G4

Um conto erótico de Leliouria
Categoria: Heterossexual
Contém 1496 palavras
Data: 22/03/2024 18:04:20
Última revisão: 25/03/2024 08:21:45

Em um outro conto falei sobre o equilíbrio entre a putaria e o amor.

Neste conto vou dar exemplo do tipo de equilíbrio ao qual me referia.

Na época da faculdade segundo ano adentro, já com amizades superficialmente estabelecidas, tínhamos o nosso grupo de amigos. 5 caras contando comigo, sempre íamos a festas juntos, éramos como um mini destacamento, mas as amizades se formam por pontos de interesse em comum, e por isso posso afirmar aos leitores e leitoras, que cada componente desse grupo era devidamente inteligente, hábil, e safado.

Frequentávamos um boteco que ficava bem próximo, equidistante da casa de todos ali, um ponto de encontro, ali ficávamos por horas, todos os dias, tendo nossas conversas profundas de bêbado e às vezes perdendo um ou outro integrante que se aventurava pelas festas locais, casas, repúblicas, apartamentos.

Mas sempre voltávamos à távola redonda (Apesar de ser quadrada, da Brahma).

Nessa época sempre observávamos o movimento, e os personagens da região.

Uma dessas personagens, era uma menina chamada Roberta, 23 anos, cabelos compridos petros, rockeira, muito conhecida na região, cursava psicologia, que não era o nosso curso, mas frequentava os mesmos prédios, e por ironia, era um poço psicológico sem fim.

Roberta andava semi-nua pelas ruas da cidade, bêbada, amante visceral da putaria, já tinha dado para quase todos os frequentadores da região, talvez mais. Um nome sempre presente em orgias, e nas bocas dos machos topzera mais babaquinhas, se é que vocês me entendem.

Em um dia de reunião da cúpula, no boteco, todos os integrantes presentes. Roberta passa ali pela rua, com duas amigas, avista a nossa mesa, e muito provavelmente enxerga em nós a possibilidade de conhecer alguns paus diferentes. As três se juntam sem cerimônia, e vamos conversando, os 5 e as 3.

Agora lembrem-se do que eu disse, os caras eram todos espertos, e todos sabiam do histórico, da fama, e apesar de tratar cordialmente, brincar, beber, conversar, nenhum dava a abertura que ela queria.

As duas amigas logo foram embora, mas para Roberta era uma questão de honra, como assim a mais gostosa e safada, perder um embate na putaria?

Ela ficou, e provocava, e deixava, e seduzia.

Um a um ela foi sondando, mas era óbvio que queria todos.

Quando chegou em um cara específico, o João, encontrou o paredão que a mataria.

O João era disparado o cara mais engraçado, era um rockeiro da pesada, e nós ficamos ali vendo ela se desmanchar em gargalhadas enquanto encontravam cada vez mais terreno comum, bandas, shows, artistas locais, ali ficou até o fim da madrugada, mas ainda sem sucesso.

Nos despedimos, e era possível notar a frustração no rosto de Roberta, que se levantou, e foi direto para uma mesa cheia dos comparsas da agronomia. Não tenho a menor dúvida que ela deu para todos aquele dia.

A grande questão é que ela deve ter levado a rejeição como algo pessoal, pois a partir daquele dia, sempre que estávamos reunidos, ela passava, e repetia toda a dança do acasalamento, mas sempre parava no João.

Era nítido que ali tinha algo a mais, se não já formado e estabelecido, nascia.

Em um determinado dia, ela já praticamente parte do bando, fica mais tempo conversando com um outro amigo, um árabe parrudão que chamavamos de Farid (nem me pergunte como se escreve), conversam baixo, e anotam, mas por fim volta ao seu João.

Em um dia atípico, fora de horário, estamos em 4, e quem não estava? O João.

O Farid levanta, acena pra todos chegarem perto, e começa a soltar o verbo:

-Então rapaziada, a Roberta é uma puta safada, vocês concordam ne?

E todo mundo reluta, pois já percebe que o João se dá muito bem com ela, e ele olhando nossas caras continua:

-Mas é uma puta que gosta do João, e o João gosta dela também aparentemente. Eu não sei vocês, mas pra mim ela vai fuder com a vida do João.

Todos concordam.

-Um desses dias ai eu deliberadamente falei que geral queria comer ela.

-1: Porra tá loco Farid.

-Farid: Calma porra, eu não sou retardado, eu pensei nessa porra, não vou meter a piroca numa vagabunda qualquer pra virar paciente HIV.

-2: Que porra de HIV Farid, e o João?

-Farid: Sim tem o João, mas tu vai aguentar ver o João daqui pro fim da faculdade com mais chifre que o caralho, e todo fudido de todas as doenças venéreas do livro?

Todos ficam calados:

-Farid: Nós vamos comer essa puta, e vamos fazer o João ver, e usem camisinha nessa porra, porque é mais fácil o mundo acabar que essa piranha aguentar 6 meses sem meter.

-*******: E você falou pra ela fazer exame foi? HAHAHAHAHAH.

O Farid fica meio sem jeito:

-Farid: Ééé, falei, mas isso ai tá fora de cogitação.

-1: Cuidado em Farid, tá apaixonando, faz exame meu bem, kkkkk a Roberta porra.

O Farid dá uma risada baixa de deboche:

-Farid: É é, tá bom, a questão é, eu falei pra ela que o João não vai, que ele não tá sabendo, e vai ser bom pra testar tanto se ela vem aqui porque curte, como pra mostrar pro João que ela é uma putinha qualquer.

Todos ficam meio ressabiados, mas aceitam.

Chegamos no local, um sítio pequeno de beira de cidade universitária que o Farid alugou, e ela chega toda gostosa, com o fogo no olho da puta que planejou isso a meses.

1,70, cabelo preto comprido, pele de mármore, toda de preto, com um salto fudido que nunca usava (Sempre de coturno) saia preta curta, o top preto fino pra caralho:

-Finalmente porra, tava achando que vocês eram tudo viado.

São as únicas palavras formadas em sentença da noite, o resto foi só papo curto de meteção.

Sem cerimônia, ela puxa um pro quarto, e começa.

Comemos ela de todos os jeitos possíveis, boca, cú, buceta, 2 na buceta, 2 no cú, 2 na boca. Íamos revezando, enquanto um saia pra beber e fumar o outro tomava lugar, e assim foi.

Dava pra ver a felicidade na cara da safada, ria gostoso enquanto gozava e pingava de suor com a bunda toda vermelha, a cara toda vermelha de tomar tapa.

Já duas horas no frenesi, chega o João.

Abre a porta, segurando uma garrafa de vodka, ao estilo rockeiro com o qual ela tanto se identificou.

Ela olha pra porta e abre um sorriso, como se tivesse tido a melhor surpresa do mundo, se desvencilha dos paus que a comem, e sai correndo com os braços abertos pelada:

-Joããããooo

Ele para ela com uma mão no meio do peito (entre os seios só pra ficar claro).

Dá uma boa olhada de cima a baixo nela.

Olha na cara de cada um de nós, dá aquela fungada e sai com a vodka fechada.

Ela fica parada ali, como se pela primeira vez um fio de vida normal tivesse adentrado a cabeça dela, se vira e já fala com a voz tremida:

-Ué gente??

O Farid vai, puxa ela pelo cabelo, volta ela de 4 na cama, e continuamos.

Ela rebola, ela mama, ela faz, mas o fogo morreu, a expressão é morta, não tem o sorriso conquistador, o orgasmo recompensador, não tem risada.

A Roberta, ela continuou a ir às nossas reuniões da távola.

Ia todos os dias, sentava, conversava, falava, na esperança de ver ele ali, mas não tinha mais a mesma energia, nem sexual, nem social, mas nenhum de nós dava nova abertura, sempre cordiais, mas incrivelmente filhos da puta. Nenhum de nós seria o ombro disposto a dar alento ao seu coração quebrado de puta.

Até que parou de vir.

A última vez que a vi ela estava sentada na frente do conjunto de apartamentos em que morava, bebendo, e claramente depressiva, talvez pensando que a única vez sentiu algo por alguém, deixou sua natureza lasciva destruir, talvez a única chance que tivesse de sentir algo assim.

Ficamos sabendo depois que ela voltou pra cidade dela, sem concluir o curso.

Depois disso o João ficou uns 2 meses sem olhar na nossa cara, mas voltou pro grupo, depois que dissemos o intuito, que nós sabíamos que ele estava começando a gostar dela, que queríamos mostrar pra ele o tamanho do problema, e no final das contas isso nos aproximou mais ainda, em questão de amizade, de confiança, por que no fundo no fundo, o João sabia que ela era assim.

É raro, mas acontece muito, nestes centros universitários Brasil afora.

Resumindo, quem está errado?

A Roberta, por não saber diferenciar ou talvez identificar o que é amor e putaria?

O João? Por ter tido alguma esperança? Ou por não ter visto a falta de caráter dos seus amigos?

Os amigos? Por tomarem uma atitude tão extrema, se aproveitando da natureza dela?

E claro tirarem de circulação local uma puta que fazia tantos felizes?

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