“Palavras são erros
E os erros são seus.
Não quero lembrar
Que eu erro também...”.
Eu estava puto com a Mônica e o Tarcísio. Aqueles dois realmente estavam de caso e agora, junto com a Marina. Não me resta mais nada a não ser o divórcio.
Fiquei dirigindo pela cidade durante algum tempo. Parei numa lanchonete e tomei um açaí com granola. Continuei a dirigir novamente e parei na porta de uma igreja. Pensei em entrar, pra tentar me acalmar, mas o tempo estava passando e eu tinha que voltar pro trabalho.
Cheguei na academia e do jeito que eu estava mal-humorado, não cumprimentei ninguém. Fui que nem uma flecha para o escritório e me tranquei lá.
Eu sou um idiota mesmo ... e pensar que eu estava começando a acreditar em tudo que aquela safada estava falando. Eu aqui fazendo papel de trouxa, enquanto ela está lá, aproveitando e curtindo um lovezinho com ele.
Filhos da puta!!!
Eu estava com tanta dor de cabeça, que acabei tomando um pouco de dipirona e me deitei no sofá. Não sei quanto tempo se passou, mas acordei com o barulho de batidas na porta. Fui abrir e vejo Nikke preocupada, dizendo que estava batendo na porta há alguns minutos.
(Nikke) – Oi, Edu. Tudo bem? Que cara é essa? O que aconteceu?
(Eduardo) – Vamos fechar a academia mais cedo! Hoje estou a fim de beber até cair. Você topa vir comigo?
(Nikke) – O que está acontecendo, Edu?
(Eduardo) – Você acredita que eu cheguei a pensar em perdoar aquela safada? Acredita nisso?
(Nikke) – Ah, Edu ... É lógico que eu acredito. O amor não acaba assim de uma hora pra outra e você ainda sente muito amor por ela.
(Eduardo) – Agora não mais ... Fiquei sabendo de um negócio e fui verificar com os meus próprios olhos.
Eu tentava conter a minha emoção e não chorar, mas foi inevitável.
(Eduardo) – Os dois traíras resolveram assumir o relacionamento e estão morando juntos.
(Nikke) – Meu Deus!!! Sinto muito, Edu ... – Nikke falou com um olhar triste, se levantando e veio me abraçar.
(Eduardo) – Tudo bem! É que por um minuto, eu cheguei a pensar que tudo fosse algum tipo de armação, sei lá ... porque muita coisa não está batendo. É um disse-me-disse sem fim e tem muita gente que está mentindo.
(Nikke) – Você tem certeza disso? – Perguntou Nikkei, de forma séria.
(Eduardo) – Por incrível que pareça, tudo o que a Mônica me disse, fez um pouco de sentido, mas talvez fosse apenas eu querendo acreditar nela de qualquer jeito.
(Nikke) – Melhor não fazer nada por impulso. Dê tempo ao tempo.
(Eduardo) – Chega de dar tempo. Eu já perdi muito tempo e agora eu quero me libertar disso tudo.
(Nikke) – Vamos focar no trabalho. Isso vai ajudar um pouco. Tenho certeza!
(Eduardo) – Se não me engano, antes de sair, você disse que iríamos ver um filme pornô? É isso mesmo?
(Nikke) – Se os planos não mudarem, espero que sim ...
(Eduardo) – Nikke, eu sou seu chefe e acho que isso não é muito apropriado. Ainda mais que eu já estou há algum tempo sem transar, mas do jeito que eu estou, acho que uma noite de sexo pode ser uma boa ... Você prefere algum motel ou aqui mesmo, quando todos forem embora?
Nikke olhou pra mim com uma cara meio assustada, mas depois começou a rir.
(Eduardo) – O que foi que eu disse? Falei alguma piada?
(Nikke) – Me desculpa, Edu – ela continuou a falar, rindo ao mesmo tempo – Você por acaso estava pensando que nós dois iríamos ...
(Eduardo) – Foder? Pensei, sim! Você me disse que iríamos fazer hora extra vendo um filme pornô ...
(Nikke) – Hahahahahaha.
Nikke gargalhava e eu que nem um otário tentando entender a piada.
(Eduardo) – Achei que você estava com vontade, porque eu agora estou.
(Nikke) – Edu, você é um cara ótimo! Você é bonito, inteligente, sarado e com muitas qualidades que uma mulher deseja. Eu seria uma hipócrita, se eu dissesse que não tenho uma certa atração por homens assim, mas você está emocionalmente destruído.
(Eduardo) – Não é isso ...
(Nikke) – Claro que é! Você só quer transar pra esquecer a sua dor, dar o troco nela ou apenas extravasar tudo que está sentindo. Pra você vai ser bom, mas você acha que eu mereço isso?
(Eduardo) – Nikke, não é bem assim ...
(Nikke) – Eu também já sofri muito e ainda sofro com as decisões ruins que eu tomei no passado, mas agora estou tentando fazer as coisas certas e isso não seria certo, Edu ... – ponderou Nikke e ainda continuou – Imagina a gente transando hoje e amanhã como eu iria me sentir e como você iria se sentir? Tenho certeza de que as coisas ficariam estranhas entre a gente e nós nos vemos todos os dias.
(Eduardo) – É que eu pensei que você ...
(Nikke) – Você iria se arrepender de ter transado. E eu iria me sentir mal também porque você iria ficar mal.
(Eduardo) – Acho que você tem razão ... Me desculpa, Nikke!
(Nikke) – Eu te entendo! Eu já fui mais impulsiva e até hoje me arrependo de algumas coisas que eu fiz, mas não fique se sentindo assim. Talvez até seja bom pra você se aliviar com alguma garota de programa, mas não vai ser legal pra mim. Quem sabe, no futuro, quando você estiver divorciado e ter resolvido tudo com a Mônica ... quem sabe possa acontecer alguma coisa entre nós?
(Eduardo) – É ... quem sabe?
Ela então voltou a rir e eu perguntei novamente o motivo do riso.
(Nikke) – Nada não ... É uma coisa que eu pensei ...
(Eduardo) – Fala, Nikke!
(Nikke) – Tá bom, eu falo e aí encerramos esse assunto, combinado?
(Eduardo) – Ok
(Nikke) – Tem tanto tempo que eu não transo, que eu acho que você não iria dar conta de tudo isso aqui, kkkk ... – Ela disse, fazendo gestos com as mãos, alisando o corpo todo e até fez uma carinha de puta, daquelas bem safadas e continuou... – Eu iria te atropelar e deixar o seu corpo estendido no chão, hahahahaha.
Caralho, essa mulher deve estar com um fogo ... Felizardo é o cara que tiver a sorte de transar com ela ... Fiquei até de pau duro ... Droga!
(Eduardo) – Melhor mudarmos de assunto.
(Nikke) – Também acho, kkkk.
(Eduardo) – E esse filme pornô? O que significa isso?
(Nikke) – Daqui a pouco vai começar ... Pega a sua cadeira e bota aqui junto com a minha, mas não muito junto, hein ... Kkkkk.
(Eduardo) – Você agora está com o riso frouxo ... Tudo é motivo de riso.
Peguei a minha cadeira e coloquei quase ao lado dela.
(Nikke) – Esse filme que iremos assistir é daqueles pornôs com historinha, que eu particularmente adoro.
(Eduardo) – Qual a história?
(Nikke) – Um homem e uma mulher fazendo sexo no escritório, kkkk, mas calma que não é a gente e isso é só uma coincidência ... kkkk, não tô sugerindo nada, ok?
(Eduardo) – OK
(Nikke) – Só que o cara é casado e a esposa descobre dando um flagrante nos dois.
(Eduardo) – Ah não ... É temática de traição e corno ... Estou cheio disso.
(Nikke) – Desse você vai gostar, eu acho ...
(Eduardo) – Tá bom, eu vou ver ... e o que acontece depois?
(Nikke) – Não sei ... Tudo pode acontecer ... Teremos que assistir pra saber.
(Eduardo) – Vamos ver logo isso então.
(Nikke) – Daqui a pouco, antes eu quero te mostrar um negócio muito sério e depois a gente parte pro lazer e entretenimento.
Nikke começou a me explicar sobre umas planilhas de contas da filial da academia onde a Helena tem a Clínica. Disse que teve acesso às contas dela e viu que ela estava desviando todo o lucro pra uma conta secreta dela no exterior.
(Eduardo) – Mas como é que a academia não faliu?
(Nikke) – Também fiquei me perguntando isso e eu vi que ela pagava as contas com atraso, provavelmente com o dinheiro do Otávio. Acho que durante um tempo, ele foi pagando, mas quando viu que as outras filiais davam lucro e a da esposa só prejuízo, provavelmente, ele passou a investigar, porque ela simplesmente parou de desviar a grana durante uns meses, mas, por algum motivo, ela voltou a desviar, só que valores menores e abriu uma conta secundária só pra isso.
(Eduardo) – Durante quanto tempo ela fez isso?
(Nikke) – Eu investiguei os últimos 3 anos, mas não duvido que ela esteja fazendo isso há mais tempo.
Ela continuou a me explicar várias coisas e eu estava de queixo caído.
(Nikke) – Mas tem algo pior, Edu. Algo muito pior que está acontecendo e é por isso que eu tive que tomar medidas drásticas e eu nem te consultei, já que você tinha me dado carta branca e eu tive que fazer algumas coisas, digamos ilícitas, pois se trata do futuro dos seus negócios e hoje em dia com as mídias sociais e cancelamento, suas academias podem ir à falência.
(Eduardo) – Como assim ilícitas? O que a Helena aprontou?
(Nikke) – Antes de mais nada, tudo isso que eu te mostrei aqui, foi porque eu tive acesso às contas dela, mexendo no computador de trabalho dela. Portanto, estamos dentro da lei, de certa forma, e tudo pode ser usado como prova, mas tem algumas coisas, que eu consegui através do hackeamento do celular dela e da nuvem onde ela armazena várias coisas. Nessa parte, eu acabei violando a lei, mas eu tinha que fazer isso.
(Eduardo) – O que você descobriu?
(Nikke) – Já está na hora do filme pornô, mas resumindo, ela transformou a academia e a clínica num verdadeiro puteiro de luxo, onde ela é a cafetina e seduz vários homens mais velhos e também chantageia várias alunas a se prostituir. Depois explico isso melhor. Vamos ao filme ...
Nikke abriu a tela e meus olhos não acreditaram no que eu vi. Gilson transando com a Lena no escritório da Clínica de Estética.
(Eduardo) – Caralho, Nikke! Quando você gravou isso?
(Nikke) – É ao vivo. Está acontecendo neste exato momento e o melhor de tudo, é que esse filme é interativo. – Disse Nikke com um sorriso malicioso, me deixando curioso.
Na tela, Helena estava deitada em cima da mesa de sua irmã, na posição de frango assado, enquanto Gilson metia nela com tanto vigor que até empurrava a mesa.
(Helena) – Isso, me fode, caralho! Fode essa buceta com a tua letra! Ela é sua, meu garanhão! Fode, vai ... Fode com força ...
(Gilson) – Sua vadia do caralho! Vou te encher de porra quentinha.
Os dois transavam que nem loucos e falavam um monte de sacanagens, enquanto Nikke abaixou o volume e pegou o celular.
(Nikke) – Vou ligar pra uma amiga ... Não faça nenhum barulho ...
Fiquei calado e assenti com a cabeça, enquanto ela colocava a ligação no viva-voz.
(Nikke) – Oi, Fátima! Tudo bem? Ainda está dolorida?
(Fátima) – Tudo bem, kkkk! Estou até com mais disposição depois daquela aula. Adorei a tarde de hoje e a aula de judô que fizemos, mas aconteceu alguma coisa pra me ligar a esta hora?
(Nikke) – Infelizmente, sim! Minha filha vai precisar viajar e quer levar meu cartão de crédito.
(Fátima) – Xiiiii, se ferrou, hein! Hahahahaha.
(Nikke) – Já falei com ela pra não zerar o limite, mas o problema não é esse. Ela vai viajar amanhã e eu esqueci a minha carteira na sua sala, lá na clínica.
(Fátima) – Putz! Eu vou lá agora pegar! Estou aqui à toa mesmo... Estou cheia de fogo, mas o Gilson saiu pro futebol semanal dele... Eu vou pegar um Uber e depois levo pra sua casa, ok?
(Nikke) – Eu vou te agradecer muito, Fátima! Obrigada mesmo!
Ela desligou a ligação e olhou pra mim sorrindo.
(Nikke) – Hoje vai começar o fogo no parquinho da Lena! E nós vamos assistir de camarote!
(Eduardo) – Caralho, Nikke! Eu não sabia que você era tão maquiavélica!
(Nikke) – Temos que afastar a Helena dos negócios o mais rápido possível. Como eu disse, ela está chantageando alunas pra transformá-las em garotas de programa de luxo. Tem câmera em tudo que é local naquela academia ... Até nós vestiários ... Descobri fotos e vídeos de garotas, algumas até eu acho que são menores de idade, que estão sendo vendidas em redes sociais por um dos professores.
(Eduardo) – Meu Deus!!! Isso é um absurdo! A Lena ficou maluca!
(Nikke) – Além de absurdo, isso é crime e a Lena é mal caráter, isso sim. Ela sabe muito bem o que está fazendo.
(Eduardo) – Você tem razão! O problema, é que eu não tenho como tirar a Lena da Clínica, porque ela tem 50%. Eu poderia comprar a parte dela, mas duvido que ela queira vender.
(Nikke) – Também acho difícil ...
(Eduardo) – Não sou muito adepto disso, mas se a gente a chantagear para vender ... A gente pega todas essas provas e mostramos a ela que sabemos tudo e ameaçamos contar pra polícia. O que você acha?
(Nikke) – É uma boa ideia, mas ela pode querer se vingar de alguma forma. Temos que denunciá-la mesmo e tirar ela de circulação o quanto antes.
(Eduardo) – Eu acho que sei como fazer isso... e talvez precisemos da ajuda da Fátima, mas será que ela é confiável?
(Nikke) – Eu já verifiquei o computador dela e nos tornamos amigas. Posso garantir que ela não tem nada a ver com essa sujeira da toda.
(Eduardo) – Sei que a se a Lena for presa, pode acabar repercutindo mal para os negócios, mas não vejo outra solução.
(Nikke) – Eu tenho acesso a tudo do celular dela, inclusive as senhas bancárias. Posso transferir todo o dinheiro que ela desviou pra sua conta e ela vai ficar sem muitas opções.
(Eduardo) – Eu não quero esse dinheiro sujo na minha conta. Vamos fazer o seguinte ... faça uma doação pro Médico sem Fronteiras e Legião da Boa Vontade. Otávio fazia doações anuais pra estas instituições e seria o mais justo a fazer com esse dinheiro ... que pelo menos seja usado de uma forma decente.
(Nikke) – Tem certeza disso? – Perguntou Nikke, me olhando um pouco emocionada.
(Eduardo) – O que foi Nikke?
(Nikke) – Nada, não ... Eu agora entendo por que todos os seus funcionários falam bem de você e porque o meu marido gostava e confiava tanto em você.
(Eduardo) – Você está me deixando sem graça ... e além disso, eu tenho os meus defeitos também.
(Nikke) – Temos que agir corretamente sobre essa questão da pornografia. Isso tem que parar e todos os envolvidos, pagar por esses crimes, antes que ocorra uma evasão dos alunos nas academias.
(Eduardo) – Acho que se eu der uma entrevista, apoiando as vítimas e mostrar que estamos cooperando com a polícia ... acho que talvez assim possamos minimizar os danos.
Nikke sorriu e confirmou com a cabeça, mostrando que concordava com a minha sugestão.
(Eduardo) – Ainda estou em choque! A Lena foi longe demais ... Passou de todos os limites.
Continuamos a conversar sobre as medidas possíveis para tomarmos contra a Lena, até que Nikke voltou a sua atenção ao monitor e aumentou o volume.
Fátima estava chegando na academia e seu marido estava se esbaldando com sua própria irmã.
(Helena) – Aiiiii, Gilson! Caralho, você está arregaçando o meu cu, seu filho da puta!
(Gilson) – Isso é pra você aprender, sua safada! Esse cu é só meu! Enquanto eu não arrombar o cu da Mônica, eu vou arrombar o seu.
Eu ouvi isso mesmo? Que filho da puta!
(Eduardo) – Ouviu isso, Nikke? Ouviu esse filho da puta? Ele vai se ver comigo!
(Nikke) – Estou gravando tudo isso!
Voltamos a atenção novamente ao monitor.
(Helena) – Eu não estou aguentando mais ... Para um pouco, meu amor.
(Gilson) – Amor é o caralho! Eu vou arrebentar o seu cu!
(Helena) – Então arrebenta, seu puto! Aproveita que a minha irmã não te dá o cu e come o meu ... Me fode direito, que eu vou gozar...
(Gilson) – Eu também vou gozar ...
Em meio aquela gritaria e selvageria anal, os dois gozaram aos berros, mas nem tiveram tempo de desfrutar dessa sensação, porque a porta se abriu, surgindo uma Fátima transtornada e com muita raiva.
(Fátima) – DESGRAÇADOS!!! FILHOS DA PUTA!!! EU VOU ACABAR COM VOCÊS!!!
(Gilson) – Calma, meu amor ... Eu posso explicar!
(Fátima) – EXPLICAR O QUE, SEU FILHO DA PUTA? VOCÊ ESTAVA ENFIANDO O SEU PAU NO CU DA MINHA PRÓPRIA IRMÃ! E EM CIMA DA MINHA MESA, CARALHO!
Helena estava catando as suas roupas num canto e em poucos segundos já estava vestida.
(Helena) – Fatinha, esse louco do seu marido vivia me cantando, até que uma hora não deu pra resistir. Ele me seduziu e se aproveitou que eu estava num momento de carência ...
(Fátima) – CALA A SUA BOCA!!! EU TENHO NOJO DE VOCÊS ... NOOOJJJJOOOOO!!!
(Gilson) – Vamos conversar em casa. Lá a gente resolve tudo ... Vamos, meu amor, me perdoe. É que ...
(Fátima) – O QUE? FALA! É QUE ... O QUE?
(Gilson) – Quer saber? A culpa é sua! SÓ SUA!!!
(Fátima) – A culpa é minha? Pera aí, que eu vou respirar fundo agora ... VAI TOMAR NO SEU CU!
(Gilson) – Tá vendo? É justamente por isso ... Se você deixasse eu comer o seu cu, nada disso teria acontecido. Eu sempre te pedi pra liberar o cuzinho, mas você sempre teve medo e achava nojento.
(Fátima) – Você só pode estar brincan ...
(Gilson) – Cala a sua boca, que agora você vai ouvir! Eu sempre pedi pra você deixar eu gozar na sua boca e você nunca deixou. Achava nojento e repulsivo. Eu te amo, Fatinha! Você é o amor da minha vida, mas um homem quando não tem o que quer em casa, procura na rua.
(Fátima) – Você é um tremendo de um cafajeste, isso sim. CAFAJESTE!
(Gilson) – Eu sei que sou culpado, mas você também tem a sua parcela de culpa.
(Fátima) – Eu não estou acreditando nisso ...
(Helena) – Irmã, eu te amo muito. O que aconteceu aqui, foi só sexo. Nada demais. O Gilson te ama mais do que tudo! Vamos esquecer que isso aconteceu e seguir a vida.
(Fátima) – Nem fodendo! Vocês dois que me aguardem.
(Gilson) – Não faça isso, meu amor! Eu juro pra você que foi apenas um deslize e que eu nunca mais vou errar contigo. Faço qualquer coisa pra te recompensar!
(Helena) – Eu também acho que você deveria pensar muito bem ...
(Fátima) – Você nem consegue me pedir desculpas e ainda tem a cara de pau em achar que vai tudo voltar a ser como era antes?
(Helena) – Se é por falta de desculpas, irmãzinha, eu te peço desculpas. Quer que eu me ajoelhe também?
(Fátima) – Debochada! Você não vale nada!
(Helena) – Não é isso! Eu sei que errei. Nós erramos! Mas o que está feito, não dá pra desfazer ... Entende? Eu sei que é difícil, mas aos poucos iremos superar isso juntos.
(Fátima) – Gilson, escute bem o que eu vou te dizer! Eu vou pra um hotel hoje e amanhã quando eu voltar pra casa, quero que você e suas coisas não estejam mais lá.
(Gilson) – Mas, Fatinha ... É minha casa também ...
(Fátima) – Sem, mas ... Você pega as suas coisas e some da minha vida. Aquela casa é dos MEUS pais e você não tem direito algum.
(Helena) – Acho que você está fazendo uma grande besteira ...
(Fátima) – Pode até ser ... E quanto a você, irmãzinha, infelizmente eu não tenho muito o que fazer, só não me dirija mais a palavra.
Ela saiu do escritório, mas em seguida retornou e ficou procurando alguma coisa, provavelmente a tal carteira da Nikke.
(Helena) – O que foi, irmã?
(Fátima) – Não é da sua conta ...
Ela então achou a carteira e foi embora.
Eu olhei pra Nikke e vi que ela tinha um sorriso de satisfação no rosto e parecia se deleitar com aquele espetáculo. Ela então olhou pra mim e me perguntou:
(Nikke) – O que foi?
(Eduardo) – É que você está muito estranha ...
(Nikke) – Eu adoro quando as coisas saem conforme o planejado.
(Eduardo) – Coitada da Fatinha!
(Nikkei) – Melhor assim ... Ela não merece ser tratada daquela forma.
Continuamos a observar e escutar o que os dois amantes conversavam.
(Helena) – Relaxa, Gilson! Ela vai te perdoar. Eu vou ajudar vocês dois.
(Gilson) – Porra, Lena! Olha só a merda que você fez! Era muito mais seguro a gente ter ido pra um motel, como das outras vezes.
(Helena) – Mas a gente já fez aqui também várias vezes. A gente deu azar. Acontece ...
(Gilson) – Porra, onde eu vou morar? Estou cheio de dívidas e não vou conseguir bancar um lugar legal agora.
(Helena) – Já disse que vou resolver. Deixa só ela esfriar a cabeça.
(Gilson) – Eu bem que poderia morar contigo ... Que tal?
(Helena) – Acho melhor não ... O que todo mundo vai pensar? Sem falar que fazendo isso, aí sim, a Fatinha vai me matar.
(Gilson) – Qual a sua idéia? O que você pretende fazer?
(Helena) – Eu tenho uma idéia, mas você não vai gostar nadinha.
(Gilson) – Não gosto quando você tem essas ideias malucas.
(Helena) – Vamos continuar ... Vou te dizer que a minha irmã nos pegando no flagra, me deu ainda mais tesão.
(Gilson) – Você é uma safada mesmo! Tudo bem! Já estou fodido mesmo.
Os dois então começaram a se beijar e mais uma sessão de sexo estava por vir.
(Eduardo) – Nikke, eu não acredito nesses dois! Como podem voltar a transar depois de tudo o que ocorreu?
(Nikke) – Só um instante, Edu! A Fátima está me ligando ... Oi, Fatima! Tudo bem?
(Fátima) – Nada bem, mas depois eu te conto! Me dá o seu endereço, que eu peguei a sua carteira.
(Nikke) – Eu tive que vir na academia central, porque eu achei que tinha perdido ela aqui e acabei ficando pra adiantar uns trabalhos. Vem pra cá ...
Ela desligou a ligação e me disse pra eu ir embora, porque agora era a hora de uma conversa só de mulheres.
(Eduardo) – Espero que você saiba o que está fazendo ... e mais ... você precisa me explicar como conseguiu montar este plano.
(Nikke) – Sobre o plano, é fácil. Como você sabe, eu tenho acesso total ao celular da Helena e ela marcou com o cunhado ainda pela manhã, e por mensagem !!! Foi só eu “esquecer” minha carteira na sala delas e pronto ... Pode deixar que eu vou cuidar da Fátima. Nós acabamos virando boas amigas em pouquíssimo tempo.
Me despedi dela e saí da academia. Nayla estava com Mônica lá em casa e eu não estava a fim de ir pra lá. Resolvi pernoitar num motel e tentar relaxar numa banheira de hidromassagem. Relaxei tanto, que acabei dormindo dentro da banheira e só acordei quando o telefone do quarto tocou pra avisar que o período tinha acabado.
Pedi um café da manhã e vi que tinham várias mensagens e chamadas da Mônica. Comecei a escutar e eram todas pra saber onde eu estava e se eu estava bem. Respondi que estava tudo bem e se ela podia levar a Nayla pra escola. Ela ainda tentou arrancar mais informações, mas eu tratei logo de acabar com a conversa. Acho que ela não acreditou que eu estava bem e, como eu parei de responder, ela me ligou:
(Mônica) – Edu, você não parece bem ...
(Eduardo) – É que eu quase não dormi.
(Mônica) – Você trabalhou a noite inteira?
(Eduardo) – Mais ou menos ... Mas por quê, tanto interesse?
(Mônica) – É que eu fiquei preocupada.
(Eduardo) – Estou bem. Só preciso dormir um pouco. Você tem como levar a Nayla?
(Mônica) – Já disse que tenho.
(Eduardo) – Se não der, eu dou um jeito. Daqui a pouco estou saindo do motel.
(Mônica) – Motel? Achei que você estava na academia, trabalhando com a Nikke, mas agora eu entendi muito bem qual era o trabalho.
Porra! Que vacilo que eu dei ... Foda-se também ... Não estamos mais juntos.
(Eduardo) – É uma longa história, mas agora que não estamos mais juntos e você assumiu o relacionamento com o Tarcísio, qual o problema se eu durmo fora de casa ou com quem eu durmo? Isso não é mais da sua conta!
(Mônica) – Você é um grosso! Faça o que bem quiser da sua vida ... – Disse ela chorando e desligando a ligação.
{...}
(Mônica) – AAAAAAAAHHHHHHH!!!
(Nayla) – O que foi, mãe?
(Mônica) – Nada não, filha! Foi Só uma topada que eu dei no dedo mindinho.
(Nayla) – Cadê o papai?
(Mônica) – Ele precisou trabalhar até tarde, mas te mandou um beijo e disse pra eu te levar pra escola.
(Nayla) – Gostei de você ter dormido aqui. Sinto a sua falta. – Disse minha filha toda contente e me abraçando.
(Mônica) – Deixa eu fazer uma ligação importante e, enquanto isso, você se arruma. Ok?
(Nayla) – Mãe , seu celular novo é bonito!
(Mônica) – Gostou?
(Nayla) – Sim! Posso ficar com o seu antigo?
(Mônica) – Eu perdi o meu celular antigo, filha! Por isso comprei esse ...
(Nayla) – Ué, mas o papai achou o seu celular. Ele chegou um dia em casa e me mostrou. Só não sei onde ele guardou, mas deve ter colocado no armário dele.
(Mônica) – Sério? Nayla, você me ajuda a procurar?
(Nayla) – Você vai me dar o celular?
(Mônica) – Depois que eu salvar algumas coisas eu te dou. Vamos, filha! Me ajuda a procurar.
Fomos até a suíte, e em uma rápida verificação, a Nayla achou dentro de uma caixa de sapato, junto com algumas outras coisas minhas.
(Mônica) – Obrigada, filha! Você não sabe como estou feliz!
Dei vários beijos nela e fiz cócegas também. Ela ria e tentava se proteger dos meus ataques. Rimos muito e logo depois mandei ela se arrumar. Como esse celular veio parar aqui? Que loucura! Liguei imediatamente pro Tarcísio.
(Mônica) – Tarcísio, achei o meu celular! Estava aqui em casa esse tempo todo. Você acredita nisso?
(Tarcísio) – Como assim?
(Mônica) – Eu também não sei. Foi a Nayla que me disse que o celular estava aqui e que um dia o Edu chegou com ele.
(Tarcísio) – Acho que agora temos tudo. Falta só pegar a gravação com aquele detetive e o Edu vai ver que todos nós fomos enganados.
Fiquei em silêncio durante uns segundos suspirando.
(Tarcísio) – Era pra você estar gritando e pulando de alegria. O que houve?
(Mônica) – É que eu acho que não adianta mais ... O estrago já foi feito e eu acho que não tem mais volta.
(Tarcísio) – Claro que tem volta!
(Mônica) – Edu já fez a fila andar. Ontem ele foi fazer “hora extra” com a Nikke num motel.
(Tarcísio) – Caralho!!!
(Mônica) – Pois é, meu amigo. Estou com muito ódio da Lena e de mim. Eu não deveria ter ido morar contigo.
(Nayla) – Você está morando com quem eu estou pensando? – Disse a minha filha com uma cara de decepção e saiu correndo pro quarto.
(Mônica) – Nayla, não é o que está pensando ... Tarcísio, eu tenho que desligar, depois a gente se fala.
Desliguei a ligação, mas Nayla já tinha entrado no quarto e se trancado.
(Mônica) – Filha, abra essa porta. Precisamos conversar.
(Nayla) – VAI EMBORA! EU QUERO O MEU PAI! VOCÊ NÃO PRESTA! SUA MENTIROSA! VOCÊ PROMETEU! PROMETEU!
(Mônica) – Naylinha, abre essa porta. Eu posso explicar! Eu juro que eu posso explicar!
(Nayla) – Vai embora, mãe! Me deixa aqui!
(Mônica) – Eu não vou sair daqui enquanto você não abrir essa porta.
Escutei um barulho de choro e a minha vontade era ser forte que nem o Edu e botar essa porta abaixo.
(Mônica) – Filha, o seu padrinho Tarcísio, está namorando a Tia Marina, entendeu? Eu só fiquei uns dias lá, porque seu pai o arrebentou e eu fiquei cuidando dele.
(Nayla) – Bem-feito! Ele tinha era que ter morrido!
(Mônica) – NAYLA! Você tem noção do que você disse? Desejar a morte de alguém ... Nós não te criamos assim.
Ela ficou em silêncio e eu fiquei ali tentando convencê-la a abrir a porta, mas tudo o que eu falava não surtia efeito. Ficamos ali durante muito tempo ... Ela no quarto, fazendo sei lá o que, e eu sentada no chão, encostada na porta, até que finalmente ela abriu a porta e eu a abracei, mas ela disse que estava apertada pra ir ao banheiro e se desvencilhou de mim.
Quando ela saiu do banheiro, quis ver o pai no trabalho. Eu ainda tentei argumentar, e levá-la para a escola, mas ela queria ver o pai. Eu já estava toda cagada mesmo e resolvi não perder mais pontos com ela. Fomos até a academia e quando chegamos lá, a porta do escritório estava trancada. Tive que bater na porta várias vezes e só então Nikke abriu a porta.
(Nikke) – Mônica, que surpresa! Oi, Nayla!
Ela entrou direto e foi dar um abraço no pai, enquanto eu fiquei encarando a Falsiane.
(Nikke) – Quer um café? Estou precisando! Passei a noite em claro, praticamente ...
Que filha da Puta!!! Está “praticamente” jogando na minha cara que passou a noite fodendo com o meu marido. Isso não vai ficar assim ...
(Mônica) – Vou querer. Aceito!
Acompanhei Nikke até a cafeteria e conforme ela foi andando na frente, pude observar melhor aquela mulher com um traseiro tão grande, que merecia ter o próprio CPF. Será que o Edu comeu essa bunda ontem? Tenho que reconhecer que ela é um mulherão. Parece ser inteligente e simpática também. Que ódio!
(Nikke) – Você prefere puro ou com leite? Eu adoro leite! – Disse a safada.
Claro que você adora leite! Sua vaca! Aposto que ontem você se fartou do leite do meu marido no motel!
(Mônica) – Eu prefiro puro! Preciso despertar porque fiquei preocupada com o Edu não voltar pra casa. Nayla perguntou muito por ele.
(Nikke) – Sinto muito, por isso ...
Sente nada!
(Mônica) – Qual é a sua, Nikke? Só porque roubaram o teu marido, você agora se acha no direito de fazer o mesmo?
(Nikke) – Oi?
(Mônica) – Não se faça de desentendida ... Sei muito bem o tipo de trabalho que você e meu MA-RI-DO, ficaram fazendo ontem e isso não vai ficar assim.
(Nikke) – Acho que você está confundindo as coisas ... Você deveria era me agradecer pelo que estou fazendo.
(Mônica) – Vê se te enxerga! Você está se aproveitando dele.
(Nikke) – Mônica, acho que nós deveríamos conversar isso num local mais reservado ... Tem muita gente olhando.
(Mônica) – Não quero falar mais nada! Só quero que você saiba que eu não vou desistir assim tão fácil do meu casamento. Nem você, nem Helena, nem ninguém vai conseguir isso. Entendeu?
Tomei o café como se fosse um shot. Desceu queimando a minha garganta e fui embora, deixando-a lá com cara de bunda. Voltei pra casa do Tarcísio pra finalmente tirar as minhas coisas de lá e me mudei pra um Airbnb. Tarcísio e Marina ainda falaram pra eu não ir, mas achei melhor, até pra que os dois tenham mais liberdade. Os dois ainda foram muito gentis, me ajudando a levar minhas coisas.
Era uma situação temporária. Ou eu voltava pra minha casa ou alugaria uma outra em definitivo. Depois que eles foram embora, pude me deitar na cama e fiquei chorando e remoendo tudo o que aconteceu na minha vida.
Eu posso não ter mais o Edu, mas a Lena me paga. Eu juro que ela me paga!
Continua ...