Eu nunca passei tanta raiva na minha vida quanto no dia da festa. Se Bianca estava tão insatisfeita assim com nosso casamento, a porta é serventia da casa. Como o finado Adoniran Barbosa bem disse: “Mulher, patrão e cachaça, em qualquer canto se acha.” Era uma relação longa, mas eu nunca fui de chorar pelo leite derramado. No dia seguinte, a gente discutiu nossa relação, mas eu já estava com as malas prontas para sair de casa e terminar tudo.
Ela chorava desesperada, pedia milhares de desculpas, jogava toda culpa na bebida, jurando de pé junto que estava feliz no nosso casamento. Ela me mostrou todas as mensagens do celular dela, compartilhou a localização do aparelho na noite anterior para provar que em nenhum momento ela saiu do Habbib’s, e fotos que provavam que um grupo grande do trabalho estava em um after no restaurante.
De fato, era bem improvável que minha esposa tivesse ido ao Habbib’s para me trair na frente de diversos colegas de trabalho com uma pessoa bem mais jovem que ela. Então, depois de muita discussão, pedidos de desculpa, uma bela noite de sexo apimentada pelo sentimento de “fiz merda, me perdoa amor”, eu perdoei ela.
Tem muitas pessoas que vão me julgar, falar que eu fui fraco, mas a gente estava juntos a oito anos, e a relação não tinha um asterisco até aquela festa. Eu já tinha feito algumas cagadas ao longo dos anos, talvez em um nível menor do que dela, mas ainda assim, nem de longe eu poderia cobrar perfeição dela. O que ficou acordado entre nós era que Bianca maneiraria no álcool daqui para frente, e não haveria mais uma chance se ela fizesse alguma coisa parecida com o do dia da festa.
Durante um bom tempo eu fiquei desconfiado e com um pé atrás da minha esposa, mas Bianca se dedicou ao máximo para sanar nossas feridas. Depois de quase um ano, eu quase esquecerá daquela história.
Mas, como o Mano Brown diria: “Quando tem que se é Jão, presta atenção.”
Para tornar minha história mais clara, é essencial apresentar um personagem importante: José. Minha esposa trabalha em um prédio habitado por diversas empresas financeiras, onde José atua como porteiro, zelador e segurança.
Três vezes por semana — terça, quarta e quinta — eu ia buscar minha esposa após o trabalho. Enquanto a esperava no saguão, aproveitava para bater um papo com José sobre coisas simples da vida, especialmente futebol.
Com o passar do tempo, José começou a me considerar um grande amigo. No prédio, predominavam figuras típicas do mercado financeiro: ricos e esnobes que mal notavam quem não compartilhava de sua riqueza. Mas para José, o simples fato de eu reconhecê-lo como pessoa, tornava nossa relação especial.
Um dia, eu consegui no trabalho ingressos para o jogo do time de futebol que ele torcia. E como eu não conhecia mais ninguém no mundo que torcesse para aquele time, dei os ingressos de presente a ele. Zé me abraçava tão forte com seus olhos marejados, que confesso que fiquei assustado. Ele me agradecia tanto, que eu tive que checar se não mão haviam ingressos para o jogo do Bahia ou um bilhete premiado da mega-sena. Seus olhos expressavam que com aqueles ingressos, nós havíamos nos tornado aliados eternos. Caso eu acendesse os faróis de Gondor, ele viria imediatamente para lutar ao meu lado.
Quando recebi uma mensagem urgente de José no meu celular, solicitando que eu fosse imediatamente ao local de trabalho da minha esposa, fiquei perplexo. Sem detalhes adicionais, temi que Bianca tivesse sofrido algum acidente. Enquanto corria para lá, minha mente disparou, enumerando todas as possíveis emergências, mas a hipótese de uma traição de Bianca nem sequer figurava entre as principais preocupações.
“Doutor, peço desculpas por ser o portador de más notícias, mas não posso permitir que ela continue fazendo isso com o senhor”, disse José com o tom solene, a frase que ele parecia ter ensaiado inúmeras vezes antes de minha chegada, como um médico que compartilha um diagnóstico de câncer.
Nesse momento, eu estava mais confuso que uma mortadela numa salada de frutas. Não fazia ideia do que se passava na cabeça de José. Sem oferecer qualquer explicação, ele simplesmente me indicou uma cadeira. Sentei-me ao seu lado, parecendo um novato prestes a iniciar o trabalho no prédio.
Olhando ao redor, tentei descobrir o que José estava tentando me mostrar. Eram oito da noite e, além de nós dois, o prédio deveria estar vazio. Na mesa de trabalho dele, havia oito monitores que exibiam imagens de todas as partes do edifício, capturadas por mais de uma centena de câmeras. Eu passei de uma gravação para outra, buscando ansiosamente entender qual era a má notícia que José queria me revelar.
Levei algum tempo, mas achei as gravações do escritório da minha esposa, mas finalmente encontrei as gravações do escritório da minha esposa. Bianca estava sentada à sua mesa, aparentemente trabalhando. No entanto, ficou claro para mim que o Zé não podia permitir que continuasse.
Bianca disse que iria jantar na casa de uma amiga dela naquela noite. Ela estava mentindo para mim, porque achava que eu desconfiaria se desse a desculpa clássica que estava trabalhando até mais tarde. Minha esposa podia ser uma traidora, mas pelo menos, se esforçava para me enganar, não me tratando como um completo idiota.
Ali, sentado ao lado do porteiro do prédio que eu mal conhecia, me preparava para assistir um episódio de “teste de fidelidade” do programa João Kleber estrelado pela minha esposa. E para surpresa de zero leitores desse conto, o papel de “amante” não seria interpretado pelo famoso Oliver, e sim por Gabriel, o rapazola que eu conheci na festa.
Gabriel entrou discretamente na cena e começou a conversar com Bianca, mantendo a aparência de meros colegas de trabalho. Contudo, os sinais eram inequívocos. Minha esposa ria exageradamente, passava a mão pelo cabelo frequentemente e inclinava-se para frente de maneira sugestiva, quase como se estivesse destacando seu decote para ele.
Gabriel colocou sua mão na coxa da minha esposa, que não mostrou nenhum sinal de desconforto. Mesmo com a pele escura de José, era perceptível que a cena o deixava pálido. Ele havia me chamado para ver minha esposa flertando inapropriadamente com um colega de trabalho, e aquele gesto na coxa indicava que as coisas iriam escalar. Através das câmeras de segurança, nós dois assistiríamos juntos, em tempo real, aos primeiros momentos íntimos desse novo casal.
Sem jamais retirar a mão da coxa da minha esposa ou desviar o olhar de seus olhos verdes, Gabriel permaneceu ali, conversando e rindo com ela. Ficaram assim por um bom tempo, até que ele, consultando o relógio, notou o avançar da hora e se levantou para ir embora.
Essa geração Z é surpreendente. Parecem incapazes de ficar no escritório para fazer hora extra, mesmo que a recompensa seja comer a mulher mais gostosa que eles jamais conhecerão. Não que faltasse desejo ao rapaz, pois quando se levantou para sair, ficou evidente que sua calça social não tinha o poder mágico de ocultar sua evidente ereção.
Bianca, sentada de frente para Gabriel, estava com os olhos fixos na altura da cintura dele e não fez esforço algum para disfarçar que notara a “animação” do seu amigo. Por um instante, sua mão seguiu na direção do seu olhar, e eu temi que ela fosse agarrar o pênis do rapaz sem aviso prévio. No entanto, no último momento, ela desviou a mão. Minha esposa tocou a perna dele, sinalizando que queria que ele esperasse um pouco.
Bianca se levantou lentamente. Havia uma tensão palpável entre eles, carregada de expectativa. Assim que ela ficou de pé, os dois se aproximaram e, sem mais hesitações, se entregaram a um beijo apaixonado. Eles se abraçaram intensamente, cada gesto revelando o desejo acumulado. As mãos de Gabriel percorriam as costas de Bianca, enquanto ela entrelaçou os dedos em seu cabelo, aprofundando o beijo.
"Isso não deveria ter acontecido com você, meu irmão," disse José, visivelmente abalado. Lutando para conter as lágrimas, porque precisava manter-se forte naquele momento, ele colocou a mão no meu ombro em um gesto de consolo. Hoje, posso até rir da absurdidade da situação, mas naquele instante, senti como se o chão desaparecesse sob meus pés, e nada mais na minha vida fazia sentido. Eu estava tomado por uma mistura de dor, raiva, ciúmes, desejo e tristeza. Eu também me contive, já que não queria desabar em lágrimas diante do porteiro do prédio onde minha esposa trabalhava.
Bianca apalpou o pênis de Gabriel por cima da calça, desconsiderando completamente as políticas da empresa contra assédio sexual. Embora soubesse que não deveria me preocupar com isso, não pude deixar de pensar se a calça dele suportaria a pressão que seu membro exercia. Talvez sentindo o mesmo, minha esposa desceu o zíper da calça, puxou sua cueca e libertou o sexo de seu amante em sua mão.
Contrariando minha expectativa, Bianca não começou imediatamente a punheta-lo. Em vez disso, ela realizava uma espécie de ritual estranho, tocando-o cuidadosamente, como se estivesse escolhendo frutas em uma feira. Aquele momento foi particularmente difícil para o meu ego. Durante um desabafo dela no Uber, ela havia criticado o meu tamanho. Agora, claramente, ela não tinha do que reclamar; o rapaz possuía atributos bem acima da média.
Embora possuísse um pênis avantajado, Gabriel carecia de bom senso. Provavelmente influenciado por filmes pornográficos, ele jogou todos os objetos da mesa no chão com um gesto brusco, espalhando relatórios e quase danificando um laptop.
Minha esposa, arrebatada pelo calor do momento, ficou impressionada com aquele ato anárquico. Sem remover uma única peça de roupa, ainda de salto alto, camisa e saia, ela simplesmente se deitou sobre a mesa, abrindo suas pernas, pronta para ser tomada por seu impetuoso amante.
Naquele instante crítico, Gabriel agiu com notável cautela, pois a situação exigia delicadeza. Para minha esposa, o desafio era físico, enfrentando a imponente envergadura de seu amante. Para mim, o desafio era emocional, observando meu casamento de anos ser devastado.
Com grande cuidado e delicadeza, Gabriel avançou até o limite do que era fisicamente possível, ainda que uma parte considerável de seu membro permanecesse externa. Ao alcançarem esse ponto, minha esposa entrelaçou suas pernas nas costas dele, garantindo que ele não se afastasse, embora em nenhum momento Gabriel demonstrasse vontade de partir.
A dinâmica dos dois era agitada e persistente. Após meses de repressão, eles estavam determinados a aproveitar cada momento, liberando todo o desejo contido. Bianca era tomada com vigor, gritando enquanto buscava qualquer apoio ao seu redor. Já Gabriel, arregalava os olhos a cada movimento mais profundo. Ele jamais havia imaginado, nem em seus sonhos mais audaciosos, que comeria a mulher casada, gostosa e mais velha do trabalho. Suas mãos firmes enforcaram Bianca, assegurando que ela permanecesse ali, completamente entregue a ele, até que ele estivesse plenamente satisfeito.
“Puta que pariu, me fode Gabriel!”
Enquanto Bianca pronunciava aquelas palavras, eu e José trocamos olhares de preocupação. Não havia muito mais que Gabriel pudesse fazer, pois já estava em plena ação com minha esposa. Sem hesitar em atender ao pedido dela, Gabriel ajustou a perna de Bianca sobre seu ombro, aproximando-se para beijá-la, posicionando-a na clássica postura do "frango assado".
Eu não sabia que a mulher que eu era casado por oito anos podia ser tão flexível. Naquela posição, ela ocupava tão pouco espaço que parecia que poderia ser enfiada em uma mala. Movida talvez por um impulso de libertação, pelo puro desejo, ou pelo afã de impressionar seu amante, ela agarrou os próprios pés e abriu as pernas o máximo possível, tornando-se ainda mais acessível para ele.
Ao contrário de mim, Gabriel parecia estar tendo o melhor dia de sua vida. Ele havia conseguido uma rendição completa de sua colega de trabalho, que praticamente se oferecia como um brinquedo para ele. Gabriel se entregou à situação, desfrutando até a exaustão. A intensidade física de estar com minha esposa era tamanha que ele acabou se vendo obrigado a tirar a camisa social, encharcada de suor.
Naquela luta interna entre o certo e o errado, os pensamentos audaciosos de Gabriel prevaleceram. Ele habilmente virou Bianca sobre a mesa, posicionando-a de forma que a parte que mais lhe interessava ficasse exposta e acessível. Com o cinto em mãos, ele então começou a parte mais ousada daquele jogo com minha esposa.
“Puta que pariu Gabriel! Bate na sua putinha, vai, seu gostoso.”
Uma história mais velha do que a própria terra. Quando estava comigo Bianca era recatada, odiava ser xingada, não deixava eu dar um tapinha de leve em seu bumbum e morria de nojo do gosto de porra. Agora, ao tentar impressionar seu amante, ela mudava sua personalidade 180 graus, fazendo até eu duvidar se no monitor realmente era minha esposa que levava chibatadas no traseiro com um cinto.
PLAFT, PLAFT, PLAFT.
Os sons do cinto e os gritos da minha mulher infestavam a sala. Zé fez menção de desligar o monitor, para me proteger de assistir aquela brutalidade, mas eu o impedi. Meu casamento estava acabado já fazia algumas horas, a única coisa que me movia era curiosidade de ver até onde aquela desgraçada deixaria o menino ir.
Gabriel teve mais uma explosão de criatividade naquela transa. Travando as pernas da minha esposa no seu pescoço, como um artista de circo, girou Bianca, deixando-a pendurada nele de ponta cabeça. Se algum amigo tivesse me contado que transou com alguém naquela posição, eu assumiria imediatamente que ele estava mentindo. Mas, Gabriel parecia não fazer nenhuma força para sustentar o corpo inteiro da minha esposa. Enquanto chupava o sexo dela que estava preso em seu rosto, ele ainda tinnha energia de sobra para mover seu quadril, continuando a transar, só que agora com a boquinha da minha esposa.
“PUTA QUE PARIU, ENGOLE MEU LEITE SUA VAGABUNDA DO CARALHO!”
Com aquelas belas palavras, Gabriel começou a ejacular no rosto da minha mulher. Pendurada daquele jeito, mesmo se ela quisesse, não haviam muitas opções disponíveis não ser quase se afogar no tanto de porra que o moloque despejava nela.
Como meu casamento, aquela transa terminará. Bianca como uma adolescente, sentou no colo do seu amante, trocando um beijo apaixonado, desacelerando depois do intenso exercício. Eu, antes de partir, pedi para o Zé a gravação daquela noite. Ele me olhou com nojo dizendo: “Ah não doutor. Você gosta dessas coisas?”
Não. Eu não gosto nenhum um pouco dessas coisas. Mas, a fita seria vital para fazer aquela desgraçada pagar pelo o que fez.
<continua>