Eu estava em casa sozinho. Sentia pena de mim mesmo, mal me tolerava pela ociosidade forçada. Era hora de mudar de tática de tentar recuperar meu emprego para reconstruir minha reputação. Até 6 semanas atrás eu era um gerente de projeto e descrevia meu trabalho para minha esposa como um malabar com 500 bolas ao mesmo tempo e organizando para garantir que todas caíssem no chão ao mesmo tempo. Depois de 20 anos de ralação, finalmente comecei alguns projetos grandes e ganhei muito dinheiro. Depois de pagar a mensalidade da faculdade das crianças e o estilo de vida extravagante da minha esposa, esse dinheiro seria útil se eu não quisesse morrer de velhice no trabalho. Não tínhamos muito dinheiro no banco e sem uma nova renda a situação estava ficando sombria. Senti pena de mim mesmo. Meu último projeto tinha falhado miseravelmente quando a principal empresa contratante faliu. Desempregado, mas ainda recebendo alguns bônus sobre projetos anteriores e free lancer, que me davam rendimentos para manter meu estilo de vida. Mas até quando?
Eu estava em casa sozinho já que Samanta, minha esposa há 20 anos tinha ido para a casa da irmã dela pela quinta sexta-feira seguida para ajudá-la nos preparativos do aniversário de casamento dela. Ela perguntou se eu queria ir com ela, mas recusei como sempre. Porque eu deveria ajudar a irmã dela a planejar o 15º aniversário do casamento. A irmã dela era legal, mas o marido dela era arrogante e insuportável. Ele era dono de uma pequena, mas bem sucedida, empresa manufatureira que ele fundou com a herança da esposa dele. Ele sempre se gabava sobre a empresa estar cada vez mais valorizada. Não aguentava estar com ele na mesma sala. Droga! se ele me dissesse mais uma vez que a empresa agora valia 12 milhões de dólares, eu o estrangularia. Tomei um banho e foi me sentar na sala, pensando no que poderia fazer para clarear meu futuro, quando fui interrompido às 22h. A campainha tocou depois de tomar algumas doses de Bourbon. Eu estava ligeiramente embriagado e me deparei com a minha esposa me olhando como a 10 anos atrás. Sorri quando percebi que era Penélope, irmã mais nova de minha esposa Samanta. Forcei a vista e ficou claro, um pouco mais baixa, mais bonita e com seios consideravelmente maiores. Os mesmos olhos verdes e o cabelo dourado e ondulado. Era a cópia de Samanta a 20 anos atrás. A convidei para entrar e ofereci um café ou chá.
Conversamos um pouco perguntando sobre as novidades e em um determinado momento perguntei porque ela não estava com Samanta, na sua casa, planejando o aniversário de casamento. Não pude deixar de perceber um leve ar de surpresa quando ela falou que o seu aniversário foi há 4 semanas. Agora era a minha vez de ficar perplexo, o Bourbon tem muitas qualidades, mas aumentar a acuidade mental não é uma delas. Em vez de me fazer um completo idiota fiquei em silêncio. Penélope, claramente tinha algo em mente, e falou:
- Olha, eu sei que você não gostaria que o Marcelo e eu falássemos nada, e eu percebi que você está um pouco envergonhado. Mas ainda assim eu queria agradecer pessoalmente pelo presente que você e a Samanta nos deram. É o Presente mais generoso e atencioso que nós poderíamos imaginar e somos muito gratos.
Se eu categorizei meus pensamentos anteriores como ligeiramente atordoado agora eu estava simplesmente confuso e meio que gaguejando perguntei:
- Que presente????
- Eu não sei exatamente o que Samanta te contou. Droga! isso é um pouco vergonhoso. ela pausou para se acalmar obviamente despreparada para a minha reação anterior.
- Como tenho certeza de que Samanta te contou eu sou frígida, nunca gostei de sexo. É claro que se necessário faço o meu dever conjugal pelo menos uma vez por semana, mas odeio isso. Começou a dizer que todo o romantismo havia desaparecido do casamento deles e que Marcelo deveria aceitar o presente também.
- Entendo que ele tem suas necessidades e como eu não podia satisfaze-lo no campo sexual eu me sentia culpada pela decadência em nosso casamento. Francamente, tivemos sorte de durarmos tanto tempo. É por isso que o presente seu e de Samanta significa tanto para o Marcelo e para mim. Eu vim aqui hoje só para te agradecer pessoalmente. Enfim você deve ter um casamento muito forte já que você confia tanto na Samanta.
Não sei se ela notou minha expressão confusa, mas se notou isso não a impediu de me dar um beijo leve nos lábios dizendo que era uma forma de agradecimento. Meio bêbado, confuso e ainda gaguejando falei:
- Penélope onde está Samanta??
- Ela está em um encontro com o Marcelo, como combinado.
Meu repentino olhar de raiva finalmente pareceu alcançar minha cunhada sorridente
- Vou repetir Penélope. O que diabos está acontecendo aqui???
- Bem... Samanta falou que foi ideia sua e o presente de vocês para nós seria de dez encontros com o Marcelo por dez semanas. Neste caso Marcelo terá dez semanas de romance eu terei dez semanas de sossego. Todos sairiam ganhando. Samanta disse que você concordou e que isso revitalizaria nossa vida sexual enfraquecida. Sei que ela está em um encontro com o Marcelo enquanto estamos falando aqui. Eles poderiam até estar alugando um motel, mas eu sempre insisto que eles usem nossa casa para os encontros. Eles já fizeram isso algumas vezes.
- O que você quer dizer com eles já fizeram isso?????
- Sim eles tiveram relações sexuais, já devem estar no quinto encontro. Vamos lá David, você sabia que era esse o acordo não sabia?
- Eu não estou sabendo de nada!!!!!
Uma expressão de horror surgiu em seu rosto, anteriormente sorridente. Ela coçou a cabeça, andou de um lado para o outro sem saber o que falar ou o que fazer.
- Você não percebe que Isso tudo é uma armação Penélope. Estamos sendo enganados.
- Que droga !! Eu não posso acreditar que Samanta está me traindo com Marcelo. Temos que impedi-la!!
- O que podemos fazer?
Eu estava muito à frente dela apertando o botão de discagem rápida no meu telefone. Samanta atendeu no sexto toque, ofegante.
- Sua traidora, volte para casa imediatamente para resolvermos isso. Penélope me contou tudo o que você tem feito eu não posso estar no meio dessa sujeira que vocês armaram. Mas certamente você está no meio do fim do nosso casamento. Desde que as crianças deixaram a casa você tem me incomodado para que eu deixe você ter um caso por fora. Minha resposta foi não antes e continua sendo não. Agora só porque você encontrou uma maneira ridícula e absurda de justificar para si mesma, não significa que eu e Penélope estejamos de acordo.
- Amor, mas dei minha palavra para Marcelo e Penélope e você sempre disse que eu deveria cumprir sempre as palavras e acordos. Em 5 semanas tudo isso acabará e poderemos voltar ao normal. Se isso for um problema talvez eu possa pedir a eles, tem que ser os dois, para me liberar da minha palavra, mas isso dependerá deles e eu não acredito que os dois vão me liberar. Vá para casa, me espera que amanhã conversamos. Palavra é palavra, mas de qualquer maneira você não é meu dono. Eu posso fazer o que eu quiser. fim da ligação.
- Rápido Penélope, temos que ir para a sua casa, temos que impedir isso. Você dirige, estou acima do limite de álcool.
Quando chegamos lá a casa estava vazia. Havia sinais de partida apressada por toda parte. Tenho uma ideia de ligar para o Marcelo e contar o que ela está acontecendo. Não há como ele continuar se ele souber que eu e a Penélope não aprovamos. Os 2 telefones passaram as próximas horas caindo direto na caixa postal. Triste, bêbado, desanimado e muito decepcionado desisti. Por volta das 2:00 da manhã eu dirigi para casa. Penélope estava tão devastada quanto eu, mais ainda por sua inicial e inocente cumplicidade. Deixei uma mensagem para o Marcelo. Disse a ele que ele não tinha minha permissão para ficar com minha esposa. Disse também, que meu suposto aceite no acordo, que além de nunca ter existido, estava sendo retirado e que neste caso o acordo está cancelado. Não recebi nenhuma mensagem nem a confirmação de que minha mensagem tinha sido lida.
Na tarde de domingo nem Penélope nem eu, ouvimos falar de nossos cônjuges e eles também não estavam atendendo seus celulares. Isso me deu tempo de sobra para pensar no que fazer. O que mais eu deveria fazer se dormir não era uma opção. Onde nosso casamento havia descarrilado? Até onde eu sabia tínhamos uma união normal e saudável, nada indicava que estávamos seguindo para esse desastre. Como falar com nossos filhos? Oque eles vão pensar? No domingo à tarde percebi que esperar em casa não era o ideal. Peguei minhas roupas e coloquei em algumas malas e fui me hospedar e um hotel. Assim seria mais tranquilo. Não sei qual seria minha reação quando confrontasse Samanta. Não ouvi falar de ninguém até a tarde de segunda-feira. A noite recebi uma ligação de Penélope. Soluçando e chorando falou:
- Ontem à noite perguntei onde ele tinha estado e ele disse que depois que você ligou para Samanta na sexta-feira à noite ele se ligou que você já sabia que não fazia parte do plano. Perguntei a ele por que ele fez isso e ele disse eu parecia uma boneca inflável e que ele não iria recusar a chance de ter uma mulher fantástica como a Samanta. Foi muito doloroso ouvir isso, mas eu o fiz prometer que não a veria novamente. Eu gravei toda a conversa no meu celular caso você não acreditasse em mim.
- Claro que eu acredito em você. De qualquer forma a gravação pode ser útil.
Ele continuou:
- Também fui ver a sua esposa hoje. Ela também foi horrível, dizendo que se eu fosse uma mulher completa eu poderia controlar meu marido. Que ela estava fazendo um favor para mim. Aquela vaca sempre se achava superior a mim. Perguntei se ela tinha falado com você e ela disse que esperaria até você se acalmar e voltar para casa por conta própria. Sei que ela vai tentar te enganar. Também gravei essa conversa. Estou tão chateada e envergonhada não sei o que fazer.
-Não faça nada. Vou me encontrar com um advogado amanhã talvez as coisas se esclareçam. Muito boa a ideia de gravar. Sei que não foi com a intenção de se proteger e sim para me provar a sua inocência no caso, mas com certeza isso vai ajudar.
Depois disso devo dizer que a visita ao advogado não foi animadora. Fui avisado que Samanta ficaria com a metade de tudo o que temos. A informação que ele me deu no final foi que a única vez em que ele viu um cara em uma posição melhor do que a minha foi quando o marido fez alguns vídeos picantes para ameaçar sua esposa. Na quarta-feira eu me esgueirei na minha antiga casa. Instalei câmeras no quarto e na sala de estar. Elas transmitiam o sinal para um disco rígido que eu tinha escondido no porão. De acordo com o cara da loja eu só precisava trocar as baterias e o disco rígido a cada 4 ou 5 dias, dependendo do uso. Naquela noite minha esposa finalmente se dignou a me enviar uma mensagem de texto perguntando quando eu iria voltar para casa. Eu respondi que estaria fora da cidade por algumas semanas. É muito mais provável pegar um rato se o gato acha que ele se foi. Eu estava começando a sentir que Samanta não se importava com o nosso casamento, mas isso não era tão importante agora já que eu também não me importava também.
Mantive contato com Penélope na sexta-feira à noite. Ela me ligou e me contou que Marcelo não tinha voltado para casa depois do trabalho. Ofereci para buscar ela e saímos para dar uma volta. Dizem que a diversidade cria comunidade. Conseguimos distrair um ao outro e até nos divertimos no caminho de volta. Contei a ela sobre as câmeras que eu tinha instalado, mas pedi que ela jurasse não contar a ninguém. Perguntei o que ela faria se pudesse provar que Marcelo ainda a estava traindo. Ela respondeu que provavelmente não faria nada, pois não tinha nem provas nem certeza. Era muita inocência ou muita vontade de ainda manter um casamento que só lhe fazia mal. Imaginei que se eu pudesse esfregar a prova na cara dela ela se tornasse mais forte e considerasse o divórcio. Era a única maneira de me vingar do Marcelo, em vez de dar um soco na cara dele, que não seria o ideal, já que eu perderia totalmente a razão. No caminho de volta passei pela minha casa e mostrei o carro dele na garagem. Penélope chorou o caminho todo de volta para casa e correu direto para dentro assim que chegamos. Eu a segui coloquei-a na cama e a apoiei, até que ela parasse de chorar e pegasse no sono. Fui para o hotel em que estava hospedado. Eu aguardava ansiosamente pela segunda-feira que era o momento mais propício para eu pudesse pegar a fita de vídeo com segurança.
Penélope me surpreendeu ligando no sábado à noite. Ela queria sair comigo novamente para deixar Marcelo com ciúmes. Eu não tinha nada a perder então concordei. Depois do jantar fomos dançar e nos divertimos muito eu a deixei em casa às 1:30 da manhã. Antes de chegarmos lá Penélope começou a se preocupar que Marcelo poderia ter aproveitado sua ausência para voltar para a casa da Samanta, mas o carro dele estava na casa deles. Aparentemente ele não estava mais preocupado onde e com quem sua esposa estava. às 9:00 de segunda-feira me esgueirei na minha antiga casa e troquei o disco rígido e as baterias. Ainda sem emprego eu tinha o dia todo livre para verificar o que foi gravado. Já era de tarde quando reuni coragem suficiente para assistir as gravações. Até este ponto tudo tinha sido teórico, mas agora a prova estava bem na minha frente. Me peguei fechando os olhos quando a tela os mostrava entrando no quarto. Percebi que tinha colocado a câmera um pouco fora de ângulo. Ela só capturava a parte de cima deles, ele por cima dela. mas o som estava surpreendentemente perfeito.
- Me fode!! Me deixa te mostrar o que é uma mulher de verdade.
-Que buceta gostosa. Mexe sua puta gostosa. Vou te encher de porra.
- Ainda não, come meu cuzinho. Soca esse pau tudo no meu cú.
-Que cuzinho apertado, que delícia! Você é a mulher mais gostosa que já comi.
- Isso come sua putinha. Me faz gozar gostoso. Ahhhhh!!! Tô gozandooooo!!
- Isso cachorra goza no meu pau. Vou gozar na sua boca.
- Isso meu macho, dá leitinho pra sua putinha.
Essa foram algumas das frases que tive que ouvir.
Em pouco tempo ouvi vagamente os gemidos dele quando ele chegou ao clímax, provavelmente na boca de Samanta. Quando olhei para a tela eles estavam deitados lado a lado e conversando. Eu ouvi por um momento e senti que precisava compartilhar com Penélope. Liguei para ela e pedi para ela vir ao meu hotel. Ela chegou 20 minutos depois. Falei para ela que precisava ver a gravação. Ela pegou uma garrafa de vinho do frigobar e eu liguei meu laptop comecei a reprodução. Comecei no ponto em que Samanta e Marcelo começaram sua conversa posterior a transa
:
- Quando você vai se separar da ensossa da minha irmã? Seria ótimo se pudéssemos ter um casamento na primavera.
- Meu advogado vai entrar com o processo na segunda-feira para servi-la na terça ou quarta-feira. Não quero adiar por muito tempo. Se ela conseguir provas antes disso meu acordo pré-nupcial terá falhado.
- Você não sente pena dessa ingênua?
- Não. Eu fiquei tempo demais com essa frígida. Você sabe como é tentar se manter excitado quando a outra pessoa simplesmente fica lá deitada e olha fixamente para você e parece mais preocupada com o que vai fazer amanhã.
Samanta sorriu de forma estranha, mas não disse nada.
- E você Samanta. Não sente nada pelo David?
- Queria que você não tivesse perguntado isso. Eu sinto sim. Ele tem sido um marido e pai maravilhoso ele é ótimo na cama, mas é hora de trocar para uma versão melhor. Ele já é um fracassado e você é bem sucedido.
- Que se dane ele que se dane os dois. Penélope falou desesperada.
Coloquei meu braço em volta dela e a impedi de servir uma terceira taça de vinho. Ela soluçou por um longo tempo. Eu sabia como ela se sentia pois tinha me sentido da mesma forma. Mas uma coisa me despertou no diálogo dos dois amantes.
- Que tipo de acordo pré-nupcial Marcelo estava falando?
- Meu pai fez um antes de nos casarmos.
- O que está escrito nele?
- É a maneira do pai de tentar proteger minha herança. Se Marcelo me trair eu ganho tudo. acho que tenho uma cópia em casa.
- Penélope você percebe o que isso significa? Significa que amanhã ou depois de amanhã ele vai entrar com um pedido de divórcio por diferenças irreconciliáveis. Ele vai pegar metade da sua casa, metade das suas contas bancárias e metade da sua empresa. Quanto dinheiro você tem no banco?
- Da última vez que verifiquei quase dois milhões de dólares.
- Uau! Quanto você quer arruinar a vida dele?
- O máximo que eu puder. O que você sugere que façamos?
- Um conselho. Se você entrar com uma ação por adultério usando o meu vídeo como evidência ele sairá apenas de roupa íntima e você será uma mulher divorciada muito rica com uma enorme conta bancária uma casa bonita e uma empresa de 12 milhões de dólares. Você quer isso?
Penélope, sorriu mais do que criança em parque de diversões. Nos abraçamos. Antes do clima ficar Sério Penélope perguntou:
- Você tem certeza de que o vídeo é bom o suficiente? Você assistiu tudo?
Depois que admitir ter fechado os olhos durante as cenas mais ásperas ela insistiu que assistíssemos juntos. Ela segurou minha mão para me ajudar em relação às cenas. Foi doloroso demais. A tela mostrava minha querida esposa e Marcelo se despindo sem qualquer tentativa de preliminares. Eles tomaram de imediato a posição Papai e mamãe. A qualidade era boa o suficiente para ver que ela estava franzindo a testa como se não tivesse gostando. Eu quase engasguei quando após cerca de 1 minuto e meio ela até olhou para o relógio atrás das costas dele. Curioso, pausei o vídeo e perguntei:
-Ele fazia assim com você também? Posso assumir que você era virgem quando se casou. estou certo? Correndo o risco de invadir sua privacidade vou te perguntar uma coisa intima. Qual é o tamanho da ferramenta do Marcelo?
Ela mostrou separando o polegar e o indicador. Mostrando algo em torno de cinco centímetros.
- Não... Quero dizer quando está funcionando.
- É assim que quando está funcionando. Respondeu.
Não consegui evitar o riso.
-Acho que resolvi mais um problema. Com essa técnica e sem preliminares além do mini que ele tem entre as pernas não é surpresa que você não aproveite o sexo. Não acho que você seja frígida.
- Isso seria fantástico. Passei a minha vida toda pensando que o problema era eu. Talvez eu devesse ir ao médico e fazer alguns exames para confirmar.
Levantei, a abracei e depois sussurrei em seu ouvido:
- Deixa o doutor David ver o que ele pode fazer para te ajudar.
O gemido de Penélope começou 30 segundos depois, enquanto eu ainda beijava no pescoço. E eles só pararam após 45 minutos que fizeram ela afundar em um sono exausto, mas satisfeito. Neste período de tempo, fiz ela conhecer toques, carícias, beijos e posições que ela nem desconfiava que existiam. Passei deliciosos minutos só sugando seus seios e sua buceta, que despejava rios de líquidos em minha boca. Depois de deixa-la sem ar, mostrei para ela que a penetração é apenas o complemento da relação. Ela entendeu isso de uma forma quase insana. Gritando e gemendo, ela sentiu o verdadeiro orgasmo. Ele me beijava e agradecia pelo que estava sentindo. Finalmente ele retesou todo o corpo, revirou os olhos e teve um leve desmaio. Após ela se recuperar, saí de casa para buscar nosso almoço deixando a dormindo. Quando voltei ela estava saindo do chuveiro com uma expressão nervosa no rosto que logo desapareceu quando a beijei intensamente. Não sou um expert em sexo, nem precisava ser. Dar prazer a uma mulher que foi tratada por vários anos como uma boneca inflável não era difícil. Era só pensar nela primeiro e dar todo a atenção e boas preliminares que o meu prazer viria junto. Passamos o resto da tarde toda e a noite, nos beijando, acariciando, conversando e testando minha teoria.
No dia seguinte linda marcou uma reunião de emergência com seu advogado. Armada com meu vídeo e duas declarações gravadas, ele começou a redigir os documentos. Naquela tarde e durante toda a noite sentimos o peso de nossas ações e julgamos que eram graves, mas honestamente, minha tarefa era compensar aquela linda e sofrida mulher pelos maus tratos que passou. Ela aprendeu algumas posições que simplesmente eram desconhecidas dela. Em algumas delas por mais que eu tentasse não conseguia abafar seus gritos, nem mesmo com o travesseiro. Nossos telefones tocaram com frequência pela segunda noite seguida, mas os ignoramos. Já sabíamos quem era. Na quarta-feira de manhã Penélope ligou para Marcelo dizendo que estaria em casa às 3:15 da tarde e que precisava falar com ele.
De manhã, alguém bateu na porta. Abri e vi um rapaz jovem de terno. Falei para ele entrar e disse que o estávamos esperando.
- Penélope está no banheiro. Você gostaria de um pouco de café? surpreso ele concordou e entrou.
- Penélope... o mensageiro do cartório está aqui com seus papéis de divórcio.
Enquanto esperávamos conversamos por um tempo. Ele se mostrou uma pessoa agradável. Seu nome Flavio. Quando Penélope chegou Flávio mostrou a documentação. Neste meio tempo conversamos um pouco e mais e descobri que ele tinha um emprego horrível, mas que pagava bem. Ele recusou uma segunda xícara de café e agradeceu pela conversa inesperadamente agradável. Penélope pegou um dos cartões de visita dele. Mesmo com um sorriso maquiavélico nos lábios deixamos o envelope fechado sobre a mesa e fomos almoçar. Quando voltamos, vimos o Marcelo arrumando suas coisas. Ele provavelmente já devia ter tomado ciência dos documentos. Nesses documentos o Juiz deu uma tutela antecipada para que ele saísse de cassa. No documento também dizia que ele tinha duas horas para poder pegar todos os seus pertences pessoais. Ele saiu de cabeça em pé e sem dizer uma palavra. Nós dois sabíamos para onde ele estava indo.
Não demorou uma hora e recebi uma ligação de Samanta. Ela, em tom amistoso, disse que deveríamos conversar e dar um encerramento digno para os dois. Me convidou para uma reunião em nossa casa as 20 h. Mesmo com uma pulga atrás da orelha, resolvi aceitar. Acho que ela já sabia que seu plano de se dar bem e ficar com o marido de Penélope e metade de todo o patrimônio deles tinha saído dos trilhos. Seria mais uma bandeira vermelha para eu tomar cuidado nesta reunião. As 20h cheguei na casa. Toquei a campainha e nada de resposta. Como a casa ainda era minha resolvi testar a maçaneta. Estava destrancada. Abri e entrei. Ouvi sons vindos do quarto. Caminhei até lá e vi os dois completamente nus. Ela embaixo dele gemendo de forma enganadora. Eu sabia disso. Conhecia ela muito bem para saber que estava fingindo. Ela se movimentava em cima dela chamando-a de puta, cachorra e ela respondia com me fode, etc. Parecia uma cena de pornô soft americano dublado em espanhol. Neste momento percebi aliviado que não sentia mais nada além de desprezo por ela, pois não me excitei em momento nenhum. Na verdade, deu até vontade de rir devida a encenação péssima de novela mexicana. Um minuto depois Samanta fingiu que acabara de me notar ali e disse:
- Não vai sentir falta disso não é David? Não se preocupe comigo agora eu tenho um homem de verdade para me satisfazer. Falou tentando me tirar do sério. Eu retruquei:
- Obrigada por salvar sua irmã. Ela agora não precisará mais desse lápis para satisfazê-la. Sobre você, esse micro ai não alcançará nunca seu ponto g. Sobre nós dois, você recebera uma petição inicial de divórcio. Se eu fosse você, aceitaria sem questionar. Quem sabe alguns vídeos e declarações gravadas, possam um dia vir a público em um divórcio litigioso. Ela parou o que estava fazendo e começou a me xingar de tudo quanto é nome e atirar em mim tudo o que tinha ao seu alcance.
Sai rapidamente da casa, mas ainda pude ouvir os dois discutindo de forma bem intensa.
No dia seguinte Penélope me pediu para ajudá-la em sua empresa. Afinal a empresa agora era só dela. Ela me contratou com gerente. Minha primeira tarefa foi demitir meu antecessor. Que fiz com prazer. Depois fui dar uma olhada nas finanças. Mesmo assim eu não sabia de nada sobre a produção. Passei toda a manhã conversando com os funcionários mais antigos e nomeando um gerente interino. Percebi que Marcelo não era bem quisto na empresa. Foi fácil receber o apoio de todos na empresa. Quando estava terminando as coisas essenciais recebi a visita de um delegado e de um oficial de justiça. Fui preso acusado de agressão. Samanta tinha entrado com uma denúncia. Ela fez exame de corpo e delito, constatando vários hematomas pelo seu corpo. Não pude deixar de admirar sua estratégia. Ela alegou que eu entrei em casa e peguei ela conversando com Marcelo na sala. Tomado por ciúme eu parti para a agressão física, mesmo ela gritando que eles estavam apenas conversando. Foi um pouco constrangedor ser visto na delegacia como alguém que bate em sua esposa. Fui solto sob fiança no mesmo dia usando quase todas as minhas reservas. Recebi uma ordem de restrição para não me aproximar de Samanta, Marcelo e de nossa antiga casa, com validade de seis meses.
Enquanto os advogados cuidavam de assuntos de defesa e separações me mudei para a casa de Penélope. O sexo era incrível e ela tentava compensar o tempo perdido. Aceitei a vergonha de ter um relacionamento extraconjugal, afinal ainda não estávamos legalmente separados. Mesmo com este sentimento., não estávamos interessados no que nossos cônjuges estavam fazendo. Ficamos sabendo por amigos que os dois estavam se desentendendo. Samanta talvez tivesse aceitado inicialmente o caso com Marcelo por ele ser rico mas agora ele era o fracassado. Mas sabia que ela não ia desistir fácil.
Três meses depois o divórcio de Penélope foi o primeiro a se concretizar. Marcelo tentou lutar contra isso e certamente negou a acusação de fidelidade com unhas e dentes. Ele tentou argumentar que como a relação sexual entre ele e Samanta tinha o consentimento de Penélope não era traição. Tanto Samanta quanto ele testemunham em favor dessa versão. É claro que o testemunho de Penélope afirmando que eu e ela pedimos para eles pararem quando descobrimos sobre a traição. Eu posso expressar o quão orgulhoso fiquei de dela, naquele dia pois ela contou toda a história sobre a alegada frigidez dela com a cabeça erguida. Contou também, que tudo isso era devido ao pequeno equipamento de Marcelo e a sua técnica ruim de tratá-la como uma boneca inflável. A imprensa delirou com o escândalo sexual. A gravação de Penélope implorando para que ele terminasse seu caso com Samanta, e a gravação com Samanta falando que nada disso teria acontecido se ela fosse uma mulher completa, desequilibrou o jogo e a petição dele foi cancelada. Com sua integridade destruída e sua masculinidade arruinada ele deixou a audiência após isso e não o vimos mais. Nem ele nem Samanta pelos próximos três meses.
No julgamento por agressão, Samanta me olhou com malícia no tribunal da cabine das testemunhas. Ela Foi muito convincente ao descrever com lágrimas como eu a agredi sem motivos. Falo que não havia feito nada errado e que certamente não merecia ser espancada. O juiz me repreendeu quando aplaudi sua atuação. Marcelo foi um pouco menos convincente ao descrever que não poderia ter defendido Samanta, pois eu era bem mais alto e forte que ele. Dessa vez mostrei respeito ao juiz e não aplaudi. Em minha defesa, meu advogado resolveu mostrar as filmagens da sala de estar da minha casa no dia do ocorrido. O advogado de Samanta resolver apelar pois essas imagens não tinham sido anexadas durante o período de provas. Meu advogado justificou que não incluiu tais provas antes, pois eu estava impedido de me aproximar da casa até ontem, devido a uma ordem de restrição. Mediante essa explicação o juiz permitiu o anexo dessas novas provas. Percebi o rosto preocupado de Samanta e Marcelo quando o vídeo começou a passar na tela. Nesta cena, mostrava perfeitamente os dois planejando o que fazer logo depois que eu sai. Eles tinham desligado a câmera do quarto, mas não se atentaram com a possibilidade de haver outra na casa ou até procuraram e não encontraram. Na conversa, eles falavam sobre forjar uma agressão, me colocar na cadeia e me prejudicar no processo de divórcio. Pouco depois aparece Marcelo esganando-a, batendo em seus braços e dando tapas em seu rosto, além de chutes em suas pernas. Neste momento Samanta interrompe nossa atenção ao vídeo e descontrolada, dá um soco em Marcelo e fala que ele era inútil, que nem para procurar as câmeras direito ele servia. Ele olhou assustado para ela, que continuou ofendendo. O que mais gostei de ouvir foi quando ela o chamou de piroquinha. O povo todo da audiência caiu na gargalhada. Até o juiz, que mesmo pedindo ordem, tinha um leve sorriso nos lábios. O juiz imediatamente após o pessoal parar de rir, encerrou meu caso e mandou prender imediatamente o casal. Existem duas coisas que os juízes odeiam. Desacato e perjúrio. Quando Samanta já algemada ia passando perto de mim e de Penélope, percebi que ela olhava furiosa para a irmã. Prevendo uma possível agressão, entrei na frente dela e falei:
- Acho melhor você não bater em uma mulher grávida, isso não te ajudaria em nada no seu caso.
O rosto de Samanta se contorceu de ódio e posteriormente de desmanchou em lágrimas. Dois meses depois vi no jornal que os dois pegaram a pena mínima de doze meses.
Era hora de começar meu divórcio e a venda da casa. Minha esposa aceitou a minha petição inicial de 25% dos bens e sem pensão alimentícia. Ela sabia que estava derrotada. Após tudo resolvido era hora de tomar conta de minha nova família de forma integral e legal. Duas noites depois do divórcio homologado, banhados em suor, eu e Penélope continuamos nossa discussão prolongada sobre eu ter que compensar ela por todo o tempo desperdiçado. Acariciando sua barriga passando toda a energia positiva para nosso filho só pensava em como a vida dá voltas.
Um bom tempo depois, já com nosso filho nascido e muito amado, recebemos a notícia de que Marcelo e Samanta, já livres de suas penas, foram embora de nosso estado. Mas para lugares diferentes. Eram inimigos agora. Enfim eles prepararam, apontaram e como a arma estava enferrujada, o tiro saiu pela culatra.