Meu nome tem cinco letras (07/15)

Um conto erótico de Gui Fonseca
Categoria: Gay
Contém 1245 palavras
Data: 18/03/2024 07:41:51

07 – Artur

Depois da saída de Tomás fomos dormir, a primeira noite sem sexo, mesmo com as mãos de ambos em meu caralho, eu só ficava repassando os últimos acontecimentos até dormir, acordei perto da hora do treino, gosto de acordar cedo. Os meus lindos dormiam, aproveitaram que sai de entre eles para se abraçarem e trocarem um beijo, eu podia apostar que pela morosidade ainda dormiam.

“Acordado?”, Fabio se assusta com minha presença, pego o celular e digo que era quase cinco, deixo o celular gravando nossa conversa, breve, cinco ou sete minutos. Vou acordar Pedro e Chico.

Não digo nada a eles, apenas que fizemos tudo o que estava a nosso alcance, era hora de voltar ao nosso mundo. Era muito cedo mas era o que eu tinha intenção de fazer. Liguei para Tomas, disse que queria falar uma coisa em particular com ele da maneira mais discreta possível, mas era urgente e deveria ser pessoalmente. Um homem de máscara descartável e óculos de grau bate a porta de minha cabine, eu estava tenso, estava lá porque detesto aquela cabine, Pedro já havia desistido de tentar me acalmar, ele estava finalmente instalando os apps em seu celular, Chico estava tão infantil quanto mexendo no seu notebook novo. Eu olhei para o homem e quando ele tirou a máscara reconheci os olhos por trás do bigode.

Tomás pergunta o que era urgente, mostro a ele e aos outros uma gravação em que Fábio cheirava pó, ele me convidava pra fazer o mesmo, eu dizia que nunca havia feito e não ia começar, ele diz que a grande parte mandou de volta na mala de Saulo, não era louco de roubar uma coisa daquelas, mas que restava um pouco me convida novamente, pergunto se ele desceu com aquilo para a delegacia e ele diz que a cabine dele ia ser vistoriada, escondeu em uma roupa suja junto de umas coisas numa bagagem de mão e deu a Pedro. Pergunto se ele era louco, Pedro é um homem preto e desempregado, pego com isso... Fábio ri e diz que nada aconteceu. Era quase sete da manhã, talvez seis e meia.

Pedro estava perplexo, olhava o celular que tirei da mão dele, ele estava com aquele olhar de quem ia quebrar o aparelho, Chico, Tomás e eu o seguramos, Tomás diz que ele é o capitão, se ele mandar sacudir alguém nas hélices do navio, sua ordem é cumprida, não ia deixar Fábio ou Saulo... Eu digo que Saulo já era impossível de ser rastreado com qualquer quantidade de droga que fosse, Tomás concorda, Pedro senta, o susto o deixou suado. Tomás pede para ele ir, com Chico e eu, malhar. Diz que vai tentar pegar o outro gato no pulo. Pergunto se posso ir com ele, Tomás me encara e concorda depois de um tempo, ele passa duas ordens pelo rádio que está em suas costas. Em minutos estou andando o mais rápido e discretamente possível enquanto sigo um capitão disfarçado de faxineiro.

Ele abre o quarto de Fábio e está tudo meio normal demais, ele pede para eu ficar na porta, mas o quarto não tem ninguém e nem tem mais qualquer sombra de bagagem, a mesa que aponto tem ainda alguma coisa, ele chama três pessoas e dá ordem de não deixar Fábio descer do navio, isso ele consegue, mas é inútil procurar por qualquer coisa em sua bagagem.

Fábio se despede de mim com um sorriso sarcástico a ponto de parecer um deboche, Tomás aperta a mão dele pedindo desculpas pelo contratempo em seu desembarque, o puxa para dizer algo em seu ouvido. Tomás é ou foi militar, não entendi isso tão claramente, mas ele disse duas frases curtas a Fábio, não pude ouvir, acredito que ninguém ouviu, Fábio pareceu tanto surpreso como intimidado, desceu a rampa para descer em Maceió. Tomás me pede para o esperar, em dez minutos a farda de Tomás circula ao meu lado chamando atenção, muitos idosos e crianças para tirar fotos. Todos os Instagramers e Youtubers profissionais ou amadores pedem por um segundo seu, um tempo muito curto, mas me sento com ele e meus namorados para tomar café bem depois das nove, em um restaurante bem exclusivo pelo preço.

Ele diz para ficarmos a vontade era um mimo que ele nos queria regalar. Pedro pergunta se era verdade, ele sorri e confirma, Pedro diz que vai pedir a coisa mais cara que estivesse disponível, Tomás ri a riso frouxo, morro de vergonha. “Conhecem Maceió? Que bom, não desçam, esses dois são bem sujos e nunca foram enquadrados, vocês tiveram ótimas intenções mas se envolveram com uma laia da pior qualidade. Estou envergonhado de como esse cruzeiro pode ter sido desastroso para vocês três.”, “Desculpe, capitão, mas eu me apaixonei por Artur logo na primeira noite e na noite seguinte ele e eu estávamos apaixonados por Pedro, temos planos de ficar juntos no desembarque, estamos tentando voltar no mesmo voo, não sabemos se ficamos na casa da ex de Artur, na casa de meus pais ou na pensão da qual Pedro está pra ser despejado. Mas temos planos e uma alegria imensa quando falamos do futuro, pra gente o futuro poderia ser uma sequência de agoras. Como essa viagem pode lhe parecer desastrosa? Me diga.”

Comemos e por sugestão de Tomás tiramos a manhã em um lugar tranquilo, namorando, ele me pede para dormimos depois de almoçar cedo, jantarmos e irmos para o teatro, ele diz que irá acontecer uma apresentação de circo e depois nós somos convidados dele, mas não disse para o que, apenas sorriu.

Ficamos no restaurante por pouco tempo até o capitão sair. Fizemos como ele sugeriu, fomos até a minha cabine e eu precisava falar algo para Chico e Pedro. “Eu não quero imaginar como vai ser quando eu tiver de pousar no aeroporto de Recife. Eu estou com medo de ir trabalhar e no fim do dia não encontrar vocês, eu estou vivendo como se fosse um jovenzinho que descobre o amor. E eu acho que pode não ser amor, mas eu reconheço essas sementes que vocês plantaram em quase todo lugar dentro de mim. Temos feito sexo, eu tenho visto vocês se amarem diferente de como vocês me amam. Eu quero dizer que ninguém encostou na minha bunda, só dei ela uma vez e foi horrível, por motivos horríveis para um cara horrível, eu queria que vocês me comessem, eu me sinto poderoso de uma forma distante porque tenho sido o ativo sempre, mas eu quero dividir tudo e estar sempre no mesmo lugar que vocês.”

Eles me beijaram e demoraram bastante tempo me dizendo que eu vou me sentir poderoso quando minha bunda puder controlar o pau deles, Pedro e Chico alternavam entre chupar meu pau ou minhas bolas, me deitei naquela cama, como eu ia ser passivo assim? Pedro senta com o cu na minha boca, Chico chupa meu cu também, levou poucos minutos para Pedro limpar a babá que escorria de seu pau para minha boca e dizer que eu era muito gostoso, Chico tinha dois dedos dentro de meu cuzinho e eu sentia medo, queria desistir, Chico pergunta se meu rabo quer mastigar a rola dele e eu digo que sim, eu tremia de medo de doer, de ele não gostar, de eu ficar tenso, de eu parecer um veadinho, de eu não conseguir fazer ele querer socar até gozar... “Você sabe o que está fazendo?”

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