DIÁRIO DE UMA TRAVESTI INICIANTE

Um conto erótico de Nadja Cigana
Categoria: Gay
Contém 6646 palavras
Data: 10/03/2024 11:10:55

Querida amiga diária. Estamos perto do Natal de 1998 e tem mais de ano que não escrevo. Mas pegando você agora e relendo o iniciozinho de minha vida de prostituta e travesti, percebo o quanto perdi por não ter escrito.

Hoje vou escrever sobre o dia de minha grande façanha sexual. Eu com sete machos no banheiro da escola, há mais de um ano. É estranho, mas eu evitava escrever sobre isso. O tesão que me dá lembrar desse dia é enorme, mas ele mudou tanto minha vida que eu evitava. Mas agora sei que preciso escrever, pra me aceitar mais ainda.

Não que eu tenha dúvida ou arrependimento. Eu sei o que sou e estou feliz com isso. Mas foi quase um ano inteiro de muito sufoco. É verdade que estou bem graças a mim mesma, como minha segunda mãe me ensinou a pensar. Mas eu sei que se não fosse ela, minha tutora e segunda mãe, a linda, charmosa, sexy e poderosa travesti Leia, talvez eu nem estivesse viva.

No dia em que Paulinho... nossa... o quanto eu ainda me sinto culpada quando lembro dele... quando Paulinho me apresentou a Leia, eu fiquei um tempão só olhando pra ela, sem conseguir falar, muito abestada e só olhando pra ela.

Leia me tratou como filha desde o início e isso faz todo o sentido, apesar dela ser poucos anos mais velha do que eu. É que ela é muito mais vivida e a experiência conta muito!

E desde o início Leia me deu toda a ajuda possível pra que eu realizasse meu sonho de ser travesti e prostituta, apesar de sempre falar que eu devia ter uma profissão “séria”, que nem ela. Na verdade, acho que ela fez mais do que o possível. Logo de cara, me vendo passada quando vi a beleza, a sensualidade e o tesão de corpão que ela tem, Leia leu meus pensamentos direitinho. Mais do que admirar ela, eu me senti um lixo naquela hora. Senti que eu nunca ia ser uma travesti tão bonita e gostosa como ela. E ela me falou que tava percebendo o que eu pensava e que eu tava errada!

Leia me disse que com meu corpo esguio eu tinha tudo pra ser uma trans linda, muito feminina e natural, sem implante de silicone nenhum. E ainda se diminuiu, dizendo que ela, ao contrário, tinha que brigar com o sobrepeso o tempo todo, o que achei absurdo! Pra mim ela é a travesti perfeita!

Leia era contra eu deixar a escola e a casa dos meus pais, até terminar a faculdade e eu sei que ela tinha razão. Foi minha tara pelo piruzão do Ricardo e minha pressa em me prostituir o que colocou tudo a perder. Depois daquele dia no banheiro da escola, há um ano, eu tinha que sair da escola e da casa de meus pais e fiz isso na mesma noite. Era urgente!

Acontece que eu não tinha pra onde ir. Eu saí de casa levando na mochila umas três calcinhas, a única sandália feminina, um par de meias e um baton, mais umas camisetas e a roupa do corpo, e só. O único lugar que pensei ir, foi a casa de Leia, mas pra azar meu ela tava viajando a trabalho. Dormi quatro noites numa praça e ela primeira vez na vida senti fome de verdade. Fome de mais de dois sem mastigar nada. Troquei boquete e cu por comida quase estragada com dois mendigos da praça e descobri o valor de uma folha grande de papelão. E tomei chuva. Muita chuva.

Todo dia, assim que anoitecia, eu ia pra casa de Leia ver se ela estaria. Eu morria de medo de ela ter se mudado e eu nunca mais encontrar com ela. Nas três primeiras noites a frustração foi horrível, mas na quarta noite ela tava em casa e me acolheu como mãe. Eu tava fedendo muito de quatro dias sem banho, mas mesmo assim Leia me abraçou, me botou pra dentro, me deu comida, toalha e roupas e me mandou tomar banho.

O marido dela, o Gil, é sargento do exército. E que macho que é! Ele é bem mais baixo do que o Ricardo, mas é todo fortão e é um cavalheiro. Ele é super carinhoso com Leia e foi muito gentil comigo, apesar de eu ter certeza de que, por algum motivo, ele não gosta de mim.

Eu entrei na casa de Leia naquela noite e fiquei mais de seis meses morando com ela e com Gil. Trabalhei de faxineira pros dois, mas logo Leia foi me ensinando tudo sobre prostituição e começou a me passar os fregueses dela, porque ela parou de fazer programa. Leia queria que eu mesma administrasse meus cachês, mas eu pedi pelo amor de deus que ela me agenciasse porque eu sou muito desorganizada com dinheiro. Leia tomou conta do meu dinheirinho e isso foi muito bom, porque graças a ela como minha cafetina eu hoje tenho meu quitinete.

Leia também me ajudou a me feminizar e me apresentou seu endocrinologista, o Dr. Flávio, especialista em travestis. Fiz exames e passei a tomar as injeções certinho. E ela me ajudou com remédios, roupinhas, acessórios, cabelo e tudo o mais. Graças a ela eu tenho meu cabelo comprido e bonito, bem tratado, tenho minha pele lisinha, tenho meus peitinhos crescendo a ponto de chamarem atenção na rua, e acho até que ganhei algum volume nas minhas coxas, quadris e bundinha.

Na primeira vez que eu fiquei nua na frente de Leia (Nós nunca transamos, viu? Nem eu com ela, nem eu com Gil, nem eu com eles dois. Mas eu ficava ma-lu-ca escutando as transas deles, com ela pedindo pra Gil bater forte nela, na hora de gozar) ela viu o tamanho do meu pau e me disse que eu ia ganhar muito mais dinheiro do que ela, como piranha, porque eu ia conseguir comer muitos fregueses. Mesmo os mais gordinhos que ela tinha que comer com consolo, por causa do pauzinho que ela tem. Na hora eu duvidei e achei que ela só queria me animar, mas é verdade! Os fregueses adoram meu pau!

Claro que passei brabeira com clientes, mesmo com a ajuda dela. Mas nos últimos três meses tudo passou a dar certo na minha vida! Desde o dia em que Leia chegou em casa chorando muito, porque soube que um cabeleireiro viadão amigo dela, um tal de Paulete Boquete, que Leia disse lhe ter ensinado muita coisa, morreu de dengue. Gil tava no quartel e nós duas nos abraçamos por um longo tempo e de repente Leia me olhou com aquela luz nos olhos que deve fazer os machos ficarem maluquinhos e falou pra mim:

- Carlinha! Morte e vida andam juntinhas! Sabe qual é a melhor forma de a gente homenagear a Paulete?

Daí, Leia comprou do marido do viado morto o quitinetezinho em que a bicha morava, explicando pra Gil e pra mim que o mini apartamento significa muito pra ela. E Gil concordou, dizendo que significava muito para eles dois. Imediatamente Leia alugou o lugar pra mim. Agora é a minha casinha e vou decorar do meu jeito, aos poucos. O aluguel, Leia disse que eu pago do jeito que eu puder, mas que nunca vai aceitar que seja mais do que um terço dos meus ganhos e ela faz questão de que eu mesma controle essa conta, todo mês.

Mas não foi assim tão fácil. Leia me fez duas exigências pra me alugar o apartamento. Duas que pra encarar eu tive que recorrer a cada gotinha de coragem do meu ser, pra enfrentar os preconceitos e a homofobia: terminar o ensino médio num supletivo e fazer o Enem. E eu passei! Nem acredito! Meu Deus, eu passei no Enem depois de mais de ano sem estudar!

Hoje, agora, eu tô sozinha no meu apartamentozinho novo, depois de ter bebido aqui, com Gil e com Leia, comemorando ter virado universitária. Tenho nota pra entrar no curso que eu quero, Psicologia na UFPA, e vou ser a primeira travesti psicóloga de Belém!

Quando a gente já tava meio altinha de bebida, Leia disse que vai ser minha primeira cliente na terapia, porque quer saber porque gosta tanto de apanhar na hora de gozar. E ao ouvir isso, Gil fechou a cara e disse que era hora deles irem embora.

Eu sei que não é por falar intimidades deles que Gil se incomodou, porque já falamos tudo de sexo entre nós três. Eu acho é que Gil não gosta de bater em Leia, por várias coisas que já ouvi durante as fodas deles, quando Leia pede muito pra ele bater. Isso, pra mim, não muda nada, mas se eu puder ajudar Leia no que ela falou, vou ajudar. Eu já perguntei porque ela é tão boa pra mim e ela me disse que só repassa pra mim as coisas boas que a mãe dela, que Paulete, a bicha falecida, e que Dona Madalena, a patroa dela, fizeram pra ela. Mas eu devo a ela e quero muito ajudar

Depois que Gil e Leia saíram daqui, fiquei pensando em como fui boba de não anotar tudo o que aconteceu em minha vidinha nesses anos. Assim como Leia quer saber porque gosta tanto de apanhar, eu escolhi psicologia porque sei que preciso descobrir porque que gosto tanto de ser submissa a um macho, chupando rola e dando o rabo na frente dos outros! Eu amo isso, mas já me deu muitos problemas. Entenda, amiga diária, eu tô muito feliz de me assumir travesti e viver do meu trabalho. Eu tô realizada. Só quero saber porque tenho tesão em ser vista por outras pessoas enquanto estou servindo um macho, e de preferência um macho bem cafajeste. Isso é outra coisa que preciso analisar: por que, que travestis, como nós, sempre grudamos em machos cafajestes?

Eu quero me analisar e pra me analisar, eu preciso lembrar passo a passo de tudo o que me aconteceu e especialmente do momento decisivo que me fez sair da casa dos meus pais antes da hora, que foi a suruba no banheiro da escola, organizada por aquele puto do Ricardo Pirocudo.

Bom, lembrando aqui, com esforço, pra retomar você bem de onde parei, querida amiga diária.

Depois da tarde maravilhosa dando o rabo pra Ricardo e seus dois primos, e mamando as picas dos três e mais a do porteiro do prédio, até beber porra dos quatro, eu fiquei devendo pro Ricardo chupar o pau dele no banheiro da escola, na frente de todo mundo. Aquele tinha sido o acordo com ele, pra ele chamar os primos pra me dar pica. Hoje eu sei que ele queria mais do que me humilhar, com aquilo. Ele realmente queria me afastar de Paulinho e me vender pros outros alunos, ganhando dinheiro às minhas custas.

Na época, eu não via problema nenhum dele me explorar sexualmente. Tava doidinha por isso. Meu problema era que fazendo isso eu sabia que ia magoar o Paulinho. Por isso, fui enrolando o Ricardo e me dando tempo pra acabar meu lance com Paulinho.

Bom, na primeira segunda-feira depois de eu ter dado o rabo pra Ricardo e pros primos dele e de ter chupado as picas dos três e mais a do porteiro do prédio, eu fui dar o cu pro Paulinho na casa dele. Como quase sempre, ele gozou gostoso me comendo e daí, naquele momento em que a gente normalmente ficava de namorico gostoso, depois dele gozar, eu falei pra ele que eu queria ser prostituta que nem Leia e que ele devia terminar comigo, porque senão ele ia se magoar. Mas o Paulinho apenas riu de mim e disse que a gente podia continuar que ele não se importava.

Eu acho que tentei terminar com ele mais umas três vezes depois disso, mas sempre acabava voltando pra casa dele, por causa dos beijos, do abraço, dos carinhos e ele sempre me acolhia e me comia gostoso. E a gente ficou nisso, ele dizia que não ia se importar deu me prostituir e eu dizia que era pra terminar mas acabava falando que ia cobrar de todo mundo pra transar, mas nunca que iria cobrar dele.

Nesse meio tempo eu enrolava Ricardo com duas exigências pra putaria no banheiro da escola. Uma é que ele tinha que raspar os pentelhos da rola e do sacão dele, que nem fazia o primo dele, Toninho. Não foi difícil convencer ele dizendo que ia ficar mais bonito e que seu pauzão ia parecer ainda maior, pros outros meninos.

A outra exigência foi fazer meu showzinho no banheiro num dia que Paulinho não fosse à escola. Claro que ele ia saber depois e tudo entre nós ia acabar, mas eu queria que ele soubesse por mim. Ricardo reclamou muito disso, mas eu já sabia que o Paulinho ia faltar à aula numa certa segunda, porque ele ia com os pais pra uma grande festa de família no Paraná, num certo fim de semana, e a passagem de volta seria só na segunda.

O triste dessa data é que meu namoradinho tinha me contado isso cheio de culpa, porque ia deixar de me comer naquela segunda, e a piranha aqui logo aproveitou pra se mostrar puta profissional pros machinhos do terceiro ano!

Na sexta antes daquela segunda, Ricardo me fez ir na casa dele, pra ajudar a depilar a rola, tarefa que topei toda animadinha. Lembro direitinho que minha função era pegar tufinhos dos pentelhos dele e cortar cuidadosamente com tesourinha o mais rente que podia, pra depois ele raspar.

A gente fez isso no box do banheiro social do apartamento dele e eu confesso que não me segurei. Eu ali, ajoelhadinha, toda vestida e aquele pauzão na minha cara, óbvio que larguei a tesourinha e cai de boca na rola! Ele ainda reclamou algo como “Porra, Viado! Tu num se controla!” mas nem liguei. Mamei e punhetei como uma condenada aquele pirocão, até ele encher minha boquinha de gala gostosa. E só depois que limpei ele todinho, catando com minha língua qualquer restinho de esperma, foi que peguei a tesourinha de volta pra recomeçar a poda. Ele ainda reclamou de novo e eu fui muito espirituosa na resposta.

- Porra, Viado! Que, que foi isso?

- Foi meu pagamento antecipado. Agora vamos ao trabalho!

Gente! Surgiu outra piroca daquele meu esforço! O pauzão do Ricardo realmente ficou ainda mais bonito e parecia mesmo bem maior, sem a mata pentelhuda! Amiga! Toda fêmea, viada ou mulher, devia exigir que seu macho raspasse os pentelhos! Nooossa! Muito melhor!

Naquele dia, depois que trabalhei bastante com a tesourinha e antes dele se raspar, Ricardo me colocou de pé, de frente pra parede do box, arriou o shortinho feminino que eu tava usando, puxou minha calcinha de lado e me meteu rola daquele jeito bruto dele. Sorte que eu já tava acostumada e já tinha untado meu cuzinho de KY. Foi muito bom e ele me lavou o reto com esperma, mas não gozei.

Saí da casa dele com a cara cheirando a rola e com leite de macho escorrendo do cuzinho. O porteiro dele ainda quis me pegar, mas desafastei e corri pra casa, que eu queria chegar e me trancar no meu quarto antes de meu pai chegar em casa, mas não deu.

Mal abri a porta de casa, dei de cara com meu pai e ele me olhou com aquela cara que misturava nojo e raiva de mim. Nenhum de nós falou nada e só no espelho do meu quarto foi que eu vi que tinha pentelhos na minha camiseta. Naquela noite meu pai bebeu e bateu muito na minha mãe e eu sabia que era por minha causa. Eu tinha que sair de casa!

Chegou segunda e era o meu grande dia. Assim que confirmamos que Paulinho não tinha ido pra aula, o Ricardo Pirocudo, o cara mais popular e desejado da escola, disse pra meia dúzia de parças dele que no intervalo das aulas ele ia me fazer chupar a piroca dele no banheiro do trrceiro andar, o andar do terceiro ano do ensino médio, na frente de todo mundo.

Todo mundo na escola já sabia que eu era viadinho e vários coleguinhas achavam que eu dava pro Paulinho. Mas ninguém sabia que eu era putinha do Ricardo e o aviso que ele deu causou um certo alvoroço. Uma minoria disse que era nojento e que não queria ver, uns outros disseram que não acreditavam, mas o fato é que Ricardo levou seis amigos pro banheiro e um deles, o Marcos Negão, que era um negro enorme e bastante fortão, ficou do lado de dentro da porta, encarregado de não deixar ninguém mais entrar.

Antes deles entrarem no banheiro, Ricardo e os outros passaram por mim no corredor e ele me falou em tom de ordem, enquanto mexia no pauzão já visivelmente duro:

- Aí, Carlinha! Tu entra logo depois que a gente entrar, porque num pode demorar, viu?

Eu só falei um “tááá!” dengoso e o resto dos rapazes riu alto, com um deles ainda debochando de mim, falando “Carlinha! Vê se pode!”. E eu pensei comigo enquanto esperava um minutinho depois deles entrarem: Pode sim! Carlinha Toda Pura! Esse é meu nome! Pro que der e pro que vier! E agora vocês vão me conhecer!”

Quando me aproximei do Marcos Negão, que me esperava com a porta do banheiro aberta, já deu pra ouvir a voz do Ricardo Pirocudo se gabando pros meninos:

- Cês vão ver só! O viado não pode ver isso aqui, ó, que vem correndo cair de boca!

Nisso eu perguntei ao Marcos se podia entrar e ele rindo ironicamente me respondeu assim:

- Por favor, Carlinha!

Passei rebolando por ele e quando dobrei a parede de quebra vista que dava pro salão das pias, vi aquela cena que nunca vai sair da minha memória.

Ricardo Pirocudo tava apoiado de bunda na bancada das pias, com calça e cueca pelo meio das coxas e balançava pra mim aquela trozoba grande e grossa que me fazia gozar. E a rola tava toda dura e linda, sem pentelho nenhum!

Os 5 outros rapazes se dividiam dos dois lados do Ricardo e não olhavam pra ele. Todos olhavam pra mim, prestando atenção na minha reação. Aquilo foi mais desafiador do que caminhar quase nua pra mamar a rola do Ricardo na frente dos primos dele, porque aqueles 5 e mais o Marcos Negão eu conhecia há muito tempo. Não era amiguinha de nenhum deles e a maioria debochava de mim por ser um fresco, mas eram conhecidos há anos! Daí euzinha fiquei por uns poucos segundos parada ali, olhando aquele espetáculo de caralho com a boca cheia ďágua, mas meio constrangida com a plateia, até Ricardo me provocar.

- Vem, Carlinha! Mostra pra eles que tu não pode ver minha pica!

Eu na mesma hora pensei que tudo o que eu tinha que fazer era a mesma coisa que tinha feito no dia da suruba com os primos dele. Olhei fixamente pra piroca, andei lentamente e rebolando até Ricardo e falei ainda antes de pegar naquele delicioso cilindro de carne:

- Ái, Ricardo... tu num vale naaada!... mas eu não resisto!

Sem olhar pra nenhum dos rapazes eu fiquei logo de cócoras e trouxe a cabeça da rola pra minha boquinha. E como mamei! Mamei gemendo alto, revirando os olhinhos e esfregando o saco e as virilhas dele com minhas mãos, enquanto ele se gabava e os outros comentavam.

- Eu num falei?... Uuuhhhmmm... que boquinha de veludo... viciadão na minha rola!

- Égua! O Mirinho é viado mamador mesmo!

- Fresco nojentão! Caiu logo de boca!

- Aí, Ricardo! Libera pra galera!

- Só pagando, maninho. Só pagando!

Aquilo me excitava demais, mas ainda tava constrangida e me concentrei na mamada. Lembro direitinho que o cheiro de macho na rola e no sacão do Ricardo tinha ficado mais suave, mas ainda forte, com tudo raspado. Era bom! Bom mesmo! E eu mamei com vontade, babando muito e fazendo trejeitos afeminados com a cabeça e os ombros e revirando os olhinhos, enquanto ouvia xingamentos e putarias vindos dos meninos.

- Piranha chupadora de rola!

- Puta viadão! Esse gosta de pica pra valer!

Não sei dizer quanto tempo fiquei ali, como o piruzão na boca na frente da rapaziada, mas aquilo durou o bastante para eu depois precisar me apoiar nas pernas do Ricardo, pra levantar. Mas isso só aconteceu depois que ele anunciou meus serviços!

- E então, caboclada? Quem vai querer dar de mamar pra nossa Carlinha Toda Pura, aqui? Hoje é promoção de estreia. Dez reais! Só dezinhos! Depois vai ser mais caro! Dez reais aqui na mão e vocês vão ganhar o melhor boquete de Belém!

Nessa hora fiz um charminho só pra provocar.

- Ái, Ricardo! É tão ruim parar de chupar teu pau sem ganhar leitinho! Tu bem podia gozar na minha boquinha, pra eles verem como é!

- Depois deles, Carlinha. O melhor vem por último!

- Tá certo, mas tu promete? É que eu não sei se eles vão me dar leitinho?

- Cês escutaram isso? Vão deixar meu viadinho com sede?

Enquanto os meninos coçavam o bolso e dois deles debatiam se deviam me dar de mamar, ou não, Ricardo me mandou pra um reservado e eu fechei a tampa da privada e sentei encima, esperando o primeiro freguês. E eu lembro direitinho de cada uma daquelas rolas gostosas!

O primeiro foi um menino cabeludo e meio gordinho, que vivia me sacaneando. Aquela foi a minha vingança! Rapidinho eu arriei a calça e a cueca do rapazinho, pra achar uma rola menor do que a do Paulinho, mas bonitinha. Tive vontade de ridicularizar o tamanho do pau daquele machinho que vivia me atazanando, mas eu já tinha certa noção de ética profissional e não o fiz.

Comecei afastando os pentelhos com uma mão e logo botei o piru inteirinho na boca, sem dificuldade. Suguei com força algumas vezes até ele gemer alto e daí punhetei a rola muito rápido, com dois dedos, ficando de boca bem aberta e com a glande da rola encostada no meu lábio inferior. Eu queria que os outros, que olhavam por trás desse primeiro freguês, vissem ele gozar na minha boquinha e logo eles viram ele me dar leite gemendo muito alto. E eu bebi tudinho, sem derramar nem uma gotinha!

O garoto terminou de gozar e saiu de perto fechando rápido as calças e ficou por ali, enquanto meu cafetão me elogiava.

- Carlinha é sensacional, minha gente! Liquidou o primeiro rapidinho! Façam fila aí! Marcos, não deixa ninguém mais entrar, hein?

O segundo menino me ofereceu uma pica morena, normal, de uns 15 centímetros, terminada num tufo preto de pentelhos. Não era grossa nem fina e tava bem durinha. Mas depois que eu comecei a mamar, senti que ele amoleceu um pouco e meio que perdeu o embalo. Ele demorava com o pau na minha boca e eu já sabia que ele não ia gozar e os outros três na fila começaram a reclamar.

Fiquei com pena desse garoto porque sabia que os outros seriam cruéis nas brincadeiras, talvez chamando de broxa ou até de viado. Daí tive uma ideia para o proteger e falei mais ou menos assim, entre uma chupada e outra:

- Nooossa!... que pau gostoso!... ééégua!... huuummm... que coisa boa... espia, fica batendo uma punheta ali do lado, que eu... péra... não resisto! Só mais uma chupadinha... huuummm... fica ali, que eu quero que tu seja o último, antes do meu macho!

Os outros três acreditaram e com o “meu macho” um deles fez zoação com o Ricardo, desviando a atenção do meu protegido. Daí já veio o meu terceiro piru, que era de uma rapaz meio galego, muito branquinho e que tinha um pau tentador.

O couro da pica era rosado e a cabeça era pequena, parecendo uma bolinha de um rosa mais forte. Mas a pica era de um bom tamanho e engrossava pra base. Eu caí de boca e a grossura da rola pra perto da base abria meus lábios quando eu abocanhava e fechava quando eu tirava fazendo sucção. Na hora eu pensei no quanto devia ser gostoso tomar aquela jeba rosada e em forma de cone no cuzinho, imaginando que a cada bombada ela ia abrir minha rosca. Mas não tinha tempo pra isso.

Foi naquela hora, mamando o terceiro freguês, que eu tive muita vontade de dar o toba. Mas meu trabalho tinha que ser rápido. Eu precisava fazer aqueles cinco gozar gostoso na minha boquinha, na esperança de meu macho me comer e me fazer gozar, no final. De preferência, ainda na frente deles. Mas não deu certo!

Concentrei na punheta no pau cônico do galeguinho, mantendo a cabecinha na minha boca. Ele demorou só um pouquinho mas quando comecei a fazer um carinho no saco dele com a outra mão, ele se acabou. E o branquinho gozou na minha boquinha gritando, o que eu amei, mas era perigoso. E meu cafetão brigou com ele a meia voz.

- AAARRRHHH! CARALHO!

- Porra, moleque! Tu num tá tocando punheta no banheiro da tua casa não, caralho! Quer que a escola toda venha aqui, teu leso? Raspa fora tu e tu, também, que já gozou! Gozou, cai fora! E não fala pra ninguém o que tá rolando. Só depois de acabar! Senão como cês dois na porrada!

Minha plateia diminuiu e quando o quarto piru veio todo oferecido pra mim, só tinha assistindo o garoto que botei na punheta e o outro que antes era o último da fila. Dessa quarta pica me lembro bem porque o dono era um indiozinho forte e tinha uma rola média, quase reta, bem grossinha e gostosinha e sem pelo nenhum. E o cheiro do piru e saco dele era ma-ra-vi-lhoso! Um cheiro de pica de macho na medida certa, um verdadeiro perfume que me alucinou.

Quando contei do cheiro desse indiozinho pra Leia, ela falou que me entendia direitinho e que eu tinha toda a razão. Era o perfume mais excitante da face da terra! Aquele pau merecia que eu fizesse carinhos com meu rostinho de puta, desse beijinhos, esfregadas, lambidas. Era uma rola pra ficar o dia todo brincando com ela. Eu só lamentei não ter tempo e soltei um “Ai, ai!” efeminado, antes de abocanhar a cabeça e punhetar. Pelo menos tentei demorar um pouco na punheta, mas aquela coisa gostosa gozou na minha boquinha no que me pareceram poucos minutos e o dono logo guardou a rola e saiu do banheiro. Ah, se eu encontro aquela pica de novo!

O quinto rapaz era um sacana muito punheteiro que tinha pedido pra ficar por último. O pau moreno dele era médio mas muito grosso e virado pra cima e pra esquerda em forma de gancho e a cabeça era grande e bonita. Eu não gostava daquele menino. Era um dos mais babacas e homofóbicos da turma e foi só por isso que não elogiei a rola dele. Abocanhei e punhetei logo, com a punheta muito facilitada pela curva da piroca. E ele gozou gemendo e foi embora. Simples assim.

Daí chamei o segundo garoto, o que tinha ficado tímido e mamei ele sentindo que apesar de ter ficado assistindo os coleguinhas me darem de mamar, a rola não tava completamente dura. E meu queixo já doía de tanto esforço. Então tive uma ideia e pedi olhando ele nos olhos, com minha cara de piranha toda lambuzada de porra:

- Tu faz um favor pra mim? Eu tenho uma tara, sabe? Nenhum deles fez. Bate punheta tu mesmo e deixa só a cabecinha na minha boquinha, por favor?

Deu certo! O rapazinho fechou os olhos e viajou nas fantasias dele, com a glande na minha boquinha sempre sedenta. Volta e meia a mão dele batia nos meus lábios, mas tava de boa. Valia a pena! Logo ele gemeu alto, mas com um gemido que mais parecia sofrimento, e me deu leite a jato na boca. E rapidamente o Ricardo botou também esse pra fora do banheiro.

Eu achava que agora meu cafetão ia me comer gostoso, ali no banheiro da escola, coisa que a gente nunca tinha feito. Depois de cinco esporradas na boca, eu tava doidinha pra gozar sendo enrabada e esqueci completamente do Marcos Negão que tinha ficado de vigia atrás da porta fechada do corredor. Achei que tínhamos ficado só eu e o Ricardo Pirocudo, que assim que o quinto rapaz saiu me falou:

- Muito bem, Piranha! Faturamos cinquentinha rapidinho.

- Ricardo, o sinal já tocou faz tempo, mas eu ainda quero uma coisa...

- Eu sei, eu sei, Viado! Tu quer mais pica, né?

- Ái, Ricardo... num gozei, não. Me come de quatro, por favor!

- Cabou inda não, Piranha! Tá esquecendo do Marcos?

- Ái, é! Mas meu queixo já tá doendo.

- É rapidinho. É só tu babar a pica dele, pra ele te comer.

- Quê?

- Ele trabalhou pra gente, Viado! Prometi teu cuzão em troca. Chegaí, Marcos!

Marcos chegou pra perto já com a rola pra fora da calça. E que rola! O pau era proporcional ao tamanho do dono e era rombudo, com uma cabeça roxa escura bem grande, embora não sobrasse cabeça pros lado porque a tora era bastante grossa. Talvez um dedo mais grossa do que a pica de Ricardo.

- Ài, Ricaaardo... é muito grande!

- E desde quando tu foge da raia, assim?

- Fujo é nada!

Eu ainda tava sentadinha na tampa da privada e só fiz chamar o Marcos pra perto, pra cair de boca naquela tora negra. Lembro bem que como ele era mais ou menos do tamanho do Ricardo Pirocudo, não precisei me curvar como com os outros fregueses e só me concentrei em babar bastante a piroca grossa que ia me invadir. Era a sexta rola na minha boca, mas mesmo assim eu mamei com muita vontade e o Marcos me elogiou!

- Égua, Ricardo! O boiola mama que é uma beleza! E é fogosa, a bicha!

Eu mamava gemendo e fazendo trejeitos de travesti e vi que aquilo mexeu com os dois. Ricardo respondeu ao Marcos.

- Te falei! Chupou 5 picas e ainda tá na maior fome de rola.

Foi a minha deixa. Larguei da piroca negra que já tava durona, no ponto de me comer, fiquei de pé e tirei minha calça, me colocando arreganhada, com uma perna no chão, o joelho da outra perna na tampa da privada e uma mão na parede. Eu mesma puxei o fio da minha calcinha pra fora do rego e olhando por cima do ombro chamei o negão.

- Vem, Marcos Negão! Mete essa coisa grossona no meu cuzinho, vem! Judia de mim com tua pica!

A-mi-ga! No início eu vi estrelas como não via desde o dia que o Ricardo Pirocudo me arrombou. A mesma sensação de ardência, parecendo que ia me rasgar toda e a mesma sensação de inchaço por dentro. Todo o KY que eu tinha enfiado no meu cuzinho mais cedo, foi é pouco!

E o Marcos não esperou nem um pouquinho pro meu cu se acostumar. Assim que meteu ele me agarrou com uma pegada bem forte e gostosa e começou a bombar curtinho e rápido, que nem cachorro fodendo na rua.

E era assim que eu me sentia, mesmo. Uma cadela dando o cu na rua, depois de ter sido esporrada na boca por cinco cachorros! Minha vontade era de gritar que eu era a maior piranha do mundo. Só sei que mesmo tentando me controlar eu comecei a gemer muito alto, porque o Ricardo logo falou pra eu ficar quieta, que ia chamar a atenção das pessoas. Mas já era tarde. Justamente quem não podia ouvir, tinha ouvido eu gemendo gostoso sendo muito bem comida por aquela tora negra.

Marcos me arrombou e me sacudiu gostoso, até esporrar um mar de esperma no meu cuzinho. Daí ele sacou a pirocona negra de mim, se despediu do Ricardo e sumiu. Ficamos só eu e meu cafetão, eu toda esporrada na boca e no cu, tendo feito seis machos gozar, mas ainda sem ter gozado e com muito fogo.

Ricardo chegou perto do reservado e eu coloquei os dois joelhos na tampa do vaso, empinei meu rabo arrombado e esporrado pra ele e chamei olhando por cima do ombro: “Vem, Ricardo! Me come de quatro, por favor!”

Ricardo chegou perto de mim olhando meu rabo, mas me mandou sentar, pra me dar de mamar, porque queria que o último gosto de esperma na minha boca fosse o dele. E foi a última coisa que ele me falou, naquele dia e na vida.

Nesse mesmo instante, sem nem ter tido tempo de sair de cima do vaso, a gente ouviu já dentro do banheiro uma voz de adulto perguntando aos gritos “QUE PORRA É ESSA?”

Daí, apareceu bem na nossa frente o professor Buarque, vice-diretor da escola. Ele estava furioso e trazia o Marcos Negão pelo braço, tornando evidente que ele tinha escutado o negão me comer. É curioso como as coisas são. O professor era um mulato magrelo, de bigode e cabelo encaracolado e muito mais fraco e mais baixo do que o Marcos e do que o Ricardo. Mas ele é que tinha autoridade ali e meus dois coleguinhas morreram de medo.

Naquele momento um raio de consciência passou pela minha cabeça. Dali, somente eu, o viado, a puta, de quatro sobre a privada esperando rola com o rabo esporrado à vista de todo mundo, era a única pessoa que não tinha nada a perder e também a única pessoa com a cabeça no lugar e com dignidade. Eu realmente senti isso e hoje, um ano depois, tenho certeza disso.

Buarque, o vice-diretor, tinha o rosto transformado pela raiva e não sabia se portar, parecendo que ia aumentar o escândalo, em vez de tomar conta da situação, como deveria. Marcos, que era bolsista, tava branco que nem uma folha de papel, visivelmente com medo de ser expulso antes de terminar o 3° ano e fazer o Enem. E o Ricardo também tava amedrontado e foi de playboy marrento a aluninho submisso numa fração de segundos, embora a família dele pudesse pagar uma outra escola. Pensando agora, acho que Ricardo tinha era medo do escândalo com um viadinho.

O que sei é que vendo aquilo tudo resolvi que euzinha aqui, a puta, o viado desprezível, é que ia ser a heroína do dia, protegendo aqueles dois bocós. Daí, quando o Buarque repetiu o “QUE PORRA É ESSA?” dessa vez acompanhado de um “VÃO FALAR, NÃO?”, eu desci calmamente do vaso e ainda sem calça e de frente pra ele, com a calcinha cobrindo meu pau agora murchinho, respondi:

- Eles não têm culpa, não, Professor. Eu perturbei o Marcos até ele concordar em me comer aqui no banheiro e ele não conseguiu resistir. Daí foi a mesma coisa com o Ricardo também, que me flagrou dando pro Marcos e eu fui logo pedindo pra ele me comer, também. Eu acho até que ele bem ia me comer, mas aí tu chegou.

Buarque ficou pasmado com a minha aparente sinceridade, gaguejou pra mim um “Tu aí, se veste já!” e deu um esporro furioso em nós três, no final dizendo pra Marcos e Ricardo que eles levariam advertências. Como nós três já éramos maiores de idade, aquilo tava de boas, porque os pais deles não iam saber de nada. Mas comigo ele fez diferente, afinal eu que era o viado, a maçã podre. E aí, enquanto eu ainda lutava pra fechar meu jeans apertadíssimo, ele me mandou ir pra sala dele.

Eu fui apreensiva pra sala do Buarque, que era no mesmo andar das três turmas do terceiro ano, já imaginando que ele ia querer se aproveitar de mim, de algum jeito. Ele tinha fama de comer aluninhos e eu não gostava dele por isso. Quem usa de sua posição pra comer os outros não pode prestar. Achei que nossa conversa não seria nada agradável. E não foi!

Logo de cara, com um sorriso cínico, Buarque me disse que o que eu tinha feito era o bastante para ser expulsa da escola. Claro, né? Na lógica hipócrita deles, só tá errado quem dá o toba, não quem come. Eu respondi que já imaginava isso e aí ele perguntou desde quando eu era viadinho e eu disse com orgulho que desde sempre. Daí ele mudou o tom, sorriu todo amiguinho e disse que a gente podia se ajudar. Era só eu ir sábado à tarde na casa dele, pra “conversar” melhor com ele e com o irmão dele, que eu ficava na escola. Canalha! Eu nem respondi. Só levantei e fui embora. Antes de falar com Buarque eu já tava resolvida a nunca mais voltar na escola. Falar com ele só me reforçou a ideia.

Eu ainda tava toda lambuzada de porra no rosto e com a cara cheirando muito a esperma e a piru de homem. E foi desse jeito, com um orgulho feroz de mim mesma, que eu entrei na minha sala de aula pela última vez, e bem no meio da aula de álgebra. Não pedi licença ao professor nem olhei pra nenhum dos meninos que tinha gozado na minha boca. Só peguei minha mochila e saí.

A descida dos dois andares até a saída da escola foi um rito de passagem. Desci cada degrau lembrando de tudo o que fizera na minha vidinha de viado, desde o dia em que Paulinho botara minha mão na rola dele, no cinema. E eu tava tomada por uma autoestima enorme, me sentindo poderosíssima de ter chupado um por um e ter feito todos os cinco gozarem na minha boquinha e de ter agasalhado com muito prazer a enorme piroca do Marcos Negão até ele esporrar nas minhas entranhas. Eu descia a escada e lembrava bem das diferenças de tamanhos, texturas, cores e cheiros daqueles paus jovens, todos assim como eu já maiores de idade mas ainda muito novinhos. E lembro também que curti mais ainda pensar nas diferenças de cheiros e sabores dos espermas que me serviram. Adorei todos, engoli todos, mas me babei bastante, também.

Naquele dia, fui pra casa de meus pais achando que ia dormir lá pela última vez e fugir de casa no dia seguinte. Mas já de noite minha mãe me chamou escondida de meu pai, para atender o telefone, porque era o Paulinho ligando lá do Paraná. Ela sabia que Paulinho tinha alguma coisa comigo, porque a gente se telefonava muito.

Imediatamente me senti o pior ser humano de todos. Com certeza a história do boquete coletivo no Ricardo e em mais 5, no banheiro da escola, havia chegado nos ouvidos de Paulinho, mesmo com ele viajando. Eu simplesmente subestimei o fato de que Paulinho já tinha celular, assim como outros garotos da escola, inclusive uns dois dos que eu tinha mamado.

Nosso diálogo, naquele telefonema, comigo falando baixinho e escondida do meu pai na extensão da cozinha, foi curto e eu hoje acho que fui escrota.

- Mirinho?

- O-oi, Paulinho...

- É verdade?

Eu podia ter dito que não, que não sabia de nada, mas senti que seria muito pior pra ele. Decidi ser uma putinha sincera.

- É sim. Eu...

Eu não sabia o que mais dizer e nem ele. Ficamos uns segundinhos em silêncio e aí é que eu fui muuuito escrota com ele, embora na hora quisesse só amenizar.

- Mas espia, Paulinho... eu... eu nunca que vou cobrar de tu. Cobro de todo mundo, mas de tu, nunca!

Óbvio que ele bateu o telefone na minha cara. E eu decidi fugir de casa naquela mesma noite, assim que meus pais dormiram. Deixei só um bilhetinho pra minha Mãe, dizendo que eu ia cair na vida e que não era pra me procurar. Melhor assim!

Acho que vou mandar um cartão de Natal pra minha mãe.

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Comentários

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O tempo passou e levou a Paulete! Eu gostava dela.

O que a Carlinha viveu foi pesado demais, ainda bem que ela teve a Léia pra prestar apoio financeiro, emocional e profissional. Muitas meninas enfrentam tudo sozinhas.

Se possível, queria saber com mais detalhes como foi a mudança do Gil pra casa da Léia

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