“Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era
ficarmos bem?”.
Nikke voltou pro escritório, enquanto eu estava conversando com Nayla. Tínhamos que decidir muitas coisas ainda e eu não queria que minha filha escutasse.
(Eduardo) – Nayla, papai precisa trabalhar. Acho que ainda dá tempo de você ir pra escola.
(Nayla) – Você já trabalhou a noite toda. Não é justo e eu não quero ficar com a mamãe.
(Eduardo) – Vamos fazer o seguinte. Vamos na lojinha e a gente escolhe uns biquínis e uma sunga e a gente vai pro clube.
(Nayla) – Obaaaaaaa!!! – Disse minha filha toda contente.
(Eduardo) – Você também Nikke! Nosso trabalho será no clube. Leva o notebook e a gente adianta umas coisas de lá.
(Nikke) – Tudo bem! Não vou contrariar as ordens do patrão, kkkk. – Disse Nikkei piscando e sorrindo pra mim.
Fomos rapidamente até a lojinha e deixamos a Jéssica, umas das professoras mais antigas, na gerência caso tivesse algo urgente pra resolver. Assim que chegamos no Clube, fomos direto pra piscina e pegamos uma mesa. Estava bem vazio e o sol do Rio de Janeiro estava de arrebentar o couro. Passamos protetor solar e ficamos um tempo na sombra, comendo e bebendo.
(Nikke) – Edu, a Mônica está com muita raiva de mim. Ela acha que nós dois ficamos fazendo outro tipo de trabalho ...
(Eduardo) – É que eu não fui pra casa ontem e acabei dormindo num motel. Quando ela me ligou, acabei falando, sem querer, onde eu estava e ela entendeu tudo errado, mas não tô nem ligando.
(Nikke) – Mas eu ligo, Edu. Ela fez a maior cena lá na lanchonete. Não quero que os funcionários achem que estou dormindo com o chefe. Foi meio constrangedor.
(Eduardo) – Me desculpa, Nikke. Depois eu explico a ela o que aconteceu.
Olhei pra Nayla e vi que ela estava um pouco afastada com uma amiguinha, mas não tirava o olho da gente.
(Eduardo) – Estou curioso pra saber sobre a Fatinha. O que vocês conversaram?
(Nikke) – Não posso falar! Ela se desabafou comigo e eu tive que confessar que armei o flagrante. Expliquei tudo que eu te falei ontem sobre o envolvimento da Helena naquele esquema nojento. Afinal, ela agora é dona de metade da clínica e o nome dela também está na reta, porque essas coisas, quando explodem na mídia, sobra pra todo mundo.
(Eduardo) – Você fez bem! Temos que saber separar os negócios da vida pessoal.
(Nikke) – A boa notícia é que ganhamos uma aliada, mas ela pediu pra se afastar durante uma semana da clínica. Ela não quer ver a irmã e o marido tão cedo.
(Eduardo) – Ela vai pedir o divórcio?
(Nikke) – Acho que não.
Fiquei admirado com essa resposta e mostrei minha indignação a Nikke.
(Eduardo) – Mas ela vai aceitar continuar a ser corna?
(Nikke) – Definitivamente não. – Disse Nikke dando uma gargalhada, que chamou até a atenção da Nayla e da amiguinha e tomando susto da altura de sua gargalhada, continuou baixinho – Tenho até um pouco de pena do Gilson! O que ela disse que vai fazer com ele, não desejo nem pro meu inimigo.
(Eduardo) – Caramba! Muito grave?
(Nikke) – Pra ele, vai ser gravíssimo! O divórcio, pra ele, seria até uma espécie de vitória.
(Eduardo) – Eu não tenho estômago pra isso. Essa coisa de vingança, não é pra mim. Melhor separar e cada um seguir o seu rumo.
(Nikke) – Mas ela sofreu uma dupla traição.
(Eduardo) – Igual a mim. Tarcísio era como se fosse meu irmão.
(Nikke) – Edu, por mais que eu ache essa história toda muito maluca, pensa comigo ... Se a Helena fez o que fez, com a própria irmã, o que impede dela fazer coisa pior com as outras pessoas, como a Mônica por exemplo.
(Eduardo) – Você acha mesmo que a Mônica é inocente?
(Nikke) – Inocente, eu não sei, mas no mínimo, ela foi manipulada. Helena é muito ardilosa.
(Eduardo) – Você pode ter razão ... Eu agora, sempre espero o pior dela.
(Nikke) – Eu também e olha que eu a conheço há pouco tempo. Não sei como vocês se deixaram enganar assim.
(Eduardo) – Ela não era assim, Nikke! Antigamente ela era uma boa amiga. Sabe aquelas garotas meio porraloka? Ela era assim.
(Nayla) – Pai, posso pegar o seu celular pra tirar umas fotos? – Falou minha filha fazendo uma carinha de cachorrinho triste.
(Eduardo) – Toma cuidado, filha! Não deixa cair no chão, nem na água.
Continuamos a conversar, até que surgiu o assunto de como e quando iríamos puxar o tapete da Helena.
(Eduardo) – Temos que fazer o mais rápido possível, porque a qualquer momento, algo ruim pode acontecer.
(Nikke) – Concordo! Temos que aproveitar, enquanto ela está meio desestabilizada. Vai por mim ... Fátima e eu conversamos muito ontem e eu meio que sugeri uma coisinha ou outra.
De repente, me lembrei da festa do William, que seria aqui no clube. Lena adorava ser o centro das atenções nas festas. Acho que seria um bom castigo pra ela, ser desmascarada na frente de um monte de gente. Nikke adorou a minha ideia e começamos a planejar em como fazer.
Foi quando minha filha se aproximou e tirou uma self comigo e com a Nikke e depois voltou pra amiguinha e tirou mais fotos.
Não estávamos mais aguentando o sol, nem o calor, quando decidimos ir embora e eu fui pegar o meu celular. Vi que tinha várias notificações de mensagens.
Da Jéssica, dizendo que estava tudo bem na academia, dos meus pais, me perguntando se o resultado do exame já tinha saído e algumas mensagens da Mônica.
Eu não estava disposto a ver, mas a curiosidade falou mais alto e quando eu vi, não acreditei ...
(Eduardo) – NAAAYLAAAA! Por que você fez isso?
(Nikke) – O que aconteceu, Edu?
(Eduardo) – Nayla enviou duas fotos para a mãe, pelo meu WhatsApp. Olha isso!
Mostrei a primeira. Era uma foto minha com Nikke conversando. Nada demais. Mas pra quem acha que eu passei uma noite no motel com a mulher da foto, devia ser devastador.
A outra era uma self de nós três, com a legenda “um dia feliz”.
(Eduardo) – Nayla, por que você fez isso?
(Nayla) – Se a minha mãe pode namorar outro, você também pode.
(Eduardo) – Minha filha, não é bem assim. Eu e Nikke não estamos namorando. Ela é minha funcionária e amiga também.
(Nayla) – Mas a mamãe não sabe ...
Olhei pra Nikke, meio constrangido e preocupado.
(Eduardo) – Não sei onde ela está aprendendo essas coisas.
Nikkei sorriu e disse que a minha filha está ficando arteira. Eu nem queria ouvir as mensagens de áudio, porque eu sabia que não seria nada agradável, mas eu tinha que explicar esse mal-entendido.
(Mônica) – Palhaçada isso, Edu ... É assim que você quer fazer? Se vingar de mim, dessa forma?
(Mônica) – Você não sabe o quanto você está me machucando, fazendo isso comigo... – com a voz chorosa – Que você não queira nada mais comigo, é uma coisa, mas esfregar isso na minha cara e tripudiar dessa forma? Eu jamais esperaria isso de você.
(Mônica) – Porra, Edu! Que mancada! Sei que eu não tenho direito de me meter, mas ...
O áudio acabou e eu fiquei pensando em como iria resolver este mal-entendido. Entretanto, não se passaram 15 minutos e meu celular tocou. Era a Mônica.
(Mônica/Tarcísio) – Edu, sou eu, Tarcísio, por favor, não desligue. É sério
(Eduardo) – O que é sério. – Respondi mostrando minha indignação com a petulância dele fazer uma ligação para mim do celular da Mônica, já que o dele estava bloqueado.
(Mônica/Tarcísio) – Edu, eu estou levando a Mônica para um hospital. Ela estava com a Marina, ficou muito nervosa, teve um colapso e desmaiou.
Caralho! Quando eu acho que as coisas vão se resolver ...
(Eduardo) – Me explica isto direito. O que aconteceu?
(Mônica/Tarcísio) – Depois que a Mônica deixou a Nayla com você, ela passou aqui e pediu para a Marina ir com ela para a casa nova dela para ajudar a arrumar algumas coisas e fazer companhia. A Marina me disse que ela começou a receber algumas fotos suas no celular. E quando estava gravando alguns áudios, desmaiou. A Marina me ligou e eu fui até a casa dela. Estou levando-a pro hospital ...
Minha cara deve ter denunciado que algo não estava bem, pois Nikke me perguntou:
(Nikke) – O que houve?
(Eduardo) – Temos que ir.
(Nayla) – Ah, não! Quero ficar aqui no clube!
(Eduardo) – Você não tem que querer! Já chega, Nayla! Não gostei do que você fez! Nunca mais faça isso, entendeu? Sabia que isso é um crime? Nunca mais pegue o meu celular pra enviar mensagens, áudio ou foto, sem a minha autorização.
(Nayla) – Mas, pai ...
(Eduardo) – Vamos embora, A-GO-RA ...
Ela foi no banheiro se arrumar e Nikke me perguntou o que houve.
(Eduardo) – Mônica teve um colapso, sei lá ... Desmaiou e está sendo levada pro hospital. Não quero falar com a Nayla, pra ela não se sentir culpada, mas isso tem que acabar. Eu tenho que resolver a minha vida de uma vez por todas.
(Nikke) – Meu Deus, Edu.
(Eduardo) – Nayla nunca foi de aprontar, mas de uns tempos pra cá, ela está ficando impossível.
(Nikke) – Está vendo, como uma simples traquinagem pode destruir uma relação, se for bem-feita? Imagina uma trama muito bem elaborada?
(Eduardo) – Você está coberta de razão, Nikke! Acho que agora estou começando a entender melhor as coisas.
Nos arrumamos e fomos pro Quinta D’or, um hospital que ficava na zona norte. Chegando lá, procurei pelo Tarcísio, que já havia me mandado mensagem dizendo em qual hospital estava.
(Nayla) – O que estamos fazendo, aqui? Tem alguém doente?
(Eduardo) – Fica aqui com a Nikke, que eu já volto.
Minutos depois, localizei o Tarcísio, que estava me aguardando meio aflito.
(Tarcísio) – Que bom que você chegou! Ela está aqui no quarto!
(Eduardo) – Ela está bem?
(Tarcísio) – Ela está bem, mas está sedada. Ela deve ter desmaiado e caiu no chão, mas não sei se ela bateu a cabeça com muita força.
(Eduardo) – Ah, Mônica ...
(Tarcísio) – Edu ... ela estava segurando uma faca ... Tirei da mão dela e guardei na cozinha.
(Eduardo) – Puta merda!
(Tarcísio) – Ela está com muito ódio da Lena.
(Eduardo) – Eu vou conversar com ela.
(Tarcísio) – Cara, eu não tenho nada com a Mônica. Nunca tive. O que aconteceu foi algo totalmente surreal e orquestrado pela Lena. Por azar ou sorte, não sei, ela engravidou ... Sei que é horrível isso, mas fazer o que você fez! Dizer que estava no motel com outra mulher e depois mandar foto pra ela mostrando ... Jogando isso na cara dela...
(Eduardo) – Eu posso explicar! Agora é a minha vez de falar. Eu fui pro motel sozinho. Eu realmente estava com a Nikke resolvendo umas coisas, mas depois eu fui embora e a Nikke ficou na academia esperando a Fatinha e essas fotos que a Mônica recebeu, quem tirou foi a Nayla e ela mesmo enviou sem eu saber.
(Tarcísio) – Sério isso? – Perguntou ele incrédulo.
(Eduardo) – Vai me dizer que é mais difícil acreditar nisso, do que na história de vocês? Na verdade, do que acreditar em vocês, porque até agora eu só tenho palavras e mais palavras.
(Tarcísio) – Eu sei como deve ser difícil acreditar que uma pessoa possa fazer tanto mal a outras. Mas, não se preocupe. Em pouco tempo teremos todas as evidências para provar para você tudo o que eu e a Mônica já te dissemos. Por favor, aguarde mais um pouco.
(Eduardo) – Eu assim espero.
(Mônica) – Edu ... Edu, é você?
(Eduardo) – Sou eu sim. Quando eu soube, vim o mais rápido que eu pude.
(Mônica) – Por que você está me fazendo sofrer assim? Eu já sofro todos os dias, durante mais de onze anos, porque menti para você.
(Eduardo) – Olha, agora não é o momento pra gente discutir. Quando você receber alta, nós vamos conversar.
(Mônica) – Mas ...
(Eduardo) – Shhhhiiii ... Só descansa! Prometo que iremos conversar e resolver tudo.
Me aproximei fazendo um carinho nos seus cabelos e dei um beijo em sua testa. Ela começou a chorar de felicidade e disse que me amava.
(Eduardo) – Eu também te amo, mas vamos com calma. Eu ainda estou muito magoado com tudo o que aconteceu. Eu até quero dar uma chance ao nosso casamento, mas não sei se será o suficiente. Eu tenho que voltar a acreditar e confiar em você.
(Mônica) – Eu sei ...
(Eduardo) – Precisamos nos reconectar, mas antes quero resolver os assuntos com a Helena, antes que ela acabe sendo morta por alguém!
(Mônica) – Tarcísio te contou, né? Eu acho que surtei, mas agora já passou. Com você ao meu lado, fico mais tranquila.
Nem percebemos que Tarcísio tinha saído do quarto e quando voltou, disse que tinha uma garotinha chorosa querendo ver a mãe desesperadamente.
(Tarcísio) – Vocês têm que educar melhor a nossa filha. Ela me mostrou a língua e me deu um chute na canela. Tive que dar uma dura nela, mas acho que agora estamos bem ...
Eu e Mônica rimos da situação, mas eu fiquei intrigado com o que ele disse. Esse “nossa filha” me desceu arranhando a garganta, como uma cerveja já meio choca e com gosto bem amargo, mas resolvi deixar mãe e filha se acertarem.
Saí do quarto com Tarcísio, mas pude ouvir a Nayla chorando e pedindo desculpas pra mãe, dizendo que nunca mais iria aprontar com ela e que seria uma filha boazinha. Sei que todos nós teríamos uma longa caminhada, até tudo voltar como era antes, ou próximo de como era antes, mas o primeiro passo da caminhada estava sendo dado.
{...}
Que merda! Tô fodida e mal paga! Muito azar a minha irmã aparecer justo na hora que eu estava com o Gilson, mas acho que com o tempo ela vai me perdoar. O Gilson é que tá ferrado e nem adianta ele querer me empurrar alguma culpa, porque se eu tiver que sacaneá-lo pra ficar de boa com a minha irmã, não pensarei duas vezes. Farinha pouca, meu pirão primeiro ...
No dia seguinte, ela não veio trabalhar. Achei normal. Não mandei mensagem, porque eu conheço a irmã que eu tenho. Gênio forte, igual ao meu e é melhor assim por enquanto. A rotina se seguiu ao longo do dia e eu recebi uma ligação do Gilson, dizendo que tinha sido posto pra fora de casa.
(Gilson) – Por um momento, eu até achei que ela fosse me perdoar, mas quando eu cheguei em casa, ela não estava. Mandei um monte de mensagem e ela tinha me bloqueado e nem fiquei sabendo onde ela dormiu. Avisei no trabalho que iria chegar mais tarde e fiquei esperando-a chegar e alguns minutos depois ela entrou em casa, me deu bom dia, disse que iria descansar e que mais tarde conversaríamos.
(Helena) – E como foi a conversa?
(Gilson) – Não houve conversa. Em vez de diálogo, foi um monólogo. Ela me xingou muito e disse que estava decepcionada comigo. Colocou minhas coisas em vários sacos de lixo e me mandou embora. Disse que precisava de um tempo sozinha e que ali era a casa dela e eu deveria sair.
(Helena) – E você a deixou agir assim? Porra, Gilson! Você já foi mais valente, seu frouxo!
(Gilson) – Ela em nenhum momento falou em separação. Por isso eu decidi me submeter. Não posso dar bobeira, Lena. Ela ganha muito mais do que eu e de uns tempos pra cá, ela praticamente é quem banca todas as contas. O que eu ganho, mal dá pra pagar os juros dos cartões e aos agiotas. Sua irmã nem sabe, quanto eu realmente devo. Se ela souber, aí sim ela pede o divórcio.
(Helena) – E o que você vai fazer? Vai pra onde?
(Gilson) – Vou ter que voltar pra casa dos meus pais. Você me fechou a porta e eu até entendo ... Keyla disse que a vida dela também está um turbilhão, com esse BO do Paulo.
(Helena) – A bomba estourou pra todos os lados.
(Gilson) – Meus pais, coitados, estão desesperados com a situação da minha irmã, mas acho que com o tempo as coisas se resolvem. – Disse o Gilson num tom até muito tranquilo.
Nos despedimos e eu fiquei até confiante de que a minha irmã iria ser tolerante comigo e me perdoar. No outro dia, mais uma vez ela não foi trabalhar, mas uma outra pessoa chegou no meu escritório e, segundo a recepcionista, fez a academia inteira parar.
(Jorge) – Bom dia, Helena! Meu nome é Jorge, mas pode me chamar de Jorjão.
(Helena) – Nossa! Jorjão, com certeza ... Como você é grandão ... e essa voz grossa ... Fiquei até ...
(Jorge) – Com medo? Hahahahaha, não precisa. – Disse Jorjão rindo.
Não, seu bobo! Fiquei molhadinha mesmo. Que homem é esse! Puta que o pariu!!!
(Helena) – Fiquei foi feliz, porque com um homão desse, me sinto protegida ... É tudo verdadeiro?
(Jorge) – O que? Os músculos? Eu malho desde o ginásio ... Tudo muito bem cuidado e olha que eu já fui maior, quando eu estava numa fase fisiculturista, mas prefiro assim, do jeito que eu estou agora.
Ele falava, falava e falava e eu só conseguia pensar nele me fodendo de frango assado, de quatro ou em pé, trepada em cima dele.
(Jorge) – Então, é isso ... O que acha?
(Helena) – Eu acho que você é muito dedicado, com certeza.
Eu tentava falar, mas não tirava os olhos de sua virilha, tentando imaginar o que se escondia ali embaixo. Se era grande, grosso, curvado pra direita, pra esquerda ou pra cima ... Se a cabeça era um cogumelo gigante ... Se as bolas eram pesadas ... Ai, meu Deus, que calor!!!
(Jorge) – A Nikke me disse que a Fátima está precisando resolver uns assuntos particulares e me pediu pra ficar aqui te dando uma mão na academia.
(Helena) – Eu vou aceitar uma mão, duas, até o corpo todo se você deixar, kkkk.
(Jorge) – Bem, é melhor ficarmos só no âmbito profissional. Eu estou chegando agora na empresa e sabe como é ... – Disse o gigante, num tom meio preocupado.
(Helena) – Estou brincando contigo, bobinho! Liga não ... Daqui a pouco você se acostuma comigo.
(Jorge) – Assim fico mais tranquilo.
(Helena) – Eu vou te apresentar a todos e qualquer dúvida que você tenha, é só me perguntar.
Peguei em sua mão tomei um susto, porque a minha mão simplesmente desapareceu na mão dele. Tudo nele era grande e desproporcional e isso só me deixava mais curiosa pra ver como era o seu pau.
O dia foi passando e eu não tirava os olhos dele, até que ele se levantou e disse que iria malhar um pouco e me perguntou onde poderia conseguir uma roupa de academia e eu falei com ele pra pegar o que ele quisesse na lojinha.
Assim que ele saiu, liguei o monitor e fiquei olhando pelas câmeras o sucesso que ele estava fazendo. Todas as mulheres olhavam pra ele querendo um pedaço.
Fiquei vendo-o malhar e chamei o Alex, porque provavelmente ele iria tomar banho depois. Pedi pra ele ajeitar a câmera no vestiário masculino. Depois da malhação, não deu outra. Ele foi até o vestiário e fiquei observando aquele gigante de quase dois metros se despir até revelar algo que me decepcionou.
Eu esperava muito mais. Não é que fosse pequeno, mas o do Tarcísio era bem maior, pelo menos em repouso era maior. Fiquei vendo-o se ensaboar e os seus músculos eram impressionantes. Braços, abdômen, pernas e bunda. Que bunda maravilhosa!
Ai, ai ... Fiquei só na vontade, imaginando se aquela piroca ficaria maior, quando estivesse dura.
Com o passar do tempo, eu notei que eu estava comendo muito. Toda hora eu tinha fome e os enjoos continuavam, sempre pela manhã ou antes de dormir.
Uma semana depois, recebi uma mensagem da minha irmã querendo conversar e marcamos num restaurante da Barra da Tijuca, bem conhecido e ela foi bem fria comigo.
Num primeiro momento, eu a deixei botar tudo pra fora. Eu sabia que estava errada e por mais que eu inventasse a melhor desculpa, ainda estaria no erro. Tem horas, que é melhor aceitar a derrota e contabilizar as perdas.
(Fátima) – Então é isso. Não adianta eu ficar reclamando e te xingando mais do que eu já te xinguei. Você ainda vai continuar sendo minha irmã e ainda teremos que conviver no trabalho todos os dias na academia.
(Helena) – Eu vou passar todos os dias da minha vida te pedindo desculpas. Juro por Deus que se eu pudesse voltar no tempo, eu não faria o que eu fiz.
(Fátima) – Eu acredito em você, mas vai levar um tempo até a gente ficar como antes.
(Helena) – Sim, eu entendo. É uma pena, pois eu preciso tanto de você nesse momento.
(Fátima) – Ah, é? O que você tem? Está doente?
(Helena) – Na verdade, o oposto disso. Estou vendendo saúde, mas eu vou precisar da sua ajuda, pra escolher um enxovalzinho pra sua futura sobrinha ou sobrinho.
(Fátima) – Meu Deus, Lena! Você está grávida?
(Helena) – Estou ... Ai, estou tão feliz ...
(Fátima) – Mas quem é o pai? Não vai me dizer que é do Gil ...
(Helena) – Não ... cruz credo! É do Tarcísio!
(Fátima) – Mas, o Tarcísio não está com a Mônica?
(Helena) – Foda-se a Mônica! Eu já devo estar com mais de um mês ... TalvezFátima) – Mas você já foi no médico? Tem que fazer os exames pra saber se está tudo bem. – Perguntou a chatinha e certinha, querendo controlar a minha vida.
(Helena) – Depois eu faço. Eu agora quero só curtir esse momento. Eu não quero de forma alguma que você pense que eu estou dando uma desculpa, mas naquele dia, eu estava subindo pelas paredes. Minha libido aumentou muito e está difícil de controlar.
(Fátima) – Eu li que isso acontece mesmo.
(Helena) – Acho que você até percebeu naquele dia, me dizendo que eu precisava de uma piroca grossa e veiúda.
(Fátima) – Mas não a do meu marido, né?
(Helena) – Isso agora é passado. Estou arrependida e não quero guerra com ninguém. Eu finalmente serei mãe ... Você nem imagina o quanto que eu sonhei com esse momento.
(Fátima) – Tarcísio já sabe?
(Helena) – Ainda não ... Estou esperando um momento certo.
(Fátima) – Bem, estou feliz por você e não se preocupe que eu vou te ajudar sim ... E logo, logo, vou te dar uma sobrinha ou sobrinho também. – Disse Fátima, de forma taxativa.
(Helena) – Então você vai perdoar o Gilson?
(Fátima) – Hahahahaha, digamos que sim, mas é lógico que eu terei algumas exigências. Afinal, casamento é isso, né? Exigências, concessões ... E eu acho que no momento, estou no direito de exigir muitas coisas.
(Helena) – Eu também acho ... Não dê mole pro safado.
(Fátima) – O que me lembra, que eu tenho uma exigência pra te fazer.
(Helena) – Como assim, exigência?
(Fátima) – Eu acho que mereço alguma compensação da sua parte.
O que será que esse projeto de mulher está tramando?
(Helena) – Mas, irmã ... Achei que estava tudo bem resolvido entre nós!
(Fátima) – E está, mas eu quero algo de você.
(Helena) – O que você quer de mim?
(Fátima) – Eu quero duas coisas apenas. A casa que eu moro, é herança dos nossos pais. Quero que você abra mão dela. Você já tem uma puta de uma mansão, e você nem gosta da casa dos nossos pais.
(Helena) – Mas ela vale um bom dinheiro. Não me sinto confortável em fazer isso.
(Fátima) – Não quero saber! Se você não aceitar, eu vou espalhar pra todo mundo, inclusive a nossa família, o que você fez comigo.
Filha da puta! Eu nem ligo pra minha família, mas ficar falada na boca do povinho é o fim da picada.
(Fátima) – E a outra coisa que eu quero é 25% da sua parte na clínica!
O que? Vai tomar no meio do olho do seu cu! Peguei a taça com chá gelado e a vontade era de jogar na cara dela, mas bebi, olhando em seus olhos.
(Helena) – Eu te dou a casa, mas a clínica é minha. Aquele idiota do Otávio já te deu metade, coisa que nem era pra ter feito e você agora quer mais? Isso eu não vou aceitar.
(Fátima) – Olha o escândalo, maninha! Não fique nervosa que isso pode fazer mal pro bebê ...
(Helena) – Não, Fatinha! Isso não ... A casa você pode ficar com ela. Pode enfiar ela no seu cu ou no cu do seu marido, mas a clínica está fora de questão.
(Fátima) – Sabe Lena, um dia eu estava bebendo com a Keyla e nós tomamos um porre? Ela te contou isso? – Ela disse rindo e com uma cara bem debochada.
(Helena) – O que a Keyla tem a ver com a história?
(Fátima) – Ela me contou um negócio estranho de um curso que você fez, mas não fez ... Será que você tem alguma coisa que quer me contar, irmãzinha?
Keyla, sua puta linguaruda! Filha da puta! Estou cercada de gente burra! Tomei mais um gole do chá gelado e minhas mãos estavam tremendo. Fui segurar a taça com mais força e ela acabou estourando na minha mão, me cortando e saindo sangue.
Foi um alvoroço no restaurante e até minha irmã ficou preocupada. Fui levada ao banheiro e depois numa sala da gerência, onde fizeram um curativo e por sorte foi um ferimento superficial.
(Fátima) – Me desculpa irmã, mas eu estou sofrendo muito com tudo isso e eu só vou ficar mais tranquila, se você fizer o que eu estou querendo. Depois disso, voltaremos a ficar numa boa, eu prometo.
(Helena) – Aquela clínica é o meu bebê e você está roubando o meu bebê de mim.
Falei isso chorando pra ver se a comovia, mas ela estava decidida.
(Fátima) – Seu bebê está na sua barriga. A Clínica é só um negócio. Você ainda vai estar lá e estaremos juntas, mas eu preciso ter o poder de decisão em algumas coisas. Até porque você agora vai ficar ocupada sendo mãe. Um filho precisa de dedicação. Vai ser melhor pra todo mundo ... e eu vou poder confiar em você novamente.
Ela me deu um beijo na bochecha e eu me senti traída que nem Jesus, com o beijo de Judas.
(Helena) – Está bem! Você venceu! Vamos embora que eu preciso descansar.
(Fátima) – Vou ficar mais uma semana sem aparecer lá, pra ajeitar as coisas desses documentos e também pra tentar consertar o meu casamento.
Nos despedimos e fomos embora. Ela pode até achar que vai me passar a perna, mas me aguarde, irmãzinha.
Alguns dias depois e não teve jeito. Um advogado apareceu lá na clínica com vários documentos. Contratei um advogado pra ler por mim e expliquei a situação. Dois dias depois, a casa dos nossos pais era só dela e agora eu tinha apenas 25% da clínica, enquanto ela tinha 75%.
Com várias coisas acontecendo na minha vida, minha única alegria era o meu bebê e a visão daquele gigante grego que me deixava molhadinha, me fazendo perder a minha concentração toda hora.
Joguei meu charme várias vezes e nada. Flertei e até cantei aquele homem maravilhoso, mas nada surtia efeito. Eu até comecei a suspeitar que ele gostasse da mesma fruta que eu, mas ele simplesmente não queria nada comigo ...
Finalmente chegou o final de semana do aniversário do William, filho de Paulo e Keyla. Eu não estava com a mínima vontade de ir, mas eu fiquei sabendo que o Tarcísio iria e era uma oportunidade perfeita pra ele saber que seria pai mais uma vez.
Paulo não havia poupado recursos e o salão de festa do clube estava muito bem arrumado. Não sei que tipo de acordo ele fez com o dono do clube, mas ele até conseguiu que nesse dia o clube ficasse fechado só para o evento.
Ele convidou muita gente e eu diria que ali tinha mais de 100 pessoas. Família, amigos de trabalho, amigos de faculdade, amigos do condomínio onde ele morava e etc. Enfim, seria uma despedida em grande estilo.
A turma estava quase toda lá e quando eu cheguei, vi Tarcísio sentado junto com a Mônica. Fiquei com o estômago embrulhado, mas segurei firme e não quis fazer um escândalo.
Eles estavam sozinhos numa mesa mais afastada, pois algumas pessoas logo notaram que eles agora eram um casal e a situação para eles ficou como se eles fossem “excluídos”, pois eles eram os vilões da história, que sacanearam o marido e amigo.
Marlon, Nandinha e Marina estavam numa outra mesa. Nandinha acenou pra mim e me chamou pra me sentar com eles, mas não senti muita receptividade por parte de meus enteados e preferi ficar numa outra mesa com Gilson e minha irmã Fátima.
Nossa relação voltou a ficar boa depois que ela me coagiu e me extorquiu a casa de meus pais e 25% da minha parte na clínica. Ela estava de muito bom humor e até trocava beijos com Gilson. Aquela situação estava muito estranha.
Paulo e Keyla estavam a todo momento com William tirando fotos com os convidados ou supervisionando a festa e os convidados pra saber se estava tudo indo bem.
Foi quando eu vi aquele homem gigante chegando. Ele parecia meio perdido e eu fiz sinal pra ele, que quando me viu, veio na minha direção. Falou comigo e eu perguntei se ele queria se sentar conosco e ele acabou se sentando ao meu lado. Aproveitei para perguntar sobre o convite para a festa e ele disse que era o gerente da academia que o Paulo frequentava. Acho que, até para fazer média com o Edu, o Paulo havia convidado todos os novos gerentes das academias.
Fiz as apresentações, mas ele disse que já conhecia a minha irmã.
(Jorge) – Oi, Fatinha! Tudo bem?
(Fátima) – Tudo, Jorjão! Esse aqui é o meu marido Gilson. Se lembra que eu falei dele pra você?
(Gilson) – Prazer, Gilson ...
(Jorge) – Cara, o prazer é todo meu, hahahahaha – Disse aquele gigante com um sorriso de orelha a orelha.
(Helena) – Não sabia que você conhecia a minha irmã.
(Fátima) – Nós estamos fazendo um “troca-troca”.
Gilson olhou com uma cara feia pra ela, mas logo em seguida ficou na dele e eu fiquei boiando sem entender.
(Fátima) – Me desculpa, meu amor. Acho que não usei bem as palavras. Eu estou gerenciando a academia em que ele deveria estar, enquanto ele está me “cobrindo”, né Jorjão? – Ela disse isso de uma forma tão maliciosa, que eu nem reconhecia a minha irmã ali.
(Jorge) – Hahahahaha, estou adorando te “cobrir” lá na academia, Fatinha. Assim eu pude conhecer uma das mulheres mais lindas que eu já vi.
(Helena) – Ah, para Jorjão ... Assim você me deixa sem graça ...
Continuamos ali sentados e eu ficava com a minha mão alisando aquela tora de perna que ele tinha, enquanto conversávamos. De vez em quando eu notava Gilson com uma cara de bunda e totalmente desconfortável em estar ali. Alguns minutos se passaram, quando eu comecei a ouvir um burburinho e vi muitas pessoas olhando na direção da porta.
Era Edu, que estava chegando e não estava sozinho. Estava acompanhado por duas lindas mulheres e com a Nayla. Uma delas eu reconheci logo. Era a insuportável da Dominique e a outra deveria ser filha dela, devido a grande semelhança na altura e na aparência.
(Jorge) – Me desculpem, mas o chefe chegou. Vou lá fazer uma média e depois eu volto. Você vem Fatinha?
(Fátima) – Agora não Jorjão, daqui a pouco ...
Olhei pra ela não entendendo essa intimidade toda, mas Jorjão era um cara assim cativante e que marcava presença, como se fosse uma versão bombada do Tarcísio.
Falando em Tarcísio, eu estava de olho nele e vi que a Mônica estava profundamente chateada e emburrada. Quando nossos olhares se encontravam era como se fosse uma troca de farpas.
(Fátima) – Já contou a ele?
(Helena) – O que? Não, ainda não. Bico calado, irmãzinha! É um assunto delicado e eu não quero isso se espalhando.
(Fátima) – Não tá mais aqui quem falou ... Aproveitando esse clima pesado que ficou, vou cumprimentar o Edu e a Nikke e depois eu vou ao banheiro.
(Gilson) – Sério isso, Fátima? Aqui na festa? Você está passando dos limites. – Disse Gilson, visivelmente emburrado.
(Fátima) – Ahh, meu Amooor. Já te disse pra você não ficar chateado. Eu te amo, tá! Nunca esqueça isso. Te amo pra sempre, te amo demais. Até daqui a pouco ... kkkk.
Que porra está acontecendo aqui? Esperei ela sair e fiquei observando-a indo em direção à mesa onde Edu, Nikke e sua filha estavam. Nayla já tinha saído, provavelmente tinha ido brincar na área de lazer das crianças que o Paulo contratou.
(Helena) – Gilson, que porra está acontecendo aqui?
(Gilson) – Caralho, Lena ... Esquece! Estou proibido de falar sobre isso com qualquer pessoa. – Resmungou Gilson, bebendo um gole de cerveja.
(Helena) – Puta que o pariu! Não estou acreditando! É o que eu estou pensando ...
(Gilson) – Estou pensando seriamente em me separar. Tá foda, viu? E é tudo culpa sua.
(Helena) – Meu Deus! Não acredito que a minha irmã está fazendo isso!
(Gilson) – Você nem imagina o que eu estou passando. Já ouviu aquele ditado de que todo castigo pra corno é pouco? Então ... eu tô fodido! Fodido e mal pago, literalmente falando.
(Helena) – Caralho, Gilson! Me conta, que eu quero saber!
(Gilson) – Se ela descobrir que eu te contei, eu tô mais fodido ainda ... – Disse o meu amigo, todo preocupado.
(Helena) – Será nosso segredo, amorzinho. Mais um, kkkk.
(Gilson) – Depois daquele dia, ela me botou pra fora de casa e depois de alguns dias, me chamou de volta dizendo que queria reconciliar e estava disposta a me perdoar, mas isso teria um preço.
(Helena) – Não vai me dizer que ...
(Gilson) – Só escuta. Não me faça perguntas. Eu vou te falar quase tudo, mas não fale sobre está merda pra ninguém, entendeu?
Fiquei muda e quem se cala, consente.
(Gilson) – Eu aceitei os termos dela e pensei que logo eu viraria a mesa e tudo voltaria ao normal. A primeira coisa que ela fez, foi me dar o troco. Ela disse que chumbo trocado não dói e eu achei justo. Afinal foi tanta mulher que eu comi, que ela iria dar pra alguém e tudo voltaria ao normal.
(Helena) – Chumbo trocado, né?
(Gilson) – Então, ela foi na repartição onde eu trabalho e ela até conhecia algumas pessoas lá, inclusive o meu supervisor, o Cirilo, que você também conhece.
(Helena) – Hummm ... Já vejo a merda se aproximando.
(Gilson) – Ela ficou de conversa com o Cirilo e me disse que o carro estava com problema e que iria chamar o Cirilo pra ajudá-la a trocar o óleo. Você acredita que a filha da puta ainda me deu uma piscadinha, quando disse isso? Foi humilhante pra mim. Muitos lá no trabalho devem ter sacado o que aconteceu, pois os dois saíram juntos e só depois de umas duas ou três horas que ele voltou, demonstrando cansaço e disse pra algumas pessoas que o meu carro estava com problemas e que há muito tempo eu não trocava o óleo e deu uma risada.
(Helena) – Mas que filho da puta!
(Gilson) – Quando eu cheguei em casa, eu estava puto e ela deitada peladinha na cama me disse assim: “Boa noite, corninho. Estava louca aqui te esperando pra dizer como foi a minha experiência”.
(Helena) – Hahahahaha, nunca iria imaginar que a minha irmã faria isso. Nunca!
(Gilson) – Ainda não acabei. – Disse Gilson, virando o copo de cerveja e pedindo mais um ao garçom.
Gilson não me deu detalhes da foda dela com o supervisor do trabalho, só disse que brigou com ela, por dois motivos.
O primeiro por ter dado o troco com o Cirilo e ela me disse que tinha que ser com ele, por ser uma pessoa bem próxima.
(Gilson) – Ela me disse que se eu tivesse um irmão seria perfeito, mas como eu só tinha irmã, ela achou melhor assim. Disse até que pensou no Paulo, mas depois não teria coragem de encarar a Keyla.
(Helena) – Então ela te botou um galho e ficou tudo certo, mas estou vendo que algo deu errado.
(Gilson) – Ela foi muito filha da puta! O outro motivo é que ela estava querendo saber os meus podres. Por isso escolheu o Cirilo. Você sabe que eu sou meio bocudo, e o Cirilo é outro safado. Já contei muita merda pra ele, das surubas e de várias mulheres que eu peguei. Tua irmã o seduziu dizendo que iria dar pra ele, se o mesmo contasse a ela as minhas sacanagens.
(Helena) – Gilson, você tá muito fodido ...
(Gilson) – Nem consegui reclamar direito, porque ela virou a mesa e já foi me atacando dizendo que o troco ainda estava longe de acabar. Porra, Lena! Até o cu, ela deu pra ele – Disse Gilson todo melancólico. – Ela nunca tinha me dado o cu e deu pro Cirilo. Filhos da puta!
(Helena) – Caralho! Pra ela ter dado o cu, a coisa foi séria.
(Gilson) – Tô falando ... Agora vem a pior parte ... Eu fiquei puto e ela me disse pra eu ficar calado. Falei que eu também queria comer o cu dela, mas ela disse que a minha piroca era muito grossa e a do Cirilo, nem tanto.
Eu estava me segurando pra não rir do Gilson, mas o que ele contou a seguir, foi a piada do dia.
(Gilson) – Foi aí que ela abriu o armário e tirou uma sacola de sexshop. Veio com um papo que me daria o cu, mas antes ela teria que comer o meu. Fiquei sem entender, e aí ela tirou a porra de um cintaralho rosa da bolsa.
(Helena) – Hahahahahaha, puta que o pariu, hahahahaha não tô acreditando nisso!
(Gilson) – Ri baixo, caralho! – Disse Gilson com raiva, e continuou ... – O troço não era tão grosso como o meu pau, mas era mais comprido. Fiquei em choque na hora e ela me dizendo que só daria o cu pra mim depois de comer o meu cu. Vi que tinha outras coisas na bolsa, mas estavam dentro de caixas ou bolsas menores.
(Helena) – E você topou?
(Gilson) – Lógico. Eu já estava fodido mesmo ... sei que ia me machucar, mas ela provavelmente não saberia usar aquela porra direito e na minha vez eu iria arrebentar as pregas do cu dela, só de raiva ...
(Helena) – Me conta como foi dar o cuzinho.
(Gilson) – Vai sonhando ...
(Helena) – Ahh, conta ...
(Gilson) – Foi dolorido, mas pelo menos ela tirou da bolsa um lubrificante com xilocaína. Gritei e até lágrima saiu, mas assim que ela acabou, me preparei, pois agora era a minha vez e aí tomei no cu de novo, metaforicamente dessa vez. Ela me disse pra eu fechar os olhos e ficou me beijando o corpo todo e eu a beijei também. Foi aí que ela tirou outra coisa da sacola e me deu duas opções. A primeira seria ela me dar o cu, mas ela daria o cu para todos os meus amigos da repartição, porque ficou sabendo das minhas surubas e da quantidade de chifres que tomou, pelo linguarudo do Cirilo.
(Helena) – Meu Deus, que maluquice! Ela nunca faria isso, quer dizer, sei lá.
(Gilson) – A outra opção era esquecer o cu dela e ainda por cima usar uma gaiolinha pra pênis, porque ela não confiava mais em mim e o meu pau teria que ficar preso, pois ela não queria pegar nenhuma doença.
(Helena) – O que você escolheu?
(Gilson) – A gaiola. – Disse o meu parceiro de suruba.
Comecei a rir, mas eu estava com um pouco de pena dele.
(Gilson) – É foda!!! Estou engaiolado a vários dias. A chave fica com ela e eu só posso tirar um dia da semana.
(Helena) – Você está usando agora?
Ele ficou calado e meio sem graça.
(Helena) – Eu quero ver essa porra! Eu quero muito ver isso!
(Gilson) – Vai se foder! É muita humilhação! Tu não tem pena de mim, não? – Falou aquele machão, todo triste agora.
Eu continuei a rir, mas algo me chamou a atenção. Eu percebi que Fátima olhou pra nossa mesa e foi saindo do salão em direção à piscina. Vi ela entrando no banheiro da piscina e alguns minutos depois o Jorjão também foi naquela direção e entrou. Aquilo me deu um tesão enorme e eu disse ao Gilson que também iria ao banheiro e dei uma piscadinha pra ele.
Ele se assustou e disse pra eu não aprontar, que a situação já estava quase fora de controle, mas eu me levantei e aproveitei pra cumprimentar o Edu, Nikke e a tal garota que estava junto, que se chamava Valentina, mas era irmã da Nikke e não filha dela.
Fiquei cinco minutos ali, e fui ao banheiro da piscina. Quando cheguei lá perto, já pude escutar os gemidos da minha irmã e as sacanagens que os dois falavam.
Minha irmã estava doida porque era muito arriscado transa ali. Minha curiosidade era tão grande que eu fiquei na porta, só escutando e ainda ficava de olho pra ver se alguém aparecia.
(Fátima) – Ai, Jorjão! Você hoje está demais! Está arrombando a minha buceta ... Vai, safado! Soca esse pirocão em mim! Soca tudo, que eu estou viciada nesse pirocão!
(Jorge) – Estou com um tesão que você nem imagina! Só de saber que o corno está lá na mesa e você aqui comigo ...
(Fátima) – Já disse pra você não falar do meu corninho, se não, eu broxo. Deixe-o lá e continua a socar, seu filho da puta! Que piroca é essa? Que tesão!
(Jorge) – Toma então, putinha! Vou marcar o território hoje, pra ele saber quem é o macho oficial!
(Fátima) – O que você vai fazer? Ai, Jorjão! Tá batendo no meu útero! Aaaaai, aiiiii, aiiiii ... eu vou gozaaaaaaaar!
Junto aos gemidos da minha irmã, eu ouvia o famoso poc, poc, mas eu só podia imaginar como estavam. A minha vontade era tocar uma siririca, mas com a roupa que eu estava era uma manobra arriscada, sem falar que eu estava do lado de fora.
Pra não chamar a atenção se alguém tivesse me vendo, eu estava fingindo que estava no celular com alguém.
(Jorge) – Eu vou gozar, safada! Se ajoelha, que eu vou gozar na sua boquinha.
(Fátima) – Não, Jorjão! Hoje não ...
(Jorge) – Hoje, sim! Toma! Ahh ... engole tudinho, pra não manchar a sua roupa.
Depois de alguns barulhos de engasgos, ouvi minha irmã falar.
(Fátima) – Filho da puta! Esse gosto não vai sair da minha boca. O que eu faço agora?
(Jorge) – Você não disse que o corno tá meio arredio. Da um beijão nele e mostra quem é que manda. Eu nem vou me sentar na sua mesa. Vou ficar na mesa do Edu, mas vou ficar de olho em você pra ver o beijo.
(Fátima) – O Gílson vai fazer um escândalo!
(Jorge) – Vai nada! Confia em mim. Você não quer fazê-lo pagar por tudo? Tem que se impor! Se mostrar fraqueza, ele vai te dominar de novo.
Achei melhor sair dali e andei rápido para que não me vissem. Cheguei até o salão novamente e me sentei, encarando o Gilson.
(Helena) – Não fale com a minha irmã que eu fui ao banheiro.
Minutos depois, minha irmã aparece no salão e vem direto pra mesa. Olho pro Jorjão que está na mesa do Edu e ele está olhando na nossa direção, mas o que me chamou mais a atenção, foi o fato de o Edu estar bem próximo da Nikke. Olhei pra Mônica e a mesma estava também olhando o Edu, e o Tarcísio estava fazendo carinho nela, como se estivesse consolando-a.
Quando a minha irmã chegou, eu não acreditei que ela tivesse a coragem de fazer isso.
(Fátima) – Voltei, meu amor! – Disse a minha irmã toda alegrinha, pra em seguida lhe dar um beijão na boca.
(Gilson) – PORRA, FÁTIMA! Tu tá de sacanagem! – Continuou, ele falando baixinho, quando percebeu que muita gente olhou pra nossa mesa.
Eu me segurei pra não rir, mas era visível na minha cara a vontade de dar uma boa gargalhada.
(Gilson) – Não acredito que você fez isso comigo! Isso é muita humilhação! – Disse um Gilson, visivelmente derrotado e triste.
(Fátima) – O que foi? Não estou entendendo ...
(Gilson) – Esse gosto horrível que está na sua boca! Eu sei muito bem o que é ... Sua vagabunda! – Sussurrou Gilson, com medo que alguém escutasse a cornitude dele.
(Fátima) – Eu sabia que não deveria ter experimentado aquele canapé de queijo azulado ... Como é mesmo nome?
(Helena) – Gorgonzola, ou Roquefort, depende se o leite é de vaca ou de ovelha, mas acho que em alguns casos pode até ser de outro animal.
(Fátima) – Hahahaha, Isso mesmo. Sempre tive vontade de experimentar, mas o gosto realmente não é bom. Parece que tem gosto de sêmen, né irmã?
(Gilson) – Não tô acreditando nisso ... Não tô acreditando que estou chupando por tabela!
(Fátima) – Calma, meu amor! Me dá mais um beijo, que eu estou com muito tesão, sabia?
(Gilson) – Não vou dar beijo porra nenhuma ... – Disse Gilson com os dentes serrados e com muita raiva.
(Fátima) – Poxa, Amooor! Eu prometo que eu te deixo soltinho essa noite e amanhã também.
(Gilson) – Fátima, você é muito filha da puta!
(Fátima) – Aprendi com você, meu amor! Isso é pra você se comportar e aprender quem é que manda na relação, entendeu? – Disse Fatinha, piscando pra mim.
(Helena) – O que está acontecendo?
(Fátima) – Nada, não ... Só um probleminha de casal, que já vai se resolver. Anda, Amooor! Estou esperando o meu beijo e eu te deixo bicho solto mais tarde e amanhã.
Gilson estava puto, mas fechou os olhos e beijou a minha irmã rapidamente, mas ela disse assim não e deu um beijão de língua daqueles cinematográficos nele, que atraiu até olhares de outras mesas.
(Fátima) – Isso! Adoro quando você me beija assim! Acho que está me dando mais vontade de comer aquele queijo mofado ... – Disse ela rindo e piscando pra ele.
Quem é essa mulher que tomou o corpo da minha irmã? Se alguém tivesse me falado, eu não iria acreditar, mas eu estava vendo com os meus próprios olhos. Pedi licença e disse que iria ao banheiro. Eu já estava segurando um pouco, mas a vontade de fazer xixi era grande.
Depois que eu fiquei grávida, essa vontade de urinar era quase toda hora. Às vezes era alarme falso, mas o pior de tudo era não poder beber o meu pró-seco e ter que beber água com gás ou chá gelado.
Eu já estava lavando as minhas mãos, quando a porta do banheiro se abre violentamente me dando um susto.
(Mônica) – Sua filha da puta! Hoje é o seu fim! É hoje que eu acabo com a tua raça!
Continua ...
