“CONTINUAÇÃO DA HISTÓRIA DO PRÍNCIPE LUCIUS, MAS DESSA VEZ NA VISÃO DO SEU IRMÃO MAIS VELHO.”
Breinmer:
Um dia antes de sua morte…
De longe podia vê-lo se atrapalhar todo com o presente em suas mãos. Lucius, meu irmão mais novo, era um desastrado de primeira, e isso me tirava risadas sinceras. Ele tinha pouco convívio com as pessoas, sendo recluso e na maioria das vezes inocente.
- Trouxe para você, Caius! Pela sua bravura e empenho nos treinos - Lucius se tremia todo com a caixinha de madeira em suas mãos. A sua formalidade era risível. Meu irmão não sabia, mas somente aquela caixa de madeira era mais cara que qualquer coisa que o soldado pudesse comprar em meses de trabalho.
- Por que? O que eu fiz pra merecer? - o soldado, disse-lhe rispido. Quase grosseiro.
Não era segredo para ninguém do exército o quanto o Caius era habilidoso e concentrado em seus treinos, sempre aprimorando suas habilidades de ataque e defesa, que para se dizer a verdade, era uma das melhores do reino. O cara era uma máquina de músculos e cheio de uma raiva reprimida. Havia sido muito maltratado na infância, torturado e castigado pelos seus senhores. Mas, apesar de talentoso e silencioso, Caius era instável e agressivo, o que podia soar desrespeitoso para muitos nobres.
- É um presente, apenas isso… - vi quando suas mãos começaram a tremer. Lucius era tão sentimental que certamente choraria se o soldado não aceitasse seu presente.
- Não preciso, obrigado! - o homem virou as costas para Lucius. Vi seus olhos brilharem ao me aproximar e soube que tinha que intervir.
- Não sabe que é desrespeitoso não aceitar um presente do seu príncipe? - Fiquei ao lado de Lucius, chamando a atenção dos homens que treinavam próximos a arena. Muitos ja esperavam uma bela bronca.
- Majestade, perdão! Não sinto que mereça tal presente - me falou.
Os outros soldados assistiam a cena com atenção, estavam confusos e admirados por Caius negar o presente. Era raro os plebeus ganharem algo de valor. Principalmente de alguém ligado diretamente ao rei.
- Não precisa se achar merecedor, meu irmão se agradou com sua performance e quis lhe presentear, nada mais - dei o assunto por encerrado, o fazendo engolir seco.
- Perdão - o soldado se desculpou e pegou a caixa das mãos de Lucius, sem nem ao menos olhar para o seu rosto.
Caius se virou e começou a caminhar, mas foi interrompido por Lucius, que mesmo com a voz falha pela timidez teve coragem de perguntar:
- Não irá abrir? - perguntou-lhe.
- É claro.
O soldado a contragosto abriu a pequena caixa e tirou de dentro as ombreiras feitas a mão que Lucius pediu para os ferreiros dos guardas reais fazerem. As peças eram detalhadas e esculpidas nos mínimos detalhes, nem mesmo uma pessoa tão grosseira como o Caius podia deixar passar batido o quanto aqueles objetos eram caros.
- São de prata? - o soldado perguntou admirado.
- Sim, eu mesmo as escolhi. Acho que combinam com você - Lucius lhe disse todo animado.
- Obrigado, majestade! Se me deem licença - Caius se curvou e saiu com o presente em mãos.
- Todos de volta ao treino! - ordenei aos outros que assistiam a cena. Em segundos todos voltaram a treinar. - Esse é o homem pelo qual se apaixonou meu irmão? Com tantas escolhas no reino. - Zombei, o acompanhando até a saída.
- Ele é muito bonito e tem algo que gosto… não sei dizer - deu de ombros, tímido. - Ele é o único que não me trata como se fosse feito de vidro. Ou um ser anormal.
- Entendo - falei compadecido. Mesmo sabendo os motivos reais do qual Lucius admirava o Caius. - Não achou demais o presente, Lucius? Esses tipos de materiais são usados por guardas do castelo, não por soldados.
- Exagerei?
- Um pouco, mas o que vale é que você conseguiu finalmente conversar com ele - brinquei.
Lucius sorriu, parecendo contente de finalmente conversar com o homem que admirava.
- Ele não me pareceu gostar. Viu o jeito que olhou para as ombreiras? - o sorriso saiu de seu rosto, dando lugar a uma feição triste.
- Só um louco não gostaria do presente. Nem eu ganhei algo tão caro vindo de você - o provoquei.
- Verdade - voltou a sorrir. - Vou voltar para minha aula. O professor deve estar me esperando no castelo - fez uma carinha de cansaço.
- Até mais tarde, irmão!
- Até!
Lucius caminhou para fora da arena acompanhado dos guardas reais, e por onde passava, as pessoas reverenciavam-o. O deixando sem jeito e ainda mais envergonhado. O meu lindo irmão de cabelos vermelhos não tinha noção do peso que carregava nas costas, ainda mais se parecendo com o prometido dos contos e canções antigos. Era dito nas escrituras a vinda de um jovem príncipe vermelho. Um garoto de feições doces e de características marcantes e únicas — tudo o que Lucius era. — Não foi difícil para o povo logo o taxar de “O destinado”, assim que o viram nos braços do nosso pai. Os cabelos vermelhos, a pele branca e intocável, eram o bastante para que as crenças antigas voltassem para a mente dos mais fervorosos.
- Oh, prometido! - ouvi uma velha senhora parar Lucius, se ajoelhando aos seus pés.
- Se afaste, senhora! - um dos guardas retirou a mulher de perto de Lucius, que se assustou com a presença inesperada da mulher.
Eram por essas razões que Lucius nunca andava sozinho, era sempre escoltado por guardas e monitorado 24 horas por dia. A fé era algo forte no reino e isso podia ser uma arma para os nossos inimigos, que diante a figura messiânica que meu irmão carregava, sua cabeça se tornava alvo.
- Não sei como ele não enlouqueceu com essas pessoas - Erick encostou no pilar ao meu lado.
- Eu estaria louco com essa pressão diariamente - o Deinver apareceu logo em seguida com seu enorme arco nas mãos. Os dois eram guardas da elite do reino. Tanto Erick e Deinver possuíam miras precisas e surreais com suas flechas certeiras. Era quase impossível errarem o alvo.
- Lucius é forte e inteligente, ele sabe o quanto sua imagem é importante para os fiéis - comentei.
- Hum.
- Tem novidades do Silver? O general do exército de Dragon abriu o bico? - fitei o Deinver. Há alguns meses ele havia posto seu amigo de um bordel do sul, como espião. Silver era um garoto de prazer, atendia os homens mais influentes e ricos do reino. O jovem prostituto era tão belo quanto perspicaz e inteligente, sendo um bom espião.
- O cara ainda não abriu o bico, mas vai - o arqueiro disse convicto - o Silver é bom no que faz. O garoto consegue seduzir qualquer um com sua beleza e safadeza. Eu mesmo quase caí na sua lábia.
- Qualquer um que estiver mamando seu pau pode te iludir - o Erick revirou os olhos, me fazendo rir.
- Isso não é mentira - zombei, deixando o Deinver falsamente ofendido. Achei que o arqueiro iria tentar contradizer o que falei, mas apenas mudou de assunto.
- Vai ao exército essa noite? - Deinver me perguntou, olhando-me dos pés a cabeça. O Erick apenas sorriu malicioso.
- As 23:00! Vou ficar um pouco com o meu pai e os mestres. Aqueles velhos estão me enchendo o saco.
Como dito, passei a noite toda com os mestres de guerra. Os ouvia e analisava suas estratégias assim como fui ensinado por meu pai. Essa era a tarefa de um rei; ouvir e depois analisar cada proposta.
- A sua futura esposa o espera, meu príncipe! O seu casamento será de grande serventia para essa guerra. Os homens de Ulisses são habilidosos e fortes, é de extrema importância que o tenhamos ao nosso lado - um dos velhos direcionou sua atenção a mim.
- Claro, irei assim que amanhecer. Não preciso que me lembre dos meus deveres - falei com rispidez.
- Perdão, príncipe Breinmer! Mas o senhor adia esse momento a meses…
- Já lhe disse que irei ao amanhecer. Preciso ser mais claro? - o olhei furioso.
- Senhor Drico, o meu filho tem ciência dos seus deveres, ele irá cumprir o seu dever como meu sucessor e futuro rei do nosso reino - meu pai interviu.
- É claro, meu rei - o homem se sentou em sua cadeira.
A noite transcorreu com trocas de experiência e sabedoria entre os mestres. Meu pai analisava todos os conselhos com atenção. Noidês era experiente e sabia como lidar com esses conselheiros sem perder a paciência. Me dizia que era um dom que aprendeu com o tempo, e que sem perceber, eu saberia como acalmar os velhos mestres.
- Demorou! - Deinver me recebeu da porta do seu quarto. Ele e Erick dividiam o pequeno comodo no exercito, eram quase inseparaveis. Em muitos momentos me via como um peça sobrando no tabuleiro, mas o Deinver sempre me dizia que era besteira.
- Aquele velho asqueroso do Drico me enche a paciência - entrei no seu quarto.
- A história do casamento?
- O que acha? - Deinver sorriu e se aproximou de mim no meio do seu quarto. Sensual, ele pousou suas mãos no meu abdomen e nas pontas dos pés selou nossos lábios.
- Gosto quando está com raiva. Você fica muito mais gostoso - me olhou após desgrudarmos nossos labios.
- E quando te pego com força? - perguntei, o apertando ainda mais contra o meu corpo.
- Amo.
Voltei a beijar seu lábios, ao mesmo tempo que me despia aos poucos, ficando nu em poucos segundos. O Deinver me acompanhou e tirou a fina camisa e calça que usava, se aproximando novamente. O encaixe dos nossos corpos era perfeito, com nossos paus se tocando e friccionando conforme nos mexíamos.
- Percebi que preparou o seu buraco para me receber! - sorri próximo aos seu lábios. Sua entrada estava melada com óleo corporal, deixando meus dedos molhados com o cheiro delicioso do produto.
- Sempre tão ansioso, meu príncipe! Não sou um prostituto. Meu corpo precisa de cuidado e atenção de sua boca deliciosa… - o safado do arqueiro prendeu meus fios dourados entre seus dedos. Com certa força o arqueiro me fez agachar na sua frente, deixando meu rosto próximo ao seu pau que sem pudor abocanhei com fome e desejo. - Delícia… está cada vez melhor, Breinmer! Você me leva ao céu - Deinver arfou.
Após lambuzar o seu pau com minha língua e o deixar limpo, o peguei pela cintura e com pouca força o joguei na cama atrás dele. Deinver riu sexy sabendo o que viria, abrindo as pernas para me receber.
- Sou todo seu principe! - me chamou com os dedos enfiados em seu cuzinho melado.
Sorri, me aproximando da cama e o puxando pelas coxas lisas, o posicionando na beirada da cama. Em pé, fora da cama, peguei suas pernas e as deixei nos meus ombros. Logo depois, com cuidado o penetrei lentamente com meu pau grosso. Deinver se segurou em minhas coxas e gemia manhoso a cada centímetro que o alargava.
- Começaram sem mim? - Erick apareceu na porta. O safado não precisou de convite algum, apenas se despiu e veio na nossa direção manuseando o pau em uma punheta.
- Achei que não viria nunca - sorri para o outro arqueiro.
- Antes tarde do que nunca - disse próximo aos meus labios antes de me beijar e nossas línguas dançarem uma na outra. Enquanto isso fodia o Deinver que gemia cada vez mais alto na cama. Se segurando em minhas coxas.
Após um tempo nos beijando, Erick se afastou e sorriu para mim, subindo na cama logo em seguida e deitando sobre Deinver. Se movendo em cima do outro, Erick escorregou até ficar com o pau próximo dos lábios de Deinver que entendeu o recado e engoliu a cabeça do seu pau. Ficamos naquela posição por um tempo. Deinver gemia com seus dois buracos sendo fodidos.
- Vira esse cuzinho! Fica de quatro pro seu macho - ordenei ao sair de dentro de Deinver. O Erick se afastou tambem.
- Desse jeito? - o arqueiro fingiu não saber o jeito que gostava de foder seu rabo.
- Mais empinado! - dei um tapa na sua bunda antes de empurrar sua cabeça contra o colchão.
- Chefinho está bravinho - Erick comentou ao meu lado, assistindo minha dominância sobre o nosso amigo.
Ainda de pé na beirada da cama me aproximei e penetrei de uma só vez o rabo experiente do Deinver, o fazendo urrar dolorido. O passivo se segurou no forro da cama para buscar um consolo para o modo como fodia seu cuzinho.
- Ai, ai, ai! Mete mais! Me fode, meu príncipe! - o garoto pedia ainda mais força e velocidade nas estocadas. Assim como pedido aumentei ainda mais o ritmo.
- Te quero mais inclinado Breinmer! - o Erick segurou minha nuca e me fez deitar em Deinver. Após isso o safado encostou a cabeça da sua pica em minha entrada e lentamente me pentetrou. Meu gemido se misturou ao de Deinver, e com meus movimentos no seu cuzinho com o vai e vem, acabava me empalando ainda mais no pau do Erick que me fodia ao mesmo tempo que eu fodia o Deinver.
- Quero gozar na sua boca Breinmer! - o arqueiro me pediu.
O garoto escorregou da cama se desconectando do meu pau, e logo em seguida se ajoelhou na minha frente e me fez chupar seu pau. O chupei ao mesmo tempo que era fodido por Erick, que segurando minha cabeça pela nuca, comandou os movimentos do oral que fazia no Deinver.
- Tô gozando! Puta que pariu! - o Deinver estocava minha boca como se fosse um cu.
- Eu tambem! Pelos deuses - o Erick urrou nas minhas costas. O seu pau parecia ter inchado antes de leitar todo meu cuzinho.
Os dois gozaram quase ao mesmo tempo, pois o Deinver gozou em minha boca poucos segundos depois que o Erick terminou de esporrar meu cuzinho. Era uma loucura de prazer e sensações que só o sexo podia oferecer.
- Delícia! - limpei o pau de Deinver com minha língua.
- Estou exausto - o Erick saiu do meu cuzinho e tombou ao meu lado com sua bunda para cima.
- Eu ainda não terminei putinho - subi em Erick e escorreguei o pau em seu cuzinho que me recebeu até as bolas. O arqueiro urrou ao ter o rabo preenchido pelo meu pau, e com o amparo de Deinver na sua frente, Erick gemeu até que eu chegasse ao meu orgasmo. - Vem meu lindo! - chamei o Deinver, o beijando antes de deitar sua cabeça na cama. Ordenei a mesma coisa para Erick que deitou a cabeça próximo de Deinver e seguiu o amigo abrindo sua boca e expondo sua língua para receber meu esperma. Com o prazer acumulado de dias, me derramei no rosto dos dois safados, os deixando melados com meu leite esbranquiçado e quente. - Puta que pariu! - balancei minha pica para que as últimas gotas de porra pingassem na língua de Erick.
O Deinver devoto a putaria, limpou minha pica com algumas chupadas e depois beijou o Erick que trocou saliva com o amigo. A visão era deliciosa de se assistir, ainda mais sabendo que dividiam o sabor do meu esperma em suas bocas meladas.
- Dois putos! - ri e deitei na cama exausto. Os dois vieram logo em seguida e deitaram cada um de um lado.
- Quando vai conhecer sua futura esposa, Breinmer? - o Erick me perguntou.
- Já está sabendo? - voltei a minha realidade e o peso da realeza.
- Sim.
- Irei amanhã na parte manhã. Meu pai acha de bom tom eu ir antes que a guerra se intensifique no sul - falei. - Ulisses está me esperando com sua filha.
- E o Lucius? - Deinver abriu o bico pela primeira vez.
Respirei fundo, me lembrando que ficaria dias longe do meu irmão.
- Vai ter que aguentar alguns dias sozinho - me ajeitei na cama.
- Fizeram de novo? - Erick perguntou com malícia.
- Não.
- Por que? Achei que tinha adorado comer seu irmãozinho - o Deinver perguntou. Estava mais alto, apoiando a cabeça com a mão e o cotovelo na cama. O safado ainda aproveitou para alisar me abdômen com a mão livre. - Eu ficaria louco se tivesse aquele ruivinho em minha cama. Aqueles labios rosados e chamativos. - Viajou com as caracteristicas de Lucius.
- E amei. Mas não é certo, o Lucius não merece ser usado como o usei - bufei.
- Puritano - o Deinver riu.
Adormecemos da maneira que estávamos, com o Deinver me alisando até pegar no sono em sua cama enorme. O safado ainda tirou um tempo para mamar minha pica, me sugando até que gozasse em sua boca. Após isso foi que me abraçou de lado e adormeceu como o Erick.
No outro dia, acordei antes que amanhecesse e sai do quarrto de Deinver e Erick, os deixando para poder me arrumar e ir ao encontro da minha futura esposa. Os guardas reais estavam se preparando para a partida, apenas tive tempo de tomar banho e vestir as roupas reais.
- Iremos pela estrada do vale. Ulisses nos espera! - o guarda real me disse após passar os detalhes da viagem. Iríamos com 30 homens. Sendo 20 soldados plebeus e o resto guardas reais da elite do rei.
- Não irá se despedir do seu pai e do seu irmão? - o mesmo guarda perguntou.
- Não - respondi. - Pretendo voltar o quanto antes.
- Certo.
Partimos poucos minutos depois, deixando a segurança dos portões do reino. Após horas de viagem me arrependi de não ter me despedido, principalmente de Lucius que era muito apegado a mim. Havia anotado mentalmente para comprar um presente para meu irmão mais novo, como pedido de desculpas. Lucius certamente amaria uma tiara nova.
Fim!
Extras:
“O príncipe Breinmer morreu antes de chegar nas mediações das terras do lorde Ulisses. Os seus homens foram cercados na estrada e foram pegos de surpresa em uma emboscada dos homens de Dragon, que tinha conhecimento do casório. Era uma forma de desestabilizar o rei. Mal sabiam que no sul, nas terras que haviam tomado de Noides II, um jovem prostituto dava fim a vida do seu general. Destruindo a maior ameaça e braço direito dos invasores.”
“Breinmer ainda conseguiu matar muitos dos inimigos, mas estava em desvantagem numérica.”
Caius:
Dias após a partida de Breinmer…
Fora a primeira vez que o povo viu o sorriso desaparecer do rosto angelical do filho mais novo do rei. Lucius emanava uma luz divina por onde passava, o povo o amava e o idolatrava como uma divindade. O garoto era o escolhido. Mas, como se a felicidade tivesse sido arrancada do seu peito, o príncipe de cabelos vermelhos não sorria e nem mesmo olhava para a multidão que esperavam ansiosos para prestar homenagens ao falecido príncipe Breinmer. Sua feição era gélida, como se estivesse oco por dentro.
- Próximo! - Magno ordenou do imenso portão onde as pessoas esperavam para entrar na catedral.
- Tudo isso e nem vão chegar a ver o corpo do príncipe - Brutus comentou, estava de guarda como eu. Nosso trabalho era acalmar ou repelir qualquer tipo de ameaça ao rei e o jovem principe Lucius, que agora era o único sucessor de Noides II.
- É mas como um sinal de respeito, eu acho. Breinmer era querido pelo povo - respondi.
- O príncipe está estranho, não acha? Ele me parece…
- Morto por dentro - completei a sua frase, direcionando minha atenção ao príncipe que se mantinha inerte, sombrio e estático ao lado do trono do pai.
- Isso.
A despedida de Breinmer foi algo digno de um membro da realeza, os guardas reais reçoaram o grito de guerra, e em um último ato de respeito se curvaram ao caixão do príncipe com suas espadas empunhadas para o alto. O povo se dispersou aos poucos, muitos ainda tinham a esperança de ver o corpo de Breinmer, mas foram barrados.
- Meu principe! - chamei por Lucius ao vê-lo sair com os guardas reais.
- Sim - me olhou sem expressão alguma no rosto delicado e jovem.
- Sinto muito pela sua perda, Lucius! Não posso saber o que está sentindo nesse momento, mas…
- Majestade - me interrompeu.
- Senhor?
- Sou seu príncipe, não seu amigo. A nossa relação é estritamente formal e movida pela segurança do reino - me respondeu friamente, se virando e saindo com os guardas, que pelos emblemas em seus peitos, sabia que eram filhos de membros da realeza. - As ombreiras ficaram boas em você. Faça bom uso delas, soldado. Poucos tem a cortesia de um príncipe - falou, carregado de um humor sombrio.
- Saiba seu lugar, soldado. Pode ser habilidoso com a espada, mas não passa de um plebeu que o capitão resgatou das ruas. O príncipe Lucius não é alguém com quem possa conversar abertamente - um dos guardas reais me disse, voltando a sua atenção ao príncipe que caminhava rumo a sua carruagem.
Brutus me olhou de soslaio, mas pouco disse sobre o acontecido, sabia reconhecer quando não queria brincadeiras. Apesar de solícito e carinhoso com o povo, Lucius era tão corrompido pelo poder quanto os velhos senhorios que me mal trataram na infância.
- O príncipe está de luto, Caius. Certamente terá a oportunidade de se explicar e conceder-lhe sua honra ao Breinmer - Magno que havia ouvido e visto a cena, apertou meu ombro direito.
- Não preciso - escapei do seu aperto no meu ombro - sou um soldado, meu trabalho é treinar e lutar pelo povo, nada mais!
- Se diz.
Magno se afastou e foi em direção ao rei Noidês II, que apertou sua mão e o agradeceu pelo sinal de respeito ao falecido príncipe.
- Lucius não é desse jeito, Caius! Já o vi no meio do povo como um simples plebeu e também dividindo comida com os famintos - Brutus me disse assim que saímos dos nossos postos.
- Não me pareceu, e sabe de uma coisa, estou acostumado a ser menosprezado e maltratado por pessoas do tipo dele. As marcas de chicote em minhas costas são provas disso - retruquei, saindo do grande salão.
- O príncipe está de luto, Caius. Não achou que ele iria sorrir e agradecer sua oferta de pêsames, achou? - me perguntou. - E você sempre o tratou rudemente nas visitas ao exército, e mesmo assim ganhou presentes do próprio. Quem dera eu ter recebido mimos e atenção da realeza.
- Eram apenas roupas e acessórios de armadura - dei de ombros, fingindo não ligar pela atenção de Lucius.
- Sabe o que pessoas como nós já ganharam dos grandes nobres? - balancei a cabeça negando - nada! Absolutamente nada, Caius. Isso o torna um soldado valioso.
- Não me importo. Mas se te alivia um pouco a mente, nunca gostei do príncipe Lucius, e prefiro que ele esteja longe de mim - dei por encerrado o assunto.
Além dos punhos que muitos chamavam de aço, os meus pensamentos eram tão rígidos e inflexíveis, ainda mais quando já tinha opinião formada a respeito de alguém. E Lucius não passava de um garoto mimado.
Lucius:
Anos depois…
Os preparativos para o festival de inverno estavam chegando. Era uma tradição antiga que passou de geração em geração. Meu pai me dizia que as mudanças de estações eram algo sagrado, era a natureza se renovando mais uma vez. Um ciclo do qual ela estava destinada a traçar. Então, mas do que certo era que comemorássemos o novo ciclo.
- Isso é torta de maçã? - Caius me perguntou abismado.
Havia mandado as cozinheiras preparem a torta que tanto o soldado dizia querer comer na sua infância. Quando garoto, Caius trabalhou em muitos lugares, alguns até como um escravo de homens cruéis que o batiam a cada erro que diziam que havia cometido. Foi desse trauma que surgiu sua aversão a qualquer tipo de carinho e agrado vindo dos nobres. Enfim, a torta era uma representação do quanto o amava e queria que ele tivesse tudo o que lhe negaram na infância.
- Me disse que sempre sonhou em comer uma quando criança. Mandei que a fizessem para você - comentei.
- Mas, por que? Eu não… - Caius me olhou como se não entendesse o que estava acontecendo.
- Quero que prove tudo que queira e deseja, Caius - me aproximei dele - eu sou o futuro rei, e tudo que estiver no meu alcance eu farei para te agradar. Você é o homem que eu amo! - o beijei carinhosamente, mas não durou muito. Bruto, o soldado me agarrou com seus braços fortes e me jogou na cama sem muito esforço.
- Você me deixa louco, garoto - subiu por cima de mim na cama, beijando o meu pescoço até chegar nos meus lábios, onde se enfiou com a língua.
- E você, soldado. Me ama? - o perguntei após nossos lábios se afastarem.
- Eu amo seu cheiro, a sua pele branca, o seu cabelo vermelho… amo como se abre sem reservas ao meu pau - sorriu próximo dos meus lábios - e por fim, o amo como nunca amei ninguém na minha vida. Mesmo eu tendo sido um imbecil no começo.
O imenso pau do soldado encostou em minha entrada e escorregou para dentro como brasa em me cu. Havia se passado anos desde que ficamos nas montanhas do norte, mas mesmo assim não havia me acostumado com seu enorme falo em meu rabo. Caius era enorme e grosso. Nem mesmo o Breinmer, meu irmão mais velho, tinha um pau avantajado como o Caius.
- Ai, seu ogro! - o repreendi assim que senti suas bolas baterem em minha bunda.
- Quer que eu pare?
- Nunca!
Lacei seu corpo, não deixando que saísse de dentro de mim. O soldado apenas sorriu e se jogou sobre o meu corpo, me cobrindo com seus músculos. Caius me amou por um tempo delicioso.
- Acho que não consigo andar! - disse após Caius gozar duas vezes em meu rabo.
- Se depender de mim, com certeza! - o safado riu.
Ficamos deitados por um bom tempo em nossa cama. A minha vida parecia ter ganhado emoção, o soldado bruto me deixava seguro e ao mesmo tempo feliz. O sexo era muito bom, mas sua presença e os seus cuidados eram ainda melhores. A nossa relação não podia ser revelada ao povo, mas a maioria dos criados do castelo sabiam o que fazíamos, ainda mais com meus gemidos barulhentos todas as noites.
Fim!
Extras:
“O rei Noides II não sabia dos espiões que seu filho Breinmer havia mandado para o sul. Silver, o prostituto que Deinver mandou para tirar informações do general do exército de Dragon, foi a peça chave para o triunfo do reino. Após dois anos do fim da guerra que Silver ganhou conhecimento e foi recompensado com muito dinheiro que o próprio Lucius o presenteou.”
“Após assumir o seu lugar como rei, Lucius declarou o trabalho de Silver, como: A vingança vermelha. Era uma forma de homenagear o prostituto que vingou a morte de seu irmão mais velho, e que também cortou a cabeça da serpente do inimigo, o mandante da emboscada, Ival. O general de Dragon, um ser repugnante e assassino.”