“Não é o que parece, filho” papai falou pro Levi, agora se colocando na minha frente pra esconder meu pau que continuava duro.
“É por isso que o senhor quase não liga pra mim?” ouvir o Levi perguntando ao lado de seu namorado Leo “Só porque está ocupado demais transando com o Davi?”
“Não, nós não estamos--"
“Pra que esconder dele, pai?” o interrompi, saindo de trás do papai pra olhar pro meu irmão diretamente, mas como eu continuava duro e meu pau não queria baixar, sentir um pouco de vergonha, mais vergonha pelo Leo do que meu irmão. Então usei as mãos pra manter o pau pra baixo e não continuar apontando pra frente, então disse: “Papai e eu fizemos sexo” falei sem pudor, sentindo um leve tesão ao falar isso em voz alta.
Vi o Leo sussurrando algo pro Levi, e depois pareceu que o papai havia ficado com medo dele ir embora, então falou apressado: “Me espere vestir alguma coisa, filho. Assim podemos conversar melhor”
“Tá...” foi tudo o que meu irmão disse, e o papai me puxou com ele pro quarto para vestirmos algo.
Chegando no quarto, papai já foi jogando um short pra mim vestir e ordenou que eu colocasse logo.
“Não era pra você ter dito aquilo” disse o papai já se vestindo “Seu irmão não é qualquer um pra você falar aquilo de qualquer jeito, Davi. Ele merece uma explicação”
“De que fazemos sexo?” soltei um risinho, achando desnecessário contar ao Levi sobre os detalhes.
“As vezes você é tão ingênuo, filho” disse o papai já vestido, e eu me sentir um burro por ele me chamar de burro sem eu saber o motivo. “Mas eu ainda te amo” foi a última coisa que ele disse antes de me beijar na testa e brincar comigo falando que se eu não vestisse alguma coisa, não ia permitir que eu saísse do quarto.
Até que eu queria permanecer no quarto, mas sem o papai comigo, era entediante.
[...]
Estava maior climão na sala, um silêncio perturbador e eu me irritei pelo papai querer conversar com o Levi sozinho enquanto eu tinha que ficar com o namorado do meu irmão no sofá.
“Então Davi...” ele começou, ainda prestando atenção ao filme “Eu estava querendo lhe apresentar a uma pessoa, mas parece que não é mais necessário”
“O que quer dizer?” perguntei curioso, mas na vontade de ir lá espiar a conversa do meu pai e meu irmão.
“Eu soube do que aconteceu entre você e o Levi na faculdade, ele me contou no mesmo dia”
“O que ele lhe contou?” foi quando parei de prestar atenção a TV e ele me encarou sério.
“Que você o beijou”
Eu corei de vergonha, vendo ele dá um sorrisinho.
“Está tudo bem, eu não fiquei com raiva porque vocês são irmãos. Na verdade, achei até excitante quando o Levi me contou, porque tem gente que pagaria pra ver gêmeos se beijando”
“Você é um tarado” falei com certo alívio por ele não está com raiva, e ele soltou um riso.
“Não mais do que você” foi quando ele chegou mais perto de mim e falou baixinho: “Aqui entre nós, Davi, é gostoso transar com o próprio pai?”
“Eu não transei com meu pai só porque ele é meu pai”
Talvez nas primeiras vezes sim, mas agora ele não merecia ser tratado feito puto de esquina. E antes do Leo falar qualquer outra coisa, eu me levantei, mentindo que precisava ir no banheiro.
É claro que eu precisava escutar sobre o que meu pai e irmão estavam falando. Foi então que passei o corredor e fiquei próximo a cozinha, que era onde eles estavam e me mantive quieto e escondido. Não dava para vê-los, mas eu podia escutar.
“E faz muito tempo?” ouvir o Levi falando pouco envergonhado.
“Umas semanas...” papai respondeu acanhado.
“Mas pai... vocês estarem fazendo isso, não é motivo pra parar de ligar pra mim. Eu sei que eu pareço um pouco distante, mas o senhor também não parece se importar muito comigo”
Meu irmão parecia um tanto triste, e o papai pareceu demorar pra responder, como se pensasse numa desculpa.
“Sei que eu errei como pai, e eu sinto muito Levi. Mas...” então ele parou, e conhecendo meu pai, diria que ele estava escondendo alguma coisa.
“Mas o que pai? Foi o senhor mesmo que disse que eu merecia uma explicação, e não me importa vocês dois estarem transando, eu só acho que foi cruel da parte do senhor nem sequer ligar pra mim todos esses dias que fiquei na casa do Leo"
“Eu amo seu irmão, Levi”
“Era só isso?”
Era só isso? Até eu esperava mais, não é como se o papai não falasse que me ama todos os dias, dia e noite. E pensar que justamente por ele me amar tanto como filho, eu sinto que nunca poderia tentar um relacionamento romântico com ele. Mas ao menos fazer sexo com seu corpo é uma delícia, isso até ele encontrar alguém pra ele e parar de foder comigo.
Acho que eu deveria só desistir. Foi quando dei meia volta e comecei a andar de volta pra sala, mas parei no mesmo instante que ouvir o papai falar:
“Por favor, não diga ao Davi sobre o que estou prestes a falar. Se ele souber, sinto que ele não iria gostar, e eu não quero ele distante também” a voz do papai pareceu mais baixa, e eu estava quase entrando na cozinha de tão perto que fiquei da parede.
Meu irmão Levi estava em silêncio, provavelmente esperando o papai continuar, e eu também fiquei com medo de descobrir algo que ele não quer que eu saiba. Só que... ele é meu pai, não teria como eu ter desgosto dele, independente do que seja.
“Quando você começou a namorar com o Leonardo e o Davi ficou mais hostil, eu comecei a desconfiar que seu irmão te amava de um jeito mais intenso. E eu estava certo”
“Aquele idiota...” ouvir o Levi sussurrando tímido, e se eu não estivesse tão atento, ia chegar pra falar que eu já tinha desistido dele, mas o papai voltou a falar.
“Então com o tempo passei a ficar mais próximo dele, tentando ser mais amável, paciente e lhe dando mais atenção do que devia. Eu sabia que ele tinha seus amigos, mas o Davi parecia frustrado sexualmente, então me ofereci para...”
“O senhor achou que ele precisava de sexo? E fez a vontade dele?” Levi pareceu indignado e eu corei lembrando das primeiras vezes.
“Mas ainda não aconteceu penetração” o papai falou, me deixando mais vermelho.
“Como assim ainda?!”
E como se o papai tivesse ignorado sua pergunta, ele continuou: “Então aconteceu algo que me deixou preocupado” disse ele pouco acanhado e o Levi prestou atenção, assim como eu em silêncio ouvindo tudo com a mão no peito “Eu não sabia que precisava tanto do seu irmão perto de mim, até ver ele sofrendo por você e perceber que eu tinha ciúmes disso, ciúmes dele amando outro homem que não fosse eu. Então tentei fazê-lo esquecer essa possessão que ele tinha por você porque ele não conseguia enxergar que isso era sem futuro, mas na realidade, quem acabou esquecendo de você fui eu”
Eu tentei ligar os pontos, e demorei pra perceber que o papai acabou desenvolvendo uma paixão por mim também.
“O senhor tinha medo dele querer ficar comigo e esquecer do senhor?” ouvir o Levi falando num tom preocupado, só pra depois soltar um risinho “Pai, eu amo o Leo. Sem chance de eu ficar com o Davi”
Aquilo só não doeu mais porque o errado desde o início era eu. Eu não devia insistir tanto na pessoa errada quando eu tinha meu pai por perto. E quando pensei que não podia piorar, ouvir passos no corredor e virei o rosto pra ver o Leo chegando perto de mim, em silêncio e com um sorrisinho safado na cara. Eu fiz sinal pro Leo ficar calado, e ele só ficou do meu lado, também ouvindo o que os dois estavam conversando na cozinha.
“Não diga isso. Seu irmão pode agir pela emoção e ser agressivo as vezes, mas ele só precisa de alguém pra o orientar e ser um homem melhor” papai deu outra pausa e meu coração acelerou por ter um pai como ele. “Eu tenho inveja de quem ele escolher pra namorar no futuro. Queria poder ficar com ele mais tempo, porque do mesmo jeito que você está criando sua vida, um dia ele também vai, e não gosto de perder meus meninos pra outros homens"
O Leo que estava do meu lado tentou cochichar no meu ouvido, mas eu pedi a ele pra continuar quieto. Aquilo era demais pra ouvir assim e eu queria saber porquê o papai continuava achando que eu não poderia escolher ele pra ser meu homem.
“E o senhor acha que o Davi não sente o mesmo e só quer saber de sexo?” o Levi perguntou, e eu corei pelo Leo está ouvindo aquilo também.
“Ele nunca me enxergaria com outros olhos. Mesmo que alguns garotos da sua idade me achem atraente, não acho que o Davi iria querer assumir um relacionamento com o próprio pai que tem o dobro da sua idade” deu pra sentir a aflição do papai e eu pensei seriamente em aparecer e lhe beijar agora mesmo, mas algo me impedia, e não apenas pelo o Levi e o Leo estarem ali, mas também eu não queria que o papai soubesse que eu estava espiando.
“Já pensou em perguntar ao Davi? Talvez ele entenda, pai. O senhor não pode continuar fazendo as vontades dele só porque ele precisa de alguém pra transar. E se ele não perceber o homem maravilhoso que o senhor sempre foi, eu mesmo venho aqui e dou um tapa nele”
Ouvir o Leo do meu lado soltar um riso abafado, mas eu ignorei, pois pareceu que o Levi havia abraçado o papai na cozinha, e eu sentir que deveria ser eu lhe abraçando, como sinal de desculpas.
“Você me desculpa por não lhe dá a atenção que merecia, filho?”
“Está tudo bem, pai. Só não esqueça de me ligar quando eu estiver dormindo fora. Menos de noite, porque o Leo é muito barulhento quando estamos fazendo sexo” ele soltou um riso tímido e eu encarei o Leo do meu lado que sorriu bobo sem sentir vergonha por isso.
E pensar que o garoto era bonito mesmo.
“E é verdade que vocês dois vão morar juntos?” ouvir o papai perguntar ansioso e o Leo pareceu mais atento do que eu.
“Estamos vendo isso ainda, mas prometo que o senhor será o primeiro a saber”
Foi quando puxei o Leo comigo de volta a sala porque os dois pareciam que haviam terminado de conversar. Só sei que eu precisava tomar uma atitude em relação ao papai o mais rápido possível. E eu até posso ser péssimo com palavras, mas por ele, vale a pena tentar.
[...]
Estava quase anoitecendo, e o dia até que foi legal, no almoço nós 4 comemos juntos na mesa e as vezes eu tentava não ficar tão nervoso perto do papai, porque eu não queria ele fazendo perguntas sobre eu está tão ansioso e inquieto. Foi quando limpamos a cozinha, e momentos depois o Levi e Leo disseram que precisavam voltar, e logo o papai foi buscar alguma coisa no quarto antes deles irem embora.
“Ei vocês dois” o Levi chamou eu e o Leo e ele pareceu desconfiado de alguma coisa. Nós estávamos na garagem esperando o papai voltar.
“Olha, eu não fiz nada com seu namorado” fui logo me defendendo, antes que ele pensasse que eu tentei beijá-lo também. Eu estava quase levando fama de tarado.
“Eu sei que vocês dois estavam espiando o papai e eu na cozinha” ele disse olhando do Leo pra mim, e minha cara só confirmou que era verdade, pois eu fiquei surpreso por ele perceber. “Não sei qual é sua intenção com o papai, mas não machuque os sentimentos dele”
“Eu também estou cuidando dele, mais do que você, por sinal” falei sem querer expor mais.
“Pois não parece” ele revidou na esportiva e eu respondi também.
“Você nunca está aqui pra ver”
“Porque eu não quero ver vocês dois transando”
“Mentiroso. Eu sei que você gosta” brinquei, sorrindo malicioso pra ele.
“Vocês dois sempre brigavam assim quando eram pequenos?” ouvir o Leo perguntar, e ele parecia se divertir com aquilo.
Mas foi quando o papai voltou e parou do meu lado, me deixando ansioso por pousar a mão no meu ombro. E pensar que eu fui burro a ponto de não perceber antes. Mas fala sério, meu pai sempre foi desse jeito cuidadoso e amoroso comigo, fica difícil saber se é amor paterno, sexual ou romântico, mas vai ver foram os três ao mesmo tempo, porque independente de qualquer coisa, ele vai continuar sendo meu pai e eu vou querer fazer um sexo gostoso com ele.
“Isso é pra você, Levi” o papai falou lhe entregando uma foto antiga, mas era apenas o papai e...
“Eu e o senhor quando fomos a praia” ele falou sorrindo, e eu acabei sentindo ciúmes, mas não do meu irmão e sim do papai.
“Por que eu não estou nessa foto?” mesmo que sejamos gêmeos, eu não lembrava de tirar aquela foto com o papai.
“Porque o papai me ama mais do que você” o Levi falou brincando, mas eu não rir.
“Eu amo os dois igualmente. Só pensei que seria importante pro Levi e pra mim” então o papai me encarou e eu corei outra vez, porque ele parecia tão lindo que me dava vontade de beijá-lo na boca. “E você está comigo todo dia. Isso não é o bastante, Davi?”
Mas eu fiquei sem reação. A lembrança do papai na cozinha falando pro Levi que me ama não apenas como filho, mas como homem também, me deixava ansioso. E apesar de já ter transado com outros caras antes do papai, eu nunca tinha namorado sério, e imaginar meu próprio pai como meu homem da vida, me dava gatilho.
“Bem...” Levi voltou a falar, pois meu silêncio deixou um climão no ar “Leo e eu estamos indo, pai”
Então tudo aconteceu muito rápido. Vi meu irmão abraçando meu pai e o Leo também se despediu da gente. Eu ainda esperei eles dobrarem a esquina na rua dirigindo a moto, e só foi quando o papai me chamou pra dentro que eu voltei a realidade.
Estávamos sozinhos, outra vez.
[...]
Devia ser quase 23h e eu não conseguia dormir. Amanhã tinha aula cedo, e pra me deixar mais ansioso, ainda era aula com o papai.
“Foda-se” xinguei na escuridão do meu quarto, me levantando da cama e indo pro lugar de onde eu nunca devia ter saído. “Pai? Está acordado?” perguntei, mas sem resposta. “Deve tá dormindo...” murmurei, e sem pensar em voltar, tomei cuidado pra entrar debaixo do seu lençol. Meu pai tinha um cheiro tão sexy e atraente, e por estar nu, me deu um certo tesão porque eu também estava, mas mesmo com ele dormindo, eu me atrevi a abraçá-lo e tentei pegar no sono.
“...” seu braço me puxou pra mais perto e eu aproveitei pra me aconchegar melhor nele.
“O senhor está acordado?” perguntei baixinho, sabendo que sim.
“Sshh...” papai pediu silêncio e eu obedeci, sentindo seus braços me envolverem só pra que eu não saísse de perto dele.
Eu queria poder conversar com ele agora, porque amanhã talvez a gente não tivesse tempo, só que o papai precisava dormir, então eu só aproveitei aquele resto da noite para dormir tranquilo com o homem que eu amo.
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[pra quem esperava sexo gay, só na próxima parte. qualquer sugestão vou levar em consideração. obrigado e até a próxima]