Lena … me desculpa … é que você está me pressionando muito.
(Helena) – Eu nem comecei …
(Mônica) – Por favor, Lena! Você vai destruir a minha vida e eu não me importo com isso porque eu errei e mereço uma punição, mas a Nayla não tem nada a ver com isso. Poupe a minha filha, pelo amor de Deus!
(Helena) – Eu quero mais uma coisa.
(Mônica) – Me diz, que eu faço!
(Helena) – Eu quero que você participe da minha próxima suruba.
Ela começou a chorar e dizer que isso não poderia fazer e que pedisse outra coisa, mas isso ela não faria. Que preferiria contar tudo ao Edu, mas não faria aquilo. Eu pensei bem, e decidi ir mais devagar.
(Helena) – Mônica, vamos fazer o seguinte. Vem aqui em casa um dia, que eu vou te mostrar as fotos e as filmagens e em relação a suruba, você pode participar de outras formas sem fazer sexo. Você veste uma fantasia de empregada sexy, daquelas que vendem em sex-shop e vai ser tipo a garçonete que vai atender os convidados.
(Mônica) – Isso é muita humilhação …
(Helena) – Vai ser uma brincadeira legal. Você vai gostar. É como se assistisse um filme pornô em 3D, kkkk.
(Mônica) – Aposto que essa roupa deve ser muito inapropriada.
(Helena) – Eu já vi você na praia usando biquínis bem pequenos. É a mesma coisa!
(Mônica) – Eu aceito! Mas eu não vou entrar na suruba! Não vou sequer tocar em alguém e ninguém vai me tocar!
(Helena) – Tudo bem! Seu corpo, suas regras, kkkk.
(Mônica) – Mas eu tenho algumas condições …
(Helena) – Você agora quer impor condições?
(Mônica) – Lógico! Você quer foder a minha vida …
(Helena) – O que você quer?
(Mônica) – Não pode ter ninguém conhecido lá, principalmente o Tarcísio. Não quero fotos nem filmagens e quero que você apague todas as provas da minha despedida de solteira.
(Helena) – É muita coisa, Mônica … se você ao menos participasse da suruba mais ativamente, eu poderia fazer isso tudo, mas assim não. Eu concordo em apagar todas as provas da sua despedida de solteira. Boto fogo em tudo, na sua frente, mas o resto não … Você já deve saber que o Paulo e o Gilson participam das surubas, então não vai dar pra te atender nisso.
(Mônica) – Eu vou pensar…
(Helena) – Só não demora, porque minhas contas já vão vencer daqui a pouco.
(Mônica) – Como você pode fazer isso? Achei que nós fôssemos amigas …
(Helena) – Ah, Moniquinha … amigo de cu é rola … vê se cresce, se não o mundo te engole. Tchau, querida!
Agora sim, estou mais calma …
Continua ...