Depois da transa com o Jorginho na prainha, aquelas férias viraram uma loucura! Sempre que surgia uma oportunidade, eu e meu “namoradinho de verão” aproveitavámos para dar nossas escapadas. Meus tios avisaram que iriam ao supermercado? Trocava olhares com o Jorginho, e mal eles partiam, já estávamos nós dois enroscados na cama. “Mãe, eu e o Rafa vamos na praia para ver o pôr-do-sol, beleza?”, meu primo dizia, torcendo para que ela decidisse não nos acompanhar. “Claro filho, vão sim”. E lá íamos nós, encontrar um esconderijo para aprontar…
Era tudo muito corrido. Tentávamos fazer aquele tesão louco caber em algumas brechas ao longo do dia: no roçar dos pés debaixo da mesa de jantar, em beijos ofegantes trocados no corredor- e claro, nos passeios de caiaque até a prainha. Era o único lugar onde conseguimos ter alguma privacidade, por mais breve que fosse.
Para minha sorte, consegui prolongar minha estadia na casa de praia por mais uma semana. Os dias foram se sucedendo, azuis e tranquilos. De certa forma, era um retorno à infância. Eu e o Jorginho passávamos horas resgatando pequenas lembranças dos velhos tempos. Da televisão de tubo antiga, que só pegava bem alguns canais da TV aberta, até as nossas competições de matar pernilongo, os piores companheiros para quem viaja ao Litoral Norte paulista. Às vezes recordava de parte de uma história, ele de outro fragmento, e juntos conseguimos desenterrar alguma memória perdida do passado.
Mas além de restaurar nossa cumplicidade da época de criança, conversámos horas e horas também como o "Rafael" e o "Jorginho" do presente. Ao longo daquela semana, nos aproximamos cada vez mais, conseguindo criar um laço novo em cima da nossa relação de anos. Me encantei em ver como aquele molecão inocente revelava um olhar sensível, gentil e maduro com relação à vida. Chegamos a passar madrugadas inteiras acordados: transando, bebendo, conversando…transando mais um pouco, depois voltando a conversar, enquanto admirávamos as estrelas da varanda. Era perfeito!
Mas apesar de estar curtindo cada momento, me frustrava ter que viver aquela história às escondidas. Já tinha me desacostumado com aquele lance adolescente, de sempre estar atento para ver se não tinha alguém observando. Não, não: eu queria uma noite inteira só com meu primo! Sem o pavor constante de que, entre um beijo e outro, a gente se deparasse com o rosto espantado da minha tia Nádia. Ou, ainda pior, com a cara enfezada do tio Berto!
Falando no meu tio, ele continuava o mesmo boçal de sempre. Apesar de não dizer uma palavra, sabia muito bem que o Berto detestava minha reaproximação com o Jorginho. Ele, que sempre valorizou dinheiro e status acima de tudo, até me tolerava - já que aos seus olhos havia me tornado “bem-sucedido”, morando no exterior e tudo o mais. Mas lá no fundo, tinha certeza que aos seus olhos eu representava uma clara ameaça para o garoto de ouro dele. Um filho tão inteligente, tão bonito, tão macho, tão bom nos esportes…
E quem diria, tão sedento para levar vara na bunda!
Na última sexta antes da minha partida, logo após acordar, notei pela janela da cozinha meus tios colocando algumas malas no bagageiro do carro. Meu coração disparou. “Eles descobriram!”, foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça.
E pensar em todos os cuidados que eu e o Jorginho tínhamos tomado! Mas era sempre assim: bastava uma palavra comprometedora, uma história que não se encaixasse, um comentário maldoso de algum vizinho, para que nosso casinho, até então a salvo da malícia alheia, fosse arrastado pelas marés implacáveis da vida real. E se para mim seria difícil lidar com as consequências, a distância certamente me protegeria. Afinal, por mais que meu tio Berto jurasse me esfolar vivo, todos os problemas pareciam menores vistos de Londres. Mas o Jorginho não desfrutava do mesmo privilégio: seria ele quem ficaria para limpar a bagunça.
Em questão de segundos, esses pensamentos fervilharam na minha cabeça. Tomei coragem para caminhar até a garagem. Queria ver se o cenário apocalíptico que tinha imaginado correspondia à realidade. Ao chegar à porta principal, me encostei no batente, em silêncio. Minha tia Nádia foi a primeira a virar o rosto:
-Ah Rafa, você aí!- ela falou distraída. Estava já vestida para sair de casa- tomou café? Você viu que eu fiz aquele bolo de mandioca que você adorava quando era criança?
“Ufa, estamos salvos”. Nunca um comentário sobre um bolo de mandioca me deixou tão aliviado na vida. Se minha tia continuava simpática como sempre, era um sinal de que não tínhamos sido descobertos:
-Opa tia, vi sim! Tava bom demais, tão gostoso como eu lembrava- menti na cara dura.
-Agiliza isso daí, Nádia, que a gente já em cima da hora!- meu tio Berto disse, com a gentileza de sempre - ah, bom dia Rafael!
-Bom dia, tio!- “bom dia, seu arrombado do caralho!”, era minha vontade de responder- ué, mas não entendi, vocês estão de saída?
-Pois é, Rafa! A gente recebeu um convite de um casal de amigos nossos para passar o fim de semana na Ilhabela! Foi tudo tão de repente, na minha cabeça o Maurílio e a Débora estavam na Bahia ainda! Se vocês quiserem vir com a gente, tenho certeza que eles não vão se incomodar, a casa é enorme, você precisa ver, um quarto mais lindo que o outro…
A voz dela foi ficando mais baixa, até as palavras morrerem na boca. Um olhar do meu tio Berto, de tão amedrontador, bastava para calar a esposa. Era óbvio que para ele era inconcebível eu, o “sobrinho gay”- e onde lê-se “gay”, o Berto com certeza usaria uma outra palavra bem mais ofensiva no lugar- acompanhar o resto da "família tradicional brasileira" em um final de semana na Ilhabela. Ainda mais na casa do Maurílio e da Débora, que, até onde eu sabia, eram podres de ricos- como meu tio tanto queria ser- e hiper-conservadores- coisa que ele já era:
-Magina tia, fica pra uma outra vez!- resolvi usar um tom amigável, para amenizar o clima- eu e o Jorginho ficamos numa boa por aqui!
Aqueles dois não tinham ideia do presente perfeito que tinham acabado de me dar! Um final de semana sozinho com o Jorginho. Mesmo tentando não demonstrar meus verdadeiros sentimentos para meus tios, esbanjava um sorriso no rosto. Era pra ser!
O Jorginho se juntou a nós na garagem. Tinha acabado de fazer uma série de exercícios, como costumava fazer todas as manhãs. Com o bíceps saliente, realçado pela regata justa, e a bunda apertada no shorts, ele se aproximou com seu jeito tímido. A medalhinha de São Jorge que ele usava refletia a luz fraca da manhã. “Porra, que saudade vou sentir desse moleque quando voltar pra Londres!”, pensei invadido por uma tristeza cortante, ao me dar conta que o dia de ir embora já estava próximo. Mas logo também me ocorreu que, justamente por isso, deveria agradecer ao acaso por me permitir uma despedida a sós ele. Queria que fosse inesquecível.
Logo quando ele soube que seus pais iriam viajar, nossos olhares se cruzaram. O Jorginho se esforçou para não esboçar qualquer expressão que pudesse revelar nosso segredo. Mas apesar da cara séria, imaginava seu cuzinho já piscando por debaixo da cueca suada:
-Tem certeza que vocês vão ficar bem sozinhos?- a tia Nádia perguntou, preocupada.
-Claro! Pode deixar que a gente se vira bem por aqui!- respondi, usando minha autoridade de primo mais velho, como costumava fazer na infância.
-É mãe, tá de boa! A gente se diverte por aqui!
-Nádia, tá na hora!- o tio Berto, já no banco do motorista, quase buzinando de tanta impaciência.
-Tá bom, meninos, domingo à noite estamos de volta! Um beijo, qualquer coisa é só ligar!
Acenando da varanda da casa, vimos o carro partir. Quando enfim já estava fora do nosso campo de visão, o Jorginho pulou em mim, colocando seus braços fortes entre meus ombros. Quase caí com aquele moleque fortão se jogando para cima de mim! Trocamos um beijo intenso, nosso primeiro beijo sem qualquer centelha de medo. Um beijo que dizia “finalmente, eles foram embora”.
-Ai Rafa, caralho, quando eles falaram, nem acreditei! Um final de semana inteiro, só eu e você!
-Pois é, gatinho…- o peguei pela cintura- e você já tem ideia do que vai querer fazer, hein?- fui descendo para apalpar a sua bunda. De tão encharcado de suor que o shorts dele estava, conseguia ver o contorno da cueca
-Hmmm, seu putão!- ele falou fazendo charme- vai ser demais! Mas primeiro, bora aproveitar a praia…
-Ah é, vai se fazer difícil é?- disse dando uns beijinhos no pescoço e na nuca. Senti seus pelinhos loiros arrepiarem.
-Depois eu que sou emocionado! Calma Rafa, que a gente tem tempo…
Estranhei um pouco essa mudança de comportamento no Jorginho. Poxa, imaginei que fosse querer transar o quanto antes, com a casa só para gente! Mas resolvi não comentar nada, porque imaginei que ele deveria ter me reservado alguma surpresa…
Depois do seu banho, fomos para a praia. Toda vez quando chegávamos, assistia a um dos meus momentos favoritos do dia: ver meu primo fincando o guarda-sol na areia. Observava cada músculo dos seus braços se contraindo enquanto ele retirava a areia com o cano. Seu olhar espremido, concentrado, enquanto mordia a linguinha. Que gato!
Nesse momento, duas garotas passaram perto e nos lançaram um olhar descarado. Era algo bem comum até, ainda mais quando o Jorginho estava perto. Elas pareciam jovens, com mais ou menos a idade dele. Consegui ouvir um pouquinho da conversa das duas, que falavam alto, entre risinhos :
-Nossa amiga, que gatos esses dois hein! O loiro então…
-Você viu? Tem uma cara de homão, né?
Ah, como eu amava ouvir esse tipo de coisa! Mal sabiam elas que o “homão” delas se transformava numa passivinha gulosa na cama!
-Pronto Rafa!- o Jorginho me disse, com aquele ar satisfeito de quem finalizou uma tarefa cansativa- bora dar um mergulho?
-Pode ser, bonitão!
-Boa…deixa só eu tirar o calção…
“Ué, tirar o calção?”, pensei confuso. Em todos os dias que tínhamos ido à praia, meu primo não tinha usado sunga uma só vez. Cheguei até a cogitar que era porque ele deveria ter uma certa vergonha, já que não era tão bem dotado assim.
Em um movimento rápido, o Jorginho sacou o calção. Nada podia ter me preparado para aquele momento! Ele não só estava usando uma sunga, como era uma das mais justas que já tinha visto na vida! Era um modelo slim, com as laterais estreitas, bem rente ao corpo. E da cor branca ainda, famosa por destacar os contornos!
Enfim, era a última peça que imaginaria ver ele vestindo! Se antes eu tinha tirado o fôlego dele ao usar uma sunga provocante, agora era a vez do meu primo me dar o troco. Nossa Senhora, o que era aquela bunda musculosa, espremida pelo tecido branco? Sem falar no pacotinho na parte da frente. Me deliciava com esse contraste, de ver um cara tão forte, tão viril, que tinha absolutamente tudo grande.. tudo, com exceção do pau:
-E aí, Rafa? Gostou?- ele perguntou. Logo depois do “gostou”, se virou um pouco para trás, empinando a bunda de leve.
-Se eu gostei? Porra Jorginho, assim você me mata do coração, eu amei! Onde você arranjou isso daí?
-Achei nas minhas coisas esses dias, mas nunca tinha experimentado! Achei mesmo que ia curtir! Agora vem cá, que hoje vou deixar você passar protetor no meu corpo todo- ele me respondeu, ao mesmo tempo em que me lançou o tubo do protetor
-T-t-todo?- Quase deixei o tubo escapar, surpreso com o convite.
-Olha só, quem tá gaguejando agora! Sim primo, todinho. Pode começar.
Desde quando flagrei ele se exibindo na webcam, nunca tive dúvida da vocação do meu primo para ser puta. Mas ainda sim, ele sempre conseguia me surpreender!
Comecei a esparramar o protetor no gostoso, começando pelas costas. As escápulas proeminentes, o músculo do trapézio definido… era como tocar em um deus grego! Meu pau já estava meia bomba, como o contorno da sunga denunicava. Às vezes, para provocar, roçava com ele de leve na bunda do Jorginho, que retribuía pressionando discretamente o rabão contra meu corpo. Quando terminei as costas, o Jorginho percebeu que fiquei com um pouco de vergonha de continuar:
-Ué, parou por que, Rafa? Passa aqui no peito.
Ok, até então tudo estava até que tranquilo: afinal, todo mundo precisa de ajuda para passar o protetor nas costas. Agora, o peito e as outras partes do corpo, eram outro papo! Não seria só uma demonstração de intimidade, mas também um ato carregadíssimo de teor sexual- ainda mais em um lugar público! Dei uma olhada nos arredores: apesar de ser alta temporada, a praia ainda não estava muito cheia. Além das meninas que tinham comentado sobre a gente um pouco antes, sentadas em uma canga mais atrás, ali perto só tinha um casal hétero, com por volta dos seus 50 anos.
Apesar do meu receio, ver o espírito de putaria do Jorginho se revelar vencia qualquer pudor da minha parte! Respondi o gato com um irônico “sim, senhor”, recomeçando a tarefa. O Jorginho, todo orgulhoso, estufou o peitoral. Adorava ver a correntinha dourada de São Jorge caindo certeira bem no meio do peito forte.
Esparramei então o protetor, saboreando o momento. Sentia o calor da sua pele firme e macia. Às vezes dedilhava de leve os mamilos dele, que já estavam entumescidos de tesão. Meu primo, que era sensível nessa parte, fazia força para manter a pose, mas em um determinado momento deixou escapar um gemido baixo. Meu cacete já estava todo duro, explodindo indecente na sunga.
Fui então pro famigerado “tanquinho”- os seis gominhos esculpidos, parecendo que iam atravessar a pele fina de tão duros. Era uma delícia massagear aquela barriga rasgada, que o Jorginho fazia questão de ostentar em qualquer oportunidade! Com a ponta dos dedos, preenchia os declives do tanquinho com o protetor, como para verificar se aquela perfeição toda era real mesmo. Desci então a mão, percorrendo o “caminho do céu”, até chegar nos primeiros pentelhos loirinhos que escapavam da sunga dele. Me dei conta da excitação do meu primo, ao ver a cabeça do seu pau marcando no tecido fino da roupa de banho. Ah, a tentação de meter a mão lá embaixo!
Chegou a vez dos braços. O Jorginho, sem vergonha, fez o muque no braço direito, me pedindo para passar o protetor. Quando ele flexionava os bíceps, ficavam tão estufados que pareciam mesmo dois pães franceses. Com o canto do olho, notei o casal estava sentado à nossa direita conversando entre si. Respirei aliviado por eles não estarem reparando. Mas aquelas benditas garotas já aparentavam estar olhando em nossa direção…
-Jorginho, eu tô amando isso, mas é melhor parar…a gente já tá chamando atenção- e com um gesto de cabeço, apontei para as meninas.
-Ah é?- acho que só ali ele tomou ciência da presença delas- ai Rafa, foda-se! Elas que assistam!
E voltou a flexionar o bíceps direito, para minha perdição. Prontamente, comecei a aplicar o protetor naquele “pãozão” Duas velhinhas que estavam caminhando perto, olharam incrédulas quando se depararam com a cena. O homem do casal ao lado também passou a nos observar, puxando seus óculos de sol para baixo. Não sei se na tentativa de compreender o que estava acontecendo, ou para conseguir uma visão melhor do espetáculo! As meninas então, estavam chocadas. Conseguia imaginar elas cochichando entre si : “mas gente, esses dois, quem diria!”.
Depois do bíceps esquerdo, tinha chegado a vez das pernas. Peguei um bom tanto de protetor e espalhei nas minhas mãos. Agora também já estava pouco me lixando para o olhar escandalizado dos outros banhistas. “Ah Rafa, foda-se! Elas que assistam!”. Meu primo tinha razão. Eu também queria que todo mundo ali fosse testemunha do privilégio de poder ter aquele corpo escultural à disposição.
Me agachei na areia, de frente para o Jorginho, e comecei a passar o protetor de baixo para cima. Massageei com gosto as panturrilhas, agora já colocando mais pressão nos dedos e na palma da mão. Queria que meu gato soubesse, só pelo toque, o quanto eu o desejava. Apertava, apertava, apertava, olhando de vez em quando para cima para conferir a cara de tesão do meu primo. Meu rosto dava bem de frente para o pau duro dele. Pude ver uma pequena poça de pré-gozo se formando no tecido da sunga branca.
Subi um pouquinho mais, ultrapassando os joelhos, para chegar enfim naquelas coxonas. Puta que pariu, elas eram uma verdadeira obra-prima! Escorreguei as mãos para trás, para chegar bem onde fica a fronteira entre a parte de trás da coxa e o começo da bunda. Me demorei um pouco ali, para atiçar o garotão. Às vezes dava a entender que ia além, roçando de leve os dedos a pele por debaixo da sunga, invadindo o território da bunda por alguns segundos.
Depois de um um movimento mais ousado, percebi os músculos do rabão do Jorginho contraindo. De tão forte, cheguei a deixar uma marca vermelha na pele do meu primo. Em resposta, o Jorginho afastou um pouco mais as pernas e empinou o rabo, deixando cair as mãos no meu cabelo. Ele, que perto dos pais era o senhor bem-comportado, na ausência deles estava se oferecendo para mim bem no meio da praia, como uma perfeita vagabunda.
Naquele momento, o que eram olhares desconfiados dos que nos assistiam tinha virado expressões de absoluto choque. As meninas que tinham nos elogiado pouco antes riam de nervoso. O homem e a mulher ao nosso lado, então, nos encarava horrorizado, balançando a cabeça em um “não” de reprovação. Fiquei pensando neles depois contando a história para outros casais iguais a eles, durante um churrasco de domingo. Conseguia até imaginar as frases: “você não sabe o que gente viu na praia em Ubatuba dia desses!”, “ai, essa geração está perdida mesmo”, ou a minha favorita “nossa, mas esses gays são atirados mesmo, né?”.
Mas aquela indignação toda só me deixava ainda mais excitado. Queria testar todos os limites do “aceitável”, do “civilizado”, deixar todos os banhistas escandalizados, com uma cara de “meu Deus, não é possível!”.
Já desavergonhado, às vezes tirava uma das minhas mãos do seu corpo e encostava de leve no meu pau duro, por cima da sunga. Credito ao que restava do meu autocontrole o fato de não ter tirado a rola para fora e ter tocado uma punheta ali mesmo!
-Jorginho, seu safado!- falei, olhando para cima- você quer mesmo é dar um show né seu puto?
-Sim, Rafa! Quero que todo mundo saiba que meu corpo é seu!- e falando em um tom de voz sob medida para me provocar- e isso porque você nem viu o tanto que meu cuzinho piscou até agora!
Ah, por que ele foi falar isso? Me veio à mente a imagem do seu cuzinho apertado, escondido entre as duas bandas da sua bunda polpuda. Imaginar essa cena foi demais para mim! As preguinhas indefesas, implorando por pica!
Não me contive: subi as mãos pelas coxas do Jorginho, para enfim invadir a zona que a sunguinha do meu primo precariamente escondia. Agarrei o rabo dele com minhas duas mãos, como para reivindicar uma posse. “Ai!”. Surpreendido, ele soltou um gemido, dessa vez mais alto. Mas o tom de voz daquele “ai” não era do machinho que falava com a namorada ao telefone. Era o de uma putinha com fogo no rabo, um ninfetinho que sabe muito bem o quanto é gostoso!
Meu Deus, como era possível que só acariciar o corpo do meu primo fosse algo tão mais erótico do que tantas transas que já tinha tido? Por muito pouco- mas por muito pouco mesmo- não tirei a sunga do meu primo no ato, e comi o safado ali na praia, para todo mundo ver!
Mas de repente, quando estávamos a ponto de cruzar essa fronteira fatal, o Jorginho deu alguns passos para trás, se afastando. Minhas mãos ficaram por alguns segundos paradas no ar. Que filho da puta, tinha me atiçado, só para depois tirar o doce da minha boca!
Me levantei. Senti o olhar fuzilante do público ao redor. O marido do casal, com a cara cerrada e o punho fechado, estava prestes a vir falar com a gente. Parecia furioso. As garotas, então, estavam atônitas. Pensei na sorte que foi elas, ou qualquer outra pessoa, não terem gravado nada com o celular! Quer dizer, pelo menos ninguém que tenha visto…
-Boa Rafa, agora só falta passar na cara!- o Jorginho falou sarcástico.
Rindo daquela graça, passei com delicadeza o protetor nas pontas dos dedos, fazendo em seguida listras no rosto do meu primo. Enquanto aplicava o creme, contemplei a beleza dos seus traços- o queixo proeminente, a mandíbula quadrada, a boca carnuda. E claro, aqueles olhinhos espertos cor de âmbar, que eu nunca sabia decifrar se eram uma mostra da mais pura inocência, ou de uma safadeza sem limites.
-Prontinho- respondi fechando a tampa do tubo e jogando na cadeira de praia- mais algum pedido antes da gente ser preso?
Como resposta, ele veio em minha direção, colando seus lábios nos meus. Nos beijamos abraçados pela maresia e pelos olhares indiscretos da nossa “plateia”. Com exceção do som do mar, silêncio. Compreendi que o Jorginho queria descobrir o prazer de beijar outro homem em público, demonstrar afeto sem receio, como ele havia feito com as meninas durante toda a vida. Aquilo que entre os héteros parecia algo tão fácil, um detalhe da paisagem, mas que entre dois homens parecia representar um salto em um abismo desconhecido.
-Porra, que beijo, Jorginho!- falei ofegante. Ainda abraçados, ele me respondeu:
-Ai Rafa, você é que me deixa louco! Mas me fala, bora dar um mergulho então?
-Ué, mas eu tive esse esforço todo de passar protetor em você, para o senhor já ir pular no mar?
Ele abriu um sorrisinho, olhando de soslaio para os arredores. Estava com uma confiança recém-adquirida. Me disse certeiro:
-Ué, primo! Mas qual é o problema? Qualquer coisa é só você passar em mim de novo…
Ao abaixar a cabeça, dando risada, bati os olhos na sunga do Jorginho. Foi só então que percebi que uma poça enorme havia se formado na parte da frente. Um líquido branco, espesso, ameaçava cair em gotas da cabecinha do seu pau.
Meu primo tinha gozado.
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Espero que tenham gostado de mais esse conto :)