Nas Ruas de Recife 9

Um conto erótico de Jonas
Categoria: Heterossexual
Contém 2714 palavras
Data: 30/03/2024 01:32:32
Última revisão: 14/04/2024 22:31:20

Eu tava no Paraíso.

— A gente vai ter que transferir o paciente do leito 03 mesmo meu véi! Alí a bronca é pesada. Não sei como admitiram no bloco um cara com aquela cardiopatia. Ele ter saído vivo dessa cirurgia já foi um milagre.

— Vocês fazem a merda e sobra pra enfermagem. Porra, uma hora dessa! Vai ter que ir a equipe completa, viu? Pode ir lá discutindo com seus colegas quem é que vai de médico, que eu não vou me fuder sozinho nessa não.

— Discutir o quê? vão jogar pra mim que sou residente, é claro? É melhor a gente ir logo esquecendo a festinha de réveillon pois não tem hora para nos liberarem dessa remoção hoje não.

Caralho, uma transferência de paciente no final de plantão do dia 31 de dezembro era mesmo pra se fuder. Depois de confirmar esse “presente de fim de ano” , Fábio foi preparar a papelada da transferência e confirmar o destino do paciente na central de regulação de leitos. E eu tinha que preparar o Seu Amaro para remoção ( sinais vitais, medicação, equipamentos, acionar ambulância, exames, prontuário), além de dividir esse “presente” com minha equipe de técnicos.

— Não chefe, essa hora não! Joga essa remoção pro plantão da noite, hoje é dia 31. e meus amigos já estão aí no estacionamento do hospital me esperando, a gente combinou de viajar agora de noite pra praia de Xaréu. eu não vou não pra essa remoção.

— Eita que a viadagem ia se soltar na praia hoje!

— Ia se soltar, não. Vai se soltar! E quem devia ir na transferência era tu mesmo negona, Quem mandou tu liberar Rúbia e Marilene?. Era a vez delas de sair em remoção.

— Vai comigo jailza?

Jailza me olhou nos olhos e por uns instantes ficamos nos encarando. Desde aquele dia no motel nossa relação realmente tinha mudado. Não digo que ela tenha ficado fria comigo, até pelo contrário, estava mais disponível e dedicada ao trabalho, sempre perguntando sobre como eu estava, sobre Sara, Mariana. e também mais disposta e aberta para conversar comigo sobre sua vida , seu cotidiano. Tínhamos, afinal, nos tornado amigos. E era estranho demais esse tipo de relação com Jailza depois do que tinha acontecido entre nós. Sim, no fundo, estávamos tristes por ter que reprimir aquela atração forte e mútua que definitivamente não era só de amizade e que continuava viva.

— Eu vou com você sim, Jonas.

Jailza respondeu com um tom sensual que queria dizer muito mais do que apenas me acompanhar nessa missão desagradável de fim de plantão. E eu percebi novamente aquele olhar que ela me lançou na nossa última transa naquele motel barato da Avenida Sul do bairro de Afogados. Parecia que tinha sido no dia anterior. Porém, muita coisa tinha se passado.

Depois que Amanda se separou de Roni, passou a nos visitar com muito mais frequência. Ela e o pequeno Matheo se tornaram muito mais presentes na minha vida e na de Sara e vínhamos nos transformando em uma única família. Não preciso dizer da alegria de Mariana com a presença de seu bonequinho. Só que, ainda que eu gostasse de ver como Sara estava feliz com essa maior proximidade com Amanda, e isso se mostrava num maior fogo dela na cama comigo, tinha uma situação que, pouco a pouco, foi ficando desconfortável para nós três.

Obviamente, era comum que as duas saíssem muito juntas, só as duas. Às vezes passavam a noite toda fora, e eu claro que sabia que estavam transando. e isso não me incomodava. Mas fazia uns dias que o clima entre elas parece que esfriou, e Amanda já não nos visitava com tanta frequência. E isso entristeceu muito Sara. Mais do que seria normal, eu pensei. E hoje que iríamos passar o réveillon juntos, seria a oportunidade para conversarmos sobre o que nos tornamos afinal.

— Ei gorilão, já tá vindo? Amanda tá aqui já. Tá mandando um beijo e Mariana tá ansiosa também perguntando por você.

Vi a mensagem do zap e fiquei feliz, parecia que as duas tinham se acertado.

— Oi Gostosa. Apareceu uma transferencia de urgencia, né foda? vou me atrasar. Mas assim que eu me liberar, vou voando praí. Te amo demais.

— Venha com calma. Nós três estamos ansiosas te esperando.

Essa ênfase no “nós três” me deixou curioso. Essa virada de ano tava prometendo.

Acomodamos Seu Amaro na ambulância e orientamos o motorista para seguir como sirene e sinalizadores ligados. Eu e Jaílza íamos atrás monitorando o paciente

— Né melhor eu ir aqui atrás com o paciente? no caso de uma intercorrência…Fábio perguntou, olhando desejoso para Jaílza.

— Ele tá estabilizado Fábio. Pode ir tranquilo na frente como o motorista. Respondi Irritado.

— Eu tô vendo então que o casal voltou, né?

— Porra Fábio, tu só fala merda. Jaílza falou alto, encerrando a conversa.

Partimos a toda velocidade para o PROCAPE, no bairro de Santo Amaro. Tivemos sorte, e tudo transcorreu sem problemas na remoção. De volta ao hospital, passei o plantão para minha rendeira e me apressei para ir pra casa.

— Saindo do hospital, indo pra casa. Mandei pelo zap pra Sara.

— Amém, estamos te esperando, vem logo gostosão!

Enquanto eu procurava um Uber pelo celular, ouço uma voz agradável e conhecida.

— Vai sair sem nem me desejar feliz ano novo é?

— Eita jaílza. Eu te procurei mas não te vi. Vai passar o reveillon onde?

— Vou sair com umas meninas lá da rua. Amigas minhas de muito tempo. A gente vai pra Boa Viagem.

E ficamos nos olhando sem saber o que dizer um para outro. Até que nos abraçamos forte, bem colados. E eu pude sentir aquele corpo delicioso agarrado no meu, o cheiro dela que nunca saiu da minha cabeça, a respiração forte. Nos perdemos naquele abraço como se não quiséssemos sair mais dali. Até que um carro buzina perto de nós.

— Dona Jaílza?

Ela apenas se solta de mim e entra no Uber sem dizer nada e sem olhar para trás.

Pela janela do Uber vejo a movimentação apressada das pessoas e carros nas ruas de Recife. Do Bairro do Derby onde trabalho até a Caxangá onde moro, é um percurso rápido. Mas o trânsito agitado retardava a viagem. Fico pensando em como minha vida virou de cabeça para baixo nos últimos meses. As revelações de Sara, o rolo com Jailza e, agora, a entrada de Amanda em minha vida.

— Indo pra casa patrão?

— Pois é, vou passar um reveillon em casa finalmente.

— Não tem coisa melhor, patrão. Vou rodar até as 11 horas e depois vou pra casa também. Pegar minha esposa e minha filha e levar pra igreja, romper o ano em vigília com a graça de Deus. O senhor é casado?

— O senhor tá no Céu, irmão. Sou casado sim e também tenho uma filha. Ela tem 7 anos.

— A minha tem 5. Carol.

Aí, nem sei porque, pensei naquela crentezinha linda com sua filhinha que também se chamava Carol e que eu ajudei no terminal de ônibus uns meses atrás. Eu tava perturbado naquele dia, mas não pude deixar de notar como ela era gostosinha. Seria muita coincidência. O irmão nem poderia imaginar que eu tinha cobiçado a mulher do próximo. E no caso, tava mesmo muito próximo. Sorte dele ser casado com aquela belezura. Ele, na igreja rezando e eu, no meio do furacão. quem de nós dois estava mais próximo do paraíso?

— Painho, que demora!

Mariana, como sempre, deu um pulo em minha direção ficando pendurada em minha cintura como se fosse uma macaquinha. Abracei ela forte e depois ganhei um beijo apaixonado de Sara, que veio me receber ainda na entrada do apartamento. Amanda estava no sofá da sala e também levanta e vem me abraçar. No meu ouvido, exalando um hálito gostoso de vinho tinto, me deseja feliz ano novo.

Comemos, conversamos animadamente, recebemos a visita de alguns vizinhos do prédio, respondemos mensagens e telefonemas de parentes e amigos, Matheo ainda acordou uma ou duas vezes por causa do barulho dos fogos até que, finalmente, Mariana também adormeceu vencida pelo cansaço e ficamos apenas eu, Sara e Amanda tomando vinho na varanda do apartamento.

As duas estavam realmente lindas. de vestido longo, com decotes bem ousados e costas nuas, Sara vestia branco, sem sutiã e Amanda, vermelho, com um discreto sutiã de alças transparentes.

— Amanda vai passar a noite aqui com a gente, Jonas.

Sara me avisou com um tom de quem pedia permissão. Muitas outras vezes Amanda tinha passado a noite lá em casa, sempre dormindo no quarto de Mariana ou na sala com Matheo. Já tínhamos até um colchão extra e um berço desmontável para essas ocasiões. Mas nós três sabíamos que aquela noite seria diferente.

— Você é sempre bem vinda aqui, Amanda. Fico feliz que você fique aqui com a gente. E Sara ficou mais feliz ainda, né?

As duas se entreolharam e se deram as mãos.

— A tua esposa tá muito linda. Deixa eu fazer uma coisa que eu tô desejando fazer desde que cheguei aqui.

Amanda puxa suavemente o rosto de Sara para mais perto de si e beija ela na boca. O beijo se torna mais quente e elas começam a se pegar na minha frente. Não estavam se exibindo para mim. Na verdade, tinham mesmo esquecido da minha presença ali. Por cima dos vestidos, procuravam os seios e a buceta uma da outra, sem parar aquele beijo babado de vinho.

— Eu vou usar o banheiro de vocês, tá? Desculpa Jonas.

Amanda largou Sara e se dirigiu para nossa suíte.

— Tá tudo bem, gostoso?

Sara me pergunta vindo me beijar com a boca toda babada de vinho e da boca de Amanda. Enquanto me beijava, alisava meu pau até sentir que eu tinha ficado excitado.

— Vem Gorilão. a gente vai ser tua hoje. Nós duas tamos muito afim de você. Olha como eu tô já.

E puxou minha mão até sua xoxota para que sentisse por cima da calcinha que ela tava toda ensopada de tesão. Me beijou por mais um tempo como se quisesse comer minha boca e se dirigiu para a suíte também. Bebi mais uma taça de vinho e entrei em seguida no quarto.

Sara estava deitada com o vestido enrolado até a cintura, de pernas bem abertas, com Amanda, nua, chupando sua buceta. De onde eu estava, via bem a xoxotinha toda molhada de Sara sendo invadida, mordida, lambida pela boca de Amanda e tinha também a visão daquela bundinha pequena e firme, de adolescente, que Amanda tem. Chupava a xota de Sara e rebolava mostrando pra mim a bucetinha de pelinhos ruivos e o cuzinho rosado que não parava de piscar..

Só que, para meu desespero, aquela cena das duas fodendo alí na minha frente, ao invés de me deixar doido de tesão, como seria o natural, foi me deixando angustiado, como se eu estivesse presenciando uma traição de Sara, como se eu estivesse sobrando naquela situação. Não sei que porra deu em mim naquela hora! Mas eu brochei.

Sai do quarto sem ser percebido. Da varanda, envolvido num turbilhão de sentimentos, ciúme, medo, angústia, tesão, ouvia os gemidos das duas que, embora tentassem se conter, podiam ser ouvidos nitidamente.

Fiquei olhando os fogos que ainda estouravam no céu e as pessoas que festejavam nas ruas e prédios ao redor. Os gemidos das duas ficaram mais altos e um tempo depois não dava mais pra ouvir.

— O que foi que houve Jonas?

Amanda se aproximou, vestida com um pijaminha de Sara e ficou ao meu lado, colada em mim, mas também olhando para a rua. Eu podia sentir o cheiro da buceta de Sara impregnado nela e uma mistura dos perfumes das duas.

— Não sei. Acho que é um momento só de vocês duas.

— Sara quer de mim mais do que eu posso dar, sabe? Ela quer que eu fique com vocês como se a gente fosse casado, sabe? Um trisal. Né assim que se diz?

— E você, quer o quê?

— Eu gosto de curtir com ela. A gente se deu liberdade para descobrir que a gente gosta de mulher também. Mas sem deixar de ter muito tesão por homem. E Amanda te ama muito, Coisa que eu não posso dar a ela. Nem a tu, entendeu? E eu quero mesmo é o que ela tem. Um cara que me ame, que ame meu filho e que me deixe livre pra viver essas coisas que a gente tá curtindo agora.

— E não era assim com teu mari…teu ex-marido?

— Eu demorei pra perceber que com Roni tudo girava em torno do prazer dele, sabe? sem ter cuidado comigo, sem se preocupar com o que realmente me dava tesão, entende? Foi Sara que me deu esses toques, e eu fui comparando com a relação que vocês têm, de se preocupar um com o outro. Mas acabei metendo vocês nessa confusão, num foi?

— E a confusão tá grande agora.

Falei rindo, e ela riu também.

Aí a ruivinha se abraçou em mim, bem coladinha, dava pra sentir a bucetinha dela encostada na minha coxa e os peitinhos dela, bem pequenos, roçando na minha barriga. A blusinha do pijama estava toda molhada de leite.

Acariciei sua cabeça um pouquinho e segurei firme um punhado de seu cabelo de fios grossos e vermelhos fazendo ela olhar pra mim. Amanda soltou um gemidinho de susto e me encarou confusa.

— Me fode, me fode como tú quizer.

Ainda segurando firme seus cabelos com uma mão, colei minha boca naquela boca com hálito de buceta e vinho, ao mesmo tempo em que dei um tapa forte e cravei meus dedos na bundinha pequena e firme fazendo ela soltar mais um gemidinho de susto. Suspendi aquela magrinha e carreguei ela nos braços de volta para a suíte.

Deitei ela na cama com todo cuidado e tirei a blusinha e o short do pijama deixando ela nuazinha, com aquele corpinho coberto de sardas e os pelinhos ruivos cobrindo uma bucetinha bem rosadinha. Abri as pernas da ruivinha e comecei a chupar com vontade aquela xoxotinha de fogo. Ela tapou a própria boca sufocando um gemido rouco e cruzou as pernas em volta de meu pescoço forçando meu rosto contra sua xota. Aumentei a força das chupadas como se quisesse sugar todo o que tinha dentro dela e ela agarrou firme minha cabeça, puxando minha barba, minhas orelhas, cravando as unhas na minha careca, gozando muito na minha boca.

Enquanto ela ainda se debatia num gozo longo eu puxei suas pernas para fora da cama e virei ela de costas pra mim, coloquei uma camisinha e comecei pressionando meu pau que tava já doendo de tão duro na entrada de seu cuzinho. Forcei, com cuidado, e senti o buraquinho ceder para entrada da cabeça de minha rola.

— Aiiiiii Sarinha me ajuda aqui, ele vai arrombar meu cuzinho!

Só aí foi que eu percebi que Sara estava no quarto observando nossa transa e se aproximou acariciando os cabelos de Amanda e dando beijinhos na sua boca.

— Não era isso que você queria, Manda? Agora vai aguentar. Mete nela, gorilão, com cuidado.

Lentamente, mas sem parar nem aliviar a pressão, enterrei meu pau todinho no cuzinho da ruiva e fiquei sentindo a quentura daquele buraquinho rosado que envolvia meu pau. Continuei metendo fundo e saindo até a metade, sempre lentamente, querendo curtir ao máximo aquele momento e retardando o gozo o quanto eu pudesse.

— Me beija Sarinha. Olha, teu macho tá arrombando meu cuzinho, auuu, aiiii, aiii.

Ouvindo aquilo e vendo o beijo sensual das duas, não resisti mais nem um segundo e gozei muito, agarrado na cinturinha fina dela, bem lá dentro da magrinha.

Eu queria ficar ainda mais um pouco dentro daquele cuzinho, até que meu pau amolecesse. Amanda colocou as mãos para trás como se tentasse me afastar e fez um movimento para frente tentando escapar da penetração, mas eu segurei firme na sua cintura e trouxe ela de volta. Ela então desistiu de escapar e ficamos engatados até minha rola sair naturalmente já bem mole.

Ficamos então, os três na cama. As duas abraçadas trocando beijinhos e carícias e eu por trás de Amanda, sarrando na sua bunda, cheirando seu pescoço, beijando sua nuca, olhando seu cuzinho bem vermelho, se contraindo sem parar.

Sim, eu tava no paraíso.

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Comentários

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Então agora é um trisal ? Mais de qualquer forma ficou confuso toda essa relação, será que as duas não estão escondendo alguma coisa ?

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Mais de qualquer forma, volte a postar mais, achei que tinha abandonado o conto.

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Trabalho e outros compromissos me deixam sem tempo para escrever, sem tempo até pra ler os contos dos autores que eu gosto deste site, mas o conto está meio longe de acabar ainda. Vou tentar postar ao menos uma vez por semana. Agradeço muito os comentários.

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Blz sem problemas, estamos todos na correria do dia dia nem me fale KKK, mais que bom vc falar que vai postar uma vez na semana.

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Imaginei tbm que estava longe de acabar, mais eu meio que desconfio, que tanto Sara e Amanda não estão sendo honestas, elas devem estar enganando o Jonas.

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É isso mesmo. Quando se entra nesse tipo de confusão, ninguém sabe aonde vai acabar. Por enquanto, é curtir o momento.

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